Bispo acusa governo de Nicolás Maduro de ter transformado o país num "campo de concentração"
A situação trágica em que se encontra a Venezuela, com falta generalizada de alimentos, de medicamentos, com grupos violentos que tomaram de assalto as ruas, e com uma economia completamente disfuncional, é uma tragédia comparável ao que se viveu na Europa logo após a II Guerra Mundial.
Para o Bispo de Carúpano, D. Jaime Villarroel, a acção de Maduro à frente dos destinos do país transformou a Venezuela num “campo de concentração”.
Em declarações à Agência Católica de Informações, D. Jaime explicou que, “quando um governo, sabendo o que seu povo sofre, deixa as crianças morrerem por desnutrição, o povo por falta de remédios para a pressão ou antibióticos e permite que grupos violentos controlem a cidadania, faz com que o país seja um campo de concentração”.
O retrato que o prelado faz da Venezuela é, de facto, terrível. “Encontramo-nos trancados nas nossas próprias casas, porque as ruas estão tomadas por grupos armados e violentos que podem assassinar-nos por um simples telefone ou um par de sapatos. É uma tragédia que se assemelha à que a Europa viveu depois da Segunda Guerra Mundial, quando muitas pessoas, por pensarem de forma diferente, foram levadas para os campos de concentração e exterminadas. A Venezuela está nesta situação”, disse.
O desnorte na economia explica a maior parte das carências com que se debatem as famílias. A híper-inflacção, a maior do planeta, reduziu à miséria a própria classe média. Hoje, uma família “não chega a ter” por vezes “o equivalente a dois euros por mês” para sobreviver. A situação é tão extrema, disse ainda o prelado, que “há famílias que nem têm dinheiro para enterrar os seus parentes falecidos de maneira digna”.
A crise económica e a violência fizeram com que 4,5 milhões de venezuelanos deixassem o país, a grande maioria atravessando a fronteira da Colômbia, mas também para outros países da região, nomeadamente Trinidad e Tobago. D. Jaime alerta que esta situação esconde outro drama maior: o sequestro de pessoas e o tráfico de órgãos.
Os que arriscam a viagem mas não têm meios económicos suficientes acabam por cair nas mãos de máfias locais que “oferecem a possibilidade de financiar a viagem”. “Mas quando chegam a Trinidad e Tobago, são sequestrados”, explica, lembrando um estudo recente que aponta para a existência de cerca de 300 mil venezuelanos em situações de escravidão, prostituição ou tráfico de órgãos. “Desses, 70% são mulheres e 25% crianças”, acrescentou o prelado. ( Fund. Pont. AJUDA À IGREJA QUE SOFRE)
Para o Bispo de Carúpano, D. Jaime Villarroel, a acção de Maduro à frente dos destinos do país transformou a Venezuela num “campo de concentração”.
Em declarações à Agência Católica de Informações, D. Jaime explicou que, “quando um governo, sabendo o que seu povo sofre, deixa as crianças morrerem por desnutrição, o povo por falta de remédios para a pressão ou antibióticos e permite que grupos violentos controlem a cidadania, faz com que o país seja um campo de concentração”.
O retrato que o prelado faz da Venezuela é, de facto, terrível. “Encontramo-nos trancados nas nossas próprias casas, porque as ruas estão tomadas por grupos armados e violentos que podem assassinar-nos por um simples telefone ou um par de sapatos. É uma tragédia que se assemelha à que a Europa viveu depois da Segunda Guerra Mundial, quando muitas pessoas, por pensarem de forma diferente, foram levadas para os campos de concentração e exterminadas. A Venezuela está nesta situação”, disse.
O desnorte na economia explica a maior parte das carências com que se debatem as famílias. A híper-inflacção, a maior do planeta, reduziu à miséria a própria classe média. Hoje, uma família “não chega a ter” por vezes “o equivalente a dois euros por mês” para sobreviver. A situação é tão extrema, disse ainda o prelado, que “há famílias que nem têm dinheiro para enterrar os seus parentes falecidos de maneira digna”.
A crise económica e a violência fizeram com que 4,5 milhões de venezuelanos deixassem o país, a grande maioria atravessando a fronteira da Colômbia, mas também para outros países da região, nomeadamente Trinidad e Tobago. D. Jaime alerta que esta situação esconde outro drama maior: o sequestro de pessoas e o tráfico de órgãos.
Os que arriscam a viagem mas não têm meios económicos suficientes acabam por cair nas mãos de máfias locais que “oferecem a possibilidade de financiar a viagem”. “Mas quando chegam a Trinidad e Tobago, são sequestrados”, explica, lembrando um estudo recente que aponta para a existência de cerca de 300 mil venezuelanos em situações de escravidão, prostituição ou tráfico de órgãos. “Desses, 70% são mulheres e 25% crianças”, acrescentou o prelado. ( Fund. Pont. AJUDA À IGREJA QUE SOFRE)
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