quinta-feira, 30 de abril de 2020

Oração do Rosário com Heinrich Biber

Ao longo das próximas semanas, partilharemos um itinerário de meditação sobre os 15 Mistérios do Rosário. Ao ritmo de um por dia, cada um deles será acompanhado pela sonata correspondente, composta para violino e tecla pelo compositor austríaco Heinrich Biber.

Heinrich Ignaz Franz von Biber foi provavelmente o maior violinista do séc. XVII. Para além disso, foi um compositor singularmente inovador, deixando uma vasta influência às gerações seguintes, não apenas pelo estilo progressista mas também pela ousadia na dificuldade técnica. Pouco se sabe sobre a sua infância: apenas que nasceu na actual República Checa e, desde muito cedo, dominou os vários instrumentos de cordas. Aos 40 anos tornou-se mestre-de-capela em Salzburgo, cargo no qual seria sucedido, algumas décadas mais tarde, por Lepold Mozart.
Da sua vasta obra sacra, desitnada à liturgia, destaca-se o Requiem a 15 vozes e a colossal Missa Salisburgensis à 53 voci. Muitas das suas obras fazem uso de figurações programáticas mas as Sonatas dos Mistérios do Rosário são o pináculo de toda a sua obra. Também o uso extensivo de scordatura as torna objecto de grande atenção por parte dos violinistas. Esta obra grandiosa consiste de três ciclos, com cinco sonatas cada um, correspondentes aos Mistérios Gozozos, Dolorosos e Luminosos, perfazendo um total de 15 sonatas. Por fim, a obra conclui com uma majestosa Passacaglia: um ciclo de variações sobre o coral Einen Engel Gott mir geben: um hino para a festa dos Anjos da Guarda.
Não pretendemos substituir, com esta oração, a recitação diária ou periódica do terço que muitos cristãos já fazem! Trata-se de uma abordagem diferente (mais pessoal e menos litúrgica) à mesma oração. Portanto será, para alguns, um acrescento e para outros o pórtico pelo qual entrarão na recitação periódica do terço. Por isso mesmo, também não há uma estrutura rígida para esta oração: cada um poderá adapta-la ao seu ritmo e preferência. No entanto, tomamos a liberdade de sugerir um possível formato:
Recolho-me num local calmo e isolado, tendo comigo o Terço, o dispositivo electrónico (telemóvel, computador, tablet ou leitor de CD) e eventualmente auscultadores auriculares. Após uma invocação inicial ao Espírito Santo, começo por enunciar o título do mistério e reflectir sobre que significado lhe atribuo. Num segundo passo, leio a passagem das escrituras correspondente, deixando-me interpelar por esta a redescobrir mais um pouco sobre o mistério relatado. De seguida, rezo o Pai Nosso.
Antes da primeira
Ave Maria, ponho a Sonata a tocar e rezo essa dezena enquanto escuto a música, meditando. Se a Sonata acabar antes da décima Ave Maria, continuo a oração até ao fim, deixando ressoar o silêncio. Se, ao contrário, a dezena se esgotar antes da conclusão da Sonata, escuto atentamente a música até ao fim antes de prosseguir.
Depois, rezo o Glória com as jaculatórias pessoais. É conveniente concluir com uma oração a S. José, aquele que - como marido apaixonado - meditou como ninguém os mistérios da Santíssima Virgem e, por fim, um novo momento de silêncio para a reflexão pessoal.
Se a meditação é feita em conjunto e/ou em voz alta poderá ser mais adequado escutar atentamente toda a sonata entre o Pai Nosso e a primeira Ave Maria.
Alguns dos leitores poderão perguntar-se porque é que este exercício meditativo não inclui os Cinco Mistérios Luminosos. É muito simples: acontece que na época em que Biber compôs as suas Sonatas, estes cinco mistérios ainda não eram utilizados para a meditação do Rosário. À guisa de preparação, todos devemos ler a Carta Apostólica de São João Paulo Magno sobre o Rosário: Rosarium Virginis Mariae
Para um conhecimento mais aprofundado, ler o artigo de Peter Holman Biber: The Mystery Sonatas

Canonization of St Faustina - 30. April 2000

HOMILY OF THE HOLY FATHER 
MASS IN ST PETER'S SQUARE FOR THE CANONIZATION
OF SR MARY FAUSTINA KOWALSKA
Sunday, 30 April 2000

1. "Confitemini Domino quoniam bonus, quoniam in saeculum misericordia eius"; "Give thanks to the Lord for he is good; his steadfast love endures for ever" (Ps 118: 1). So the Church sings on the Octave of Easter, as if receiving from Christ's lips these words of the Psalm; from the lips of the risen Christ, who bears the great message of divine mercy and entrusts its ministry to the Apostles in the Upper Room:  "Peace be with you. As the Father has sent me, even so I send you.... Receive the Holy Spirit. If you forgive the sins of any, they are forgiven; if you retain the sins of any, they are retained" (Jn 20: 21-23).
Before speaking these words, Jesus shows his hands and his side. He points, that is, to the wounds of the Passion, especially the wound in his heart, the source from which flows the great wave of mercy poured out on humanity. From that heart Sr Faustina Kowalska, the blessed whom from now on we will call a saint, will see two rays of light shining from that heart and illuminating the world:  "The two rays", Jesus himself explained to her one day, "represent blood and water" (Diary, Libreria Editrice Vaticana, p. 132).

2. Blood and water! We immediately think of the testimony given by the Evangelist John, who, when a solider on Calvary pierced Christ's side with his spear, sees blood and water flowing from it (cf. Jn 19: 34). Moreover, if the blood recalls the sacrifice of the Cross and the gift of the Eucharist, the water, in Johannine symbolism, represents not only Baptism but also the gift of the Holy Spirit (cf. Jn 3: 5; 4: 14; 7: 37-39).
Divine Mercy reaches human beings through the heart of Christ crucified:  "My daughter, say that I am love and mercy personified", Jesus will ask Sr Faustina (Diary, p. 374). Christ pours out this mercy on humanity though the sending of the Spirit who, in the Trinity, is the Person-Love. And is not mercy love's "second name" (cf. Dives in misericordia, n. 7), understood in its deepest and most tender aspect, in its ability to take upon itself the burden of any need and, especially, in its immense capacity for forgiveness?
Today my joy is truly great in presenting the life and witness of Sr Faustina Kowalska to the whole Church as a gift of God for our time. By divine Providence, the life of this humble daughter of Poland was completely linked with the history of the 20th century, the century we have just left behind. In fact, it was between the First and Second World Wars that Christ entrusted his message of mercy to her. Those who remember, who were witnesses and participants in the events of those years and the horrible sufferings they caused for millions of people, know well how necessary was the message of mercy.
Jesus told Sr Faustina:  "Humanity will not find peace until it turns trustfully to divine mercy" (Diary, p. 132). Through the work of the Polish religious, this message has become linked for ever to the 20th century, the last of the second millennium and the bridge to the third. It is not a new message but can be considered a gift of special enlightenment that helps us to relive the Gospel of Easter more intensely, to offer it as a ray of light to the men and women of our time.
3. What will the years ahead bring us? What will man's future on earth be like? We are not given to know. However, it is certain that in addition to new progress there will unfortunately be no lack of painful experiences. But the light of divine mercy, which the Lord in a way wished to return to the world through Sr Faustina's charism, will illumine the way for the men and women of the third millennium.
However, as the Apostles once did, today too humanity must welcome into the upper room of history the risen Christ, who shows the wounds of his Crucifixion and repeats:  Peace be with you! Humanity must let itself be touched and pervaded by the Spirit given to it by the risen Christ. It is the Spirit who heals the wounds of the heart, pulls down the barriers that separate us from God and divide us from one another, and at the same time, restores the joy of the Father's love and of fraternal unity.

