terça-feira, 29 de outubro de 2019

DIA 4 de NOVEMBRO - Missa na igreja da Lapa ( Braga) -na festa de S. Carlos Borromeu

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A GRAVE SITUAÇÃO NA VENEZUELA - A VOZ DE UM BISPO

Bispo acusa governo de Nicolás Maduro de ter transformado o país num "campo de concentração"

ACN_Venezuela_28.10.2019.jpgVENEZUELA:

A situação trágica em que se encontra a Venezuela, com falta generalizada de alimentos, de medicamentos, com grupos violentos que tomaram de assalto as ruas, e com uma economia completamente disfuncional, é uma tragédia comparável ao que se viveu na Europa logo após a II Guerra Mundial.

Para o Bispo de Carúpano, D. Jaime Villarroel, a acção de Maduro à frente dos destinos do país transformou a Venezuela num “campo de concentração”.

Em declarações à Agência Católica de Informações, D. Jaime explicou que, “quando um governo, sabendo o que seu povo sofre, deixa as crianças morrerem por desnutrição, o povo por falta de remédios para a pressão ou antibióticos e permite que grupos violentos controlem a cidadania, faz com que o país seja um campo de concentração”.

O retrato que o prelado faz da Venezuela é, de facto, terrível. “Encontramo-nos trancados nas nossas próprias casas, porque as ruas estão tomadas por grupos armados e violentos que podem assassinar-nos por um simples telefone ou um par de sapatos. É uma tragédia que se assemelha à que a Europa viveu depois da Segunda Guerra Mundial, quando muitas pessoas, por pensarem de forma diferente, foram levadas para os campos de concentração e exterminadas. A Venezuela está nesta situação”, disse.

O desnorte na economia explica a maior parte das carências com que se debatem as famílias. A híper-inflacção, a maior do planeta, reduziu à miséria a própria classe média. Hoje, uma família “não chega a ter” por vezes “o equivalente a dois euros por mês” para sobreviver. A situação é tão extrema, disse ainda o prelado, que “há famílias que nem têm dinheiro para enterrar os seus parentes falecidos de maneira digna”.

A crise económica e a violência fizeram com que 4,5 milhões de venezuelanos deixassem o país, a grande maioria atravessando a fronteira da Colômbia, mas também para outros países da região, nomeadamente Trinidad e Tobago. D. Jaime alerta que esta situação esconde outro drama maior: o sequestro de pessoas e o tráfico de órgãos.

Os que arriscam a viagem mas não têm meios económicos suficientes acabam por cair nas mãos de máfias locais que “oferecem a possibilidade de financiar a viagem”. “Mas quando chegam a Trinidad e Tobago, são sequestrados”, explica, lembrando um estudo recente que aponta para a existência de cerca de 300 mil venezuelanos em situações de escravidão, prostituição ou tráfico de órgãos. “Desses, 70% são mulheres e 25% crianças”, acrescentou o prelado. ( Fund. Pont. AJUDA À IGREJA QUE SOFRE)

domingo, 27 de outubro de 2019

SANTOS, SIM, DEFUNTOS AINDA NÃO!...

