terça-feira, 31 de março de 2020

Opinião de um economista católico

Compreendo muito bem as motivações que levam a Igreja a transmitir por streaming as Missas celebradas por sacerdotes sozinhos. No entanto, a liturgia é um dos poucos domínios onde o smart work não funciona, porque a Missa não é uma performance individual à qual se assiste, mas sim um evento co-produzido, corporalmente, todos juntos. Estou cada vez mais convencido de que devemos viver este tempo como um novo exílio-cativeiro babilónico, quando o povo, sem o templo, sem o culto e sem espaço sagrado, percebeu um outro tempo e inventou o shabat, o templo do tempo. 
Deveríamos jejuar todos juntos com o nosso povo esmagado connosco, descobrir o sagrado com o que está a acontecer à nossa volta. Aproveitar desta ausência da liturgia para a redescobrir, desejá-la, amá-la de novo. 
Especialmente na Semana Santa: procuremos formas mais profundas e humanas de a celebrar, não a passemos a assistir a Missas na TV. Seria uma imensa oportunidade perdida - se existe um Deus a operar nestes dias, não é apenas nas igrejas quase vazias, mas nos corredores apinhados dos hospitais onde é crucificado. É este o altar, estas as vítimas, ali está o Cordeiro: «Uma voz diz 'Grita'. O povo é como a erva. Sim, o povo é como a erva do campo» (Isaías). E depois, quando isto acabar, voltaremos à igreja para celebrar, todos de novo crianças, uma nova primeira comunhão. Mas agora é o tempo da dor e do silêncio. «Há um tempo para tudo» (Eclesiastes).

segunda-feira, 30 de março de 2020

REZEMOS UNS PELOS OUTROS


                                                   

REZEMOS UNS PELOS OUTROS// PRIONS LES UNS POUR LES AUTRES

Caros Irmãos e Amigos :
  
    Acabo de receber a notícia de que dois dos nossos Irmãos brasileiros ( Gabriel e Gustavo)  estão atacados pelo COVID-19. Assim, e em espírito de comunhão fraterna, peço a todos que rezem por eles e suas famílias. Sugeria que rezássemos a Antífona mariana SUB TUUM PRAESIDIUM ( À Vossa protecção…) durante aesta semana pela sua cura.


      Je viens de savoir que deux de nos frères brésiliens ( Gabriel et Gustavo) sont malades du COVID-19. Ainsi, en esprit de communion fraternelle, je vous demande de prier pour eux et leur familles. Je sugère qu`on prie l`Antienne marial SUB TUUM PRAESIDIUM chaque jour de cette semaine pour leur guérison.

 Je demande aux Supérieurs majeurs de bien diffuser cette demande tout de suite // peço aos Superiores maiores de fazerem o favor de difundir já este meu pedido

O Mestre e primeiro servidor da MSM
Carlos Aguiar Gomes ( Miles – pauper et peccator)
Braga – 30.III. 20

SANTA RITA, Advogada dos Impossíveis


Santa Rita, advogada dos impossíveis

Em Junho de 2015, participámos numa peregrinação beneditina, que, além dos lugares marcados pela presença de S. Bento: Núrsia, Subiaco e Monte Cassino,  nos permitiu visitar também os núcleos franciscanos de Assis e Monte Alverne , de que conservamos inolvidáveis recordações, oportunamente, consignadas por escrito.
Em Núrsia, pudemos visitar os restos da casa onde nasceram S. Bento e sua irmã, Santa Escolástica, e recordámos que, a cerca de uma dúzia de quilómetros, se encontrava Cássia e a Basílica de Santa Rita, que a falta de tempo nos impediu de visitar. Limitamo-nos, por isso, a comprar, na livraria do mosteiro beneditino, a obra referida na fotografia, que lemos com muito interesse. A reprodução da capa pretende, essencialmente, divulgar a fachada da Basílica, que, sobre a porta principal, ostenta esta inscrição latina, que é um autêntico hino: SALVE  RITA  VAS  AMORIS  SPONSA  CHRISTI  DOLOROSA  /  TV DE  SPINIS SALVATORIS  NASCERIS  PULCHRA VT  ROSA, cuja tradução é esta: «Salve  Rita, vaso de amor, esposa de Cristo dolorosa / dos espinhos do Salvador tu nasceste bela como uma rosa».