4. It is important then that we accept the whole message that comes to us from the word of God on this Second Sunday of Easter, which from now on throughout the Church will be called "Divine Mercy Sunday". In the various readings, the liturgy seems to indicate the path of mercy which, while re-establishing the relationship of each person with God, also creates new relations of fraternal solidarity among human beings. Christ has taught us that "man not only receives and experiences the mercy of God, but is also called "to practise mercy' towards others:  "Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy' (Mt 5: 7)" (Dives in misericordian. 14). He also showed us the many paths of mercy, which not only forgives sins but reaches out to all human needs. Jesus bent over every kind of human poverty, material and spiritual.
His message of mercy continues to reach us through his hands held out to suffering man. This is how Sr Faustina saw him and proclaimed him to people on all the continents when, hidden in her convent at £agiewniki in Kraków, she made her life a hymn to mercy:  Misericordias Domini in aeternum cantabo.
5. Sr Faustina's canonization has a particular eloquence:  by this act I intend today to pass this message on to the new millennium. I pass it on to all people, so that they will learn to know ever better the true face of God and the true face of their brethren.
In fact, love of God and love of one's brothers and sisters are inseparable, as the First Letter of John has reminded us:  "By this we know that we love the children of God, when we love God and obey his commandments" (5: 2). Here the Apostle reminds us of the truth of love, showing us its measure and criterion in the observance of the commandments.
It is not easy to love with a deep love, which lies in the authentic gift of self. This love can only be learned by penetrating the mystery of God's love. Looking at him, being one with his fatherly heart, we are able to look with new eyes at our brothers and sisters, with an attitude of unselfishness and solidarity, of generosity and forgiveness. All this is mercy!
To the extent that humanity penetrates the mystery of this merciful gaze, it will seem possible to fulfil the ideal we heard in today's first reading:  "The community of believers were of one heart and one mind. None of them ever claimed anything as his own; rather everything was held in common" (Acts 4: 32). Here mercy gave form to human relations and community life; it constituted the basis for the sharing of goods. This led to the spiritual and corporal "works of mercy". Here mercy became a concrete way of being "neighbour" to one's neediest brothers and sisters.
6. Sr Faustina Kowalska wrote in her Diary:  "I feel tremendous pain when I see the sufferings of my neighbours. All my neighbours' sufferings reverberate in my own heart; I carry their anguish in my heart in such a way that it even physically destroys me. I would like all their sorrows to fall upon me, in order to relieve my neighbour" (Diary, p. 365). This is the degree of compassion to which love leads, when it takes the love of God as its measure!
It is this love which must inspire humanity today, if it is to face the crisis of the meaning of life, the challenges of the most diverse needs and, especially, the duty to defend the dignity of every human person. Thus the message of divine mercy is also implicitly a message about the value of every human being. Each person is precious in God's eyes; Christ gave his life for each one; to everyone the Father gives his Spirit and offers intimacy.
7. This consoling message is addressed above all to those who, afflicted by a particularly harsh trial or crushed by the weight of the sins they committed, have lost all confidence in life and are tempted to give in to despair. To them the gentle face of Christ is offered; those rays from his heart touch them and shine upon them, warm them, show them the way and fill them with hope. How many souls have been consoled by the prayer "Jesus, I trust in you", which Providence intimated through Sr Faustina! This simple act of abandonment to Jesus dispels the thickest clouds and lets a ray of light penetrate every life. Jezu, ufam tobie.
8. Misericordias Domini in aeternum cantabo (Ps 88 [89]: 2). Let us too, the pilgrim Church, join our voice to the voice of Mary most holy, "Mother of Mercy", to the voice of this new saint who sings of mercy with all God's friends in the heavenly Jerusalem.
And you, Faustina, a gift of God to our time, a gift from the land of Poland to the whole Church, obtain for us an awareness of the depth of divine mercy; help us to have a living experience of it and to bear witness to it among our brothers and sisters. May your message of light and hope spread throughout the world, spurring sinners to conversion, calming rivalries and hatred and opening individuals and nations to the practice of brotherhood. Today, fixing our gaze with you on the face of the risen Christ, let us make our own your prayer of trusting abandonment and say with firm hope:  Christ Jesus, I trust in you! Jezu, ufam tobie!   

