domingo, 30 de junho de 2019

EDUCAR OS FILHOS: LIBERDADE DE ESCOLHA (2)


 

 

                                                         EDUCAR OS FILHOS:

                                   LIBERDADE DE ESCOLHA ( 2 )

           Aproximam-se novas eleições: atenção redobrada

 

                               (Este artigo é a continuação do anterior com o mesmo título)

 

 

1.      Sabendo todos que os pais que decidem educar os seus  filhos com o apoio do chamado “ ensino privado” pagam o dobrar: pagam o ensino que não frequentam no uso do seu direito fundamental que lhes é roubado, e pagam o ensino onde acham que devem colocar os filhos . Estes pais são penalizados duplamente.

2.       Se uma sociedade democrática é plural por natureza, como se pode aceitar que haja liberdade de escolher o partido político onde se deseja votar, se pode escolher o canal e neste o programa de televisão que se quer ver, se compra o jornal que se quer e quando se quer, ou se pode escolher a religião que se quer ou não ter religião nenhuma, como se pode admitir que a LIBERDADE DE EDUCAR seja dificultada e só para os ricos. Uma sociedade assim, é discriminatória, elitista e promove a segregação entre os seus cidadãos em nome de querer um ESTADO EDUCADOR DO POVO!

3.       Não queremos nem podemos admitir uma sociedade perseguidora da liberdade de pensamento e da pluralidade de modelos pedagógicos. Nem uniformizadora do futuro ( as crianças e jovens não são propriamente “ frangos de aviário”!).

4.      Não queremos uma sociedade tenha escolas para ricos e pobres.

5.      Queremos, isso sim, que sejam dadas iguais oportunidades aos pais ricos e pobres de ESCOLHA das escolas onde desejam que seus filhos prossigam o modelo educativo da família.

6.      Queremos que o Estado gira com competência e justiça social o nosso dinheiro que pontualmente nos saca mas que se recusa a ouvir a nossa voz de liberdade e da igualdade.

7.      Queremos que os gestores da coisa pública nos digam quanto custa cada aluno , de cada ciclo, com rigor e em cujo cálculo estejam todas as variáveis , como a construção dos edifícios e a sua manutenção, ou as despesas correntes que sabem muito bem e facilmente calcular.

8.      Queremos que o valor acima encontrado seja entregue às escolas, de qualquer titularidade, para gerirem, tornando TODO o ensino gratuito e aos pais não seja pedido outro valor.

9.      Queremos que o ministério da tutela  acautele  o nível geral de exigência e de qualidade, nomeadamente em áreas fundamentais como a língua materna, a história e geografia do país e as noções essenciais e seu domínio da matemática, nomeadamente. Princípio a ser aplicado com rigor, em todas as escolas , já que é o dinheiro dos cidadãos que está em jogo.

10.  E , vale a pena ler o que diz a nossa Constituição sobre o tema : « … Incumbe ,designadamente, ao Estado para protecção da família: ( …) Cooperar com os pais na educação dos filhos» ( Art. 67º, nº2, c) ) . Repare-se que não diz que o Estado deve substituir a Família, mas COOPERAR.

11.  A terminar ,  transcrevemos o Art. 26º.3 ,  da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Aos Pais pertence a prioridade de escolher o género de educação a dar aos filhos “.

É o teor deste artigo da citada Declaração Universal que queremos e exigimos seja aplicado, a bem do respeito por TODOS os pais e pela igualdade que deve caracterizar toda a democracia. Também a nossa.


 

