sábado, 28 de agosto de 2021

Sou vosso, Maria, sou sempre vosso

Salva-me, Santa Mãe de Deus, dos dias em que não encontro coragem para seguir, salva-me dos dias em que o cansaço físico e sobretudo o cansaço mental parece vencer-me violentamente, salva-me por completo e por tuas mãos, carrega este teu pequeno filho aos braços de Teu Filho Jesus e doa-me inteiramente a Ele, mesmo que estando eu em cacos e pedaços, doa-me assim, ainda cheio de frustrações, imperfeições e dignifique-me e fortaleça-me em minha decisão, em minhas decisões, de seguir no caminho do amor a Deus.

Tomadas de decisões nem sempre são fáceis, se fáceis nem sempre são realmente sinceras.

Há quem seja virtuoso e que toma decisões acertadas, sempre fundamentadas em um espírito de fortaleza e de convicções santas, mas há os que tomam as suas decisões baseadas em suas fraquezas, este é o meu caso.

Não sou forte o bastante para caminhar sozinho, sou fraco, pequeno e pecador, por isso, a minha decisão é tomada em minhas fraquezas e debilidades, sejam elas intelectuais ou até mesmo morais.

Tomo hoje a decisão de entregar-me inteiramente a ti, Mãe, pois vejo e creio em um horizonte maravilhosamente belo e infinito, e que a isto anseio, mas, muitas vezes não tenho forças para caminhar, sinto-me cansado e desejo sentar-me a beira do caminho e esperar ou até mesmo, olhar o caminho percorrido e ter um real desejo de voltar ou estar nas velhas estradas do mundo.

Sinto, as vezes, que as minhas forças não são suficientes e temo não conseguir continuar caminhando diante de tão belo e definitivo projeto que Deus colocou em nossas vidas.

Por isso, fraco que sou, tomo uma decisão, de pegar em suas santas mãos e de me apegar filialmente a ti, Maria, Santíssima Mãe de Deus, em vós me refugio e em vós me amparo.

Amparo-me completamente em Ti, Mãe de Deus e em vós entrego-me com completa confiança.

Santíssima Mãe, com que grande e infinito amor por nós Deus a nos deu para que nos piores e mais frágeis momentos de nossas vidas pudéssemos olhar a ti e vermos o nosso farol e o nosso porto seguro, seguríssimo porto, no qual Deus quer que os navegantes deste mundo encontrem toda a proteção e o refúgio necessário para continuarem a caminhar, a navegar com um espírito sempre renovado, com coragem, com a fé revigorada, com um amor poderoso e sempre bom de ter e sentir, sobretudo com a alegria daqueles que perdidos encontraram ou reencontraram em ti, Santa Maria, novas forças, novos motivos, novas esperanças, novo vigor para seguir até olharmos a Sagrada Face do Senhor, um dia nos céus.

Não tomo a minha decisão ou decisões baseadas em minhas pobres virtudes, as tomo e as entrego às santas mãos de Maria, minha Mãe e nobilíssima Suserana nossa, decisão esta fundamentada e experimentada em minhas fraquezas, todas elas, sem nenhuma exceção, nas quais vi, vivi, senti e testemunhei que por muitos caminhos por onde andei não possui luz e onde, em dias em que a escuridão retumba fortemente sobre mim, ainda é possível ver e sentir a Luz de Cristo Jesus, vosso Filho e Filho de Deus, que nos é trazida no candeeiro em suas mãos maternais, Santa Maria.

Dai-me força para não revogar, nem hoje e nem nunca, de forma tácita ou pelas minhas displicências cotidianas, esta minha entrega a ti, Maria, toma-me como um pobre filho triste, cansado, e que somente tem a esperança de um dia ver a face de Jesus Cristo, vosso Filho que nos salvou com o mais sublime amor, pelas suas santas mãos. A Ele vós me conduzirá.

Cuida de mim, Mãe, não sendo eu merecedor, peço-te, cuida de mim, da minha Família.

À vossa proteção recorro, Santa Mãe de Deus, não desprezais as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, oh! Virgem Gloriosa e Bendita!

Sou vosso, Maria, sou sempre vosso.

