quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A EUTANÁSIA que ameaça vir aí!


                                                  NÃO ME CANSAREI! NÃO.
                                            A EUTANÁSIA que ameaça vir aí

Michel Christian Alain Aupetit – médico
Michel Christian Alain Aupetit – Bispo
 Michel Christian Alain Aupetit – Arcebispo de Paris
Tem 69 anos e foi ordenado aos 44.
Tem muita coragem e não teme as reacções dos seus muitos e muito poderosos inimigos. É claro, preciso e fala sem ambiguidades. Leio com frequência as suas intervenções.
Reli, a propósito da Eutanásia, a homilia que proferiu ( 4.2.2018) na Catedral de Notre Dame ( a propósito do incêndio e das declarações dos políticos a dizerem que era preciso restaurar o edifício rapidamente, por ser um bem cultural, Mons. Aupetit, disse alto e bom som, na república híper-laicista que é a França: antes de bem cultural, a Catedral é , acima de tudo e em primeiro lugar desde sempre, um lugar de culto e de adoração a Deus).
Respigo algumas passagens da referida homilia e que hoje, aqui e agora em Portugal, quando no Parlamento se vai discutir a legalização da Eutanásia, têm uma pertinência muito grande, vindo de um Bispo e que é simultaneamente médico. Aqui deixo algumas passagens para que possam contribuir  para uma visão outra que não a que todos os dias e a toda a hora nos é impingida pelos media, como « a verdade».
1.     « Onde no mundo se defende a morte como solução para os problemas: por exemplo para a criança por nascer não desejada, o futuro deficiente, o velho incómodo, o próprio Deus defende e propõe o amor.»
2.     « Perante um aumento do sofrimento, a única resposta digna é um aumento do amor»
3.     « Hoje falam-nos de morte digna para justificar a Eutanásia. Servem-se da bela noção de dignidade para matar.»
4.     « A única dignidade do homem, é ser amado até ao fim.»
5.     A única liberdade do homem, é de amar até ao fim.»
6.     « Sejamos, nós os cristãos, os mensageiros do Evangelho do Amor, não somente com a nossa palavra mas sobretudo pelo nosso modo de viver.»
Estas frases são um programa para a acção pelo direito à vida, contra o Aborto e a Eutanásia. Sempre.
Que dignidade há em  matar alguém indefeso ou em sofrimento?
Será , sem dúvida, uma indignidade matar os frágeis, abandonados, sozinhos. Será uma prova, que não carece de demonstração, tal a evidência, a marca vincada de uma sociedade decadente e que perdeu as dimensões do Amor ( Eros – Agape – Filia) e já não sabe o que é amar. Uma sociedade que reduziu o Amor a uma única dimensão, a do Eros e mesmo esta frágil , redutora, egoísta e egolátrica.
Morte com dignidade, quem a não deseja? Mas morte com dignidade NÃO É SER ASSASSINADO. Morte com dignidade é morrer sentindo-se amado, acompanhado. Com uma mão meiga e amorosa que toca e afaga o moribundo, dando-lhe a sensação de proximidade , de coração no coração. Morte acompanhada é não permitir que se façam tratamentos desnecessários – é o chamado “ encarniçamento terapêutico – mas dar conforto no sofrimento, quando existe. Morte com dignidade é transmitir o sentimento de que, mesmo nessa fase terminal, frágil, se é amado. De facto, na vida, o mais importante é o Amor e a Eutanásia é a prova da grande falta de amor. É causar a morte, mesmo quando é pedida conscientemente, e transmitir a mensagem explicita ou não de que aquela pessoa já é um fardo de que urge “ despechar-se”.
… Por isso, não me cansarei de repetir “ n” vezes que a Eutanásia é o falhanço total do Amor . É a vitória do egoísmo. É a derrota da Vida. É o sinal do colapso da nossa Cultura.
Como tão bem escreveu o Arcebispo de Paris: « A única dignidade do homem, é ser amado até ao fim.». Do início, da concepção, até à morte natural. O Aborto e a Eutanásia são os mais óbvios sintomas da morte da Civilização do Amor e remetem-nos para a promoção da “ pureza da raça” do Nazismo e para a eliminação dos indesejados nos campos de concentração ( sejam nazis sejam nos gulagues soviéticos).
NÃO ME CANSAREI. E repetir-me-ei tantas vezes quantas forem necessárias, tal como fazem os defensores da Eutanásia que não inovam, mas repetem-se sem se cansarem.
Não me cansarei!
Carlos Aguiar Gomes

!!!!!!!!!!!! - Emmanuel Macron !!!!!!!!!!!!!


