terça-feira, 29 de setembro de 2020

Solenidade de S. Miguel Arcanjo

Do Livro do Apocalipse do apóstolo São João 12, 1-17

Os Arcanjos combatem pela Virgem Santa Maria

Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma mulher revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. E apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra.
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho logo que nascesse. Ela teve um Filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro. O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono, e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar, para ali ser alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
Travou-se então um combate no Céu: Miguel e os seus Anjos tiveram de lutar contra o dragão. O dragão e os seus Anjos lutaram também, mas foram derrotados e perderam o seu o lugar no Céu para sempre. Foi expulso o enorme dragão, a antiga serpente, aquele que chamam Diabo e Satanás, que seduz o universo inteiro. Foi precipitado sobre a terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.
Depois ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e o domínio do seu ungido, porque foi precipitado o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. Eles venceram-no, graças ao Sangue do Cordeiro e ao testemunho que deram: desprezaram a própria vida, até aceitarem a morte. Por isso, alegrai-vos, ó Céus, e vós que neles habitais. Ai de vós, terra e mar, porque o Diabo desceu até vós com grande furor, sabendo que dispõe de pouco tempo».
Quando se viu precipitado na terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha tido o Filho varão. Foram dadas, porém, à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto e ao lugar que lhe estava destinado, onde é sustentada por um tempo, tempos e metade de um tempo, longe da serpente.
A serpente lançou então pela boca, atrás da mulher, um rio de água, a fim de a arrastar na torrente. Mas a terra veio em auxílio da mulher: abriu a boca e engoliu o rio que o dragão lançara pelas fauces. O dragão enfureceu-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto dos seus filhos que observam os preceitos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus.


David Perez (1711-1778)
Natural de Nápoles, de uma família espanhola, David Perez foi, em 1752, chamado de Roma para Lisboa, onde assumiu o cargo de mestre de capela e de professor das princesas reais e onde viveu até sua morte.
Em Abril de 1755, foi inaugurada a Ópera do Tejo com a ópera de David Perez Alessandro nell”Indie, numa produção deslumbrante que reunia no seu elenco os maiores cantores italianos daquele período, para além de 400 figurantes e dois elefantes. Este teatro magnificente acabaria, infelizmente, por ser destruído poucos meses depois pelo terramoto de 1755. A reconstrução de Lisboa pelo Marquês de Pombal não incluiu a Ópera do Tejo, pelo que, quando a atividade operática foi retomada oito anos depois, esta passaria a ser produzida numa escala mais modesta nos teatros da Ajuda e de Salvaterra. Das 38 óperas de Perez, 14 foram escritas para Lisboa, mas a sua produção dramática decresceu muito após o terremoto. Continuou, no entanto, a compor partituras religiosas, que constituem um dos mais requintados corpus de músicas de rito católico de todo o século XVIII.
Durante anos negligenciado por investigadores e intérpretes, David Perez gozou, contudo, de enorme projeção européia na sua época, a qual viria a desvanecer-se gradualmente ao longo dos 26 anos que passou em Portugal. Teria também uma importância crucial na música portuguesa, mas a ausência de estudos e de oportunidades para ouvir as suas obras não têm até agora permitido comprová-la ou reavaliá-la.

29 de Setembro - dia de S. Miguel ( Grão-Mestre da MSM)

A ORAÇÃO A S. MIGUEL, ARCANJO e os PAPAS 


S. João Paulo II, Magno, na oração do “Regina Coeli” , em 24 de Abril de 1994, dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de S. Pedro, exortou-os à recitação da oração a S. Miguel. Arcanjo, deste modo:

«Queira Deus que a oração fortaleça para a batalha espiritual de que fala , na Carta aos Efésios: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder (Ef 6,10). A essa mesma batalha se refere o livro do Apocalipse, revivendo diante dos nossos olhos a imagem de S. Miguel Arcanjo (cf, Ap.12,7). Seguramente teria muito presente esta cena quando, no final do século passado (XIX), o Papa Leão XIII, introduziu em toda a Igreja uma oração especial a S. Miguel: «S. Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate contra as insídias e ciladas do diabo; sede nosso auxílio…».

Ainda que na actualidade esta oração já não se reze no final da celebração eucarística, convido-vos a não a esquecer e a rezá-la para obter ajuda na batalha contra as forças das trevas e contra o espírito deste mundo.» 