O actual recolhimento obrigatório permitiu-nos reler algumas passagens, evocadas no título deste breve texto. É certo que, diariamente, somos estimulados a pedir a Deus – Trindade Santíssima – e a Nossa Senhora a protecção de que todos carecemos, podendo e devendo dirigir-lhes também esse mesmo pedido de auxílio por intermédio dos Santos da nossa especial devoção.
Além disso, não deixará de vir a propósito observar que Santa Rita é, particularmente, venerada no nosso e noutros concelhos do Alto Minho, mas, antes de voltarmos a este aspecto, convirá recordar o fundamento do título «advogada dos impossíveis», que muitos leitores terão ouvidos explicar, repetidas vezes, nos  sermões da sua festa, celebrada no santuário que lhe é dedicado, na freguesia de Rouças – Melgaço. Mesmo assim, deixaremos algumas notas biográficas muito breves para ajudar a situar o que pretendemos expor.
Filha de António Lotti e de Amarata Ferri, ambos já de avançada idade, Rita terá nascido, em Rocaporena, segundo uns, em 1371, e, segundo outros, em 1381, admitindo todos que, à sua morte, tinha 76 anos, fixando-a, conforme o ano do nascimento proposto: os primeiros, em 1447, e os segundos, em 1457.
Marcada pelo exemplo dos pais, profundamente cristãos e centrados na meditação da Paixão de Cristo, que procuravam inseri-la na sociedade do tempo, no ambiente e nível social mais adequado, tendo em vista o seu casamento, Rita respondia que o seu objectivo era servir Jesus crucificado e morto por todos. Apesar disso, ainda muito nova, em obediência aos pais, casou e teve dois filhos, mas o projecto de viver unida a Cristo acompanhou-a sempre. Sofreu, amargamente, quando lhe mataram o marido e, no meio de grande dor, soube perdoar aos assassinos e suportar a morte dos filhos, que Deus lhe levou.
Viúva e privada dos filhos, decidiu entrar na vida religiosa para mais intensamente viver unida a Cristo, mas os seus pedidos, foram, sistematicamente, recusados pela abadessa e pelas monjas do Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia, até que lá foi, miraculosamente, colocada, no claustro, por S. João Baptista, Santo Agostinho e S. Nicolau Tolentino, santos da sua devoção.
Aceite e integrada na comunidade, viveu de forma exemplar, crescendo, intensamente, o seu amor e união com Cristo crucificado, que respondeu a este vivo desejo e ao intenso pedido de participar nas dores da Sua Paixão, abrindo-lhe, na fronte, com um espinho da Sua coroa, uma chaga incurável, que a obrigava a distanciar-se das outras monjas, durante largos anos, até ao fim da vida.
Nesta intensa união com Cristo e participação amorosa nas dores da Sua Paixão é que reside o fundamento e a garantia do êxito da intercessão de Santa Rita em muitos assuntos, considerados de solução impossível, segundo os critérios humanos.
Eis a grande lição que a todos deixou.
Os últimos quatro anos de vida, Santa Rita passou-os sempre muito doente e quase não comia nem bebia, chegando as monjas que a tratavam a pensar que o seu sustento era a comunhão assídua, vindo a falecer, em 22 de Maio de 1447, morte assinalada pelo toque dos sinos, sem qualquer intervenção humana.
Para encerrar estas notas, recordemos o milagre da rosa e dos figos, verificado no inverno anterior, e pouco divulgado entre nós. Tendo, nesse inverno, uma parenta visitado Rita, ao despedir-se, perguntou-lhe se precisava alguma coisa. Apesar de muito doente, disse-lhe que desejava uma rosa e dois figos do quintal da visitante, que, dada a intensa cobertura de neve, existente em toda a região, interpretou o pedido como um autêntico delírio. Porém, ao chegar a casa, à entrada do quintal, em contraste com as plantas e arbustos desfolhados, encontrou uma belíssima rosa e dois figos maduros, que recolheu e levou à enferma e esgotadíssima parenta, Rita. É por isso que nos numerosos desfiles e no andor de Santa Rita, em Cássia, abundam as belíssimas rosas vermelhas, evocativas deste milagre.