Emmanuel Macron : 
“Votre problème, c’est que vous croyez qu’un père est forcément un mâle”


Charlotte d'Ornellas ( in Valleurs Actuelles)
Publié le 29/01/2020 
Chapô
Invitée à l’Elysée pour fêter les trente ans de la ratification de la Convention des droits de l’enfants, la présidente des Associations familiales catholiques (AFC) a pu discuter avec Emmanuel Macron de la « PMA pour toutes ». Une discussion surréaliste.
Il est absurde de fêter la ratification de la convention sur les droits de l'enfant tout en acceptant la PMA sans père !
Então ,Senhor Macron; um PAI não é forçosamente um indivíduo do sexo masculino? O que lhe ensinaram na Biologia quando estudava?


quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

D de DOMINGO / D comme DIMANCHE


                                            
                                          D de Domingo

   Como chegar Domingo à noite com a satisfação de verdadeiramente ter feito frutificar o Dia do Senhor?
  Vivendo o Domingo como:
1.       Uma novo início: No mosteiro tudo começa com efeito nesse dia: a recitação do Saltério, o qual se vai desenrolar ao longo da semana; a distribuição das funções litúrgicas e, mais prosaicamente, a entrada em funções para os diversos hebdomadários ( leitura no refeitório, serviço da mesa, cozinha…, ideia facilmente transportável para uma vida de família!). O Domingo é para S. Bento o pórtico de entrada de uma nova semana que ele nos convida a viver para Deus como algo de novo.
2.       Um dia de regressar às fontes: Tal implica um certo repouso para o corpo e espírito mas sem cair na ociosidade “ mãe de todos os vícios”. Para tal, S. Bento pede aos seus monges de “ falhar à leitura” ( cap. 48). Magnífica expressão, rica de sentido. Estas “ férias” significam que o espírito está livre de preocupações do trabalho, das ocupações, das conversas. Trata-se de estar livre para Deus, de orientar  o seu coração para Ele. Neste estado de espírito, quem de entre vós, não poderá consagrar alguns minutos para uma leitura capaz de cultivar a sua união a Deus?
3.       O dia de Cristo Ressuscitado: sobre isto a escolha de S. Bento de certos Salmos ( 20, 62, 117,etc )  especialmente para o Ofício do Domingo é muito significativa: trata-se de colocar o monge face a Cristo ressuscitado. Com efeito, dia memorial da vitória de Cristo sobre a morte, o Domingo deve ser vivido a esta luz. Para vós, onde encontrar este Cristo ressuscitado senão quando a vossa Missa dominical  é vivida com fervor, como o culminar da semana acabada e a preparação da que vem?
Compreenderam que um Domingo é frutuoso na medida em que ele nos permite viver a semana seguinte com e para Deus.
Dom Ambroise OSB
( Monastère Sainte-Marie de la Garde)  

domingo, 26 de janeiro de 2020

Homélie dimanche 3 année A : Mt 4, 12-23


Pour mener sa vie cachée, pendant 30 ans, Jésus était resté à Nazareth, une petite ville à l'écart. Maintenant qu'il va commencer son ministère public, il se fixe à Capharnaüm, ville plus grande et plus centrale. 
Ainsi, s'accomplissait une chose qui avait été annoncée dans l'Ancien Testament. La Galilée serait la province où commencerait à briller la lumière de la prédication de l’Évangile. Proche de la Syrie et de la Phénicie, le nord de cette province comptait beaucoup de païens parmi ses habitants et c'est pourquoi la prophétie disait : Le peuple qui habitait dans les ténèbres a vu une grande lumière. Sur ceux qui habitaient dans le pays et l'ombre de la mort, une lumière s'est levée.