O Papa Francisco, em 29 de 2018, na festa de S. Miguel Arcanjo, pediu que se rezasse esta oração que se transcreve a seguir:

«S. Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate; sede nosso auxílio contra as insídias e ciladas do demónio; exerça Deus sobre ele o seu império, humildemente vos pedimos! E Vós, Príncipe da milícia celeste, por divino poder, precipitai no inferno a satanás e a outros espíritos malignos que vagueiam no mundo para perdição das almas.
Amen»


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

UM JOVEM MILITAR ANTE AS FRAQUEZAS DO PODER

 


UM JOVEM MILITAR ANTE AS FRAQUEZAS DO PODER



Francisco não deixou de lembrar este jovem militar na Exortação Cristo Vive. A sua iconografia é inconfundível. Aparece amarrado a um troco de árvore com o corpo ferido por setas. A forma de execução fez dele um tema recorrente de pintores, escritores, escultores, de expressões artísticas de vária ordem. Quase não há igreja ou capela que não tenha a sua imagem em arte popular ou mais sofisticada. Dá nome a pessoas, instituições, terras, cidades, aldeias, ruas... É invocado contra as doenças contagiosas, contra a fome e a guerra. É São Sebastião, um dos jovens mais celebrado. Três setas, uma em pala e duas em aspa, e as três atadas por um fio, constituem as suas armas ou insígnias. Vamos recordá-lo.
Uns dizem que nasceu no sul de França. Outros, em Milão, nos fins do século III, duma família nobre. O que é mais certo é que cresceu e foi educado em Milão, sendo uma pessoa que se impunha pela sua figura e qualidades. Respeitado por todos, foi também estimado pela nobreza. Seu pai era militar, ele quis seguir a carreira do pai. De Milão, desloca-se para Roma, onde grassavam as mais severas perseguições contra os cristãos. Alistado nas legiões do imperador, a sua agradável presença, coragem e dedicação logo se fizeram notar, acabando por ser nomeado comandante da guarda pessoal do imperador, a Guarda Pretoriana, cargo que só se dava a pessoas de gabarito e de total confiança. Se a sua dedicação à carreira militar merecia os maiores elogios dos seus companheiros e do próprio imperador, também a sua fé e a coerência de vida, sem subserviências, sem alardes nem falsidades, é digna de todos os aplausos e encómios. Como cidadão do Império romano, na destacada posição e missão que lhe estava confiada, foi grande na sua dedicação ao imperador e à pátria. Como cidadão do Reino de Deus, foi jovem cristão de gema e garra, sempre fiel aos seus princípios e defensor dos cidadãos desse Reino, terrivelmente perseguidos. Sempre que podia, lá partia, com alegria e coragem, a visitar e ajudar os cristãos encarcerados, os torturados, os mais fracos, os doentes, os necessitados, as vítimas do ódio. A todos consolava e animava a permanecerem fortes e firmes na fé, até ao martírio, em fidelidade a Cristo e ao seu Batismo.
De facto, desde que haja consciência do que significa ser cristão, o bem fazer e a santidade são possíveis em qualquer circunstância e situação, em qualquer trabalho ou cargo de autoridade, em qualquer idade e vocação, em qualquer compromisso humano desde que guiados por um coração sincero e convertido, sem medo nem cobardias. E a sociedade precisa destes testemunhos!...
Denunciado por um pide ou bufo do seu tempo, por um governador romano que não apreciava este seu jeito de ser e estar, veio a saborear o pão que o diabo amassou. Julgado sumariamente, foi acusado de traição. Forçado a renunciar ao cristianismo, permaneceu firme na fé apresentando os motivos que o animavam a seguir a fé cristã e a socorrer os perseguidos. Contestando o imperador, rogou-lhe que deixasse de perseguir os cristãos, garantindo-lhe que não eram subversivos, não faziam mal a ninguém, não eram seus inimigos nem inimigos do Estado, antes pelo contrário. O imperador, surdo no seu poder endeusado e de olhar vesgo por meros preconceitos, não dá o braço a torcer. Enraivecido com a firmeza e os argumentos de Sebastião, puxa pela sua importância de tirano, manda-o matar. Os soldados levaram-no, despiram-no, amarraram-no a um tronco de árvore, fizeram dele um alvo para o arremesso de flechas. Satisfeitos com obra tão miserável, abandonaram-no para que sangrasse até a morte. Ao cair da noite, uma senhora chamada Irene, com algumas amigas, foram recolher o corpo de Sebastião para o sepultarem. Espantadas no inesperado, constataram que o ‘morto’ estava vivo. Desamarraram-no, esconderam-no em casa de Irene, cuidaram-lhe das feridas. Já com algumas forças e a determinação de sempre, mas ainda não completamente restabelecido, Sebastião, no seu zelo pela Igreja perseguida, não teve paciência para esperar mais tempo. E eis que se apresenta, de novo e determinado, junto do imperador para defender os cristãos e para lhe condenar a sua forma impiedosa e injusta com que os tratava. Mesmo à distância, e fora desses apertos, bem poderemos nós imaginar o embate desse momento!...
O imperador, boquiaberto e incrédulo pelo que via, ouviu e engoliu a surpresa, mas voltou a reagir com os preconceitos e outras maleitas aliadas às fraquezas do poder. E, de novo, repete a dose, reforçada. Ordena que seja torturado e espancado até à morte. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, manda que seja lançado ao esgoto público da cidade, o lugar mais imundo de Roma.
Faleceu a 20 de janeiro, pelo ano de 286, com cerca de trinta anos. Outros cristãos resgataram o seu corpo e sepultaram-no nas catacumbas, sob a Via Ápia. Mais tarde, no ano de 680, as suas relíquias foram solenemente transportados para uma Basílica em Roma.
A perseguição por causa da fé continua hoje a não dar tréguas. Mais de 300 milhões de fiéis sofrem a discriminação e a perseguição religiosa. Um em cada sete vive num país onde a perseguição é uma realidade diária. São expulsos, deslocados, discriminados, torturados e mortos por professarem a sua fé em Jesus Cristo. Se, porém, olharmos noutro sentido, constataremos também outra espécie de martírio, de testemunho, de santidade, quer nas situações limite quer nas rotinas diárias que a vida impõe no trabalho, na profissão, no estudo, na vizinhança, na convivência social, na coerência da vida com a fé, na honestidade em negócios e atividade, nas tarefas domésticas, nos pais que criam e educam os seus filhos com amor e responsabilidade, nos doentes e idosos que continuam a sorrir para a vida e a unir o seu sofrimento ao sofrimento de Cristo pela salvação do mundo, na autoridade que serve honestamente, que renuncia à corrupção e se empenha pelo bem comum....
Francisco recorda-nos que "nos momentos difíceis da história" é costume afirmar-se que "a pátria precisa de heróis”. Isso é verdade, diz ele. Mas acrescenta que a Igreja, hoje, também precisa de heróis, isto é, precisa de “testemunhas, de mártires". Precisa de testemunhas no quotidiano da vida sejam quais forem as circunstâncias existenciais de cada um!
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 25-09-2020