Paz e Fé!

João Batista Passos
O menor dos cavaleiros de Santa Maria. 
Novus Miles

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

S. Bernardo de Claraval

                                                 S. BERNARDO DE CLARAVAL  - 20 de Agosto



terça-feira, 17 de agosto de 2021

Assomption 2021

 



Assomption 2021



Après la Pentecôte, au tout début de l'Eglise, Marie était là et vivait sa vocation de Mère de l'Eglise. Par sa maternelle et puissante intercession, elle obtenait de nombreuses grâces pour les apôtres. En 1964, le pape Paul VI a proclamé Marie, Mère de l'Eglise. Et depuis peu nous avons maintenant une fête de Marie, Mère de l'Eglise, qui se célèbre le lundi de Pentecôte.
Marie, dans les années qu'elle vécut encore sur terre, ne cessait de grandir dans son désir de rejoindre son Jésus au Ciel. Sans cesse l'amour de Dieu grandissait en elle. Enfin, Jésus vint la prendre pour la faire entrer dans sa gloire de Ressuscité. Il vint la chercher avec son âme et son corps. Il ne convenait pas en effet que la Mère de Dieu, qui n'avait jamais commis le moindre péché, connaisse la corruption du tombeau. 
Marie exerce maintenant au Ciel sa fonction maternelle envers chacun de ses enfants, chacun d'entre nous. Toutes les grâces que nous recevons passent par ses mains. C'est elle qui nous les obtient par sa prière.
Sainte Thérèse de Lisieux a dit: Je passerai mon ciel à faire du bien sur la terre. Cela est encore plus vrai de la Sainte Vierge.
C'est pourquoi il est si important de prier la Sainte Vierge. Dans le chapelet, nous redisons la prière du Notre Père, la prière parfaite que Jésus nous a enseignée. Et nous redisons inlassablement le Je vous salue, Marie, afin que Marie prie avec nous et pour nous. Lorsqu'on le dit avec la simplicité d'un enfant, le chapelet nous obtient beaucoup de grâces et apaise notre cœur en profondeur.
Soyons fidèles du moins à dire, matin et soir, trois fois le Je vous salue, Marie. D'après l'enseignement de nombreux saints, cette pratique nous donne l'assurance d'obtenir la grâce d'une bonne mort et la béatitude éternelle du Ciel.
Pour nous encourager, je conclus en citant une sentence certaine de la Tradition: Un enfant de Marie ne périra pas. Bonne et sainte fête de l'Assomption.



SIMON NOEL OSB

A DEVOÇÃO A S. JOSÉ NO MUNDO _ ANO JOSEFINO

 A Fundação AIS apresenta testemunhos da devoção a São José no mundo inteiro

Fundação AIS - Departamento de Informação

Anexos11:30 (há 15 minutos)
para Fundação

ACN_S.JOSE_16.08.2021.jpgA Fundação AIS apresenta testemunhos da devoção a São José no mundo inteiro

Lisboa, 16 de Agosto de 2021 | Maria Ximena Rondon & Maria Lozano

 

Por ocasião da celebração do Ano de São José, convocado pelo Papa Francisco de Dezembro de 2020 a Dezembro de 2021, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recolheu dos seus parceiros de projectos de diferentes partes do mundo reflexões, testemunhos e milagres relacionados com este santo.

“São José é um exemplo em qualquer área da vida”, afirma D. Domingo Buezo Leivo, Bispo do Vicariato Apostólico de Izabal, na Guatemala. No entanto, os pensamentos sobre a figura de São José tendem a reflectir, em certa medida, as preocupações específicas de cada país: “Gosto de centrar-me em São José como o homem responsável que, para cuidar da vida do Menino e da sua Mãe, tem que fugir e sofrer as consequências, nomeadamente: desconforto, cansaço, perigos e incertezas. Mas salvou a vida do Menino e da sua Mãe”, disse, referindo-se ao drama humano vivido por milhares de migrantes da América Central e do Sul que fogem dos seus países à procura de uma vida melhor para si e suas famílias. “Alguns lutam literalmente para salvaguardar a vida, como José e Maria com o Menino Jesus nos braços", explica o bispo ao confiar aos cuidados de São José todas essas pessoas que se expõem “aos perigos e aos desafios de uma jornada migrante”.