Carlos Aguiar Gomes

sexta-feira, 28 de junho de 2019

A SERVIR SEM LUVAS NEM ALARDE




Cada um pelo seu caminho e nas suas circunstâncias existenciais está convidado à santidade. Os santos não são apenas os que estão nos altares. Há os santos de ao pé da porta, a classe média da santidade, como refere Francisco. Com certeza que muitos desses santos são nossos familiares, amigos e outros com quem menos nos relacionámos, mas com os quais nos cruzámos, sentámos à mesa, trabalhámos e convivemos, outrora com os que já partiram e hoje com os que vivem ao jeito de Jesus. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais (Gaudete et exultate,14).
E se é saudável que os filhos percebam que a mãe reza pela santificação do pai, que o pai reza pela santificação da mãe, que ambos rezam pela sua própria santificação e pela santificação dos filhos, e ensinam os filhos a rezar pelos pais, nestes dias, porém, em que celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, todos somos convidados, a nível mundial, e já por iniciativa de São João Paulo II, a rezar pela santificação dos sacerdotes. É uma oportunidade para que os próprios sacerdotes façam memória do dom recebido e o procurem redescobrir de maneira sempre nova. É também oportunidade para que todo o Povo de Deus se associe em ação de graças pelo grande dom do Ministério Sacerdotal à Igreja e pedindo especialmente a santificação dos seus sacerdotes. É sabido que a Igreja “não precisa de muitos burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam, porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora” (id.138).
E nestes tempos sofridos pelos escândalos que correm por esse mundo fora, também nos associamos ao agradecimento que o Papa Francisco faz a todos aqueles sacerdotes “que servem o Senhor com total fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos comportamentos dalguns dos seus confrades. Todos – Igreja, consagrados, Povo de Deus e até o próprio Deus – carregamos as consequências das suas infidelidades. Agradeço, em nome da Igreja inteira, à grande maioria dos sacerdotes que não só permanecem fiéis ao seu celibato, mas se gastam no ministério que hoje se tornou ainda mais difícil pelos escândalos de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos. E obrigado também aos fiéis que conhecem bem os seus pastores e continuam a rezar por eles e a apoiá-los” (Francisco, 24/02/2019).
Na sua homilia no Jubileu dos Sacerdotes no Ano Extraordinário da Misericórdia, em 3 de junho de 2016, o Papa convidava os sacerdotes do mundo inteiro a fixar “o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores”. É com os olhos fixos no Coração do Bom Pastor que renovaremos a memória de quando o Senhor nos tocou e nos chamou para O seguir. “Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que nos deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1)”. Para ajudar o coração dos Sacerdotes a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, Francisco aponta três exercícios muito importantes a ter em conta nesse treino que passo a sintetizar:

1 - “O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens”.
2 – O pastor segundo o coração de Jesus “é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir”.
3 – "A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus".
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco,

quinta-feira, 27 de junho de 2019


                                       EDUCAR OS FILHOS :

                                                      A

                                LIBERDADE DE ESCOLHA  ( 1 )

               Aproximam-se novas eleições: atenção redobrada.

 

 Não se pode deixar de incentivar o debate em torno de uma questão de liberdade, da liberdade de os pais poderem escolher como é que querem educar os seus filhos, sem ter o Estado omnipresente a  tutelar  e a  guiar os referidos cidadãos, como se estes não fossem capazes, pelo menos a maioria, de saberem o que querem para e no processo educativo da sua prole. É um tema “ fraturante” na nossa sociedade, onde assomos de totalitarismo ainda são bastante visíveis/audíveis. Não podemos nem devemos afastar-nos dessa questão, pois dela  e nela depende o futuro.

Assim , para ajudar na reflexão , deixamos  um conjunto de pistas , elaboradas de forma facilitadora da sua análise. Aqui  vão:

1.      A liberdade de os Pais poderem escolher o tipo de educação a dar aos seus filhos NÃO é um direito concedido pelo Estado. É um direito NATURAL.

2.      Os pais, o pai e a mãe, são os PRIMEIROS, PRINCIPAIS e INSUBSTITUÍVEIS educadores dos filhos. Só a eles, e a mais ninguém, assiste o direito de escolher os valores morais, filosóficos, estéticos e espirituais que querem para os seus filhos.

3.      O papel do Estado não é substituir os pais, mas o de criar condições para que os pais possam encontrar respostas para as sua competências primeiras de educar os filhos  num modelo de qualidade e exigência PARA TODOS. Caso contrário, é o princípio da SUBSIDARIEDADE a ser maltratado.

4.      O Estado não pode nem deve substituir os pais, mas contribuir, como  um apoio complementar de oferta na igualdade.

5.      Além disso, não se pode correr o risco de transformar o Estado ( Ministério da Instrução/Educação ) em educador do povo. Tal  visão é de Estados totalitários que se arrogam o direito, que não têm, de legislar sobre o modo, o como e o porquê da educação das crianças e jovens de um país.

6.      Num país em que o Estado não cria as condições gerais e básicas, em IGUALDADE de oportunidades, de serem os pais a decidir em que modelo pedagógico querem educar os filhos, é um país condenado a ter gerações de pensamento único que ninguém deseja.

7.      Todos sabemos que NENHUMA EDUCAÇÃO É NEUTRA , mesmo quando exercida por educadores que se esforçam por serem neutros, o que é impossível.

8.      Todos sabemos que a  educação , toda ela, é “ atmosférica “, isto é, todo o ambiente educativo DEVE estar impregnado por valores idênticos e todos os momentos de convívio ou de aprendizagem são momentos educativos.

9.      Numa sociedade democrática, por consequência plural, NÃO SE PODE ADMITIR A NINGUÉM  que tolha ou impeça  e não dê condições de liberdade de escolha do projecto educativo para os filhos, em total igualdade  de oportunidade.