SANTOS, SIM, DEFUNTOS AINDA NÃO!...
1 – O homem não é o seu próprio fim. Hoje, porém, endeusa-se de tal forma o homem que Deus é descartado como insignificante, como se com isso Ele deixasse de existir. Aos próprios católicos, como já constatava Chesterton, pede-se que respeitem todas as religiões, menos a sua.
Mesmo que se manifestem indiferentes, sinceramente acredito que, religiosos ou não, ateus ou agnósticos, humanistas ou pensadores livres, céticos ou sem religião, ninguém deixará de se perguntar sobre os enigmas da condição humana, sobre o sentido e a finalidade da vida e da morte, sobre o mistério último que envolve a nossa existência e a consumação de toda a história humana. O gérmen da eternidade existe em nós. Deus atrai-nos.
Anselm Grün, num livro publicado em conjunto com Tomáš Halík, recorda-nos uma aposta referida por Pascal nos seus Pensamentos, mas sintetizada por Walter Dirks, assim:
“Não sabes se Deus existe. Tens a opção entre dois pressupostos, entre a suposição de que Deus existe e a presunção de que Ele não existe. Não podes esquivar-te, tens de apostar numa das possibilidades. Em alguma ocasião, talvez na experiência da tua morte, se há de verificar se apostaste de forma correta ou falsa. Se apostaste contra a existência de Deus, então, no caso de Ele não existir, nada perdeste e nada ganhaste – nem sequer terás a consciência de teres procedido bem; porém, no caso de Deus existir, então perdeste tudo. Se, pelo contrário, apostaste na existência de Deus e se Ele não existir, então não perdeste nada; mas, se Ele existir, ganhaste tudo: a bem-aventurança eterna. Nestas circunstâncias, é sensato e racional apostar na existência de Deus”.
2 – Solenidade de Todos os Santos! A santidade “é o rosto mais bonito da Igreja, o seu aspeto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor (…) não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão” (Francisco, 19/11/2014). A Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, se nos fala de grandes santos, fala-nos também da santidade de ao pé da porta, da santidade da classe média, da santidade de tanta gente humilde que foi capaz de influenciar os rumos da história sem constar nos livros. Fala-nos da santidade do povo de Deus que apesar das curvas, contracurvas e maleitas da vida, sabe amar e servir, sorrir, agradecer e louvar, com alegria e esperança, sentindo-se livre e amado.
Na medida em que a pessoa ganha consciência da importância do dom da vida e dos seus limites, seja qual for a sua profissão e cultura, vai-se interrogando e procurando respostas para melhor se compreender a si próprio e dar sentido à vida. Vai-se doando como Cristo se doou. Vai vivificando a vida e vivificando a própria morte através da qual Cristo nos libertou e nos ressuscitará. Vai aprendendo a morrer... ao jeito de Cristo, como Cristo, com Cristo.
3 – Dia e Mês de Todos os Fiéis Defuntos! Sim, dos defuntos que foram fiéis. Aqueles que estão salvos, mas no Purgatório. Recordámo-los, rezamos por eles. Na medida do possível, vamos em romagem às suas campas. Colocamos flores em homenagem, acendemos as velas da fé na ressurreição, confrontamo-nos com a certeza da morte que é condição da vida. Mesmo sem sabermos quando, como e onde é que a morte virá ao nosso encontro, tornamos mais viva a consciência de que a morte está dentro da vida, coloca-lhe limites, é passagem obrigatória. É verdade que ela entristece e faz chorar quem fica, pois a presença física de quem parte já não é possível. No entanto, «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade (...) com a morte a vida não acaba, apenas se transforma». De facto, se não tivéssemos esperança na ressurreição “seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos”, mas porque acreditamos na ressurreição, rezar por eles é um dever «santo e piedoso» (2 Mac 12, 44.45). É uma forma de comunicar com eles, pois, de modo nenhum se interrompe “a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas antes, segundo a constante fé da Igreja, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais» (LG49).
Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco
Portalegre-Castelo Branco, 25-10-2019.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

MARCHA PELA VIDA E FAMÍLIA - 26 de OUTUBRO

    VIRGEM DOS INOCENTES ( Obra de DAPHÉ du BARRY)


 Amanhã é dia de MARCHA PELA VIDA ( Lisboa, Porto, Braga, etc). Podemos ficar em casa? Não! Temos de fazer ouvir a nossa voz na rua para que ela chegue ao Parlamento.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

O SILÊNCO , inspirado em S. Bento


                                              DEZ
            REGRAS DE VIDA SEGUNDO E SEGUINDO
                                    S. BENTO
                            IV – O SILÊNCIO

    «Le bruit est l`ennemi parfait de la réflexion, de la tranquillité  et de l`amour. Or le bruit est devenu banal. Il fait partie de notre environnement et de notre manière de vivre. Et nous évite de nous confronter à notre vie intérieur » ( Card. Robert Sarah, in « Le soir approche et déjà le jour baisse », Ed. Fayard, Paris, Março de 2019, pág.367)