Les païens, et il y en a beaucoup dans nos pays de nos jours, ignorent tout du Christ et de l’Évangile et sont plongés dans les ténèbres de l'ignorance. C'est pourquoi il y a de nos jours l'urgence missionnaire. Il faut des missionnaires pour annoncer l’Évangile aux païens de notre époque. Chacun de nous, dans le milieu où il vit, et parfois dans sa propre famille, doit être un missionnaire, un témoin de la vérité et de la lumière que le Christ nous a apportées. Le pape François nous demande souvent d'aller vers les périphéries existentielles. Cela rappelle aussi saint Alphonse de Liguori qui voulait que les missionnaires rédemptoristes évangélisent les âmes les plus abandonnées.
La prédication de Jésus est simple : Convertissez-vous car le Royaume des Cieux est tout proche. Ce qu'un vrai missionnaire doit toujours commencer à dire, c'est qu'il faut renoncer à ses péchés, demander pardon et faire pénitence. Notre bonne Mère du Ciel, Marie, dans ses apparitions, dans lesquelles elle se fait comme la missionnaire de Dieu pour le monde d'aujourd'hui, ne cesse de nous appeler à la conversion. À Fatima elle a dit par exemple : Cessez d'offenser Notre-Seigneur, qui est déjà trop offensé!
Jésus a besoin de missionnaires. C'est pourquoi il va appeler des apôtres à sa suite. Les 4 premiers furent Pierre, André, Jacques et Jean. Et il dit qu'il veut en faire des pêcheurs d'hommes. La mission fondamentale d'un prêtre est le salut des âmes. Ce n'est pas de faire de la politique, de l'assistance sociale ou de l'animation culturelle. Et s'il fait parfois cela, c'est toujours uniquement dans le but de travailler au salut des âmes. Le curé d'Ars, en arrivant le premier jour dans sa paroisse, demanda le chemin à un petit garçon. Ce dernier le renseigna. Alors le saint curé lui dit : Tu m'as montré le chemin d'Ars. Je te montrerai le chemin du Ciel. Le saint prêtre, par ces mots, manifestait la haute conscience qu'il avait de sa mission de prêtre.
Enfin, l'exemple des apôtres, dans l'évangile de ce jour, nous rappelle que quand on est appelé par le Seigneur, il faut tout quitter pour le suivre : son travail et sa famille. Prions donc pour les vocations et pour que ceux qui seront appelés répondent sans tarder et avec générosité à l'appel du Seigneur, pour que beaucoup d"âmes soient sauvées.
Simon Noel OSB

BAPTISMO DAS CRIANÇAS/ BATÊME DES ENFANTS - homilia de Mons. Aupetit / homelie de Mgr Aupetit

Dimanche 12 janvier 2020

– Baptême du Seigneur – Année A
- Is 42,1-4.6-7 ; Ps 28, 1-4.9-10 ; Ps 103, 1-4.24.25.27-30 ; Ac 10,34-38 ; Mt 3,13-17
Pour la plupart, vous qui êtes ici, je suppose que vous êtes baptisés. Pourquoi sommes-nous baptisés ? A quoi sert le baptême ?
Dans les années 1980, beaucoup de parents chrétiens qui eux-mêmes avaient reçu le baptême dans l’enfance ont jugé qu’il était préférable de différer le baptême de leurs propres enfants. Le prétexte était de ne rien leur imposer pour qu’ils puissent choisir eux-mêmes plus tard. Aujourd’hui, parmi les nombreux catéchumènes adultes qui seront baptisés dans la nuit de Pâques, beaucoup disent relever de ce choix parental. Certains ont éprouvé au fond d’eux-mêmes un manque alors qu’ils sentaient ce désir de connaître Dieu. Au fond, c’est comme si le baptême n’était qu’une appartenance à un parti politique quelconque qu’il faudrait choisir en fonction de son opinion ou de son évolution personnelle provoquée par les rencontres que permet la vie. Ou bien, la religion ne serait qu’un produit ordinaire que l’on peut choisir en fonction de ses goûts comme on le fait pour les produits de consommation courante dans les grandes surfaces.