10.  Sabendo todos nós que afirmar que o chamado ensino público é gratuito, é uma MENTIRA pois que são TODOS os contribuintes que o pagam com os seus impostos. Portanto, não há escolas gratuitas ( os professores e todos os outros trabalhadores auferem os seus ordenados , a manutenção das escolas, a luz, o gás ou a água são todos pagos com o dinheiro unicamente saído dos nossos impostos). ( Continua no próximo artigo com o mesmo título)

 

Carlos Aguiar Gomes

quarta-feira, 26 de junho de 2019

ATENÇÃO: ORAÇÃO PELOS SACERDOTES


Para assinalar a solenidade do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, na igreja da Lapa ( Braga ) vai decorrer uma vigília pela santificação do clero, no dia 27.

Assim, às 17h 15 m – solene exposição do Santíssimo Sacramento, seguido de Terço meditado e bênção final.

18 h – Missa da solenidade.

Convidam-se os cristãos a associarem-se na oração pela santificação do clero.

ORAÇÃO PELAS PESSOAS EM FIM DE VIDA


MILITIA SANCTAE MAIRAE – cavaleiros de Nossa Senhora

Instituto Internacional Familiaris consortio

( Portugal )

Curta explicação

O IIFC, nasceu na Militia Sanctae Mariae- cavaleiros de Nossa Senhora, para assinalar os 25 anos da Exortação Apostólica “ Familiaris consortio” de S. João Paulo II  que tem como vademecum e abraça, sem reservas, a Encíclica «Evangelium vitae», igualmente deste grande Papa.

O IIFC tem procurado promover a dignidade inviolável da vida humana, do nascimento à morte natural, pela oração e pela sua presença proactiva no mundo contemporâneo. Assim, tem promovido vários congressos internacionais e, por exemplo, a celebração, no dia da Anunciação do Senhor, do Dia da Criança por nascer. Num momento histórico que se tem caracterizado pela promoção de legislação contra a dignidade da vida humana, como o aborto e a eutanásia mais recentemente, o IIFC decidiu promover, mensalmente, na Basílica dos Congregados, em Braga, às 15 h 30 m, todas as últimas 6ª -feira do mês, uma oração pública pelas pessoas em fim de vida. Esta iniciativa tem o apoio incondicional do Reitor desta Basílica bracarense. Assim, mensalmente, a MSM vai orientar, diante do Santíssimo Sacramento, uma oração pelas pessoas em fim de vida, em particular as que estão abandonadas e pelas que são tentadas a pôr fim à sua vida.  O IIFC convida, pois, todos, a acompanhar-nos nesta oração e pormo-nos em comunhão com os sofredores desamparados.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

RECUPERAR O ÓRGÃO DA IGREJA DA LAPA - BRAGA


MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora

                                 ( Associação com personalidade jurídica e canónica)

        MEMORANDUM PARA A RECUPERAÇÃO DO ÓRGÃO DA LAPA

                       Igreja de Nossa Senhora da Lapa – Braga

                                       Av. Central – Arcada

                                       

        1.       O órgão  da Lapa é um instrumento do início do século XIX, manufactura de um dos mais conceituados organeiros  portugueses, Manuel Sá Couto;

2.       O seu grau de conservação é relativamente razoável: o fole é o original, com algumas perdas de ar, podendo ser accionado manualmente; possui um ventilador eléctrico  de muito má qualidade ( produz muito ruído) colocado em 1968; todo o interior , sobretudo os tubos, estão cheios de pó;

3.       As falhas que apresenta, na sua utilização, devem-se, essencialmente, à falta de afinação e da degradação dos elementos estruturais.

4.       A intervenção prioritária consiste na limpeza do instrumento exige a desmontagem da maioria dos seus elementos), correcção mecânica de todo o sistema e respectiva afinação e colocação de ventilador novo ( silencioso).

5.       O custo estimado destas intervenções orçam os seis mil euros ( 6 000 euros)

 

a)Estas notas foram integralmente elaborados a partir de um estudo prévio do Dr. José Rodrigues, estudioso dos órgãos ibéricos e Director Artístico do Festival Internacional de Órgão de Braga.
              

segunda-feira, 17 de junho de 2019

UM LIVRO ABSOLUTAMENTE NOTÁVEL - a não perder!


Este é o último livro do Cardeal Sarah ( Paris, Março de 2019) cuja leitura, nestes tempos de " meias-verdades" ,todos somos convidados a ler. ... E a divulgar!