domingo, 27 de setembro de 2020

LES MIRACLES EXISTENT - OS MILAGRES EXISTEM

« ...Les moines, certes, vivent à l’écart. Ce qui inquiète ou trouble leurs contemporains les touche également. Nous croyons que notre vie de prière a un impact, quoiqu’invisible, sur notre présent et notre avenir. On se dit parfois qu’il faudrait des miracles pour que le monde où nous vivons reprenne une orientation sinon chrétienne, au moins de bon sens. Dieu peut-il faire des miracles ? Oui certainement, avec nous. Un missionnaire en Inde raconte qu’une petite fille dont le frère était gravement malade entendait ses pauvres parents chrétiens affirmer qu’il faudrait un miracle pour le sauver ! Elle prit ses maigres économies, quelques pièces, et partit à la pharmacie « acheter un miracle ». « On ne vend pas de miracle ici », lui répondit le pharmacien qui ne comprenait rien à sa demande. La petite fille se mit à pleurer. Alors, un monsieur qui l’avait écoutée sans rien dire, s’approcha d’elle, prit ses quelques pièces et lui dit : « Amène-moi chez toi, petite. Je voudrais voir avec ton frère si je ne puis pas trouver le miracle dont vous avez besoin. C’était un chirurgien et il sauva l’enfant.»( Lettreaux amis - Monastère NOVY DVUR -. Rep. Tcheque)

sábado, 26 de setembro de 2020

CARTA SAMARITANUS BONUS Sobre o cuidado das pessoas nas fases críticas e terminais da vida" // “Le bon Samaritain” //