Cela veut dire que le baptême n’est pas du tout compris. Pourquoi le Christ lui-même s’est fait baptiser alors qu’il n’en avait pas besoin comme Jean-Baptiste le signale dans cet évangile ? Le baptême nous fait devenir enfants de Dieu alors que nous ne sommes que des créatures. Nous accédons à un statut extraordinaire et inatteignable par nos propres forces ou notre propre volonté. Jésus n’a pas besoin de baptême puisqu’il est vraiment Fils de Dieu et engendré par le Père de toute éternité. Mais, c’est dans notre humanité qu’il a voulu recevoir cette filiation qu’accompagne le don de l’Esprit Saint pour que nous-mêmes puissions devenir enfants de Dieu par adoption. Cela va très loin puisque Jésus va jusqu’à accepter notre condition mortelle. Sa plongée dans les eaux qui l’engloutissent en est le symbole.
Il est dit dans l’évangile que les cieux s’ouvrirent. Cela répond à une grande prière du prophète Isaïe : « Ah, si tu déchirais les cieux et si tu descendais » (Is 64,1). Cela se réalise aujourd’hui au baptême de Jésus. En hébreu, les cieux se traduisent exactement par « les eaux d’en haut », c’est-à-dire la sphère divine. Nous arrivons péniblement à marcher sur la Lune, peut-être sur Mars, mais même si nous arrivions à circuler dans l’ensemble du cosmos, nous ne serions que dans le monde créé. Le monde divin, incréé, nous est définitivement inaccessible quelles que soient nos inventions techniques. Il fallait donc que Dieu vînt jusqu’à nous. C’est parce que Jésus assume jusqu’au bout notre humanité que nous pouvons recevoir par lui la divinité qui nous fait entrer dans le ciel pour partager l’éternité de Dieu. C’est ce fameux « accomplissement ».
Les parents, qui ont raison de penser à leurs enfants et à leur avenir, les obligent à aller à l’école pour préserver cet avenir. Ils ne leur demandent pas leur avis parce qu’ils veulent le meilleur pour eux. Nous pensons tous à notre avenir et ce qui se passe aujourd’hui à propos des retraites en est bien l’expression. Mais notre avenir ne s’arrête pas à nos retraites, Dieu soit loué !
Alors je crois que les parents devraient être véritablement plus soucieux de l’avenir éternel de leurs enfants. Si nous croyons vraiment que Jésus nous ouvre les portes du Ciel, qu’il est le Fils de Dieu et qu’il nous aime au point de donner sa vie, il est grave et inconséquent de ne pas faire du baptême une priorité pour nos enfants. Peut-être n’est-ce simplement qu’un manque de foi et le reflet de notre société sécularisée ?
Pourtant, peut-on se permettre de laisser les enfants sans cette perspective magnifique d’un avenir éternel dans l’amour auprès de Dieu. Oui, le baptême nous divinise car, nous dit saint Paul, par lui « nous sommes morts avec le Christ pour ressusciter avec le Christ » (Rm 6,8). Quelle grâce et quelle merveille !
+Michel Aupetit, archevêque de Paris.