Poderemos, agora, retomar a alusão ao culto de Santa Rita, no Alto Minho, conscientes de que os nossos pedidos dirigidos a Deus por seu intermédio deverão levar a marca da profunda união com Cristo Redentor, de que a chaga dolorosa impressa na sua fronte é claro estímulo para todos.
Após o incêndio ocorrido no Santuário de Santa Rita e dada a falta de sacerdotes – quatro para as dezoito freguesias do concelho! –, os actos do culto têm estado suspensos, mas a devoção à Advogada dos Impossíveis continua viva, lamentando-se, apenas, a dificuldade de a manifestar colectivamente, que seria também uma forma de a incrementar. Continuamos a solicitar a sua protecção e, apesar das dificuldades invocadas, não deixamos de alimentar a esperança de que, após a passagem desta pandemia – pelo menos uma vez por mês, no domingo à tarde, à hora mais conveniente –,  se possa retomar a celebração da Santa Missa, em honra de Santa Rita, neste Santuário, que lhe é dedicado, mesmo que a iniciativa implique alguns reajustamentos nas actividades pastorais.
Ela saberá recompensar.
                                                           José Marques.







domingo, 29 de março de 2020

Judica me Deus

Até à década de 1960', o quinto domingo da Quaresma era conhecido por Domingo da Paixão, por ser o dia em que se começava a rezar o Prefácio da Paixão. Com a restauração do terceiro escrutínio dos catecúmenos neste dia, o tal prefácio foi adiado um dia (começa a rezar-se amanhã). À excepção do prefácio e do communio (agora, relacionado com o Evangelho da ressurreição de Lazaro), a reforma litúrgica manteve todo o proprium missae para este dia.

Eis o cântico de entrada:
«Fazei-me justiça, ó Deus, e distingui a minha causa dessa gente ímpia: livrai-me do homem desleal e infiel. Vós, ó Deus, sois a fortaleza do meu refúgio.


Uma das maiores injustiças do período barroco é o esquecimento a que foi votado o compositor Leonardo Leo (1694-1744), músico napolitano que conciliou a tradição policoral e da secconda pratica musicale, herdada de Monteverdi e Gabrielli, com o lirismo do seu tempo. A sua obra prima é, sem dúvida, o Salmo 50 para 8 vozes. Merece também destaque o opúculo que compôs com as antífonas próprias dos domingos da Quaresma.

HINO DA HORA INTERMÉDIA DE HOJE

                       HINO
Troquemos o instante pelo eterno,
Sigamos o caminho de Jesus:
A primavera vem depois do inverno,
A alegria virá depois da Cruz.

Passa o tempo e com ele as nossas vidas,
Tal como passa o bem, passa a desgraça;
Passam todas as coisas conhecidas,
Só o nome de Deus é que não passa.

Farei da fé, vivida cada dia,
A luz interior que me conduz
À luz de Deus, da paz e da alegria,
À luz da glória eterna, à Luz da Luz.
SALMODIA

Papa Francisco - no 25º aniversário da EVANGELIUM VITAE

“Queridos irmãos e irmãs, toda vida humana, única e irrepetível, constitui um valor inestimável. Isto deve ser anunciado sempre novamente, com a coragem da palavra e a coragem das acções.”

“Respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!”