 

“Le bon Samaritain” : une lettre du Vatican qui détaille la doctrine catholique sur la fin de vie


 

 Publié le : 23/09/2020

 Auteur / Source : www.vaticannews.va

Intitulée “Le bon Samaritain”, la nouvelle lettre de la Congrégation pour la Doctrine de la Foi du Vatican constitue désormais, selon le quotidien italien Avvenire, “la référence la plus complète et détaillée de l'Eglise sur la fin de vie". Parue ce mardi 22 septembre, la lettre s'adresse aux fidèles, aux prêtres, aux soignants et aux familles. Elle réitère la condamnation de toutes les formes d'euthanasie et de suicide assisté, mais aussi de l'acharnement thérapeutique. L'Eglise catholique souhaite par-là laisser entendre sa voix dans le débat actuel autour de la fin de vie, débat qui traverse de plus en plus de pays dans le monde. 

 « De même que nous ne pouvons pas faire d'un autre homme notre esclave même s'il nous le demande, nous ne pouvons pas choisir directement de porter atteinte à la vie d'un être humain, même s'il l'exige », affirme la lettre. Le Magistère de l'Eglise rappelle que « La valeur inviolable de la vie est une vérité fondamentale de la loi morale naturelle et un fondement essentiel de l'ordre juridique ». Il ajoute que plutôt que de reconnaître l'autonomie de celui qui demande l'euthanasie, le geste euthanasique ignore la valeur de sa vie et de sa liberté, “fortement conditionnée par la maladie et la douleur”. 

Le document s'arrête ensuite sur l'utilisation équivoque des concepts de “mort digne” et de “qualité de vie” dans une perspective utilitariste : la "dignité” de la vie dépendrait de caractéristiques psychiques ou physiques. Il pointe également la mauvaise compréhension du mot “compassion”, qui « ne consiste pas à provoquer la mort mais à accueillir le malade, à le soutenir » en l'entourant d'affection et en soulageant sa souffrance. 

Refus de l'acharnement thérapeutique 

La lettre explique que « protéger la dignité de la fin de vie signifie exclure à la fois l'anticipation de la mort, mais également son report par ce qu'on appelle un ‘acharnement thérapeutique' ». L'acharnement thérapeutique est un risque de la médecine moderne qui est aujourd'hui capable de « retarder artificiellement la mort, souvent sans que le patient n'en reçoive un réel bénéfice ». S'il est légitime de renoncer à des traitements qui ne procurent qu'un allongement précaire et douloureux de la vie, “la suspension de traitements futiles ne peut impliquer la cessation du soin thérapeutique”.  

L'importance des soins palliatifs et de la famille 

Les soins palliatifs, continue la lettre, sont “un outil précieux et indispensable” pour accompagner le patient et leur mise en pratique limite fortement les demandes d'euthanasie. Pour que le patient ne se perçoive pas comme un fardeau pour ses proches, il est important qu'il ressente “la proximité et la considérationde ceux-ci. Le document invite par ailleurs les Etats à reconnaître “la fonction sociale première et fondamentale de la famille et son rôle irremplaçable, également dans ce domaine, en lui fournissant les ressources et les structures nécessaires pour la soutenir ». 

Les soins prénataux et néonataux 

La question des soins prénataux à apporter aux bébés in utero et des soins néonataux pour les nourrissons gravement malades n'est pas laissée de côté. Il est signifié à cet égard qu'en cas de « pathologies prénatales (…) qui conduiront certainement à la mort dans un court laps de temps, et en l'absence de thérapies capables d'améliorer l'état de santé de ces enfants, il ne faut en aucun cas les abandonner en termes de soins, mais les accompagner comme tout autre patient jusqu'à ce que survienne la mort naturelle », sans suspendre la nutrition ou l'hydratation. 

Le document aborde encore la question des soins aux personnes en état végétatif ou état de conscience minimale, de l'hydratation et alimentation artificielles, celle de la liberté de conscience des soignants et le devoir des établissements de soins catholiques de ne pas concourir à des morts provoquées.