A ÚNICA PALAVRA SEMPRE ATUAL E ACTUANTE


Com a Carta Apostólica “Apperuit illis", o Papa estabeleceu que, doravante, o III Domingo do Tempo Comum “seja dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus”. Mas deseja que este dia não seja “uma vez por ano, mas uma vez por todo o ano”, caso contrário, “o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira”. A propósito, o Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização publicou o “Subsídio litúrgico-pastoral 2020” para se viver este Domingo da Palavra de Deus, o qual - para além do logotipo baseado na passagem dos discípulos a caminho de Emaús em que Jesus aparece como Aquele que Se aproxima e caminha com a “Humanidade”-, traz também propostas celebrativas, formativas e recreativas para que se possa favorecer a perceção da Bíblia como “dom” de Deus.
Francisco publicou a referida Carta Apostólica no dia litúrgico de São Jerónimo, conhecido biblista que afirmava que “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo”. Nascido na Dalmácia em 347, toda a sua vida foi marcada por um grande amor às Escrituras, amor que sempre procurou despertar nos fiéis. A ele se deve a "Vulgata", o texto "oficial" da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento.
A Carta Apostólica começa com a seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: “Encontrando-se os discípulos reunidos, Jesus aparece-lhes, parte o pão com eles e abre-lhes o entendimento à compreensão das Sagradas Escrituras. Revela àqueles homens, temerosos e desiludidos, o sentido do mistério pascal, ou seja, que Ele, segundo os desígnios eternos do Pai, devia sofrer a paixão e ressuscitar dos mortos para oferecer a conversão e o perdão dos pecados; e promete o Espírito Santo que lhes dará a força para serem testemunhas deste mistério de salvação” (Lc 24,45).
Em seguida, e entre outras coisas, o Papa
RECORDA que o Concílio Vaticano II deu um grande impulso à redescoberta da Palavra de Deus com a Constituição Dogmática Dei Verbum; que Bento XVI, “para incrementar esta doutrina”, convocou o Sínodo sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, do qual resultou a Exortação Apostólica Verbum Domini que “constitui um ensinamento imprescindível para as nossas comunidades”;
SUBLINHA que estabeleceu tal iniciativa nesta altura do ano por ser nela que somos convidados a rezar pela Unidade dos Cristãos. A Palavra de Deus “convida a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos", expressa “uma valência ecuménica”, indica “o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”;
EXORTA a que se viva o Domingo da Palavra como um dia solene e com sinais apropriados: “será importante que, na celebração eucarística, se possa entronizar o texto sagrado, de modo a tornar evidente aos olhos da assembleia o valor normativo que possui a Palavra de Deus”;
INDICA aos bispos a possibilidade de poderem “celebrar o rito do Leitorado ou confiar um ministério semelhante, a fim de chamar a atenção para a importância da proclamação da Palavra de Deus na liturgia”, sendo fundamental “preparar alguns fiéis para serem verdadeiros anunciadores da Palavra”;
SUGERE aos párocos que “poderão encontrar formas de entregar a Bíblia, ou um dos seus livros, a toda a assembleia, de modo a fazer emergir a importância de continuar na vida diária a leitura, o aprofundamento e a oração com a Sagrada Escritura”;
ADVERTE que a Bíblia não é monopólio de ninguém, não é “património só de alguns”, não é “uma coletânea de livros para poucos privilegiados”. É “o livro do povo do Senhor”, o livro que os Pastores, “têm a grande responsabilidade de explicar e fazer compreender a todos”, em linguagem “simples e adaptada” à assembleia e falando “com o coração para chegar ao coração” de quem escuta e lhes fazer “captar a beleza da Palavra de Deus e a ver referida à sua vida diária”.
REPETE que “não se pode improvisar o comentário às leituras sagradas” nem se deve alongar o tempo “com homilias enfatuadas ou sobre assuntos não atinentes”.
FRISA a estreita relação que existe entre a Sagrada Escritura e a Eucaristia, bem como salienta a principal “finalidade inscrita na própria natureza da Bíblia”: a nossa salvação pela fé em Cristo. E se o Espirito Santo foi fundamental na formação da Sagrada Escritura, ela deve ser lida, interpretada e rezada com o mesmo Espírito com que foi escrita, para que permaneça sempre nova. Se assim não for, estará “sempre iminente o risco de ficarmos fechados apenas no texto escrito, facilitando uma interpretação fundamentalista, da qual é necessário manter-se longe para não trair o caráter inspirado, dinâmico e espiritual que o texto possui”. O Espírito Santo continua a atuar, “continua a realizar uma sua peculiar forma de inspiração, quando a Igreja ensina a Sagrada Escritura, quando o Magistério a interpreta de forma autêntica e quando cada fiel faz dela a sua norma espiritual”.
Não se trata, pois, de uma palavra do passado. É sempre atual e atuante. Tem profundo vínculo com a fé, com a esperança e a caridade dos crentes. É inseparável dos sacramentos, ensina, refuta, corrige e educa na justiça, como diz Paulo. Dirige-se a cada um de nós e faz-nos compreender o que o Senhor nos quer dizer. Constrói a Igreja, transcende os tempos, tem em si a eternidade, a vida eterna. É capaz “de abrir os nossos olhos, permitindo-nos sair do individualismo que leva à asfixia e à esterilidade enquanto abre a estrada da partilha e da solidariedade”.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 24-01-2020.