   Na realidade, como tão bem escreve o Cardeal Robert Sarah, no livro acima  indicado, “ O ruído é o inimigo perfeito da reflexão, da tranquilidade e do amor. Ora, o ruído tornou-se banal. Faz parte do nosso meio ambiente e da nossa maneira de viver. E evita-nos de nos confrontar com a nossa vida interior”.
   Vivemos num ambiente altamente poluído pelo barulho, por muito ruído sonoro ou visual. E este ambiente perturba-nos o equilíbrio emocional , afectivo e, até, biológico. Confunde-nos e , sobretudo aliena-nos ferozmente.
   Nesta série de artigos que tenho estado a publicar sobre algumas regras de vida que a Regra do glorioso Patriarca S. Bento aconselha, na Regra, aos seus monges e que, hoje e cada vez mais, se tem descoberto que também serve aos leigos. Refiro, por exemplo, o belíssimo livro de Maria Cristina Bombelli, “ Administrar com Sabedoria – a Regra de S. Bento e a Gestão” ( Ed. Paulinas, 2019), quero dedicar algumas linhas à importância do silêncio.
  S. Bento dedica o capítulo VI da Regra ao SILÊNCIO, palavra que assim tem sido traduzida nas línguas modernas mas em que no original, em latim, é usada a expressão DE TACITURNITATE, que se poderia traduzir, também, por taciturnidade, que não é rigorosamente a mesma coisa. José Mattoso ( in Disdaskalia XXXIX ) dedica um excelente e bem fundamentado artigo precisamente a esta diferença no léxico monástico ao longo da história e das religiões. S. Bento nunca quis que os mosteiros fossem verdadeiros sepulcros silenciosos, sem palavras e sobretudo, sem a Palavra. S. Bento, no dizer de Giorgio Picasso ( in “ San Benedetto – La Regola” , ed. San Paolo, Milão, 1996)  quis , no capítulo VI, dizer que a taciturnidade é o amor ao silêncio e que S. Bento não queria impor um silêncio total e rigoroso aos monges. S. Bento propõe um silêncio “ racional”.
   Esta questão da necessidade do silêncio, nesta nossa vida tão freneticamente agitada e alienada, é fundamental e absolutamente necessária. Numa família, onde deve haver diálogo, conversa sobre a vida, deve, também, haver momentos de silêncio, de amor ao silêncio. Por exemplo, quando as crianças e os jovens estão a estudar ou se preparam para dormir, é fundamental que haja silêncio. Quando os filhos ouvem os Pais ou estes ouvem os filhos, impõe-se o silêncio de quem ouve para que o diálogo não seja deformado por interferência não recomendáveis do ruído ou que  cada um dê a impressão de não estar a escutar ( não a ouvir) o outro. O ruído é uma espécie de curto-circuito entre comunicadores. O silêncio favorece a comunicação horizontal e vertical. Tal pressupõe um conhecimento da importância desta atitude interior, não para que nos esvaziemos das preocupações mas que sejamos capazes de nos (re)encontrarmos connosco próprios sem que os ruídos interiores e exteriores se alojem em nós e nos impeçam esse encontro vital. E, também, o encontro com Deus que não está nem O encontramos no ruído. “ … E, contudo, Deus esconde-se no silêncio” ( Cardeal SaraH, in “ A Força do Silêncio”, nº150, Ed.Principia,Cascais, 2017, pág. 91)
   O SILÊNCIO tem força, a força da humildade. Pelo contrário, e voltando ao Cardeal Sarah ( o.c., nº149, pág. 91) “ O barulho é uma violação da alma, é a ruína « silenciosa» da interioridade. O homem tende sempre a ficar no exterior de si próprio. Mas é preciso voltar necessariamente à cidadela interior”.
   Razão tem S. Bento ao classificar o silêncio como uma virtude. Uma virtude que, na esteira do Pai e Padroeiro da Europa, teremos de recuperar, libertando-nos desse tóxico ambiental que é o ruído.
Carlos Aguiar Gomes

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

UM HINO!


   Esta planta rasteira, em terreno árido da Sicília, canta um extraordinário TE DEUM ao Criador! 
   Preservar a Natureza é respeitar a obra desse Criador a quem esta planta ergue do chão seco um hino. 

terça-feira, 22 de outubro de 2019

FONTE DE VIDA


No topo da Via Sacra - S. Bento da Porta Aberta - Rio Caldo, está colocada esta fonte. Uma fonte cheia de simbolismo: O prisma triangular, em ónix, que representa a Santíssima Trindade e de onde escore água viva, a Palavra de Deus. Esta água cai em duas taças heptagonais, pois o número sete está cheio de carga simbólica: os sete pecados mortais, os sete sacramentos, os sete dias da semana ...A última taça, com a água que cai da superior, permita lavar os pés orante, suados e sofridos,dos peregrinos. De noite, a coluna prismática ilumina-se e brilha salientando o mistério da Santíssima Trindade.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

NA MINHA OPINIÃO...