S'il faut retenir une idée phare de cette lettre, c'est bien celle-ci : même lorsque « la guérison est impossible ou peu probable, l'accompagnement médical, infirmier, psychologique et spirituel est un devoir incontournable, car le contraire constituerait un abandon inhumain du malade ».  ( ieb-eib.org , set. 2020)

Arcebispo de Mossul na lista ao Prémio Sahkarov

 Arcebispo de Mossul na lista ao Prémio Sahkarov pela defesa dos cristãos durante a invasão jihadista

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Fundação AIS - Departamento de Informação

Anexos11:47 (há 5 horas)
para Fundação

IRAQUE: Arcebispo de Mossul na lista ao Prémio Sahkarov pela defesa dos cristãos durante a invasão jihadistaIRAQUE:

Arcebispo de Mossul na lista ao Prémio Sahkarov pela defesa dos cristãos durante a invasão jihadista

Lisboa, 23 de Setembro de 2020 | PA

 

O Arcebispo de Mossul, D. Najeeb Moussa Michaeel, é um dos nomes propostos pelo Parlamento Europeu para a atribuição do Prémio Sahkarov deste ano. O prelado teve um papel determinante na salvaguarda de preciosos manuscritos que se encontravam nesta cidade onde a 29 de Junho de 2014 o líder do Daesh haveria de proclamar o ‘Califado’ jihadista.

Foram tempos de medo com milhares de cristãos em fuga perante as ameaças mais sinistras. Entre os que abandonaram a cidade estava o dominicano Najeeb Moussa. O actual Arcebispo de Mossul conseguiu colocar em segurança cerca de 1300 manuscritos que são um testemunho eloquente da cultura cristã no Iraque.

D. Najeeb, que agora o Parlamento Europeu pretende homenagear e que foi indicado como um dos possíveis nomes para a atribuição do prestigiado Prémio Sahkarov, iria regressar à cidade em 2019, onde celebrou a Páscoa, já como arcebispo caldeu. Para a comunidade cristã, mesmo os que ainda não conseguiram regressar a casa, a possível atribuição do Prémio Sahkarov a D. Najeeb será muito relevante. Ele, de alguma forma, representa toda a comunidade que foi escorraçada das suas terras por um dos mais sanguinários grupos terroristas de que há memória.

O próprio Parlamento Europeu justifica o nome do Arcebispo de Mossul como um dos cinco finalistas para o prémio deste ano pelo seu papel na defesa dos cristãos e na salvaguarda dos preciosíssimos manuscritos que datam do século XIII ao século XIX. D. Najeeb Moussa Michaeel “garantiu a evacuação dos cristãos, sírios e caldeus para o Curdistão iraquiano e salvaguardou mais de 800 manuscritos históricos”, pode ler-se na nota biográfica sobre os candidatos ao Prémio Sahkarov.

Numa entrevista em 2018 à Fundação AIS, como director do Centro Digital dos Manuscritos do Oriente, em Erbil, Najeeb Michaeel contou como se deu o ataque dos jihadistas e como decidiu salvar os documentos.

“Mesmo antes do ISIS [ou Daesh] ter chegado e ocupado a nossa terra, o nosso mosteiro, senti que algo muito grave nos ia acontecer, especialmente em Qaraqosh, na Planície de Nínive. Por isso, decidi colocar todas estas colecções, muitos tipos de colecções, no camião grande e levá-las da Planície de Nínive e Mossul para Erbil, no Curdistão. É muito importante para nós salvar a nossa herança e salvaguardá-la para as gerações futuras.”

Nessa entrevista, o actual Arcebispo de Mossul explicava que a comunidade cristã iraquiana é muito antiga, tem dois mil anos de existência. “Temos muitas gramáticas e dicionários dos sécs. XII e XIII, principalmente em aramaico, a língua de Jesus Cristo. É a nossa língua mãe. Temos orgulho em conservá-los e também muitas coleções muçulmanas do Corão, do Hadiz, do Alfiya lbn Malik. E também alguns manuscritos yazidis.”

Todos os manuscritos que foram postos a salvo são património da humanidade. “Quando pego num manuscrito – disse ainda Najeeb Michaeel à Fundação AIS – penso nas muitas centenas, talvez milhares, de alunos que o terão utilizado. Prepararam a madeira, a pele, o papel, tudo, e rezaram por ele durante mais de mil anos. Quantos olhos, quantas bocas, quantas mãos não o terão tocado e usado até agora. É por isso que é tão importante conservá-lo e mantê-lo na nossa antiga comunidade…”

Além do Arcebispo de Mossul, são também candidatos ao Prémio Sahkarov deste ano, entre outros, a oposição democrática na Bielorrússia e activistas ambientais hondurenhos.