Padres e religiosas da Guiné BissauUruguaiÁfrica do Sul e Brasil, para citar alguns, contam como celebram a devoção a São José nas suas respectivas comunidades. Em Manaus, no Brasil, onde a Fundação AIS apoia a formação dos seminaristas da arquidiocese, a devoção a São José é difundida por toda a cidade.

Em 1848 foi fundado o Seminário São José e os sacerdotes ali formados estabeleceram a Paróquia de São José. Anos mais tarde, o seminário foi encerrado, mas “a devoção a São José permaneceu e a paróquia consolidou-se”, explica à AIS o Pe. Zenildo Lima, actual reitor do Seminário Arquidiocesano de São José. Em 1999, um grupo de fiéis começou a rezar uma novena dedicada ao santo no dia 19 de cada mês e a devoção espalhou-se rapidamente entre as pessoas e tornou-se "a maior expressão da piedade popular na arquidiocese". A paróquia foi elevada a Santuário Diocesano de São José e mais de 100 mil fiéis comparecem à festa do santo.

“Aos pés da sua imagem estão tantas histórias de sofrimento, esperança e oração”, assegura o Pe. Zenildo. Inclusive a sua própria história: em Dezembro de 2016 adoeceu com pneumonia e estave mesmo muito perto da morte; mas depois de cinco horas a agonizar entre a vida e a morte, conseguiu superar a crise. Recebeu alta hospitalar no dia 19 desse mês. “A minha mãe de 78 anos ao ver-me, correu para mim, abraçou-me chorando de alegria e sussurrou-me: ‘Rezei tanto a São José para não te perder!’”

Muitos outros parceiros de projectos falam de favores espirituais concedidos pelo santo. Por exemplo, o Pe. Godino Phokoso da Diocese de Dedza, no Malaui, que explicou à Fundação AIS como o seu pai lhe transmitiu a devoção a São José. “Chamava sempre a São José 'o carpinteiro'. Falava muito comigo sobre ele, dizendo-me que era um homem justo, um homem trabalhador, um pai amoroso.” E foi também São José que o ajudou a entrar no seminário, recorda o Pe. Godino, e também na sua formação e estudos no caminho do sacerdócio. Descreve a sua relação com São José como “a de pai e filho”. “É o meu pai amoroso, que nunca se cansa das minhas petições”, como “pregar um bom sermão, ser um bom servo de Deus, manter a saúde e assim por diante. Muitos desses favores já recebi e posso testemunhar; os outros ainda estão a caminho”, acrescenta.

Entre os testemunhos recolhidos pela Fundação AIS contam-se também histórias de milagres e curas atribuídos à intercessão do santo na Índia. O Padre jesuíta George Kerketta, da Paróquia de São José em Dolda, a quem a AIS ajudou a reformar o telhado da igreja, fala sobre crises conjugais ou familiares resolvidas graças à intercessão do santo. O jesuíta tem a certeza de que as vocações sacerdotais e religiosas nasceram da intercessão do Patriarca São José. Mas há também nesta paróquia, situada no coração da selva, outras histórias que relatam ajuda em momentos críticos, como a história de um dos paroquianos que foi atacado por um tigre e recuperou-se das suas feridas depois de membros da sua família rezarem a São José.

A celebração do Ano de São José foi marcada pela crise da COVID-19, o que também foi uma oportunidade para muitos se confiarem à sua protecção, segundo Pe. Ernest Adwok, pároco da Catedral de São José em Malakal, no Sudão do Sul. “O Papa Francisco quer que este ano seja dedicado a São José. Estamos em confinamento devido à pandemia. Apesar disso, será que alguma actividade se pode realizar por ocasião do ano de São José? Acredito que se confiarmos em Deus, qualquer mudança pode ocorrer. Esperamos que, por intercessão de São José, o mundo todo seja libertado desta pandemia ”, afirma o sacerdote. “São José foi um homem de sonhos e de acção. Sonhos e acção - adoptei isso como o meu estilo de vida, como a minha vocação. Tenho sonhos sobre a minha vida futura. O que vou fazer na paróquia onde trabalho? ”, reflecte o Pe. Adwok.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