CARLO ACUTIS MARCOU A DIFERENÇA

CARLO ACUTIS MARCOU A DIFERENÇA
Em outubro de 2006, falecia Carlo Acutis, um jovenzito que soube marcar a diferença. Embora tivesse nascido, em 1991, em Londres, foi Milão que o viu crescer. Cheio de vida e alegre como todos os jovens, a todos cativava pela sua serenidade e entusiasmo contagiante. Tornou-se popular e muito apreciado. A sua história despertou profunda admiração e comoveu muitíssima gente. Dotado de uma inteligência acima da média e apaixonado pela vida, entendera bem o chamamento à santidade e quanto bem podia fazer pelos outros. Educado cristãmente e exercitado nas virtudes cristãs, a Eucaristia era para ele um bem precioso, indispensável, a autoestrada para o céu. São Francisco era o seu grande santo de devoção. Gostava de Assis, esteve em Fátima, tinha devoção ao Anjo da Guarda e à oração do terço diário, frequentava os sacramentos. Na escola onde iniciou os estudos, desenvolveu a sua paixão pelos computadores. Criou um site dedicado aos milagres eucarísticos e à vida dos santos, procurando ajudar aqueles que desejavam marcar a diferença. Das Filipinas a Cabo Verde, do Brasil à China, em todo o mundo está presente esta sua herança espiritual.
Tal como Chiara Luce Badano, da qual falei na semana passada, Carlo Acutis é outro dos doze jovens que o Papa Francisco, no documento conclusivo do Sínodo sobre os Jovens, apresenta como um dos santos que, não conhecendo a idade adulta, deixou o testemunho de uma “outra forma de viver a juventude”. Fez “brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza”. Tornou-se profeta da mudança. O Papa Francisco ao falar aos jovens do mundo inteiro, aos jovens que tanto apreciam a web e as redes sociais e vivem mergulhados numa cultura cada vez mais digitalizada, nunca deixa de alertar. Ao mesmo tempo que realça, com esperança, a enorme capacidade dos jovens para colocarem em marcha uma Igreja em saída, uma Igreja em busca da renovação e da sua eterna juventude, ele escreve assim: “é verdade que o mundo digital pode expor-te ao risco de te fechares em ti mesmo, de isolamento ou do prazer vazio. Mas não esqueças a existência de jovens que, também nestas áreas, são criativos e às vezes geniais. É o caso do jovem Venerável Carlo Acutis. Ele sabia muito bem que estes mecanismos da comunicação, da publicidade e das redes sociais podem ser utilizados para nos tornar sujeitos adormecidos, dependentes do consumo e das novidades que podemos comprar, obcecados pelo tempo livre, fechados na negatividade. Mas ele soube usar as novas técnicas de comunicação para transmitir o Evangelho, para comunicar valores e beleza. Não caiu na armadilha. Via que muitos jovens, embora parecendo diferentes, na verdade acabam por ser iguais aos outros, correndo atrás do que os poderosos lhes impõem através dos mecanismos de consumo e aturdimento. Assim, não deixam brotar os dons que o Senhor lhes deu, não colocam à disposição deste mundo as capacidades tão pessoais e únicas que Deus semeou em cada um. Na verdade, «todos nascem – dizia Carlos – como originais, mas muitos morrem como fotocópias». Não deixes que isto te aconteça! Não deixes que te roubem a esperança e a alegria, que te narcotizem para te usar como escravo dos seus interesses. Ousa ser mais, porque o teu ser é mais importante do que qualquer outra coisa; não precisas de ter nem de parecer. Podes chegar a ser aquilo que Deus, teu Criador, sabe que tu és, se reconheceres o muito a que estás chamado. Invoca o Espírito Santo e caminha, confiante, para a grande meta: a santidade. Assim, não serás uma fotocópia; serás plenamente tu mesmo (CV104-107).
Com apenas 15 anos, uma grave doença, uma leucemia fulminante de tipo m3, bateu à porta de Carlo Acutis. Entrou enraivecida em sua casa e não houve medicina que a esconjurasse. Em apenas um mês, Carlo Acutis partia para junto do Senhor, a quem amava e anunciava. Se seus pais viviam com dor estes momentos, ele manifestava-se preocupado com isso, agradecia ao pessoal de saúde, vivia o dia a dia com intensidade, fixado no essencial: "Estar sempre junto com Jesus: este é o meu plano de vida". Esperando a partida para junto de Deus, ofereceu todos os seus sofrimentos ao Senhor pela Igreja e pelo Papa.
Pela sua grande devoção a São Francisco, foi sepultado em Assis. No enterro, havia migrantes, alguns muçulmanos e hinduístas que o conheciam pelos seus passeios pelo bairro. Alguém conta que ele levava comida a um sem abrigo, deu um saco de dormir a um idoso que dormia sobre papelão, doava as suas mesadas para os frades capuchinhos. Era austero com ele próprio, como conta a sua mãe: “Uma vez, ele não gostou nem um pouco quando eu comprei um par de sapatos que ele achou supérfluos. Ele treinava a força de vontade. E dizia que ‘o problema é motivar a vontade. A única coisa que nós temos que pedir a Deus na oração é a vontade de ser santos’”.
Um amigo confessou a sua aproximação à fé devido ao testemunho de Carlo. A postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, afirmou que a fé de Carlo Acutis era "singular": "levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros (...) era sensível aos problemas e às situações dos seus amigos, dos companheiros, das pessoas que viviam perto dele e de quem o encontrava dia a dia". Declarada a sua venerabilidade, está em curso a causa da sua beatificação.
A Sagrada Escritura refere que “até os jovens se cansam e afadigam; até os rapazes tropeçam e caem, mas os que põem a sua esperança em Deus renovam as suas forças, abrem asas como as águias, correm e não se fatigam, caminham e não se cansam” (Is 40, 30-31).
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 27-03-2020.