Prémio Sakharov para a liberdade de consciência, no valor de 50 mil euros, procura honrar a memória do dissidente soviético e cientista Andreu Sahkarov. Estabelecido em 1988 pelo Parlamento Europeu, este prémio já consagrou figuras como Nelson Mandela, da África do Sul, em 1988; Xanana Gusmão, de Timor-Leste, em 1999; D. Zacarias Kamwenho, de Angola, em 2001; a oposição democrática da Venezuela, em 2017; e, no ano passado, a Ilham Tohti, defensor dos direitos humanos uigur, professor de economia e defensor dos direitos desta minoria na China.

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

AOS MÁRTIRES DE ESPANHA _ UM POEMA DE PAUL CLAUDEL

 

Poème de Paul Claudel sur les martyrs d’Espagne

 

 AUX MARTYRS ESPAGNOLS

  

L’heure du prince de ce monde, la voici qui est revenue à la foi !

L’heure de l’interrogation finale, l’heure de l’Iscariote et de Caïn !

 

Sainte Espagne, à l’extrémité de l’Europe, carré et concentration de la foi et masse dure, et retranchement de la Vierge Mère,

 

Et la dernière enjambée saint Jacques qui ne finit qu’avec la terre, Patrie de Dominique et de Jean de François le conquérant et de Thérèse

 

Arsenal de Salamanque, et pilier de Saragosse, et racine brulante de Manrèse,

Inébranlable Espagne, refus et la demi-mesure à jamais in acceptée

Coup d’épaule contre l’hérétique pas à pas repoussé et refoulé,

Exploratrice d’un double firmament, raisonneuse de la prière et de la ronde

 

Prophétesse de cette autre terre dans le soleil là bas et colonisatrice de l’autre monde

En cette heure de ton crucifiement, sainte Espagne, en ce jour sœur Espagne, qui est ton jour

Les yeux pleins d’enthousiasme et de larmes, je t’envoi mon admiration et mon amour !

Quand tout les lâches trahissent, mais toi, une foi de plus, tu n’as pas accepté !

Comme au temps de Pélage et du Cid, une fois de plus tu as tiré l’épée

Le moment est venu de choisir et de dégainer son âme !

Le moment est venu les yeux dans les yeux de mesurer la proposition des infâme !

Le moment est venu, à la fin que l’on sache la couleur de notre sang !

Beaucoup de gens se figurent que leur pied tout va au ciel par un chemin facile et complaisant.

Mais tout à coup voici la question posée, la sommation et le martyre !

On nous met le ciel et l’enfer dans la main et nous avons quarante secondes pour choisir.

Quarante secondes, c’est trop ! Sœur Espagne, sainte Espagne,  tu as choisi !

 

Onze évêques, seize mille prêtres massacrés et pas une apostasie !

Ah ! puissé-je comme toi à voix haute témoigner dans la splendeur de midi !

On avait dit que tu dormais, sœur Espagne, comme quelqu’un, celui-là qui fait semblant de dormir :

Et puis l’interrogation tout à coup, et d’un coup ces seize mille martyrs !...

 

Et nous aussi, prières, salut du plus profond de mon âme, sainte Eglise exterminées !

Statues que l’on casse à coup de marteau et ces peintures vénérables, et ce ciboire, avant de le fouler aux pieds...

Salut, les cinq cents églises catalanes détruites...

Vous aussi vous avez su témoigner ! Vous aussi, vous êtes des martyres !

 

C'est fait ! L’œuvre est consommée, et la terre par tous ses pores a bu le sang dont elle était altérée.

Le ciel a bu et la messe des cent mille martyrs, toute la terre est profonde à la digérer.

L'assassin en titubant rentre chez lui et il regarde sa main droite avec stupeur,

Le saint a pris solennellement possession de sa part qui est la meilleure.

Tout une fois de plus est consommé et dans le ciel il s'est fait un silence d'une demi-heure.

Et nous aussi, la tête découverte, en silence, ô mon âme, fais silence devant la terre ensemencée !

La terre au fond de son entrailles a conçu et déjà le recommencement a commencé.