sábado, 25 de janeiro de 2020

”Feminismo. Igualdade de Géneros. E Aberrações”



Está na “Ordem do Dia” em todo o mundo Ocidental acções de activistas do Feminismo. Igualdade de
Géneros. Mas, como já dizia a minha Avó há mais de 80 anos, “ De boas intenções está o Inferno cheio”.
Naturalmente que é defensável que para trabalho igual, seja de Homem ou de Mulher, haja pagamento
igual”. Porém, em geral o trabalho feminino não tem que ser igual ao trabalho  masculino, embora hoje se
queira impor isso no ensino oficial. No “horroroso” antigamente havia uma disciplina de “Trabalhos
Manuais” no ensino primário e no início do liceal. Para as meninas havia boas professoras que ensinavam a
fazer tricot e alguns elementos de costura, como seja casear e pregar botões numa camisa. Hoje as donzelas
casam-se sem saber  pregar um botão na camisa do marido. Para os meninos havia bons professores  que os
ensinavam a usar uma serra de rodear para cortar figuras geométricas em placas de madeira e a fazer
colagens em madeira ou papel. Também aprendiam a usar um serrote manual para cortar pequenas chapas
ou peças de ferro, e  furadoras de madeira e de ferro. Hoje, com a generalizada mania  da “ igualdade no
género”, entende-se que todos os trabalhos acima referidos devem ser feitos por meninas ou por meninos.
Mas, os factos mostram, a esse respeito, que nas escolas nada é ensinado às crianças e adolescentes e
também não há docentes competentes para o fazer. Não queremos dizer que os maridos não devam ajudar as
esposas nos trabalhos de culinária ou nos arranjos de roupas ou no tratamento dos filhos que tenham. É bom
que saibam e queiram fazer tudo isso, Mas, infelizmente, em muitos casais nem a Mãe sabe (ou quer) fazer
culinária.  Come-se comida dos restaurantes. A reunião da Família nas horas das refeições é um elemento
fundamental de agregação dos elementos familiares que hoje já poucas famílias usam. A questão da
igualdade no género dá origem a cenas de humor, tais como aquela em que uma menina se encontra nua com
um seu irmãozito também nú e diz para ele: “Ao contrário do que ensina a nossa professora, o teu piló não é
igual à minha covinha”. É louvável, por exemplo, a existência de equipas de futebol femininas em
campeonatos com vários países . Só falta agora aparecerem equipas mistas com 6 mulheres e 5 homens, com
uma mulher a arbitrar, coadjuvada por homens, ou vice-versa. Mas, nesse domínio (e noutros) já há em
Portugal “aberrações”: Com a indicação “Procriação Medicamente Assistida” a AR produziu uma Lei (que o
PR não assinou) através da qual surgiram as chamadas “Barrigas de Aluguer”. É bem sabido que que em
todo o reino animal (e não só) um gâmeta feminino tem de ser fecundado por um gâmeta masculino, para
haver procriação. Nos humanos, um óvulo tem de ser fecundado por um espermatozóide, para haver
procriação. Pode acontecer que no caso de um casal, desejando ter filhos, a mulher seja “maninha”, isto é,
não produza óvulos, embora o marido possa produzir espermatozóides. Então, o casal pode decidir ir a uma
Clínica de Fertilização in Vitro e obter um óvulo de mulher de nome não revelado que até pode ser de
alguma grande artista, e, na hora, esse óvulo ser fecundado por espermatozóides do marido. Tendo assim um
óvulo fecundado, um médico da mesma Clínica (ou outro) pode alojar esse óvulo no útero de uma mulher
que tenha feito contracto com o casal para o efeito de gerar uma criança, que será um filho” legítimo” do
casal.  Naturalmente que tanto a Clínica como a mulher que alugou a barriga dela, terão de ser bem pagos. 
Diz-se que esta foi a finalidade dos proponentes da Lei da “Procriação Medicamente Assistida”. Poré, é
evidente que, com base nela, uma parelha de homossexuais, femininos ou masculinos, pode obter um filho
“legitimo”, usando processo semelhante ao acima descrito. E foi com espanto que li nos principais jornais
dos EUA de há uns anos, que um ex-Presidente dos EUA, apareceu numa TV americana a mostrar,
orgulhosamente, um neto, filho de uma filha dele que, os mesmos jornais diziam ser homossexual. Não será
este um sinal de uma Civilização Ocidental em decadência?.
Claro que essa criança sempre há-de querer saber quem terá sido o Pai dela. Vice-versa, uma criança
“produzida” de forma igual por uma parelha de homossexuais masculinos, sempre há-de querer saber quem
terá sido a Mãe dela.  Todos este processos são antinaturais. E a Natureza não perdoa. Por isso as crianças
assim “produzidas” são, quando adultos, pessoas depravadas,cometendo, em sociedade, toda a espécie de
dislates. Mas, a Comunicação Social que temos até permitiu, há uns tempos, a aparição, num canal de TV, a
hora nobre, de um personagem  a defender estes tipos de “aberrações” em nome de uma “Família Moderna”.
Certamente por exceder os 500 caracteres concedidos não foi publicada a anedota seguinte que colhi na
internet
Todos estes tipos ideias absurdas fomentam anedotas como aquela de um casal que, no pátio da casa de um
amigo que foi visitar, viu um galo em cima de uma galinha. Então, pegou numa ripa e derrubou o galo
dizendo: “Em nome da igualdade do género, o galo tem de pedir prévio consentimento à galinha para este
acto, e a galinha tem de ter igual direito a pôr-se em cima do galo”…
Braga,  8 de Janeiro_2020» J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