“ Às vezes … olhamos para ontem para ver o amanhã”

 

                                PROSA LÍMPIDA COMO A ÁGUA DOS RIBEIROS DO GERÊS

 

                     “ Às vezes … olhamos para ontem para ver o amanhã”

 

    É esta a dedicatória que escreveu em “ Rio Abaixo”, o Cónego João Aguiar dirigida à Luísa e a mim. Que retrato pintado  em letras tão perfeito que  fez o nosso querido Amigo de uma realidade tão esquecida e que nos é tão cara!

   Quando li a citada dedicatória, recordei um velho provérbio africano que diz: “ Se não sabes para onde vais, lembra- te, então, de onde vens”.

  Não podemos nem devemos esforçarmo-nos por viver hoje do e no  passado“, ontem”. O que passou , passou, mas deixou as suas marcas. Cada um de nós traz em si as suas raízes e não só as de natureza genética.

  Mas tratarei do livro cuja leitura, aos bocadinhos como deve ser, onde ficou registada a referida e “filosófica” dedicatória que , só ela, merece uma séria reflexão, sobremodo nestes tempos de amnésia colectiva. Os meus concidadãos, tantos e tantos, acham que Portugal nasceu em 25.IV.1974, em que quase 900 anos de História não devem ser conhecidos. Outros, muitos católicos, defendem que a Igreja nasceu com o II Concílio do Vaticano, com leitura dos textos adaptados ao seu modo. E por aí adiante! Não, na história humana terá de haver uma hermenêutica da continuidade e não de ruptura. A nossa História, o nosso agir ou pensamento são devedores de tudo o que nos precedeu. E como é bom e salutar nunca esquecer o passado, para evitar os erros cometidos ou para aperfeiçoar as virtudes vividas. Nada começa do vazio a quem a Natureza tem horror.

 “ RIO ABAIXO” é livro de leitura imprescindível para todos os meus coetâneos. É fácil de ler ( textos curtos e aprazíveis de ler). Ensina-nos a ver a importância de “ pormenores” da vida . A olhar para a Natureza tão desprezada com olhos de “ mais além”. Convoca-nos para usufruirmos dos pequenos detalhes que os nossos olhos poluídos já não podem ou querem ver e de que a Natureza é pródiga e tanto , hoje, nos poderiam ajudar a viver num mundo, o nosso, tão falsamente arraigado à “ defesa da Natureza”, quase idolátrico mas que não consegue  e não deseja alcançar mais que “ objecto” que diz defender.

  “ RIO ABAIXO”, na linha de toda a muita e excelente obra de João Aguiar, é um livro que irá ficar na história da Literatura quando esta “ sanear” e deitar ao lixo o lixo que se tem produzido e que é apregoado como Ecologia que odeia o Homem. Como me faz lembrar Miguel Torga ao ler a obra de João Aguiar e a que esta obra não escapa (e ainda bem)! Literatura enxuta, sem grandes adjectivações e prazerosa de ler.

 “ RIO ABAIXO” é um livro de um atento e delicado observador dos pequenos pormenores de que a vida, e sobretudo a vida rural da sua ( e minha) infância, que nos convida a através de uma folha , do correr da água do rio, de um passarito, do quotidiano de uma aldeia da serra a olhar ,mais alto, mais além, para o Além , o totalmente Outro.

   “ RIO ABAIXO” tem-me servido de livro de meditação e de oração.

   Só um verdadeiro apaixonado de Deus sabe escrever sobre as coisas simples da vida a que nós, homens e mulheres do século XXI já não somos capazes.

  Obrigado Padre João ( Senhor Cónego João Aguiar!) por tanto e tanto que nos dá ( sugiro aos meus leitores que leiam os “posts” que diariamente coloca no Facebook  ). Um pedido: continue a dar-nos as suas pérolas que nem todos nós somos … porcos.

  Esta prosa, deixem-me dizer, é como a água límpida dos rios e ribeiros do Gerês: bebamo-la!