Na minha opinião, os responsáveis da Igreja Católica são cúmplices da degradação moral da sociedade e do avanço do ateísmo militante que não combatem nem denunciam (deveriam alertar os católicos para não colaborarem com os promotores, os agentes do mal - não será esse um dever de um “pastor”?!)! O aborto e a ideologia do género são apenas dois exemplos de graves ofensas a Deus, que vêm transformando a nossa sociedade numa gigantesca “Sodoma”! Recordo as palavras de Nossa Senhora do Rosário no dia 13/07/1917, depois de anunciar que em breve terminaria a I Guerra Mundial: se não deixarem de ofender a Deus... começará outra pior! Aparentemente, os dirigentes da Igreja não se importam que Deus seja ofendido cada vez mais... Santa Faustina alerta-nos para as consequências das ofensas a Deus. A sua missão foi, segundo Nosso Senhor Jesus Cristo: “No Antigo Testamento Eu enviava Profetas ao Meu povo com admoestações. Agora, estou a enviar-te a toda a humanidade com a Minha Misericórdia. Não quero castigar a dolorida humanidade, mas desejo curá-la, estreitando-ao ao Meu Misericordioso Coração.” A Misericórdia Divina é grande, mas só para quem se arrepende. Conforme Deus disse a Santa Faustina, sobre os terríveis sofrimentos no purgatório: “A Minha Misericórdia não deseja isto, mas a Justiça exige-o”. Noutra altura disse à Santa Faustina que iria destruir uma grande e linda cidade da Polónia porque nela se praticavam muitos abortos. Isto não aconteceu enquanto Santa Faustina intercedeu (faleceu em 1938 com 33 anos de idade), mas aconteceu pouco depois, na sequência da II Guerra Mundial... Nessas punições todo o povo sofre! A punição não pode ser evitada (a menos que haja arrependimento e penitência) mas pode ser mitigada por orações e penitência. Assim compreendo que Portugal ainda não tenha sido castigado! Mas se não mudar de rumo (no nosso Parlamento, representação do povo, quantos deputados são e agem como católicos? Serão mais de meia dúzia?!) o castigo será terrível e cairá sobre todos, porque os nossos governantes são representantes de todo o povo (mesmo dos abstencionistas e dos que nele não votaram)!

Cândido Gonçalves

A Europa está cansada...


"A Europa está cansada. Renegou as suas origens  e temos de ajudá-la a redescobri-las", Papa Francisco

domingo, 20 de outubro de 2019

Que seria deste cedro?....


Que seria deste cedro, da ilha do Pico ( Açores), se não fossem as raízes que o aguentam , face aos fortes ventos? Assim, uma Família ou outra comunidade que perdeu as suas raízes será arrancada e morrerá face aos ventos de destruição que sopram...