USA-SE A BELA NOÇÃO DE DIGNIDADE PARA MATAR

Se usa la bella noción de dignidad para matar

Se usa la bella noción de dignidad para matar


Resulta conmovedor el grito de dolor de Job: «La vida del hombre en la tierra es un sufrimiento». Ni de noche ni de día encuentra la paz. ¿Tiene algún consuelo este pobre Job? Su esposa lo desprecia, porque lo ha perdido todo y está plagado de enfermedades. A sus amigos les gustaría consolarlo, pero no lo entienden. Incluso llega a desear la muerte: «¡Preferiría la muerte a mis sufrimientos!». ¡Es terrible!
¿Qué le queda? ¿El suicidio asistido? ¿Una solicitud de eutanasia por haber perdido su dignidad?
No, él le está hablando a Dios. ¡Esto es lo extraordinario! Si Job se dirige a Dios, es porque sabe que no ha perdido su dignidad, que todavía es digno de dirigirse a Dios. Sus compañeros lo juzgan indigno, pero él conoce la mayor dignidad del hombre que, más allá de las apariencias, le permite hablar con Dios.
Cuando no somos nada, el mundo piensa que ya no somos dignos de existir.
Cuando no somos nada, Dios nos da la dignidad de hablar con Él.
Cuando el mundo aboga por la muerte como solución a los problemas (por ejemplo, para el niño no deseado, el discapacitado o el viejo achacoso), Dios aboga por el amor.
Ante los grandes sufrimientos, la única respuesta digna es un gran amor.
Esa es la respuesta de Jesús. La suegra de Simón Pedro está enferma y Él la cura en lugar de abandonarla en su cama. Después, se entrega sin medida por aquellas pobres personas abrumadas por el sufrimiento, librándolas de sus males. Nunca olvida, sin embargo, la fuente del amor, que es su Padre, con quien se une por la noche en oración. Esta es la verdadera dignidad.
Hoy se nos habla de una muerte digna para justificar la eutanasia. Se usa la bella noción de dignidad para matar.
Mi padre, hasta sus 98 años, fue independiente, tenía muy bien la cabeza y estábamos muy orgullosos de él. En ese momento, sufrió una meningitis fulgurante que no lo mató, pero le produjo secuelas cognitivas. Aunque sus palabras ya no eran coherentes, nos reconocía y estaba feliz de vernos. Sus hijos nos turnábamos, para estar con él casi todos los días. Un año después, murió tranquilo, sonriendo, e incluso pudimos celebrar con alegría su cumpleaños unos días antes de su muerte.
La única dignidad humana está en ser amado hasta el final.
La única libertad del hombre está en amar hasta el final.
Este es el mensaje de Cristo, transmitido por su Palabra y por toda su vida. Por esto también exclamó San Pablo: «¡Ay de mí si no evangelizara!.»
Como cristianos, seamos mensajeros del evangelio del amor, no solo con nuestras palabras, sino ante todo con nuestra forma de vivir.
Michel Aupetit, arzobispo de París.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Ginkgo biloba - símbolo da PAZ e da resistência ao mal




Uma Ginkgo biloba no Outono . Esta planta ( um fóssil vivo) tem uma muito longa duração ( pode chegar a vários milhares de anos). Algumas resistiram à bomba atómica no Japão. Adorna alguns jardins. è um espectáculo dourado no Outono. As folhas douradas caiem depressa. Simboliza a paz.
É um hino da criação ao Criador, sobretudo quando fica dourada no Outono!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Manifestação / Manifestation - 19.I.2019 - PARIS



Centenas de milhar de franceses gritaram nas ruas de Paris a defesa da Dignidade da Pessoa Humana contra os ataques à sua desfiguração. Muitos Bispos apoiaram esta grandiosa manifestação, com coragem e sem medo. Um exemplo de coerência sem medo!

domingo, 19 de janeiro de 2020

A VOZ CLARA DO ARCEBISPO DE PARIS! / LA VOIX CLAIRE DE L`ARCHEVÊQUE DE PARIS


 A VOZ CLARA DO ARCEBISPO DE PARIS! / LA VOIX CLAIRE DE L`ARCHEVÊQUE DE PARIS                           


                                    

              « Si nous nous taisons, les pierres crieront » (cf. Lc 19, 40).
Après avoir commencé à détruire la planète, allons-nous laisser défigurer notre humanité ? Qui osera élever la voix ?
Depuis des années, nous nous engageons toujours plus avant vers une dérive mercantile de pays nantis qui se payent le luxe d’organiser un trafic eugéniste avec l’élimination systématique des plus fragiles, la création d’embryons transgéniques et de chimères.
Comment se fait-il que notre société si soucieuse, à juste titre, du respect de l’écologie pour la planète, le soit si peu quand il s’agit de l’humanité ? Tout est lié.
Je le répète une fois encore : l’enfant est un don à recevoir, pas un dû à fabriquer. L’absence d’un père est une blessure que l’on peut subir, mais il est monstrueux de l’infliger volontairement. ( Mons. Michel Aupetit, Arcebispo de Paris, médico, 16.I.2020)

               « Se nos calarmos, as pedras gritarão» (cf. Lc 19,40)

1.      Depois de termos começado a destruir o planeta, iremos deixar desfigurar a nossa humanidade? Quem ousa levantar a sua voz?
2.      Desde há vários anos que nos comprometemos cada vez mais em direcção a uma deriva mercantil de países abastados que se dão ao luxo de organizar um tráfico com a eliminação sistemática dos mais frágeis, a criação de embriões transgénicos e de quimeras.
3.      Como se pode compreender a preocupação, correctamente, do respeito pela ecologia para o planeta, seja tão pouca quando se trata da humanidade? Tudo está ligado.