Carlos Aguiar Gomes

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Le délai de conversion (extrait des réflexions du Saint Curé d’Ars)

 Ego vado et quaeretis me, et in peccato vestro moriemini.
Je m'en vais, vous me chercherez,
et vous mourrez dans votre péché.

(S. Jean, VIII, 21.)  

Extrait des Sermons du Saint Curé d’Ars

Hélas ! Pouvons-nous bien rester dans un état qui nous expose à tant de malheurs pour l'éternité ! Qui de nous, M. F., ne tremblerait en entendant Jésus-Christ nous dire qu'un jour le pécheur le cherchera, mais qu'il ne le trouvera pas, et qu'il mourra dans son péché ? 

O mon Dieu ! que l'homme est aveugle de perdre tant de biens et de s'attirer tant de maux en restant dans le péché ! Si je demandais à un enfant : « Pourquoi est-ce que le bon Dieu vous a créé et conservé jusqu'à présent ? » il me répondrait : « Pour le connaître, l'aimer, le servir et par ce moyen acquérir la vie éternelle. » Mais si je lui disais : « Pourquoi est-ce que les chrétiens ne font pas ce qu'ils doivent pour mériter le ciel ? » « C'est, me dirait-il, parce qu'ils ont perdu de vue les biens du ciel et qu'ils croient trouver leur bonheur dans les choses créées. » 

Toujours dans l'espérance que le bon Dieu les recevra quand elles voudront revenir, ces personnes aveugles ne font pas attention que, pendant ce temps-là, le démon leur réserve une place en enfer. 

Nous savons très bien que Jésus-Christ nous dit de nous tenir toujours prêts, qu'il nous fera sortir de ce monde dans le moment où nous y penserons le moins ; et que si nous ne quittons pas le péché avant qu'il nous quitte, il nous punira sans miséricorde. 

Écoutez Jésus-Christ lui-même qui dit au pécheur : « Marchez pendant que la lumière de la foi brille devant vous » (Joan. XIII, 35.)…  Dans un autre endroit (Marc. XIII, 33.), il nous dit : « Veillez et veillez sans cesse, » parce que l'ennemi de notre salut ne travaille qu'à votre perte. Et priez, priez sans cesse pour attirer sur vous les secours du Ciel, parce que vos ennemis sont très adroits et très puissants. Pourquoi tant avoir, dit-il, tant vivre occupés des choses temporelles et de vos plaisirs, puisque, dans quelques instants, vous aurez tout abandonné. Non, M. F., rien de plus effrayant que la menace que Jésus-Christ fait aux pécheurs en leur disant que s'ils ne veulent revenir à Lui quand il leur offre sa grâce, un jour viendra qu'ils le chercheront et qu'ils lui demanderont miséricorde ; mais, qu'à son tour il les méprisera ; et, dans la crainte de se laisser toucher par leurs prières et leurs larmes, il se bouchera les oreilles et s'enfuira d'eux. O mon Dieu ! quel malheur d'être abandonné de vous ! 

Que veut nous dire Jésus-Christ, M. F., par cette parabole des vierges sages et des vierges folles, dont les unes furent si bien reçues parce qu'elles entrèrent avec l'époux, tandis que les autres trouvèrent la porte fermée? C'est qu'il voulait nous montrer la conduite des gens du monde : les vierges sages nous représentent les bons chrétiens qui se tiennent toujours prêts à paraitre devant le bon Dieu, dans quelque temps qu'il les appelle ; les vierges folles sont la figure des mauvais chrétiens, qui croient qu'ils auront toujours le temps de se préparer et de se convertir, de sortir du péché et de faire de bonnes œuvres. Ainsi passent-ils leur vie, la mort arrive mais ils n'ont rien que de mauvais et rien de bon. La mort les frappe, Jésus-Christ les appelle à son tribunal pour leur faire rendre compte de leur vie ; ils voudraient bien mettre ordre à leur conscience, ils se tourmentent, ils voudraient bien quitter le péché ; mais, hélas ! ils n'ont ni le temps, ni la force, et peut-être même la grâce qu'il faudrait. Quand ils demandent à Dieu d'avoir pitié d'eux, de leur faire miséricorde ; il leur répond qu'il ne les connaît pas, leur ferme la porte : c'est-à-dire, les jette en enfer. Voilà, M. F., le sort d'un grand nombre de pécheurs qui vivent si tranquilles dans le péché. Ah ! pauvre âme, que tu es malheureuse d'habiter dans ce corps qui te traîne avec tant de fureur en enfer. Ah ! mon ami, pourquoi veux-tu perdre cette pauvre âme ?... Quel mal t'a-t-elle fait pour la condamner à tant de malheurs !... O mon Dieu, que l'homme est aveugle !... 