S. João PAULO II ; MAGNO, homilia na canonização de Sta Faustina

 NA CANONIZAÇÃO DA BEATA MARIA FAUSTINA KOWALSKA
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
Domingo, 30 de Abril de 2000
1. "Confitemini Domino quoniam bonus, quoniam in aeternum misericordia eius".
"Louvai o Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o Seu amor" (Sl 118, 1). Assim canta a Igreja na Oitava de Páscoa, como que recolhendo dos lábios de Cristo estas palavras do Salmo, dos lábios de Cristo ressuscitado, que no Cenáculo traz o grande anúncio da misericórdia divina e confia aos apóstolos o seu ministério: "A paz seja convosco! Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós... Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 21-23).
Antes de pronunciar estas palavras, Jesus mostra as mãos e o lado. Isto é, indica as feridas da Paixão, sobretudo a chaga do coração, fonte onde nasce a grande onda de misericórdia que inunda a humanidade. Daquele Coração a Irmã Faustina Kowalska, a Beata a quem de agora em diante chamaremos Santa, verá partir dois fachos de luz que iluminam o mundo: "Os dois raios, explicou-lhe certa vez o próprio Jesus representam o sangue e a água" (Diário, Libreria Editrice Vaticana, pág. 132).
2. Sangue e água! O pensamento corre rumo ao testemunho do evangelista João que, quando um soldado no Calvário atingiu com a lança o lado de Cristo, vê jorrar dali "sangue e água" (cf. Jo 19, 34). E se o sangue evoca o sacrifício da cruz e o dom eucarístico, a água, na simbologia joanina, recorda não só o baptismo, mas também o dom do Espírito Santo (cf. Jo 3, 5; 4, 14; 7, 37-39).
A misericórdia divina atinge os homens através do Coração de Cristo crucificado: "Minha filha, dize que sou o Amor e a Misericórdia em pessoa", pedirá Jesus à Irmã Faustina (Diário, pág. 374). Cristo derrama esta misericórdia sobre a humanidade mediante o envio do Espírito que, na Trindade, é a Pessoa-Amor. E porventura não é a misericórdia o "segundo nome" do amor (cf. Dives in misericordia7), cultuado no seu aspecto mais profundo e terno, na sua atitude de cuidar de toda a necessidade, sobretudo na sua imensa capacidade de perdão?
É deveras grande a minha alegria, ao propor hoje à Igreja inteira, como dom de Deus para o nosso tempo, a vida e o testemunho da Irmã Faustina KowalskaPela divina Providência a vida desta humilde filha da Polónia esteve completamente ligada à história do século XX, que há pouco deixámos atrás. De facto, foi entre a primeira e a segunda guerra mundial que Cristo lhe confiou a sua mensagem de misericórdia. Aqueles que recordam, que foram testemunhas e participantes nos eventos daqueles anos e nos horríveis sofrimentos que daí derivaram para milhões de homens, bem sabem que a mensagem da misericórdia é necessária.
Jesus disse à Irmã Faustina: "A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a misericórdia divina" (Diário, pág. 132). Através da obra da religiosa polaca, esta mensagem esteve sempre unida ao século XX, último do segundo milénio e ponte para o terceiro. Não é uma mensagem nova, mas pode-se considerar um dom de especial iluminação, que nos ajuda a reviver de maneira mais intensa o Evangelho da Páscoa, para o oferecer como um raio de luz aos homens e às mulheres do nosso tempo.
3. O que nos trarão os anos que estão diante de nós? Como será o futuro do homem sobre a terra? A nós não é dado sabê-lo. Contudo, é certo que ao lado de novos progressos não faltarão, infelizmente, experiências dolorosas. Mas a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milénio.
Assim como os Apóstolos outrora, é necessário porém que também a humanidade de hoje acolha no cenáculo da história Cristo ressuscitado, que mostra as feridas da sua crucifixão e repete: A paz seja convosco! É preciso que a humanidade se deixe atingir e penetrar pelo Espírito que Cristo ressuscitado lhe dá. É o Espírito que cura as feridas do coração, abate as barreiras que nos separam de Deus e nos dividem entre nós, restitui ao mesmo tempo a alegria do amor do Pai e a da unidade fraterna.
4. É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de "Domingo da Divina Misericórdia". Nas diversas leituras, a liturgia parece traçar o caminho da misericórdia que, enquanto reconstrói a relação de cada um com Deus, suscita também entre os homens novas relações de solidariedade fraterna. Cristo ensinou-nos que "o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é também chamado a "ter misericórdia" para com os demais. "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7)" (Dives in misericordia14). Depois, Ele indicou-nos as múltiplas vias da misericórdia, que não só perdoa os pecados, mas vai também ao encontro de todas as necessidades dos homens. Jesus inclinou-se sobre toda a miséria humana, material e espiritual.
A sua mensagem de misericórdia continua a alcançar-nos através do gesto das suas mãos estendidas rumo ao homem que sofre. Foi assim que O viu e testemunhou aos homens de todos os continentes a Irmã Faustina que, escondida no convento de Lagiewniki em Cracóvia, fez da sua existência um cântico à misericórdia: Misericordias Domini in aeternum cantabo.
5. A canonização da Irmã Faustina tem uma eloquência particular: mediante este acto quero hoje transmitir esta mensagem ao novo milénio. Transmito-a a todos os homens para que aprendam a conhecer sempre melhor o verdadeiro rosto de Deus e o genuíno rosto dos irmãos.
Amor a Deus e amor aos irmãos são de facto inseparáveis, como nos recordou a primeira Carta de João: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e guardamos os Seus mandamentos" (5, 2). O Apóstolo recorda-nos nisto a verdade do amor, indicando-nos na observância dos mandamentos a medida e o critério.
Com efeito, não é fácil amar com um amor profundo, feito de autêntico dom de si. Aprende-se este amor na escola de Deus, no calor da sua caridade. Ao fixarmos o olhar n'Ele, ao sintonizarmo-nos com o seu coração de Pai, tornamo-nos capazes de olhar os irmãos com olhos novos, em atitude de gratuidade e partilha, de generosidade e perdão. Tudo isto é misericórdia!
Na medida em que a humanidade souber aprender o segredo deste olhar misericordioso, manifesta-se como perspectiva realizável o quadro ideal, proposto na primeira leitura: "A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia mas, entre eles, tudo era comum" (Act 4, 32). Aqui a misericórdia do coração tornou-se também estilo de relações, projecto de comunidade, partilha de bens. Aqui floresceram as "obras da misericórdia", espirituais e corporais. Aqui a misericórdia tornou-se um concreto fazer-se "próximo" dos irmãos mais indigentes.
6. A Irmã Faustina Kowalska deixou escrito no seu Diário: "Sinto uma tristeza profunda, quando observo os sofrimentos do próximo. Todas as dores do próximo se repercutem no meu coração; trago no meu coração as suas angústias, de tal modo que me abatem também fisicamente.
Desejaria que todos os sofrimentos caíssem sobre mim, para dar alívio ao próximo" (pág. 365). Eis a que ponto de partilha conduz o amor, quando é medido segundo o amor de Deus!
É neste amor que a humanidade de hoje se deve inspirar, para enfrentar a crise de sentido, os desafios das mais diversas necessidades, sobretudo a exigência de salvaguardar a dignidade de cada pessoa humana. A mensagem de misericórdia divina é assim, implicitamente, também uma mensagem sobre o valor de todo o homem. Toda a pessoa é preciosa aos olhos de Deus; Cristo deu a vida por cada um; o Pai dá o seu Espírito a todos, oferecendo-lhes o acesso à Sua intimidade.
7. Esta mensagem consoladora dirige-se sobretudo a quem, afligido por uma provação particularmente dura ou esmagado pelo peso dos pecados cometidos, perdeu toda a confiança na vida e se sente tentado a ceder ao desespero. Apresenta-se-lhe o rosto suave de Cristo, chegando-lhe aqueles raios que partem do seu Coração e iluminam, aquecem e indicam o caminho, e infundem esperança. Quantas almas já foram consoladas pela invocação "Jesus, confio em Ti", que a Providência sugeriu através da Irmã Faustina! Este simples acto de abandono a Jesus dissipa as nuvens mais densas e faz chegar um raio de luz à vida de cada um.
"Jezu ufam tobie!"
8. Misericordias Domini in aeternum cantabo (Sl 88 [89], 2). À voz de Maria Santíssima, "Mãe da misericórdia", à voz desta nova Santa, que na Jerusalém celeste canta a misericórdia juntamente com todos os amigos de Deus, unamos também nós, Igreja peregrinante, a nossa voz.
E tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dádiva da terra da Polónia à Igreja inteira, obtém-nos a graça de perceber a profundidade da misericórdia divina, ajuda-nos a torná-la experiência viva e a testemunhá-la aos irmãos! A tua mensagem de luz e de esperança se difunda no mundo inteiro, leve à conversão os pecadores, amenize as rivalidades e os ódios, abra os homens e as nações à prática da fraternidade. Hoje, ao fixarmos contigo o olhar no rosto de Cristo ressuscitado, fazemos nossa a tua súplica de confiante abandono e dizemos com firme esperança:
Jesus Cristo, confio em Ti!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Sta CATARINA DE SENA: UMA SANTA PARA HOJE!

