A Fundação AIS apresenta testemunhos da devoção a São José no mundo inteiro
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A Fundação AIS apresenta testemunhos da devoção a São José no mundo inteiro
Lisboa, 16 de Agosto de 2021 | Maria Ximena Rondon & Maria Lozano
Por ocasião da celebração do Ano de São José, convocado pelo Papa Francisco de Dezembro de 2020 a Dezembro de 2021, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) recolheu dos seus parceiros de projectos de diferentes partes do mundo reflexões, testemunhos e milagres relacionados com este santo.
“São José é um exemplo em qualquer área da vida”, afirma D. Domingo Buezo Leivo, Bispo do Vicariato Apostólico de Izabal, na Guatemala. No entanto, os pensamentos sobre a figura de São José tendem a reflectir, em certa medida, as preocupações específicas de cada país: “Gosto de centrar-me em São José como o homem responsável que, para cuidar da vida do Menino e da sua Mãe, tem que fugir e sofrer as consequências, nomeadamente: desconforto, cansaço, perigos e incertezas. Mas salvou a vida do Menino e da sua Mãe”, disse, referindo-se ao drama humano vivido por milhares de migrantes da América Central e do Sul que fogem dos seus países à procura de uma vida melhor para si e suas famílias. “Alguns lutam literalmente para salvaguardar a vida, como José e Maria com o Menino Jesus nos braços", explica o bispo ao confiar aos cuidados de São José todas essas pessoas que se expõem “aos perigos e aos desafios de uma jornada migrante”.
Padres e religiosas da Guiné Bissau, Uruguai, África do Sul e Brasil, para citar alguns, contam como celebram a devoção a São José nas suas respectivas comunidades. Em Manaus, no Brasil, onde a Fundação AIS apoia a formação dos seminaristas da arquidiocese, a devoção a São José é difundida por toda a cidade.
Em 1848 foi fundado o Seminário São José e os sacerdotes ali formados estabeleceram a Paróquia de São José. Anos mais tarde, o seminário foi encerrado, mas “a devoção a São José permaneceu e a paróquia consolidou-se”, explica à AIS o Pe. Zenildo Lima, actual reitor do Seminário Arquidiocesano de São José. Em 1999, um grupo de fiéis começou a rezar uma novena dedicada ao santo no dia 19 de cada mês e a devoção espalhou-se rapidamente entre as pessoas e tornou-se "a maior expressão da piedade popular na arquidiocese". A paróquia foi elevada a Santuário Diocesano de São José e mais de 100 mil fiéis comparecem à festa do santo.
“Aos pés da sua imagem estão tantas histórias de sofrimento, esperança e oração”, assegura o Pe. Zenildo. Inclusive a sua própria história: em Dezembro de 2016 adoeceu com pneumonia e estave mesmo muito perto da morte; mas depois de cinco horas a agonizar entre a vida e a morte, conseguiu superar a crise. Recebeu alta hospitalar no dia 19 desse mês. “A minha mãe de 78 anos ao ver-me, correu para mim, abraçou-me chorando de alegria e sussurrou-me: ‘Rezei tanto a São José para não te perder!’”
Muitos outros parceiros de projectos falam de favores espirituais concedidos pelo santo. Por exemplo, o Pe. Godino Phokoso da Diocese de Dedza, no Malaui, que explicou à Fundação AIS como o seu pai lhe transmitiu a devoção a São José. “Chamava sempre a São José 'o carpinteiro'. Falava muito comigo sobre ele, dizendo-me que era um homem justo, um homem trabalhador, um pai amoroso.” E foi também São José que o ajudou a entrar no seminário, recorda o Pe. Godino, e também na sua formação e estudos no caminho do sacerdócio. Descreve a sua relação com São José como “a de pai e filho”. “É o meu pai amoroso, que nunca se cansa das minhas petições”, como “pregar um bom sermão, ser um bom servo de Deus, manter a saúde e assim por diante. Muitos desses favores já recebi e posso testemunhar; os outros ainda estão a caminho”, acrescenta.
Entre os testemunhos recolhidos pela Fundação AIS contam-se também histórias de milagres e curas atribuídos à intercessão do santo na Índia. O Padre jesuíta George Kerketta, da Paróquia de São José em Dolda, a quem a AIS ajudou a reformar o telhado da igreja, fala sobre crises conjugais ou familiares resolvidas graças à intercessão do santo. O jesuíta tem a certeza de que as vocações sacerdotais e religiosas nasceram da intercessão do Patriarca São José. Mas há também nesta paróquia, situada no coração da selva, outras histórias que relatam ajuda em momentos críticos, como a história de um dos paroquianos que foi atacado por um tigre e recuperou-se das suas feridas depois de membros da sua família rezarem a São José.
A celebração do Ano de São José foi marcada pela crise da COVID-19, o que também foi uma oportunidade para muitos se confiarem à sua protecção, segundo Pe. Ernest Adwok, pároco da Catedral de São José em Malakal, no Sudão do Sul. “O Papa Francisco quer que este ano seja dedicado a São José. Estamos em confinamento devido à pandemia. Apesar disso, será que alguma actividade se pode realizar por ocasião do ano de São José? Acredito que se confiarmos em Deus, qualquer mudança pode ocorrer. Esperamos que, por intercessão de São José, o mundo todo seja libertado desta pandemia ”, afirma o sacerdote. “São José foi um homem de sonhos e de acção. Sonhos e acção - adoptei isso como o meu estilo de vida, como a minha vocação. Tenho sonhos sobre a minha vida futura. O que vou fazer na paróquia onde trabalho? ”, reflecte o Pe. Adwok.
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