Hélas, M. F. nous abusons du temps quand nous l'avons, nous méprisons les grâces quand le bon Dieu nous les offre ; mais souvent le bon Dieu, pour nous punir, nous les ôte quand nous voudrions en profiter. Si nous ne pensons pas à présent à bien faire, quand nous le voudrons, peut-être nous ne le pourrons pas.

domingo, 1 de agosto de 2021

La Voie du Salut: Le prix du temps (par Saint Alphonse Marie de Liguori)

« Rien n'égale donc la valeur du temps. »

Mais comment se fait-il que, parmi les hommes, le temps soit la chose la plus méprisée? Celui-ci s'amuse à jouer, cinq, six heures par jour; celui-là, arrêté devant une fenêtre ou dans une rue, perd une bonne partie de la journée à regarder les passants. Leur demandez-vous ce qu'ils font? Ils répondent immanquablement: « Nous passons notre temps. »

Ô temps si méprisé, c'est toi qu'ils désireront le plus, quand ils seront sur le point de mourir! Ils demanderont une heure seulement de ce temps si longuement gaspillé; ils s'offriront à faire n'importe quel sacrifice pour l'obtenir; mais ce sera trop tard! Pour toute réponse, ils recevront l'ordre de quitter la terre: « Pars de ce monde, âme chrétienne! Pars, il n'y a plus de temps pour toi! » (Rituel: Sacrement pour les malades. La Recommandation des mourants: « Maintenant tu peux quitter ce monde, âme chrétienne. Quitte-le. » 1977, 95). ? « Hélas! Diront-ils en gémissant, j'ai perdu ma vie! Durant les années que Dieu me prodigua, je pouvais me sanctifier, et je ne l'ai pas fait; maintenant, c'est trop tard!?» À quoi bon ces regrets, alors que le moribond touche à l'instant redoutable qui décidera de son éternité?

« Marchez, pendant que vous avez la lumière » (Jn 12, 35), dit Notre Seigneur. « Car, dit-il encore, la nuit vient pendant laquelle personne ne peut travailler » (Jn 9,4).

Le moment de la mort, c'est la nuit; on n'y voit plus, on n'est plus en état de rien faire. Aussi le Saint Esprit nous donne-t-il le salutaire avertissement de marcher par le chemin des commandements de Dieu, pendant que nous avons sa divine lumière et qu'il fait jour. Quoi! Nous voyons approcher le moment où va se trancher la grande question de notre éternité, et nous osons perdre notre temps! Hâtons-nous plutôt, tenons nos comptes prêts; car voici ce que dit encore Notre Seigneur, lui qui doit nous juger: « À l'heure que vous ne pensez pas, le Fils de l'homme viendra » (Lc 12, 40).

Sans retard, ô mon Jésus, sans retard pardonnez-moi donc. Et qu'est-ce que j'attends?

Serait-ce d'être d'abord jeté dans cette éternelle prison où je n'aurai d'autre ressource que de pleurer et de redire à jamais avec tous les damnés: « Il n'y a plus de temps, et nous ne sommes pas sauvés? » (Jr 8, 20). Non, Seigneur, je ne veux plus résister à vos appels pleins d'amour. Qui sait si cette méditation que je lis, n'est pas la dernière invitation que vous m'adressez? Je me repens, ô Bien suprême, de vous avoir offensé; je vous consacre le reste de mes jours. Je vous prie de m'accorder la sainte persévérance. Je ne veux plus vous causer aucun déplaisir; je veux vous aimer toujours.

PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...