sábado, 19 de outubro de 2019

DOM ANTÓNIO BARROSO NO PARLAMENTO


O homem das barbas, de Remelhe, Barcelos, que tudo fez para estar agora a caminho dos altares, não tinha papas na língua quer para anunciar Jesus Cristo, quer para defender a Igreja e o país, quer para enfrentar quem se metia onde não era chamado ou se aburguesava no faz de conta.
Ensinava que o missionário deve levar “em uma das mãos a cruz, símbolo augusto da paz e da fraternidade dos povos, e na outra a enxada, símbolo do trabalho abençoado por Deus. Deve ser padre e artista, pai e mestre, doutor e homem da terra; deve tão depressa pôr a sua estola (...) como empunhar a picareta para arrotear uma courela de terreno; deve tão depressa fazer uma homilia, como pensar a mão escangalhada pela explosão duma espingarda traiçoeira”.
No dia 20 deste mês de outubro de 2019, a Igreja em Portugal, com a presença dos Bispos Portugueses e do Povo crente e sempre grato, vai prestar-lhe uma homenagem em Cernache do Bonjardim, Sertã, junto ao Seminário das Missões ou da Boa Nova, onde ele estudou. Este gesto em Dia Mundial das Missões quer assinalar o Mês Extraordinário Missionário e, utilizando eu as palavras do cronista João de Barros, quer assinalar também os “trabalhos de Hércules” que tantos missionários e mártires portugueses levaram a cabo por esse mundo além, enobrecendo e ajudando a escrever a nossa história: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes/Que o traço poder vosso não pesais/Vós que, à custa de vossas várias mortes/A lei da vida eterna dilatais” (Camões).
Torno presente o elogio que o Deputado Urgel Abílio Horta lhe fez no Parlamento em 1954. Assim:
“Sr. Presidente: pedi a V. Ex.ª o favor de me ser concedida a palavra para, como Deputado pelo Porto, falar de alguém que, não tendo ali o seu berço de nascimento, viveu, contudo, durante largos anos intimamente preso aquela cidade, pela sua alma, pelo seu coração, pelo seu espírito.
Quero referir-me a D. António Barroso, que foi um dos maiores bispos portugueses.
As comemorações centenárias do seu nascimento, realizadas na fidalga cidade minhota de Barcelos e na encantadora aldeia de Remelhe, sua terra natal, promovidas pela Câmara Municipal daquele concelho, resultaram numa manifestação de dulcíssimo encanto espiritual de incomparável beleza, a que se associaram o Governo da Nação, com a presença do Sr. Ministro do Ultramar, os mais altos dignitários da Igreja, os representantes da alta cultura e o povo, sempre pronto a fazer justiça a quem é digno dela.
A vida do grande pioneiro da Igreja - facho de luz brilhante na escuridão de uma noite de trevas - tomou proporções lendárias pela sua ação notabilíssima ao serviço da Pátria e do Evangelho.
Deus, na sua infinita misericórdia, fez esse homem detentor de todas as virtudes, as mais raras e as mais nobres; o mais valoroso e o mais corajoso soldado da sua milícia, na luta apologética e doutrinária sustentada na pregação da paz, do amor, da caridade, que ele largamente difundiu e praticou. Como grande missionário, o seu mais elevado título, pela projeção justificadamente adquirida, foi D. António Barroso um grande português, herói consagrado da nossa epopeia ultramarina, que a Nação, em terras longínquas da Ásia e da África, prestou os mais assinalados serviços. Viveu para a sua pátria como viveu para a Igreja, sabendo engrandecê-la e honrá-la. Os homens tornam-se verdadeiramente grandes quando sabem lutar, intemerata e sinceramente, pelos grandes ideais que abraçaram com carinho, com amor e com paixão.
E o grande bispo do Porto, na tarefa magnifica de dilatar a Fé e o Império, encarnou gloriosamente o papel de soldado e missionário, levando o seu apostolado a todas as regiões onde havia necessidade de ser ouvida e escutada a palavra de Deus e respeitados o nome e a bandeira de Portugal. A sua ação missionária, coroa valiosa da maior glória sacerdotal, era Angola, em Moçambique e na Índia ficou brilhantemente documentada. Mas foi especialmente no Congo que a sua atividade, o seu esforço, a sua coragem e a sua fé obraram prodígios na evangelização dos povos, a quem abnegadamente se deu e serviu. E ali, nesse território em desagregação iminente e perigosa, batido pelo vento da desnacionalização, soube, como os grandes colonialistas, no número dos quais enfileira, impor pela sua ação enérgica