sexta-feira, 27 de julho de 2018

SUICÍDIO DEMOGRÁFICO

A Fundação “Robert Schuman”, num alerta muito actual e bem documentado, chamou a atenção para o fenómeno da catástrofe demográfica em que silenciosamente a Europa mergulhou e a que deu o título de “Europa: o Suicídio Demográfico”. Apesar de sucessivos alertas vermelhos para a situação de “Inverno demográfico” em que mergulhou o “Velho Continente”, que foi promovido, incentivado e imposto pelos decisores políticos, agentes culturais e educativos, os nossos responsáveis não quiseram prestar atenção nenhuma.

Já em 1976 (mil novecentos e setenta e seis!) a editora Gallimard (Paris), tinha editado um livro , que foi um verdadeiro “best seller” e a que os autores, homens de saber (Pierre Chaunu – Professor na Sorbone e Georges Suffert – jornalista) deram o sugestivo e premonitório título de «LA PESTE BLANCHE – comment éviter le suicide de l'Occident» (A Peste Branca – como evitar o suicídio do Ocidente). É curioso o título que deram ao livro e que vincam ao titular a introdução assim: «Uma nova variedade de peste». Os autores, cujo livro acabo de reler, a propósito deste cataclismo demográfico que estamos a viver, perguntam-se: «O que é a peste branca?» e respondem: «a desesperança generalizada. A indiferença face à vida, a recusa de todo o sistema de valores, o egoísmo apresentado como a mais refinada das belas-artes»… «gozar o presente, não lutar, não ter descendência – escolhem o que bem podemos chamar um suicídio colectivo».

… Entretanto, em que se têm ocupado os decisores políticos, os media, os professores, os médicos, os enfermeiros… a promoção de todas as condições que levaram a este suicídio colectivo!

E a hipocrisia, a leviandade e a perfídia dos políticos em quem votamos, vem oferecer facilidades: mais dinheiro para se ter mais filhos! Não, não é este o caminho. Seguem , conscientemente, o politicamente correcto que é recusarem-se a ver e a corrigir o muito e muito mau que continuam a promover.

As ideias matam, está-se a ver!

«Que silêncio ensurdecedor face ao suicídio demográfico da Europa no horizonte de 2050! As projecções demográficas das grandes regiões do mundo de agora até lá são reavaliadas de dois em dois anos pelas Nações Unidas e regularmente pelo Eurostat para os Estados membros da União Europeia(…) Na realidade, ninguém fala no assunto, sobretudo em Bruxelas onde se prefere produzir relatórios sobre revoluções tecnológicas, o desenvolvimento durável ou a transição energética» (fonte, a indicada).

Os nossos políticos “assobiam” para o lado! Recusam-se a ver que o grande problema, a grande causa desta catástrofe-suicídio-inverno-cataclismo demográfico está no mundo das ideias que implementaram e implementam contra a natalidade, a família, o casamento, a filiação, a paternidade…

A «Peste Branca» dizima, há muitos anos, a Europa. E não há cadáveres, pois não se nasce. Não se deixam nascer crianças. Morre-se cada vez mais tarde. Nascem crianças cada vez menos.

Um facto que nos deveria inquietar: O número de caixões, na Europa, já ultrapassou o número de berços.

Portugal não foge à regra. Quem tiver dúvidas, pode consultar, agora, essa grande e científica base de dados que é a Pordata. Vê que, agora (qualquer que seja o dia e a hora), neste momento, já morreram mais pessoas do que as que nasceram.

A população portuguesa residente não cessa de diminuir, apesar dos subsídios à natalidade que são pura demagogia!

São as ideias que matam. São as ideias que são suicidas. E as ideias suicidas, em termos demográficos, andam à solta e são apoiadas e promovidas, malgrado a situação catastrófica em que vivemos.

É o que temos e é o que temos de combater… se queremos sobreviver como civilização.

__
Carlos Aguiar Gomes

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A LUTA CONTINUA! - “Fadiga de viver e eutanásia"

A luta pelo mais fundamental direito humano, o direito à vida, não pode dar descanso nem tréguas. Não pode porque, baixar os braços nesta luta vital, é deixar o campo aberto a novas investidas contra a vida humana que é inviolável em qualquer momento da sua existência ou características do seu estado.

O aborto foi legalizada, é promovido como direito, é pago pelos contribuintes… É legal. Mas não deixa de ser o que é: um assassínio de um ser humano indefeso. Neste campo não podemos silenciar-nos, pois calarmo-nos significa aceitar o que não pode ser aceitável. Temos, pois, de continuar a viver em luta permanente pelo direito a nascer de todas as crianças concebidas, mesmo daquelas a quem for detectado algum erro genético. O eugenismo é uma postura indefensável. Remete-nos para a pureza da raça defendida e promovida pelos nazis de tão má memória. Por isso, não podemos silenciarmo-nos na defesa do direito a nascer de toda a criança concebida. Aliás, hoje que tanto se fala da biodiversidade animal e vegetal, ao selecionarmos os bebés que poderão nascer estamos a lutar contra este sagrado princípio ecológico da biodiversidade. Tenhamos, ao menos, coerência ecológica.

Mas, o que hoje e agora quero abordar de forma simples de um artigo de opinião, é outro tipo de luta pela vida a que também não podemos deixar de sair em sua defesa face aos ataques que todos os dias merece tratamento mediático: a eutanásia, morte digna e assistida, morte com dignidade ou suicídio assistido…

O Projecto de Lei que não passou por uma “unha negra” no nosso Parlamento recentemente, vai voltar. Já foi anunciado com toda a veemência pelos seus propositores e por aqueles que, não estando no Parlamento, têm algum poder de decisão na escolha dos candidatos a deputados nas próximas eleições legislativas (eu lembro a postura de Rui Rio sobre o tema…). Atenção, pois!

Sobre este tema, o da defesa da vida humana, devemos ver o que se passa noutros países onde se legalizou, por exemplo o aborto e a eutanásia. Dou o exemplo, da Holanda e da Bélgica, países pioneiros neste campo. Aqueles países abriram as portas com os mesmos argumentos que se ouviram por cá. Os mesmos. E sabemos em que têm estado a dar: Abriram-se portas só um pouquinho e agora estas estão a ser escancaradas docemente. A discussão actual nestes países anda à volta de se permitir a eutanásia a todas as pessoas que se queixam da “FADIGA DE VIVER”, tema que está a abalar seriamente médicos, enfermeiros e a opinião pública. Defende-se que a chamada “Fadiga de Viver” deve ser considerada uma doença médica que causa sofrimento insuportável e, por isso, quem sofrer desta “doença” deverá ser eutanasiado, pois encontra-se abrangido por uma das cláusulas que a lei que legalizou a eutanásia contempla: o sofrimento insuportável. E na Holanda já se vai mais longe. Basta que alguém diga que já cumpriu a sua vida!

A legalização da eutanásia, começa sempre por ser cautelosa,restritiva, prudente e exigente. Depois, sabemos que a porta aberta deu, dá, para uma “RAMPA DESLIZANTE” onde, posteriormente, se vai cair e para onde vão ser empurrados os “descartáveis” e todos aqueles de quem a sociedade se quer descartar.

A LUTA CONTINUA! Tem de continuar: denunciando as mentiras ou meias verdades com que nos querem enganar. Não sejamos ingénuos nem parvos. A LUTA CONTINUA. A luta pela VIDA HUMANA.

__
Carlos Aguiar Gomes

PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...