Santa Catalina de Siena
Por INFOVATICANA | 29 abril, 2019
(Catholic.net)- Lo que más maravilla en la vida de Santa Catalina de Siena no es tanto el papel insólito que desempeñó en la historia de su tiempo, sino el modo exquisitamente femenino con que lo desempeñó. Al Papa, a quien ella llamaba con el nombre de “dulce Cristo en la tierra”, le reprochaba la poca valentía y lo invitaba a dejar Aviñón y regresar a Roma, con palabras humanísimas como éstas: “¡Animo, virilmente, Padre! Que yo le digo que no hay que temblar”. A un joven condenado a muerte y a quien ella había acompañado hasta el patíbulo, le dijo en el último instante: “¡a las bodas, dulce hermano mío! que pronto estarás en la vida duradera”.
Pero la voz sumisa de la mujer cambiaba de tono y se traducía frecuentemente en ese “yo quiero” que no admitía tergiversaciones cuando entraba en juego el bien de la Iglesia y la concordia de los ciudadanos.
Catalina nació en Siena (Italia) el 25 de marzo de 1347 y era la vigésimo cuarta hija de Santiago y Lapa Benincasa. A los quince años entró a la Tercera Orden de Santo Domingo, comenzando una vida de penitencia muy rigurosa. Para vencer la repugnancia hacia un leproso maloliente, se inclinó y le besó las llagas. A los diecinueve años (1366) celebró su místico matrimonio con Cristo. Esto no se debió a fantasías juveniles, sino que era el comienzo de una extraordinaria experiencia mística, como se pudo comprobar después.
Como no sabía leer ni escribir, comenzó a decir a varios amanuenses sus cartas, afligidas y sabias, dirigidas a Papas, reyes, jefes y a humilde gente del pueblo. Su valiente compromiso social y político suscitó no pocas perplejidades entre sus mismos superiores y tuvo que presentarse ante el capítulo general de los dominicos, que se celebró en Florencia en mayo de 1377, para explicar su conducta.
En Siena, en el recogimiento de su celda, dictó el “Diálogo sobre la Divina Providencia” para tributar a Dios su último canto de amor. En los comienzos del gran cisma aceptó el llamamiento de Urbano VI para que fuera a Roma. Aquí se enfermó y murió rodeada de sus muchos discípulos a quienes recomendó que se amaran unos a otros. Era el 29 de abril de 1380: hacía un mes que había cumplido 33 años.
Fue canonizada el 29 de abril de 1461. En 1939 fue declarada patrona de Italia junto con San Francisco de Asís, y el 4 de octubre de 1970 Pablo VI la proclamó doctora de la Iglesia, y el 1 de Octubre de 1999 S.S. Juan Pablo II la declaró Patrona de Europa.
Publicado en Catholic.net



terça-feira, 28 de abril de 2020

Na festa de Santa Joana Molla - 28 de Abril


  
                                                     SANTA JOANA BERETTA MOLLA



“Segundo o exemplo de Cristo, que “tendo amado os seus, amou-os até ao fim” (Jo 13,1 ), esta santa mãe de família   manteve-se heroicamente fiel ao compromisso assumido no dia do matrimónio . O sacrifício eterno que selou a sua vida dá testemunho de que somente quem tem a coragem de se entregar totalmente a Deus e aos irmãos se realiza a si mesmo.
   Possa a nossa época descobrir de novo, através do exemplo de Gianna Beretta Molla, a beleza pura, casta e fecunda do amor conjugal, vivido como resposta ao chamamento divino”.( S. João Paulo II )
                                     Oração
Senhor, nosso Deus, fonte de toda a vida, fazei de mim, à semelhança de Santa Joana Beretta Molla, um exemplo de dedicação incondicional à causa da defesa da vida humana, da concepção à morte natural.
Pai de infinita misericórdia, abençoai e protegei  todas as  mulheres grávidas e dai-lhes uma boa hora no parto.
Que por intercessão de Santa Joana Beretta Molla todas as grávidas respeitem o direito à vida do filho que trazem no seu ventre , o amem desde o primeiro instante e que nenhuma seja tentada e se deixe  tentar pelo aborto.
Santa Joana, rogai por todas as mães que esperam o nascimento de um filho.
P.N. – A. M. – Glória …  

                                                      esporto

Santa Joana Beretta Molla, da MILITIA SANCTAE MARIAE - cavaleiros de Nossa Senhora, que se venera na igreja da Lapa ( Braga )

segunda-feira, 27 de abril de 2020

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA - Dia 9

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA
Início: Dia 19 de abril
Conclusão: Dia 27 de abril
Festa: Dia 28 de Abril

Querida Santa Serva de Deus, Santa Gianna Beretta Molla, rezamos para você porque você foi a mãe caridosa e sofredora que escolheu a vida de seu filho sobre sua própria vida.
Sua fidelidade a Deus trouxe você tão perto de Deus que agora você está descansando em Seu esplendor divino.
Nós humildemente oramos por sua santa intercessão. (Mencione suas intenções aqui)
No meio do seu sofrimento, você continuou sua missão de cuidar dos doentes, necessitados e fracos. E assim nós trazemos nossos corações necessitados para você e pedimos que você ore por nós a Deus nosso Pai...