domingo, 16 de junho de 2019

AREIAS NO SAPATO E PEDRAS NA MÃO


Embora fosse no antigamente, às vezes vem-me ao toutiço!...Sou do tempo do Senhor Chaves! O Senhor Chaves era quem, lá no sítio, até ao 25 de abril, aplicava a lei da rolha. Quando eu trabalhava na redação de um jornal diário, um telefonema do Senhor Chaves, quase sempre ao fechar do jornal, já paginado e pronto, pela madrugada, era o cabo dos trabalhos. Havia que refazer, àquela hora, o trabalho feito e pronto para imprimir. Artigos ou discursos que chegavam por telex, parte ou linhas de outros textos, isto ou aquilo, não podiam ser publicados, eram ordens a ter de cumprir.
Há mais de 60 anos que a necessidade da construção da Barragem do Pisão, no Crato, é tema de debate e reivindicação. Valores mais altos se têm alevantado, não só porque, de facto, não se pode dar resposta a tudo, mas também porque, embora se reconheça e anuncie o que é mais importante e necessário, quando chega a hora da verdade, os decisores vão optando pelo que é mais conveniente em função de outros interesses e objetivos a alcançar. O histórico desta obra julgada como muito importante, está cheio de momentos de entusiasmo, de reconhecimento da sua valia, de debates sobre o desenvolvimento do Alto Alentejo, de promessas de ocasião. Os primeiros estudos datam de 1957. Já nessa altura foi tida como importante para a valorização do Alto Alentejo. Sentia-se como necessário armazenar os caudais da ribeira de Seda. Nestes tempos que são os últimos, e pelo que li, a Barragem já foi anunciada por três primeiros-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso. Porque vamos sendo habituados a ouvir bons propósitos sem quaisquer consequências, quando, de facto, há decisão mais determinada e firme, vai-se acreditando com medo de acreditar. Gato escaldado de água fria tem medo, costuma dizer-se. Agora, porém, como garante de que a Barragem vai mesmo sair do fundo da gaveta, há dias, no Crato, marcaram presença o Ministro Adjunto e da Economia, o Ministro do Planeamento, o Ministro da Agricultura e Florestas e Desenvolvimento Rural, o Secretário de Estado do Ambiente e o Secretário de Estado da Valorização do Interior. Se alguns estudos já se fizeram, outros têm sido feitos sobre as vertentes da rega, do abastecimento público e da criação de uma central mini-hídrica. Ultimamente, todos os grupos parlamentares consideraram a Barragem do Pisão como obra prioritária e recomendaram a inclusão do projeto nas prioridades de investimento no Plano Nacional de Regadio e no Programa Nacional para a Coesão Territorial. Deputados, Autarcas e instituições ligadas ao desenvolvimento do território e da agricultura, não têm desistido de, ao longo dos tempos, se baterem pela importância e concretização da mesma. Embora não seja a solução para todos os problemas, sempre foi considerada por todos como um “projeto hidroagrícola estruturante”, “uma aposta séria”, “um investimento prioritário”, “uma lufada de ar fresco”, pois, para o desenvolvimento do Distrito e a economia do território “não há alternativa”, não é a simples paisagem “que vai atrair pessoas”. Um grupo de trabalho constituído por gente de vários saberes, instituições e áreas de intervenção, voltou a apontar, recentemente, a Barragem do Pisão “como fundamental para estimular o desenvolvimento económico e sustentável da área de influência do projeto”. Apoiado em tal estudo, o atual Governo determinou o início dos trabalhos para a concretização da Barragem do Pisão que envolvem, desde já, a elaboração de estudos e projetos que são muitos, são complexos e variados, sem esquecer, como é evidente, a componente ambiental, o realojamento da população do Pisão e a rede de regadio. O investimento total já está estimado, mas decomposto por várias componentes, sendo a mais significativa a componente da produção elétrica, aquela que também terá mais retorno. Segundo aqueles que gostam de fazer previsões do resultado antes do jogo ter acabado, serão criados centenas de postos de trabalho diretos. Foi bonito ouvir falar de tudo isso. Estas coisas, aliás, são sempre bonitas, muito mais bonitas quando alimentam a esperança de que, na verdade, irá haver consequências. E a mensagem passou, houve alegria e palmas, palmas e alegria a encher a Praça de contentamento e de esperança. Os Senhores Presidentes das Câmaras Municipais do Distrito, os Senhores Deputados, as instituições afins e muitos outros homens e mulheres, toda a gente ficou esperançada que sim, que agora vai mesmo. Até se avançou com um prazo possível para que a Barragem comece a encher.
Para reforçar a esperança destas terras e desta gente, três dias mais tarde, em 10 de junho, em Portalegre, o Senhor Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, para além de outras coisas interessantes que afirmou, reclamava, em nome desta sua terra, «alguma coisa em que acreditar». O Senhor Presidente da República também, para além do mais que disse, afirmou que «um 10 de Junho em Portalegre (...) tem de ser um compromisso de futuro para com esta terra e para com esta gente». Após o desfile das Forças Militares em parada e de tantos instrumentos de guerra a passar, terminaram as comemorações do Dia de Portugal em Portalegre. Ao desfazer da festa, aproximei-me, respeitosamente, do Senhor Primeiro Ministro para o cumprimentar. O Senhor Primeiro Ministro logo me arremessou, sem mais, com ar sombrio e tom seco, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. E repetiu, e voltou a repetir. Porque surpreendido, e gente se apercebeu deste momento de tensão inesperada e a despropósito, com delicadeza lhe retorqui que não estava a perceber. Não demorou em dizer que ouvira o que eu disse sobre a Barragem do Pisão. E em andamento, reiterou, para que de novo eu ouvisse, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. Foi então que consegui ligar os fios à meada. O Senhor Primeiro Ministro, coisa que é normal pois nem sempre é possível agradar a todos, não gostara do que eu disse, na véspera, a uma rádio, perante a insistência duma jornalista que não despegava. E eu, tentando lembrar o que é que tinha dito, acho que disse pouco e apenas o óbvio, mas identificando-me com os anseios desta gente que muito respeito, admiro e estimo, como estimo, admiro e respeito os seus autarcas e políticos e todas as instituições e gente que se batem por esta e outras causas tidas como essenciais para o desenvolvimento do território e a qualidade de vida das pessoas. Confesso que, perante a insistência do Senhor Primeiro Ministro em dizer que os Primeiros Ministros não são todos iguais, fiquei deveras convencido que o Senhor Primeiro Ministro tinha razão, os Senhores Primeiros Ministros não são todos iguais!...
Peço desculpa pelo desencanto! Que a Barragem nasça e cresça!...