e paternal os direitos da soberania portuguesa. Ele o afirma dizendo: «Tudo ali eram ruínas. A catedral havia ruído. Todo o deslumbre da nossa formosa língua desaparecera completamente. Era sinistro! Quadro horroroso: o passado morrera! Como ressuscitá-lo? Nunca a cruz mutilada de Alexandre Herculano me lembrou tanto como ao ver Deus e Portugal mortos na alma dos pretos». Mas o milagre da ressurreição operou-o o grande bispo, sabendo impor ao rei do Congo e aos seus súbditos o nome de Portugal. Obra duma grande personalidade, cuja alma cristianíssima atravessa a vida, alcança os paramos do infinito, aproximando-se de Deus, no seu eterno destino, orando em seu louvor, pedindo a proteção para a sua pátria! E foi ouvido na sua súplica. E elevou-se cada vez mais no desempenho da missão civilizadora, educadora, altamente dignificante da condição humana em defesa dos preceitos do Evangelho, que difundiu e ensinou com o seu verbo eloquente, por todas as províncias ultramarinas no nosso império.
D. António Barroso foi mais tarde sagrado bispo da diocese do Porto e grande se revelou também no seu alto sacerdócio. Querido, respeitado e amado por todos quantos sentiram a chama viva da Fé, que ele sabia acender e animar na alma do povo. Infinitamente bom, jamais negou proteção a todos quantos dele se abeiravam e lha pediam.
O sacerdote de Cristo, que lutou apaixonadamente por Deus e pela Pátria, e que, subindo o seu calvário, arrostou com todos os perigos e com todas as contrariedades, soube santamente viver com resignação e coragem as agruras do exílio e as horas amargas da prisão. O bispo missionário, maltratado, perseguido e desterrado, sem outra culpa que não fosse a fidelidade às leis e às doutrinas da Igreja, imutável nos seus postulados e vitoriosa na sua ação, chama abrasando almas sedentas de fé, vive hoje na memória de todos os portugueses. E o bronze e o granito do seu monumento erigido no coração de Barcelos recordarão a obra de caridade, fé e amor de um notável ministro da Igreja.
Mas não basta o seu monumento ou as brilhantes teses apresentadas e discutidas no Congresso Missionário realizado em Barcelos para satisfazer aspirações e anseios bem justificados, honrando e glorificando a insigne figura desse prestigioso ministro de Cristo.
O Seminário dos Carvalhos, magnifico edifício de admirável localização, que o cardeal D. Américo mandou edificar à custa dos maiores sacrifícios materiais; grande escola-internato para a formação de sacerdotes, obedecendo a todos os requisitos necessários à alta missão para que foi criado e a que D. António Barroso dedicava um carinho e um interesse bem compreensível, foi em triste época de perseguição religiosa tirado aos seus legítimos possuidores com o mais absoluto desprezo pela hierarquia eclesiástica. Pois, Sr. Presidente, as comemorações que acabam de realizar-se, e a que se associou o Governo da Nação, não teriam a finalidade que lhes é devida sem a reparação para a qual chamamos a atenção dos altos poderes do Estado.
Interpretando o sentir do Congresso Missionário e em nome da lei ultrajada e da justiça ofendida, nós pedimos seja restituída aos seus legítimos donos, em toda a sua plenitude, a propriedade desse seminário, que, contra todos os preceitos da razão, da moral e da justiça, lhe havia sido confiscada.
Entregue-se à diocese do Porto o seu seminário, o Seminário dos Carvalhos, e o espirito do grande bispo, que deu à Pátria honra e glória, continuará velando por nós, na alta missão do robustecimento da Fé e engrandecimento do Império. Disse.” (in: Site Debates Parlamentares, Diário das Sessões, nº 54).
+++++++++
São João Paulo II, em 1991 no aeroporto da Portela, renovou-nos o desafio: “Portugal, convoco-te para a missão (...) As sucessivas gerações dos vossos maiores buscaram no Evangelho a inspiração para as suas vidas e legaram-vos esta cultura constantemente enriquecida pelo cruzamento da fé cristã com as várias populações que fizeram a história da Europa e do Mundo (...) Um dia, Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para longe em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito. Hoje venho aqui para, da mesma tribuna, convocar todo o Povo de Deus à evangelização do mundo (...) Portugal, convoco-te para a missão”.
Antonino Dias
 Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 18-10-2019.