Santa Gianna, você disse "sim" à nova vida do seu bebê, generosamente sacrificando sua própria vida.
Mostre-nos como dizer “sim” como você fez à vontade de Deus para que possamos chegar ao descanso eterno com Deus no céu.
Ave Maria
Glória ao Pai
Pai Nosso
São Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Instituto Internacional Familiaris Consortio. @iifcbrasil
Milícia de Santa Maria

domingo, 26 de abril de 2020

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA - Dia 8

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA
Início: Dia 19 de abril
Conclusão: Dia 27 de abril
Festa: Dia 28 de Abril

Querida Santa Serva de Deus, Santa Gianna Beretta Molla, rezamos para você porque você foi a mãe caridosa e sofredora que escolheu a vida de seu filho sobre sua própria vida.
Sua fidelidade a Deus trouxe você tão perto de Deus que agora você está descansando em Seu esplendor divino.
Nós humildemente oramos por sua santa intercessão. (Mencione suas intenções aqui)
No meio do seu sofrimento, você continuou sua missão de cuidar dos doentes, necessitados e fracos. E assim nós trazemos nossos corações necessitados para você e pedimos que você ore por nós a Deus nosso Pai...


Santa Gianna, você disse "sim" à nova vida do seu bebê, generosamente sacrificando sua própria vida.
Mostre-nos como dizer “sim” como você fez à vontade de Deus para que possamos chegar ao descanso eterno com Deus no céu.
Ave Maria
Glória ao Pai
Pai Nosso
São Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Instituto Internacional Familiaris Consortio. @iifcbrasil
Milícia de Santa Maria

sábado, 25 de abril de 2020

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA - Dia 7

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA
Início: Dia 19 de abril
Conclusão: Dia 27 de abril
Festa: Dia 28 de Abril

Querida Santa Serva de Deus, Santa Gianna Beretta Molla, rezamos para você porque você foi a mãe caridosa e sofredora que escolheu a vida de seu filho sobre sua própria vida.
Sua fidelidade a Deus trouxe você tão perto de Deus que agora você está descansando em Seu esplendor divino.
Nós humildemente oramos por sua santa intercessão. (Mencione suas intenções aqui)
No meio do seu sofrimento, você continuou sua missão de cuidar dos doentes, necessitados e fracos. E assim nós trazemos nossos corações necessitados para você e pedimos que você ore por nós a Deus nosso Pai...


Santa Gianna, você disse "sim" à nova vida do seu bebê, generosamente sacrificando sua própria vida.
Mostre-nos como dizer “sim” como você fez à vontade de Deus para que possamos chegar ao descanso eterno com Deus no céu.
Ave Maria
Glória ao Pai
Pai Nosso
São Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Instituto Internacional Familiaris Consortio. @iifcbrasil
Milícia de Santa Maria

