quinta-feira, 26 de julho de 2018

A LUTA CONTINUA! - “Fadiga de viver e eutanásia"

A luta pelo mais fundamental direito humano, o direito à vida, não pode dar descanso nem tréguas. Não pode porque, baixar os braços nesta luta vital, é deixar o campo aberto a novas investidas contra a vida humana que é inviolável em qualquer momento da sua existência ou características do seu estado.

O aborto foi legalizada, é promovido como direito, é pago pelos contribuintes… É legal. Mas não deixa de ser o que é: um assassínio de um ser humano indefeso. Neste campo não podemos silenciar-nos, pois calarmo-nos significa aceitar o que não pode ser aceitável. Temos, pois, de continuar a viver em luta permanente pelo direito a nascer de todas as crianças concebidas, mesmo daquelas a quem for detectado algum erro genético. O eugenismo é uma postura indefensável. Remete-nos para a pureza da raça defendida e promovida pelos nazis de tão má memória. Por isso, não podemos silenciarmo-nos na defesa do direito a nascer de toda a criança concebida. Aliás, hoje que tanto se fala da biodiversidade animal e vegetal, ao selecionarmos os bebés que poderão nascer estamos a lutar contra este sagrado princípio ecológico da biodiversidade. Tenhamos, ao menos, coerência ecológica.

Mas, o que hoje e agora quero abordar de forma simples de um artigo de opinião, é outro tipo de luta pela vida a que também não podemos deixar de sair em sua defesa face aos ataques que todos os dias merece tratamento mediático: a eutanásia, morte digna e assistida, morte com dignidade ou suicídio assistido…

O Projecto de Lei que não passou por uma “unha negra” no nosso Parlamento recentemente, vai voltar. Já foi anunciado com toda a veemência pelos seus propositores e por aqueles que, não estando no Parlamento, têm algum poder de decisão na escolha dos candidatos a deputados nas próximas eleições legislativas (eu lembro a postura de Rui Rio sobre o tema…). Atenção, pois!

Sobre este tema, o da defesa da vida humana, devemos ver o que se passa noutros países onde se legalizou, por exemplo o aborto e a eutanásia. Dou o exemplo, da Holanda e da Bélgica, países pioneiros neste campo. Aqueles países abriram as portas com os mesmos argumentos que se ouviram por cá. Os mesmos. E sabemos em que têm estado a dar: Abriram-se portas só um pouquinho e agora estas estão a ser escancaradas docemente. A discussão actual nestes países anda à volta de se permitir a eutanásia a todas as pessoas que se queixam da “FADIGA DE VIVER”, tema que está a abalar seriamente médicos, enfermeiros e a opinião pública. Defende-se que a chamada “Fadiga de Viver” deve ser considerada uma doença médica que causa sofrimento insuportável e, por isso, quem sofrer desta “doença” deverá ser eutanasiado, pois encontra-se abrangido por uma das cláusulas que a lei que legalizou a eutanásia contempla: o sofrimento insuportável. E na Holanda já se vai mais longe. Basta que alguém diga que já cumpriu a sua vida!

A legalização da eutanásia, começa sempre por ser cautelosa,restritiva, prudente e exigente. Depois, sabemos que a porta aberta deu, dá, para uma “RAMPA DESLIZANTE” onde, posteriormente, se vai cair e para onde vão ser empurrados os “descartáveis” e todos aqueles de quem a sociedade se quer descartar.

A LUTA CONTINUA! Tem de continuar: denunciando as mentiras ou meias verdades com que nos querem enganar. Não sejamos ingénuos nem parvos. A LUTA CONTINUA. A luta pela VIDA HUMANA.

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Carlos Aguiar Gomes

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