A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO

La parabole du juge inique homélie La veuve dont nous parle l'évangile finit par obtenir justice, car le mauvais juge en a assez d'être importuné. Mais Dieu Lui est la bonté infinie. Il nous exauce parce qu'Il est un Père plein de bonté. Pourtant, me direz-vous, certaines de nos prières n'ont pas toujours été exaucées. Et nous avions cependant prié avec tant de ferveur! Il y a des gens qui prient pour gagner au loto, alors que c'est un jeu de hasard, contre lequel la vraie religion nous met en garde. Il est évident qu'au loto, un seul sur des centaines de milliers pourra gagner le gros lot. La foi nous enseigne que toute vraie prière, conforme à la volonté de Dieu, est toujours exaucée. Mais nous ne sommes pas toujours exaucés comme nous l'entendons. Si nous ne recevons pas ce que nous demandons explicitement, Dieu nous accorde d'autres grâces, plus utiles à notre salut. Dieu seul sait ce qui est vraiment bon pour nous, Il sait où Il veut nous conduire. Si Dieu ne nous accorde pas ce que nous demandons, c'est par amour pour nous. Mais en fait toute prière bien faite est toujours exaucée, car des grâces nous sont toujours données. Voici une demande que Dieu exaucera toujours en tant que telle: si nous lui demandons son saint amour et la grâce d'y persévérer jusqu'à notre mort. Le Seigneur, à la fin de l'évangile, a cette parole mystérieuse: Quand viendra le Fils de l'homme, trouvera-t-il la foi sur la terre? Beaucoup de passages de la Sainte Écriture disent qu'à la fin des temps, il y aura une apostasie générale et le règne de l'antéchrist. De nos jours, nous voyons de plus en plus de gens qui ne croient plus à rien et les forces du mal se déchaînent dans le monde. Serions-nous proches de la fin? Quoi qu'il en soit, dans l'épreuve actuelle de l'Église, nous devons tenir bon dans la foi et dans la vraie doctrine qui nous a été enseignée. Remercions Dieu chaque jour de nous avoir donné la foi catholique et demandons-lui d'y persévérer jusqu'à notre dernier souffle. Le samedi-saint, alors que tout était perdu, seule Marie a gardé la foi. Si nous sommes arrivés au samedi-saint de l'histoire de l'histoire de l'Église, réfugions-nous tout particulièrement en Marie, car elle nous l'a promis à Fatima: A la fin mon cœur immaculé triomphera. Car après les ténèbres du samedi-saint, se lèvera sans aucun doute l'aube de la résurrection de Pâques. Dom Simon Noel OSB

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

SAUDAÇÃO FRATERNA DO MESTRE DA MSM Na festa de Nossa Senhora Aparecida + PAX Aos meus Irmãos e Amigos do Brasil: Celebrais, amanhã, a Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Não posso ficar indiferente e, por isso, quero associar-me aos meus Irmãos e Amigos brasileiros nesse dia de júbilo em que a nossa “ Doce Suserana”, a Virgem Santa Maria, a Quem nos consagramos, é honrada de forma particular no vosso querido e amado país. Faço votos e rezarei convosco amanhã, para que, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, o Brasil cresça no amor para com a “ THEOTOKOS”, com o vosso contributo, “ para maior glória de Deus, no tempo e na eternidade”. Caros Irmãos e Amigos, que o amor filial para com Nossa Senhora vos dê sempre a coragem, a determinação e a força para lutarem pelo Bem, pelo Bom e pelo Belo, no amor pelos mais desfavorecidos, pobres ou não. Peço-vos que amanhã, todos leiam e meditem no nosso Código de Honra ( Cap. III da nossa Regra) e façam-no como estivessem a oferecer um ramo das mais belas flores do Brasil a Nossa Senhora Aparecida. Que todos interiorizem que são “ soldados de Deus” ( miles) por Maria. A todos abraço e para todos e vossas famílias peço a bênção da MATER NOSTRAE MILITIAE. Braga, 11 de Outubro de 2019 O Mestre e primeiro servidor da MSM Carlos Aguiar Gomes ( Miles – pauper et peccator)

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

BENDITA SOIS, MARIA

Bendita sois, Maria! («Como à noite a lua resplandece, Em vós a Luz do Pai nos aparece: Bendita sois, Maria!») Bendita sois, Maria! Sois Luz em nosso caminhar, Amparo do nosso p`regrinar. Mãe e Senhora nossa. Bendita sois ,Maria! Bendita sois, Maria! Nas trevas e aflições Ilumina nossos corações! Mãe e Senhora nossa. Bendita sois, Maria! Bendita sois, Maria! Carlos Aguiar Gomes

PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...