O RUÍDO DAS LIBERDADES DE ABRIL


A consciência da liberdade e da dignidade do homem, de mão dada com a afirmação dos direitos inalienáveis da pessoa e dos povos, é uma das características predominantes do nosso tempo. Antes do cristianismo era impensável, mesmo que agora ainda se possa fomentar de modo errado! A comunicação que Deus fez de si mesmo aos homens tornou Jesus Cristo o acontecimento da História de maior relevância para a Humanidade, ao ponto de dividir a História no antes e no depois de Cristo. Inverteu os valores, fez resplandecer a dignidade pessoal de cada individuo, deu aso à formulação dos direitos humanos mesmo que ainda muito espezinhados. “No mundo pré-cristão, procuraríamos em vão semelhante visão do Homem: nem Platão, que fala de forma sublime do eros, nem nos tratados de Aristóteles e de Cícero sobre a amizade, nem nos escritos dos estoicos se poderá encontrar qualquer atenção à pessoa humana, à qual só se dará fundamento a partir da revelação cristã” (Hans Urs von Balthasar). Jesus, figura dominante da História, veio dar-lhe o seu significado autêntico, a sua direção permanente e definitiva. Não com armas e opressão, mas comprometendo-se com a sorte do homem, em amor e misericórdia. Ateus, crentes, filósofos, escritores, artistas, pessoas de todas as áreas do saber, do poder e do saber fazer, ninguém, ninguém ficou nem fica indiferente perante o que Ele disse e fez, perante o encanto da sua pessoa e da sua doação até ao extremo. Assim aconteceu com todos quantos se cruzaram com Ele ao longo da sua vida terrena e depois da sua Ressurreição, o Grande Dia para toda a Humanidade, a Páscoa. Sim, o Grande Dia, acredite-se ou não! À volta da sua pessoa, ontem e hoje, quantos encontros e desencontros, quanta alegria e entusiasmo, quantas certezas e dúvidas, quantas inquietações e esperanças, quantos, quantos amores apaixonados até ao martírio, quanta vida, quanto testemunho, quanto bem fazer, quantas expressões extraordinárias de arte e beleza em todas as áreas da atividade humana. No entanto, como perante Ele ninguém fica indiferente, também houve e há rejeições. E quantas delas por mera ignorância ou preconceitos como aquele que chegou ao ponto de mandar gravar uma cruz na sola dos sapatos para O espezinhar continuamente. Quanta mentira ou iniciativa para O desmitificar, quantas banalizações e ofensas, quantas apropriações indevidas até para fazer guerras, quantas perseguições, quantos escritos para negar a sua divindade. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”, rezou Cristo na Cruz (Lc 23,34).
Aquele “Tudo está consumado” dito por Jesus no alto do Calvário, não foi uma declaração conformada com o fim de tudo. Não foi uma humilhante rendição porque tudo fracassara. Não, não foi um cruzar de braços perante uma derrota. Foi um vigoroso Sim à vitória da vida sobre a morte, um Sim para restituir ao homem a dignidade perdida e indicar a toda a Humanidade o caminho da Liberdade, da Dignidade e do viver com sentido e esperança. Jesus falou e continua a falar com a simplicidade da sua vida, com a sua humanidade, com a sua obediência ao Pai, com a sua coerência, com a sua fidelidade à verdade e com o seu amor a toda a gente, sem fazer aceção de pessoas, dando prioridade aos que sofrem e aos esquecidos à margem da vida. Foi n’Ele e por Ele que o homem adquiriu plena consciência do sentido da sua vida, da sua dignidade e do valor transcendente da própria humanidade.
Cada país tem o seu Dia Nacional, o qual, infelizmente, nem sempre é o dia da conquista da liberdade, dentro daquela Liberdade e Dignidade de filhos de Deus. Por paradoxal que pareça, esses dias nacionais vão-se sucedendo uns aos outros, tal como aquelas afirmações que são tão verdade enquanto não vem outro e diz o contrário. Parece que cada tempo tem de ter forçosamente os seus heróis. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, sobretudo quando os que governam se esquecem da sua verdadeira missão ao serviço do povo. O último acontecimento mais digno de registo ou tido como revolucionário, para o bem ou para o mal, é sempre o único, o mais nobre e o mais importante para quem o levou acabo, mesmo que o seja para desgraça de um povo. E sempre há gente que está com quem está, quer quando o regime se apoia na razão da força, quer quando se pauta pela força da razão. O virar da casaca é imediato, num esfregar de olhos. A subserviência aos da nova situação é tal que nunca os deixa livres para avaliarem qualquer dos sistemas. E como a fama é um objetivo apetecível, há quem, dentro da façanha revolucionária, não passando de um mero e suplente apanha bolas devido às circunstâncias do momento e das quais porventura não conseguiu fugir, há quem não se canse de gritar ao mundo a fazer crer que foi um grande craque no relvado, um herói indispensável na hora da mudança e a merecer lugar de sócio correspondente e de número na academia da história pátria, quiçá, um cantinho no panteão! Ai estes bípedes humanos que engraçados que somos!...
E assim, uns, como é o nosso caso, festejam com alegria o dia em que a liberdade foi conquistada e se instalou a democracia e os direitos de cidadania. Há festa, vestem-se os fatos de domingar e calçam-se os sapatos de ir à missa, como soe dizer-se, para se entrar no Salão Nobre e florido da República onde os representantes do povo têm a sua cátedra de diagnóstico das maleitas e do receituário para as doenças do Nação. Há discursos empolgados com esticadas reflexões, há palmas e aplausos. E bem, é preciso comemorar e fazer festa. Há conquistas inesquecíveis a merecer festa em qualquer tempo e a qualquer pretexto, com terno e gravata. A ferir a história dos povos, idênticas manifestações também fazem as ditaduras, com desfiles militares a quererem assustar o mundo, discursos empolgados a olhar para o umbigo, aplausos e palmas a aquecer as mãos e a atordoar os ouvidos. Os demagogos encontram aí uma grande ocasião para espraiarem o seu ego por entre discursos inflamados a ecoar por mundo fora. O povo, esse, e conforme os casos, ou se manifesta livremente na alegria e gratidão de ter a liberdade, ou na obrigação de fingir e repudiar a tristeza que lhe vai na alma. Nas próprias escolas, a história última que se estuda, é sempre a história feita pelos últimos vencedores, por aqueles que se encontram ao leme dos países, quer seja a construída pelos que conquistaram a liberdade, quer seja a feita pelos que a esconjuraram. Para uns e outros, importa denegrir o passado como nada tendo de bom, e empolgar o presente como maravilha sem igual. Mas isto também acontece, em democracia, dentro dos partidos que se alternem no poder. Nenhum consegue viver sem denegrir o do turno anterior para que possa engrandecer o que ele agora está a fazer. A história humana, que é cíclica, lá se vai desenvolvendo por entre tais enredos, tantas vezes com a humilhação do povo, do qual, quem manda, se julga dono e senhor, esquecendo que o seu poder é um poder delegado pelo próprio povo, em nome de Deus. E disse Pilatos a Jesus: “Não sabes que tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar?” Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre Mim se ela não te fosse dada do alto” (Jo 19,10-11).
Portugal, nos últimos tempos, saboreou ambos os momentos. Quem agora se apresenta como presa fácil às garras desse traste que é o covid-19, sabe apreciar bem a diferença. Muita gente festejou - ou suportou ver festejar! -, com gosto ou sem gosto, contrariado ou por obrigação, o 28 de maio. Mesmo que o Dia da Restauração e o da República estejam dormentes nos braços de Morfeu, festejemos o 25 de abril, que, neste ano, já deu água pela barba àqueles que, quando falaram sobre os festejos, de tal modo falaram que até as andorinhas suspenderam o voar e as árvores se torceram para os escutar. Mas não gostaram, o efeito foi fraco e era escusado! Esperemos que o povo, que sabe rir dessas horas menos boas dos seus Servidores, não deixe de viver, com gosto e ao seu jeito, e como melhor o conseguir fazer, esse Dia Nacional que a todos nos orgulha e enobrece o país.
Antonino Dias
 Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 24-04-2020.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA - Dia 6

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA
Início: Dia 19 de abril
Conclusão: Dia 27 de abril
Festa: Dia 28 de Abril

Querida Santa Serva de Deus, Santa Gianna Beretta Molla, rezamos para você porque você foi a mãe caridosa e sofredora que escolheu a vida de seu filho sobre sua própria vida.
Sua fidelidade a Deus trouxe você tão perto de Deus que agora você está descansando em Seu esplendor divino.
Nós humildemente oramos por sua santa intercessão. (Mencione suas intenções aqui)
No meio do seu sofrimento, você continuou sua missão de cuidar dos doentes, necessitados e fracos. E assim nós trazemos nossos corações necessitados para você e pedimos que você ore por nós a Deus nosso Pai...


Santa Gianna, você disse "sim" à nova vida do seu bebê, generosamente sacrificando sua própria vida.
Mostre-nos como dizer “sim” como você fez à vontade de Deus para que possamos chegar ao descanso eterno com Deus no céu.
Ave Maria
Glória ao Pai
Pai Nosso
São Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Instituto Internacional Familiaris Consortio. @iifcbrasil
Milícia de Santa Maria

“Não estamos preparados para enfrentar a pandemia”, diz Nabil Antaki, médico e colaborador da AIS em Alepo

SÍRIA: “Não estamos preparados para enfrentar a pandemia”, diz Nabil Antaki, médico e colaborador da AIS em AlepoSÍRIA:


Não há ainda muitos casos conhecidos de coronavírus na Síria. No entanto, isso não significa que o país venha a ser poupado a uma proliferação da pandemia. Para o médico Nabil Antaki, coordenador da campanha da Fundação AIS “uma gota de leite para as crianças de Alepo”, o baixo número de pessoas infectadas com o Covid19 é apenas consequência dos poucos testes realizados até hoje.

Em entrevista à agência de notícias AsiaNews, Antaki afirma a sua convicção de que “o número de pessoas infectadas pelo coronavírus é maior do que as estatísticas oficiais” apontam, pois não foi ainda iniciada “uma política geral de triagem”. Por isso, “apenas as pessoas com os sintomas mais graves da doença são testadas”.

De qualquer forma, independentemente da real dimensão que o coronavírus possa ter na Síria, este médico cristão manifesta a sua preocupação perante a fragilidade do sistema de saúde pois o país está em guerra há já uma década.