Antonino Dias
  Bispo de Portalegre-Castelo Branco

sábado, 15 de junho de 2019

CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM

 
 
 
«Louvado sejas, meu Senhor, pela vossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras» ( S. Francisco de Assis)

sexta-feira, 14 de junho de 2019

CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM




CÍRCULO CRISTÃOS PELO AMBIENTE
S. JOÃO GUALBERTO


«... De facto, a degradação da Natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a "ecologia humana" é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental...» 
(Bento XVI, in Caritas in Veritatis, nº 51)





quinta-feira, 13 de junho de 2019

HOJE, DIA DE SANTO ANTÓNIO, Martelo de Herejes


Em 15 de Agosto de 1195 nasceu em Lisboa, o nosso querido e tão popular Santo António. Faleceu em Pádua ( Itália) a 13 de Junho de 1231.O seu papel determinante na luta contra várias heresias, como os albigenses, no Sul da França, mereceu-lhe o cognome de MARTELO DE HEREJES. A sua mensagem é, mais do que nunca actual.

Festejar Santo António, é reconhecer o seu grande valor e exemplo ainda na actualidade.  

CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM



CRISTÃOS PELO AMBIENTE
«S. JOÃO GUALBERTO»

A verdadeira ecologia tem DEUS no centro, Ele é o Criador, por isso o Homem é central nas diferentes abordagens ecológicas.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Natureza e contemplação



"O verdadeiro respeito da natureza nasce de uma atitude contemplativa. Não se decreta, exige uma profunda conversão do coração e um sentido de adoração amorosa do Criador." 
(Cardeal Robert Sarah, in «LE SOIR APPROCHE ET DÉJÀ BLE JOUR BAISSE»,
Ed. Fayard, Paris, Março de 2019)

terça-feira, 11 de junho de 2019

A Europa cristianófoba

«A Europa cedeu já há muito tempo ao relativismo(...). 
Os europeus gostam de falar de "islamofobia", mas contudo é preciso falar de "CRISTIANOFOBIA"!
(Cardeal Sako, Luis Rafael, Patriarca De Babilónia dos Caldeus - Iraque)
 

domingo, 9 de junho de 2019

DIA INTERNACIONAL DAS VÍTIMAS DA PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA


A  ASSEMBLEIA GERAL DA ONU acaba de aprovar  a resolução que declara o dia 22 de Agosto (Dia de Nossa Senhora, Rainha), como o DIA INTERNACIONAL DAS VÍTIMAS DA PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA. Esta decisão  resulta de uma proposta de vários países como a Polónia, os Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Egipto, Iraque, Jordânia, Nigéria e Paquistão.
Com esta decisão a ONU está a enviar a mensagem de que « actos de violência por motivos religiosos e a perseguição religiosa em geral não poderão ser tolerados pelas Nações Unidas, pelos Estados membros e pela sociedade»
Recorda-se que o número mais significativo de vítimas de perseguição religiosa são os cristãos. Nunca, na história do cristianismo houve tantos mártires cristãos como neste tempo.
O Director de relações Internacionais da Fundação Pontifícia AJUDA À IGREJA QUE SOFRE, Mark Riedemann, afirmou, a propósito desta decisão da ONU que: 
«o nosso silêncio é uma vergonha».
Demos graças a Deus por esta decisão da ONU.
O CÍRCULO INTERNACIONAL SHAHBAZ BHATTI, um projecto da MSM - cavaleiros de Nossa Senhora, regozija-se com esta iniciativa.