sábado, 28 de março de 2020

OS ANTECEDENTES DA EUTANÁSIA





Começo por confessar que sou contra a eutanásia e contra a distanásia (prolongar artificialmente a vida). Penso que é a altura (embora com grande atraso) de, a propósito da eutanásia, todos os clérigos usarem os “púlpitos” para esclarecer os cristãos sobre a obrigação de respeitarem a vida desde a concepção até à morte natural. E para os esclarecer os católicos que não procedendo assim e, de qualquer forma apoiarem (ou não lutarem contra) as pessoas e as organizações que promovem o aborto, a ideologia do género, a eutanásia e o homossexualismo, são cúmplices das graves ofensas a Deus cometidas por essas pessoas e organizações (Nossa Senhora, em diversos países, tem alertado a Humanidade para os castigos divinos - na Cova da Iria anunciou a segunda Guerra Mundial se não houvesse oração, penitência e conversão) em nome do povo. Esses apoiantes (ou passivos, abstencionistas) são cúmplices da transformação de Portugal numa gigantesca “Sodoma”, onde os grandes pecados estão a ser legalizados! Dizem-se cristãos, mas não amam nem respeitam a vontade de Deus, são traidores a Cristo e sofreremos todos as consequências! Acredito que, “Sempre que os bons não entram pelas sendas da radicalidade (na defesa da Igreja Católica, de coisas sagradas ou de pessoas inocentes), o mal leva a melhor” (Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP em “O inédito sobre os Evangelhos”). Se a radicalidade dos bons fosse semelhante à dos que se lançam na via do mal, o mundo seria bem diferente! Segundo Maximiliano Maria Kolbe, Santo mártir, o maior pecado do século XX foi a indiferença; penso que continua a ser e que esta indiferença, fruto da “ditadura do relativismo”, está na origem da passividade dos dirigentes da Igreja Católica (o que muito convém aos seus inimigos)! Se a Igreja Católica combater o ateísmo (como em 1975 lutou contra o comunismo), defendendo os valores cristãos, talvez o povo regresse aos caminhos de Deus, afaste os ateístas/socialistas do poder e haja de novo respeito pela vida e pela dignidade humana. Não vejo outra solução (sem omitir a oração, que tem aguentado isto...) para livrar o povo português da “Ira de Deus”! Em todo o mundo ocidental cristão, a Igreja Católica é a única instituição que pode combater o ateísmo socialista que vem destruindo o cristianismo. O “nim” é completamente ineficaz, próprio dos “idiotas úteis”! Se a Igreja não lutar para destruir o socialismo, será por ele destruída!
Cândido Gonçalves

sexta-feira, 27 de março de 2020

Porque somos “tão medrosos?”