“Não estamos preparados para enfrentar a pandemia. Antes do conflito, o sistema de saúde da Síria funcionava perfeitamente, mas a guerra afectou-o de uma maneira muito profunda”, explica o clínico, apontando também responsabilidades para “as sanções contra Damasco impostas pelos EUA e pela União Europeia”.

Para o doutor Nabil Antaki, se a epidemia vier a alastrar, tornar-se-á evidente a falta de equipamento hospitalar para o tratamento dos pacientes e isso poderá transformar-se num desastre. “Não temos equipamento suficiente para lidar com eles, como ventiladores, leitos para terapia intensiva… seria um desastre.”

Na entrevista à AsiaNews, o colaborador da Fundação AIS reconhece que as medidas adoptadas até agora pelo governo de Damasco têm-se revelado satisfatórias no combate ao alastramento da pandemia do coronavírus.

“Até agora, as medidas tomadas são suficientes: escolas, universidades, restaurantes, cafés, fábricas, escritórios e todas as empresas, além das do sector alimentar, estão fechadas”, estando em vigor o recolher obrigatório a partir das 18 horas. Se o número de pessoas infectadas crescer assinalavelmente, afirma ainda Nabil Antaki, “será necessário declarar” um isolamento mais severo.

Entre todos os sectores da sociedade, são os refugiados e deslocados internos que suscitam maior preocupação por estarem a viver em locais com menos condições sanitárias. Todos os que vivem “nos campos de refugiados são os mais vulneráveis”, diz o médico de Alepo, reconhecendo que, por isso, estão em maior “risco” e são, claro, “uma fonte de preocupação”.

No entanto, Antaki acrescenta que, “pelo menos até agora, não registavam maior incidência de casos do que os demais”.

Nabil Antaki é cristão e médico em Alepo. Especialista em gastroenterologia, tem estado na linha da frente no apoio à população síria vítima de guerra há já uma década. Uma das áreas que o têm notabilizado prende-se com o apoio aos sectores mais fragilizados da população, nomeadamente as crianças. Desde 2015 que é o coordenador da campanha da Fundação AIS “uma gota de leite para as crianças de Alepo”.

Esta campanha, que tem merecido ao longo dos anos um apoio entusiástico por parte dos benfeitores portugueses da AIS, tem-se revelado essencial para a sobrevivência de centenas de crianças.

O próprio Dr. Antaki, numa mensagem enviada para a Fundação AIS, explica isso. “Todos os meses distribuímos leite para cerca de 3 mil crianças e bebés. As necessidades crescem diariamente. Embora este seja um desafio enorme, é também um sinal de esperança.”

Na mensagem de agradecimento que enviou para os benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre, Nabil Antaki explica que todas as pessoas que ficaram na Síria, apesar da guerra e da violência, não podem ser abandonadas. “Estas pessoas precisam tanto de assistência quanto as que já fugiram do país. Precisam de ajuda e de esperança!

Para as auxiliar, Nabil Antaki decidiu ficar na Síria, junto do seu povo. “Vou ficar em Alepo enquanto precisarem de mim. Obrigado aos benfeitores da Fundação AIS pela ajuda constante!”


Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D
1600-796 Lisboa | PORTUGAL
TEL (+351) 217 544 000  | TLM (+351) 912 154 168

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Feast of St. George, patron saint of knighthood

Faire is the heaven where happy soules have place
In full enjoyment of felicitie;
Whence they do still behold the glorious face
Of the Divine, Eternall Majestie;

Yet farre more faire be those bright Cherubins
Which all with golden wings are overdight.
And those eternall burning Seraphins
Which from their faces dart out fiery light;

Yet fairer than they both and much more bright
Be the Angels and Archangels
Which attend on God's owne person without rest or end.
These then in faire each other farre excelling
As to the Highest they approach more neare,
Yet is that Highest farre beyond all telling

Fairer than all the rest which there appeare
Though all their beauties joynd together were;
How then can mortal tongue hope to expresse

The image of such endlesse perfectnesse?

Subsequent to holding posts as organist at Lichfield, New College and Christ Church Oxford, composer William Harris went on to become organist and Director of Music at St George’s Chapel, Windsor from 1933. In that post he conducted the music for two coronations and was involved in teaching Queen Elizabeth and Princess Margaret madrigals in the Red Drawing Room of Windsor Castle every Monday when they lived there throughout the wartime period. At these gatherings the two princesses were joined by senior choristers from St George’s with the lower parts sung by a mix of Etonians, Grenadier Guards and members of the Windsor and Eton Choral Society. One can only imagine much merriment was had at such gatherings and wonder whether our current monarch, back at Windsor Castle now, again as a place of shelter, currently dwells on such evenings from the past!

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA - Dia 5

NOVENA A SANTA GIANNA BERETTA MOLLA
Início: Dia 19 de abril
Conclusão: Dia 27 de abril
Festa: Dia 28 de Abril

Querida Santa Serva de Deus, Santa Gianna Beretta Molla, rezamos para você porque você foi a mãe caridosa e sofredora que escolheu a vida de seu filho sobre sua própria vida.
Sua fidelidade a Deus trouxe você tão perto de Deus que agora você está descansando em Seu esplendor divino.
Nós humildemente oramos por sua santa intercessão. (Mencione suas intenções aqui)
No meio do seu sofrimento, você continuou sua missão de cuidar dos doentes, necessitados e fracos. E assim nós trazemos nossos corações necessitados para você e pedimos que você ore por nós a Deus nosso Pai...


Santa Gianna, você disse "sim" à nova vida do seu bebê, generosamente sacrificando sua própria vida.
Mostre-nos como dizer “sim” como você fez à vontade de Deus para que possamos chegar ao descanso eterno com Deus no céu.
Ave Maria
Glória ao Pai
Pai Nosso
São Gianna Beretta Molla, rogai por nós!

Instituto Internacional Familiaris Consortio. @iifcbrasil
Milícia de Santa Maria

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Tempos difíceis, como combater este mal dos nossos tempos?


Queríamos muito que este mal não estivesse acontecendo em nossos tempos.

Mas, precisamos tomar atitudes que promovam a segurança e a saúde de todas as pessoas diante deste mal avassalador que de forma incompreensível afetou muitas pessoas e tem tirado a vida de milhões de vidas sem dó, nem piedade.

Para conseguirmos vencer este que é o mal que mais tira vidas humanas nos dias atuais, vamos precisar amar mais a vida, o próximo, a saúde, ter mais cuidados com os mais frágeis e necessitados e lutar para que todos tenham vida e vida em abundância.