sábado, 8 de junho de 2019

TERRÍVEIS DORES DE COTOVELO





Cuide-se bem, e melhor que o calcitrin são os remédios profiláticos! A dor de cotovelo provém, em princípio, de tendinites causadas ou agravadas por esforços da mão ou do antebraço, precisa de diagnóstico clínico. Mas não é dessa que falamos. Falamos daquela que, muito mais grave, precisa de mais atenção e melhor tratamento. Daquela que, alguém, por ciúmes e inveja ou por se sentir incomodado, não aguenta a superioridade e bem fazer de quem quer que seja. Bisbilhotando ou não, cotovelando ou não, não vê isso com bons olhos. Fantasiando-se superior e capaz de mais e melhor, chama a atenção de outros, para, juntos, censurar, ridicularizar, minimizar ou destruir. Presentemente, causador de imensas dores de cotovelo é o Papa Francisco. Muitos tentam desacreditá-lo com falsas informações ou informações manipuladas com o objetivo de lhe criar opinião pública desfavorável. Ainda ontem me chegou às mãos um livro de 290 páginas, “Fake Pope”, de Nello Scavo e Roberto Beretta, sobre as falsas notícias acerca do Papa Francisco, é das Paulinas Editora. Francisco, porém, não desiste, persiste, resiste e insiste, com entusiasmo, com alegria e esperança, fazendo com que a sua palavra ecoe no mundo inteiro, entre crentes e não crentes, em nome de Cristo e da Sua Igreja, para bem de toda a comunidade humana. Ele tem a garantia do Companheiro inseparável, mesmo que esse Companheiro seja para muitos um “Ilustre Desconhecido”. É desse Ilustre Desconhecido que hoje vou falar já que O estamos a celebrar em grande solenidade. Ele dá-se por muitos nomes: sopro, vento, companheiro inseparável, hóspede discreto, consolador perfeito, conselheiro admirável, Paráclito, Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor, Espírito de Deus, Espírito de glória, Espírito de verdade... Resumindo: é o Espírito Santo, uma das pessoas da Santíssima Trindade e sem o qual ninguém pode dizer “Jesus é o Senhor”. Também tem muitos símbolos: água, unção, fogo, nuvem, luz, selo, mão, dedo, pomba... Tanto na vida íntima da Trindade como no Seu dom de amor pelo mundo, é inseparável do Pai e do Filho. A Sua força e o Seu poder são inimagináveis. É um poder que não está nas armas, nem nos exércitos, nem nas bombas. É uma força que não está nos carros, nos cavalos ou nos cavaleiros. Uma força e um poder que, tal como o vento, não se podem parar, encarcerar ou querer encerrar em conceitos e definições, em teses e tratados, em cânones e instituições, em serviços e movimentos, em elites e manias de quem se julga dono da verdade. Não, Ele não se deixa aprisionar. Ajuda a discernir, impulsiona, sacode, anima e estimula, mas não é monopólio de nenhuma instituição nem de ninguém. Atua onde quer, em quem quer, quando quer, como quer e o mais engraçado de tudo isso, mesmo que alguns possam ter dores de cotovelo, o mais engraçado é que ninguém tem nada com isso, assim o costumo dizer. E tanta gente por esse mundo fora que nunca ouviu falar d’Ele, não O conhece, mas tem inspirações e intuições de paz e bem que lhe geram alegria, encantam e a comprometem. Por essa força interior, pessoas há que se enchem de entusiasmo e coragem, saltam para o terreno e lutam pelos direitos humanos, pela liberdade, pela justiça, pela qualidade de vida, pelo emprego, pela habitação, pela paz em família, pela saúde pública, pela sustentabilidade desta casa comum...! E não são esses e outros, porventura, também valores evangélicos pelos quais se deve lutar? Claro que são, e de capital importância. E mesmo que alguns, face aos bons resultados, se julguem heróis e se coloquem nas pontas dos pés a puxar pelos seus galões, todos nós sabemos que, apesar do mérito, apesar do imprescindível jeito e competência de quem as orienta, o que faz andar o barco não são as velas, é o vento que não se vê!... Reparem como Jesus curou algumas dores de cotovelo de São João Evangelista, dores que também hoje afetam muita gente que dificilmente aceita que os outros façam coisas tão bem ou melhor que ela: “Disse-lhe João: ‘Mestre, vimos alguém a expulsar demónios em Teu nome e tentamos impedi-lo, porque não nos segue’. Mas Jesus disse: Não o impeçais ... quem não é contra nós, é a nosso favor” (Mc 9, 40). Também já no Livro dos Números, Deus dá uma bela lição sobre tal questão: Eldad e Madad talvez tivessem ido aos ninhos para arejar um pouco, não sei, mas sabemos que não estavam na tenda da reunião quando era suposto que estivessem. O Espírito, porém, também pousou sobre eles e eles começaram a profetizar lá por onde andavam. Um jovem, talvez velho e escandalizado com isso, correu a informar Moisés, dizendo-lhe: “Eldad e Medad estão a profetizar no acampamento!” Josué, filho de Num, que desde a juventude era ajudante de Moisés, interveio: “Moisés, meu senhor, proíbe-os de fazer isso”. Moisés, porém, respondeu: “Estás com ciúme por mim? Oxalá todo o povo de Javé fosse profeta e recebesse o Espírito de Javé!” (Nm 11, 26-29).
O Espírito Santo sempre agiu e continua a agir na História. Manifesta-se como uma força que cria, transforma, dá vida, santifica, ilumina, unifica, liberta, conduz, suscita líderes audazes e cheios de força para libertar o seu povo, garantir a unidade e apelar ao bom senso. Pela Sua ação, o Filho de Deus encarnou no seio de Maria, torna-se profeta do Pai, morre, ressuscita, promete insistentemente enviar o Espírito Santo, cumpre a promessa. Tendo acontecido o Pentecostes, o Espírito Santo coloca a Igreja em movimento e lança-a nesta aventura de ir por todo o mundo a anunciar em fidelidade ao Senhor, realizando a unidade na diversidade, tecendo os fios da fraternidade universal.
Todos nós, os batizados, fomos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Somos um povo de profetas. Também nós, aquando da receção do sacramento do Crisma, o dia do Pentecostes em nossas vidas, recebemos a plenitude do Espírito Santo, completamos a graça batismal, enraizamo-nos mais profundamente na filiação divina, incorporamo-nos mais solidamente em Cristo, tornamos mais firme o laço que nos prende à Igreja, fomos enriquecidos com os Seus dons para podermos realizar a nossa missão na Igreja e no Mundo. E Santo Ambrósio recorda: “Lembra-te, pois, de que recebeste o sinal espiritual, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, o Espírito do santo temor, e guarda isso que recebeste. Deus Pai marcou-te com o seu sinal, o Senhor Jesus Cristo confirmou-te e pôs em teu coração o penhor do Espírito” (CIgC1303).
Com maior consciência da presença e ação do Espírito Santo na vida de cada pessoa e de cada família, todos seríamos mais lógicos, mais apóstolos da verdade, da justiça e da fé. Seríamos, por certo, mais solidários, mais fraternos e dialogantes, mais proféticos. Muitas famílias seriam muito mais Família cristã, vivendo com a preocupação de pela alegria, palavra e pelo testemunho fazerem passar, com esperança, a mensagem da coerência, até para que os seus filhos não viessem a fazer da Celebração do Crisma uma festa de finalistas, e tantas vezes o é!...
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco

quinta-feira, 6 de junho de 2019

LOGO DO CIRCULO DOS CRISTÃOS PERSEGUIDOS

O Círculo SHAHBAZ BHATTI, foi fundado pela MILITIA SANCTAE MARIAE - cavaleiros de Nossa Senhora, para rezar e convidar a rezar pelos Cristãos perseguidos em todo o mundo.
Este é o seu logotipo

IGREJA DA LAPA - BRAGA


1 MINUTO PELA PAZ

 
 
Dia 8 de Junho, às 13 horas
 
 
“Às 13h, somos convidados a dedicar “um minuto pela paz” de oração para quem crê, de reflexão para quem não crê. Todos juntos por um mundo mais fraterno”,  ( Papa Francisco, 5.VI.2019)

LIBERDADE DE ESCOLHA


                                         EDUCAR OS FILHOS :

                                                        A

                                    LIBERDADE DE ESCOLHA

 

 Não se pode deixar de incentivar o debate em torno de uma questão de liberdade, da liberdade de os pais poderem escolher como é que querem educar os seus filhos, sem ter o Estado omnipresente a  tutelar  e a  guiar os referidos cidadãos, como se estes não fossem capazes, pelo menos a maioria, de saberem o que querem para e no processo educativo da sua prole. É um tema “ fraturante” na nossa sociedade, onde assomos de totalitarismo ainda são bastante visíveis/audíveis. Não podemos nem devemos afastar-nos dessa questão, pois dela  e nela depende o futuro.

Assim , para ajudar na reflexão , deixamos  um conjunto de pistas , elaboradas de forma facilitadora da sua análise. Aqui vão:

1.      A liberdade de os Pais poderem escolher o tipo de educação a dar aos seus filhos NÃO é um direito concedido pelo Estado. É um direito NATURAL.

2.      Os pais, o pai e a mãe, são os PRIMEIROS, PRINCIPAIS e INSUBSTITUÍVEIS educadores dos filhos. Só a eles, e a mais ninguém, assiste o direito de escolher os valores morais, filosóficos, estéticos e espirituais que querem para os seus filhos.