Faltam menos de 5 meses para que passem 20 anos deste dia... 12 de agosto de 2000, Praça de São Pedro cheia de jovens para receber João Paulo II... estive lá... ao meu lado, entre milhares de jovens estava a minha irmã e a Rosa Lima, a minha companheira da vida... grandes recordações destes dias... hoje, fiquei triste ao ver esta mesma praça vazia... fiquei triste por ver o Homem Vestido de Branco sozinho... sozinho, a orar por todos nós e a perguntar a todos e a cada um de nós “porque somos tão medrosos?”...
Sinceramente, tenho medo!!! E nem o facto de estarmos “todos no mesmo barco” me tira o medo! Todos temos que reajustar a nossa vida. Nada continuará a ser como era... e só conseguiremos vencer isto se o fizermos juntos.
Termino este pensamento deste dia em que comemoro o meu 43.• aniversário, um dia estranho, em que alegria e tristeza se juntam, agradecendo todas as mensagens que recebi e manifesto o meu desejo de no próximo ano, em junho, poder participar com a minha família nas Jornadas Mundiais da Família e novamente ver esta praça cheia de gente!...
Entretanto, #fiqueEmCasa e acredite que #todosJuntosConseguimos







A Suavidade orante


quinta-feira, 26 de março de 2020


MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora

              Círculo Internacional Cristãos Pelo Ambiente

                                    S. JOÃO GUALBERTO
                                            
                                
      A  Terra “ não sente, não pensa, não ama, não venera e não se preocupa”, contrariamente ao que escreveu o teólogo da Libertação, um conhecido esquerdista e ecologista extremista, Leonardo Boff. Não! A Terra não é um ser vivo. É o suporte, na camada mais periférica, da vida. Só.
    Também não é uma deusa, GAIA, como este pretende. Só há um Deus, senhor e criador do céu e da terra, do mundo visível e do invisível. A Terra é uma criatura do Criador e, por isso, merece o nosso cuidado.
    Toda a agressão contra a vida, criação de Deus, é uma agressão ao Criador, Deus.
    Quando se retira Deus, o Criador, da nossa vida de humanos, rompem-se os equilíbrios ecológicos. A poluição atmosférica, entre outras causas, explicam alguns desequilíbrios e males de que hoje sofremos. Só tornando a nossa relação com o Ambiente, tendo Deus no centro das nossas vidas e das nossas relações com a Natureza, a criação, será reequilibrada.
   Nós, os homens, porque sentimos, pensamos, amamos, veneramos e preocupamos e, sobretudo, adoramos a Deus podemos alterar o ritmo de mal estar na Terra.

quarta-feira, 25 de março de 2020

PAPA FRANCISCO E A EVANGELIUM VITAE - HOJE



«Aujourd’hui, dans le contexte d’une pandémie qui menace la vie humaine et l’économie mondiale, l’Evangile de la vie prôné par l’Encyclique est plus que jamais une bonne nouvelle pour tout homme. A l’exemple de la Vierge Marie, cet Evangile de la vie est accueilli et mis en pratique par tant de personnes qui sont au chevet des malades, des personnes âgées, seules ou pauvres. Cependant, les atteintes à la dignité et à la vie des personnes continuent, avec de nouvelles menaces et de nouveaux esclavages. C’est pourquoi le message de l’Encyclique Evangelium vitae est plus que jamais actuel. Au-delà des situations de crise, comme celle que nous vivons, il faut investir dans la culture et dans l’éducation pour transmettre aux générations futures les valeurs de la vie. En effet, toute vie humaine, unique et irremplaçable, est une valeur inestimable.» ( Pape François.25.III.20)

« ... Hoje, no contexto de uma pandemia que ameaça a vida humana e a economia global, o Evangelho da Vida defendido pela Encíclica é mais do que nunca uma boa nova para todo o homem. A exemplo da Virgem Maria, este Evangelho da Vida é acolhido e posto em prática por tantas pessoas que estão à cabeceira dos doentes, das pessoas idosas, sós ou pobres. Contudo, os atentados à dignidade e à vida das pessoas continuam, com  novas ameaças e de novas escravaturas. É por isso a mensagem da Encíclica Evangelium Vitae é mais do que nunca actual. Além das situações de crise, como aquela que estamos a viver,é preciso investir na cultura e na educação para transmitir às gerações futuras os valores da vida. Com efeito, toda a vida humana, única e insubstituível, é um valor inestimável.» ( Papa Francisco, 25.III.20)