Vamos todos nos unir contra o aborto, a pior forma de mal de nossos tempos e promover a vida humana, sobretudo de nossas crianças mais indefesas.

(E pensar que tem gente que é a favor do aborto pedindo para as pessoas se cuidarem do SARS-COV-2. Não é a Covid-19 o maior perigo de nossos tempos, mas as mentes abortistas que promovem e defendem milhões de assassinatos a cada ano).

IIFC
MSM

MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora 
Círculo Internacional Cristãos Pelo Ambiente
 S. JOÃO GUALBERTO
                                            
                                
    
                                                         MANIFESTO TERRA
                                         NO DIA MUNDIAL DA TERRA – 22 de Abril

    A Terra  não sente, não pensa, não ama, não venera e não se preocupa, contrariamente ao que escreveu o teólogo da Teologia da Libertação, um conhecido esquerdista e ecologista radical, Leonardo Boff. Não! A Terra não é um ser vivo. É, simplesmente, o suporte da vida, na sua camada mais periférica. Só.
     Para um cristão, Deus enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, para salvar o Homem, não a Terra nem qualquer outro ser vivo que não o Homem. É bom termos sempre presente que, na Terra, o cume da criação é precisamente o Homem.
     A Terra também não é uma deusa, GAIA, como este ( teólogo?!) pretende. Isso é paganismo. Só há um Deus, omnipotente, senhor e criador do céu e da terra, do mundo visível e do invisível. A Terra é uma criatura do Criador e, por isso, porque é obra do Criador, merece o nosso cuidado e a nossa guarda respeitosa.
    Toda a agressão contra a vida (verdadeiro biocídio), que é criação de Deus, é uma agressão ao Criador, Deus. Quando se agride a Terra e o que nela existe, praticamos um geocídio, pecado grave contra o Criador. O Criador é que é o centro, fonte e origem das criaturas. Nestas, o Homem tem um lugar especial, única criatura, criada à imagem e semelhança de Deus. Será bom, até para cuidarmos bem da Terra. Citando o mesmo Papa ( in “Evangelium vitae”,nº34): « Confirma-se assim o primado do homem sobre as coisas: estas estão ordenadas ao homem e entregues à sua responsabilidade, enquanto por nenhuma razão pode o homem ser subjugado pelos seus semelhantes e como que reduzido ao estatuto de coisa».
    Quando se retira Deus, o Criador, da nossa vida de humanos, rompem-se os equilíbrios ecológicos. E só há verdadeira Ecologia quando esta integra o Homem. Se este passa a ser entendido como o grande inimigo do meio ambiente, a humanidade desumaniza-se. A humanidade sofre, assim, com essas agressões. Estas são o produto do seu egoísmo, do seu egoísmo descentrado. Quando a humanidade, como nos nossos dias, centra o seu agir e viver só sobre si e tudo o que a envolve faz rodopiar sobre si, para satisfazer a sua egolatria, torna-se ecocida e, consequentemente, geocida.
       A poluição atmosférica, o abuso que fazemos da Natureza atentando contra os diferentes ecossistemas, entre outras causas, explicam alguns desequilíbrios e males de que hoje sofremos. Só tornando a nossa relação com o Ambiente, tendo Deus no centro das nossas vidas e das nossas relações com a Natureza, a criação, será reequilibrada. S. João Paulo II, Magno, deixou-nos estas palavras sábias na Exortação Apostólica Pós-Sinodal “ ECCLESIA IN EUROPA” (nº 89), referindo-se aos maus tratos dados à Terra pela humanidade: « … não se pode esquecer que às vezes é feito um uso indevido dos homens da terra. De facto, faltando à sua missão de cultivar e guardar a terra com sabedoria e amor (cf.Gn2,15), o homem tem em muitas regiões devastado bosques e planuras, poluído as águas, tornado irrespirável o ar, alterado os sistemas hidrogeológicos e atmosféricos e desertificando imensas extensões.
    Neste caso, servir o Evangelho da esperança significa empenhar-se de modo novo num correcto uso dos bens da terra, estimulando uma atenção tal que, além de tutelar ao habitat naturais, defenda a qualidade da vida das pessoas, preparando para as gerações futuras um ambiente mais harmonioso com o projecto do Criador.»
      Nós, os homens, porque sentimos, pensamos, amamos, veneramos e preocupamos e, sobretudo, adoramos a Deus podemos e devemos alterar o ritmo malfazejo que causa mal estar na Terra e a danifica. Assim, usando as palavras de S. João Paulo II, Magno, serviremos o EVANGELHO DA ESPERANÇA. Estaremos deste modo, na nossa missão de estar ao serviço da NOVA EVANGELIZAÇÃO.
     Quando privilegiamos o lucro rápido e desmedido que podemos retirar da Terra em detrimento de uma saudável exploração dos seus recursos e perdemos a capacidade de nos encantarmos com o canto das aves, as cores das flores, o serpenteado de um rio, o fragor das ondas do mar, a beleza de um cristal que brilha e refulge à luz do Sol ou não somos capazes de nos deixarmos fascinar pela beleza nocturna de um céu estrelado… então, a humanidade, todos nós, desumanizamo-nos brutalmente. É então, quando perdemos esta capacidade de olhar e escutar a criação, que nos tornamos predadores vorazes e brutais destruidores da Natureza. A avidez do lucro egoísta torna-nos  insensíveis aos dons da criação e, consequentemente, seus delapidadores agressivos e destruidores. A insensibilidade face à beleza da criação sejam rochas, plantas, trovões, riachos ou animais, faz de nós “ máquinas trituradoras” do Belo, de Deus, que afastamos e ignoramos para sermos “ livremente” ainda mais demolidores desta Terra onde nos foi dado viver, porque Ele se torna incómodo nas Suas criaturas que nós não respeitamos mas de que nos tornamos meros destruidores.
   Quando cada um de nós não sente a Terra como seu habitáculo transitório e de que só somos gestores efémeros;  
   Quando cada um de nós não pensa que não é o dono da criação;
   Quando cada um de nós não ama a Terra respeitando como um palco onde somos actores transitórios;
   Quando cada um de nós não se preocupa em usar com “ conta, peso e medida” dos bens da terra que estão á nossa disposição;
   Quando cada um de nós não adora o Criador como o único autor que fez o céu e a terra e tudo o que nela existe, passando a venerar as criaturas, invertendo a hierarquia natural e espiritual …
   … Então a humanidade está trabalhar para o seu fim. É isto que nós todos queremos?

O  Presidente do Círculo Internacional Cristãos pelo Ambiente S. João Gualberto

Eng. Mário Silva


PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...