3.      O papel do Estado não é substituir os pais, mas o de criar condições para que os pais possam encontrar respostas para as sua competências primeiras de educar os filhos  num modelo de qualidade e exigência PARA TODOS. Caso contrário, é o princípio da SUBSIDARIEDADE a ser maltratado.

4.      O Estado não pode nem deve substituir os pais, mas contribuir, como  um apoio complementar de oferta na igualdade.

5.      Além disso, não se pode correr o risco de transformar o Estado ( Ministério da Instrução/Educação ) em educador do povo. Tal  visão é de Estados totalitários que se arrogam o direito, que não têm, de legislar sobre o modo, o como e o porquê da educação das crianças e jovens de um país.

6.      Num país em que o Estado não cria as condições gerais e básicas, em IGUALDADE de oportunidades, de serem os pais a decidir em que modelo pedagógico querem educar os filhos, é um país condenado a ter gerações de pensamento único que ninguém deseja.

7.      Todos sabemos que NENHUMA EDUCAÇÃO É NEUTRA , mesmo quando exercida por educadores que se esforçam por serem neutros, o que é impossível.

8.      Todos sabemos que a  educação , toda ela, é “ atmosférica “, isto é, todo o ambiente educativo DEVE estar impregnado por valores idênticos e todos os momentos de convívio ou de aprendizagem são momentos educativos.

9.      Numa sociedade democrática, por consequência plural, NÃO SE PODE ADMITIR A NINGUÉM  que tolha ou impeça  e não dê condições de liberdade de escolha do projecto educativo para os filhos, em total igualdade  de oportunidade.

10.  Sabendo todos nós que afirmar que o chamado ensino público é gratuito, é uma MENTIRA pois que são TODOS os contribuintes que o pagam com os seus impostos. Portanto, não há escolas gratuitas ( os professores e todos os outros trabalhadores auferem os seus ordenados , a manutenção das escolas, a luz, o gás ou a água são todos pagos com o dinheiro unicamente saído dos nossos impostos).

11.  Sabendo todos que os pais que decidem educar os seus  filhos com o apoio do chamado “ ensino privado” pagam o dobrar: pagam o ensino que não frequentam no uso do seu direito fundamental que lhes é roubado, e pagam o ensino onde acham que devem colocar os filhos . Estes pais são penalizados duplamente.

12.   Se uma sociedade democrática é plural por natureza, como se pode aceitar que haja liberdade de escolher o partido político onde se deseja votar, se pode escolher o canal e neste o programa de televisão que se quer ver, se compra o jornal que se quer e quando se quer, ou se pode escolher a religião que se quer ou não ter religião nenhuma, como se pode admitir que a LIBERDADE DE EDUCAR seja dificultada e só para os ricos. Uma sociedade assim, é discriminatória, elitista e promove a segregação entre os seus cidadãos em nome de querer um ESTADO EDUCADOR DO POVO!

13.   Não queremos nem podemos admitir uma sociedade perseguidora da liberdade de pensamento e da pluralidade de modelos pedagógicos. Nem uniformizadora do futuro ( as crianças e jovens não são propriamente “ frangos de aviário”!).

14.  Não queremos uma sociedade tenha escolas para ricos e pobres.

15.  Queremos, isso sim, que sejam dadas iguais oportunidades aos pais ricos e pobres de ESCOLHA das escolas onde desejam que seus filhos prossigam o modelo educativo da família.

16.  Queremos que o Estado gira com competência e justiça social o nosso dinheiro que pontualmente nos saca mas que se recusa a ouvir a nossa voz de liberdade e da igualdade.

17.  Queremos que os gestores da coisa pública nos digam quanto custa cada aluno , de cada ciclo, com rigor e em cujo cálculo estejam todas as variáveis , como a construção dos edifícios e a sua manutenção, ou as despesas correntes que sabem muito bem e facilmente calcular.

18.  Queremos que o valor acima encontrado seja entregue às escolas, de qualquer titularidade, para gerirem, tornando TODO o ensino gratuito e aos pais não seja pedido outro valor.

19.  Queremos que o ministério da tutela  acautele  o nível geral de exigência e de qualidade, nomeadamente em áreas fundamentais como a língua materna, a história e geografia do país e as noções essenciais e seu domínio da matemática, nomeadamente. Princípio a ser aplicado com rigor, em todas as escolas , já que é o dinheiro dos cidadãos que está em jogo.

20.  A terminar ,  transcrevemos o Art. 26º.3 ,  da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Aos Pais pertence a prioridade de escolher o género de educação a dar aos filhos “.

É o teor deste artigo da citada Declaração Universal que queremos e exigimos seja aplicado, a bem do respeito por TODOS os pais e pela igualdade que deve caracterizar toda a democracia. Também a nossa.


 

Carlos Aguiar Gomes

( O autor não usa o chamado Acordo Ortográfico)

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