25 de MARÇO - DIA DA CRIANÇA POR NASCER - VAMOS CELEBRAR



       MILITIA SANCTAE MARIAE - cavaleiros de Nossa Senhora



                                   INSTITUTO INTERNACIONAL FAMILIARIS CONSORTIO
                                                                            ( Portugal)


                                                                  NAS BODAS DE PRATA
                                                                                  Da
                                                                 “EVANGELIUM VITAE”

   Faz este dia 25 de Março, solenidade da Anunciação, 25 anos que S. João Paulo II, Magno, promulgou a Encíclica EVANGELIUM VITAE, o mais belo hino e programa de defesa da VIDA HUMANA.
  Infelizmente, o Instituto Internacional Familiaris Consortio, que todos os anos celebra esta efeméride, como o DIA DA CRIANÇA POR NASCER, com uma Missa solenizada em acção de graças por este extraordinário documento pontifício, dadas as condições sanitárias vigentes, não o vai poder fazer. Tal não impede que o IIFC faça um apelo veemente a todos os defensores da Vida Humana, da concepção à morte natural, se associem á efeméride com a oração do Angelus que nos recorda a anunciação a Maria do mistério da Encarnação do Redentor e, se recitarem o Credo, que , ao chegarem ao momento em que digam” … E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.”  se ajoelhem com os dois joelhos em terra, como sinal de respeito e admiração orante pelo mistério recordado.
   Se em 1995 a mensagem da Evagelium vitae era de uma gritante actualidade, hoje, é um grito pungente e clamoroso para a defesa da Vida Humana cada vez mais ameaçada, não só pelo ABORTO como, no fim da vida, com a legalização da EUTANÁSIA. Grito perante o qual a ninguém é lícito ficar de braços cruzados. Todos somos convocados, ainda hoje por S. João Paulo II, Magno, para a oração pela vida humana tão atacada e por mais e melhor acção  de promoção e defesa da dignidade inviolável da VIDA HUMANA.
   O IIFC, atento aos cada vez mais graves atentados contra a Vida Humana, não vai deixar de celebrar o DIA DA CRIANÇA POR NASCER, ainda este ano em data opor

terça-feira, 24 de março de 2020

E o Verbo fez-se carne... e habitou entre nós!

«Pequena teoria... eu penso que o universo inteiro, todas as estrelas, galáxias, luz, plantas, animais, a terra, o fogo, a água e o ar.. e o homem... tudo, tudo o que existe foi feito para as mulheres e para a maternidade, dom inestimável e dádiva concedida às mulheres... Deus olhou o mundo e a última de suas obras, de todas elas foi a mulher, Eva, e a mais perfeita obra de suas mãos, outra mulher, Maria, que em seu ventre concebeu a vida de Jesus, o Filho de Deus... A razão da existência, não só de existir os homens e as estrelas não é outra, segundo a natureza, do que prestar tributo às mulheres e ao dom da maternidade...»
(João Batista Passos, Escudeiro da MSM)


Um Santo dia da Anunciação do Senhor!

DA PESTE ...



      DA PESTE, DA FOME E DA GUERRA, LIVRAI-VOS,                                                  SENHOR!







« Moi non plus Je ne te condamnerai pas ; va, et désormais ne pèche plus. »

EN FORME DE CONCLUSION…

D’après « Mortification Chrétienne », du Cardinal MERCIER (1851-1926), ancien archevêque de Malines (Livret édité par les Editions du Sel)
En général, sachez refuser à la nature ce qu’elle vous demande sans besoin.
Sachez lui faire donner ce qu’elle vous refuse sans raison.
Vos progrès dans la vertu, dit l’auteur de l’Imitation de Jésus-Christ seront proportionnés à la violence que vous saurez vous faire.