Le temps du labourage est fini, c'est celui maintenant de la semailles.

Le temps de l'amputation pour l'arbre a fini et c'est le temps maintenant des représailles.

L'idée sous la terre qui a germé, et de toutes parts dans ton cœur, sainte Espagne, la représaille immense de l'amour !

Les pieds dans le pétrole et le sang, je crois en Toi, Seigneur, et en ce jour un jour qui sera Ton jour !

J'étends la main droite vers Toi pour jurer entre l'action de grâces et le carnage.

« Ton corps est véritablement une nourriture et Ton sang véritablement est un breuvage ».

De cette chair qui a été pressée, la Tienne, et de ce sang qui a été répandu,

Pas une parcelle n'a péri, pas une goutte qui ait été perdue,

L'hiver sur nos sillons continue, mais le printemps déjà a fait explosion dans les étoiles !

Et tout ce qui a été versé, les anges respectueusement l'ont recueilli et porté à l'intérieur du Voile !

 

 

Paul Claudel

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

TOMÁS MORO - À LUZ DA CONSCIÊNCIA

 

Buenas tardes:

He dedicado buena parte del tiempo libre del que he gozado en la última semana a leer un libro que me ha gustado mucho y que no puedo dejar de recomendarte. Se trata de Tomás Moro. La luz de la conciencia, un ensayo con tintes hagiográficos escrito por el académico italiano Miguel Cuartero Samperi y prologado, además, por el cardenal Robert Sarah.

Comprendo que a priori te dé pereza leer una biografía —¡una más!— de santo Tomás Moro, un personaje sobre el cual versan cientos de libros y un buen puñado de series y de películas. Pero, en este caso concretísimo, no debes dejar que la pereza te venza. En primer lugar, porque el ensayo que nos regala Miguel Cuartero es bien distinto a cuantos se han escrito sobre Moro; en segundo lugar, porque, en esta época en que se promulgan leyes inicuas por doquier, hay pocas figuras históricas más relevantes que este mártir inglés.

Detengámonos en la primera observación. Efectivamente, Tomás Moro. La luz de la conciencia no es una biografía al uso. No encontramos en ella ni una (fatigosa) sucesión de acontecimientos ordenados cronológicamente ni una abrumadora profusión de datos. Muy al contrario: las vicisitudes existenciales de Tomás Moro aparecen entremezcladas con sutiles reflexiones sobre la naturaleza y las exigencias de la conciencia, esa voz interior de origen cTOMÁS MOROomo divino que, debidamente formada, nos conmina a hacer el bien y evitar el mal, a elegir la virtud y rehuir el vicio.

La vida de Tomás Moro, como la de Sócrates y la de Antígona, estuvo marcada por una continua sumisión a este eco de origen divino. De hecho, en la hora más oscura de su existencia, cuando tuvo que elegir entre la obediencia a un soberano enceguecido por la avidez de poder —Enrique VIII— y la lealtad al Dios que amaba, entre la ley humana y la ley divina, Moro obró como siempre había obrado. Aun sabiendo que al hacerlo firmaba su propia condena de muerte, siguió los dictados de esa voz que se alzaba límpida desde las profundidades de su ser para advertirle de una verdad tan rotunda como incómoda: que más vale perder la vida que cometer una injusticia para preservarla.

En esta época en que los parlamentos han degenerado en sórdidas fábricas de leyes injustas y en las que los hombres se someten con pasmosa docilidad a las arbitrariedades del poder, el ejemplo de Tomás Moro se torna alegremente luminoso.

"Si nuestra esperanza en Cristo acaba con esta vida, somos los hombres más desgraciados. ¡Pero no! Cristo resucitó de entre los muertos: el primero de todos".

Un fuerte abrazo

Fernando Beltrán

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

What's hedonism? More than you think

A few weeks ago, Msgr. Charles Pope published this excellent article:

https://blog.adw.org/2020/08/what-is-hedonism-more-than-you-think/


Vamos fazer uma campanha para 2021?

 


Para 2021 vamos fazer a campanha de colar na porta da nossa                               casa um autocolante como este?

NOTÁVEL ENTREVISTA AO CARDEAL BASSETTI, Pesidente da Conferência Episcopal Italiana

 

STUDIUM GENERALE - estudos Beneditino-Bernardianos

                                                                           MILITIA SAN...