« Il faut mourir, disait le saint Evêque de Genève, il faut mourir afin que Dieu vive en nous ; car il est impossible d’arriver à l’union de l’âme avec Dieu par une autre voie que par la mortification.
Ces paroles « il faut mourir » sont dures, mais elles seront suivies d’une grande douceur, parce qu’on ne meurt à soi-même qu’afin d’être uni à Dieu par cette mort. »

Plaise à Dieu que l’âme soit en droit de s’appliquer ces belles paroles de saint Paul aux Corinthiens :
« En toutes choses nous souffrons la tribulation. Nous portons toujours et partout dans notre corps la mort de Jésus afin que la vie de Jésus soit manifestée aussi dans nos corps. »
(II Cor. IV, 10)

segunda-feira, 23 de março de 2020

UNE LETTRE DE L `ARCHEVÊQUE DE PARIS EN TEMPS DE CORONAVIRUS/ UMA CARTA DO ARCEBISPO DE PARIS EM TEMPO DE CORONAVIRUS

Os meus pêsames… E os meus parabéns!


Está hoje posta em causa a teoria segundo a qual o homem descende do macaco. Por várias razões. Primeiro, porque a ciência não deposita aí o crédito todo, ou até investe pouco. Depois - acrescido tormento, porque os macacos não aceitam semelhante coisa. Sentem-se até indignados. É que macaco não é egoísta. Macaco que é macaco partilha território e conquistas. Macaco não agride macaco. Macaco não se aproveita das limitações, fragilidades, fraquezas ou estado de debilidade dos outros macacos. Macaco partilha as bananas que encontra no caminho…
Ora muitos humanos não condizem com esse protótipo. Não descendem certamente desse ramo. Só enxergam lucro. Farejam a miséria alheia para verem onde fossar melhor. São abutres. Vivem da desgraça do vizinho, espezinhando quem já aflito se mostra. Nada mais conhecem senão o próprio umbigo. São sanguessugas que se banqueteiam na debilidade do próximo.
Por isso aqui fica o meu voto de pesar por quantos deslustram a raça humana. Em vez de aprenderem com a desgraça, servem-se dela, em proveito próprio, para maior desgraça do próximo.
Vender máscaras a 10 € cada; inflacionar o álcool e outros produtos recomendados na atual crise sanitária; fixar preços acima do honesto porque a malta está com medo e compra seja lá ao preço que for… Que grande macacada!...
Felizmente a realidade não se esgota nesses frigoríficos, armários gelados usados para guardar e congelar.
Há tanta gente boa. E a essa quero agora felicitar e abraçar, reconhecido, penhorado, infindamente grato.
Obrigado, médicos, enfermeiros, auxiliares, voluntários, gente com mãos de ouro, portentos de abnegação, generosidade, altruísmo, amor ao próximo.
Obrigado a todos quantos neste momento, em casa ou em instituições, cuidais do próximo, se calhar com o coração nas mãos e a exaustão por todo o lado.
Obrigado a todos quantos nos garantis os serviços, quiçá pondo em risco a vida. É bom termos o pão e outros alimentos. É bom que haja combustíveis. É bom que haja água e luz. É bom que do essencial nada nos falte.
Obrigado a quem dá bom testemunho, fabricando máscaras para oferecer, doando ventiladores, trabalhando sem olhar para o relógio, sacrificando interesses pessoais e até, tantas vezes, familiares.
Obrigado a todos os que ainda sabem chorar com a miséria alheia, as lágrimas a incentivarem uma caridade generosa e operativa.
Obrigado a quantos tentam levar o país e o mundo para a frente, com esforço, superação, valentia, esperança, amor e fé.
A tragédia que estamos a viver leve para longe a negativa visão antropológica de Sartre: homo, homini lupus = o homem é lobo para o outro homem. Que horror!
E ao de cima possa vir o melhor que a humanidade consegue ter: solidariedade, respeito, generosidade, amor!
Em tempos tão tristes, irradiem sol os corações bonitos, carregados dos melhores sentimentos.
Contem comigo.
Conto contigo.
Que possamos contar com todos, mesmo com aqueles que até agora nem sequer merecem descender do macaco.
Pe. Paulo Abreu


PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...