sábado, 18 de janeiro de 2020

NEM O MAR OS ENGOLIU NEM A VÍBORA O MATOU


Eram 276 pessoas que seguiam a bordo do navio. Entre eles, Paulo e outros prisioneiros. O mar e os ventos mostravam-se assanhados e Paulo deu um conselho: «Meus amigos, eu vejo que a travessia não pode ser levada a cabo sem risco e graves prejuízos, tanto para a carga e para o barco, como também para as nossas vidas». Embora não fossem palavras loucas, eles fizeram orelhas moucas, e partiram. Não tardou que surgisse um vento ciclónico de tal ordem que os arrastou e fez andar à deriva. Açoitados pela tempestade, viram-se na necessidade de alijar a carga ao mar, inclusive os aparelhos do barco. Dado que nem o Sol nem as estrelas mostravam a sua graça e a tempestade não desarmava, afogou-se para eles toda a esperança de salvamento. No entanto, mesmo prisioneiro em direção a Roma, a missão de Deus continua a concretizar-se através de Paulo. Ele sente-se seguro nas mãos de Deus a quem pertence e serve. Como arauto da esperança e da paz, ergue-se no meio deles e exorta à coragem e à confiança: «Meus amigos, devíeis ter-me escutado e não largar de Creta. Isso ter-nos-ia poupado estes riscos e estes prejuízos. Seja como for, convido-vos a ter coragem, pois ninguém perderá a vida aqui, apenas o barco se vai perder. Esta noite, apareceu-me um Anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, e disse-me: ‘Nada receies, Paulo. É necessário que compareças diante de César e, por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo.’ Portanto, coragem, meus amigos, pois tenho confiança em Deus que tudo sucederá como me foi dito. Contudo, temos de encalhar numa ilha». Pelo meio da noite, os marinheiros, suspeitando que estavam perto de alguma terra, lançaram as âncoras e esperaram o dia. Alguns deles, finos em jeito de chico esperto, logo procuraram fugir do barco e, sorrateiramente, já tinham deitado o escaler ao mar. Paulo apercebeu-se da marosca e disse ao centurião e aos soldados: «Se esses homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos». Então, os soldados cortaram as amarras do escaler e deixaram-no cair.
Enquanto esperavam pelo dia, Paulo voltou a tranquilizar o pessoal e aconselhou a que tomassem algum alimento, voltando a garantir-lhes que nenhum deles perderia “um só cabelo da cabeça.». Eram ao todo duzentas e setenta e seis pessoas no barco. Quando o dia surgiu, não reconheceram a terra que se avistava. Soltaram as âncoras, afrouxaram as cordas dos lemes, içaram ao vento a vela da frente e seguiram rumo à praia, mas o navio encalhou. A proa manteve-se firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a força das vagas. O medo, a desconfiança e a suspeita instalou-se. Os soldados, com medo de que algum dos prisioneiros fugisse a nado, resolveram matá-los. O centurião, porém, impôs-se e confiou em todos. Ordenou aos que sabiam nadar que alcançassem a terra a nado, enquanto que os outros passariam sobre pranchas ou sobre os destroços do barco. Tendo chegado todos a terra, só ali souberam que se tratava da ilha de Malta. Os naturais, ao verem-nos chegar sob chuva e frio, acolheram-nos ao redor de uma grande fogueira e com uma “amabilidade fora do comum”. Paulo fez-se colaborante e juntou mais lenha seca para lançar à fogueira. Eis senão quando, o calor fez saltar uma víbora que se enroscou na sua mão. Ao verem tal ocorrência, ficaram boquiabertos e disseram uns aos outros: «Com certeza, esse homem é assassino, pois conseguiu salvar-se do mar, mas a justiça divina não o deixa viver». Expectantes, ficaram à espera que Paulo caísse ali morto. No entanto, porque nada de anormal lhe acontecia, começaram a dizer que ele era um deus, salvara-se do veneno da víbora. O maioral da ilha, Públio, que tinha o pai acamado, recebeu-os durante três dias, hospedando-os de forma muito cordial. Paulo foi ver o doente e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e curou-o, como também curou todos os outros doentes da ilha e a todos anunciou o Evangelho. “Eles, por sua vez, cumularam-nos de honras e, na altura da partida, proveram-nos do que era necessário” (cf. At 27, 1-44; 28, 1-10). Ao longo da sua história, esta ilha de Malta foi terra de cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, normandos, aragoneses, suevos, cavaleiros da Ordem de São João, franceses e britânicos. Hoje é uma nação independente e membro da União europeia. A fé cristã está aí profundamente enraizada. O facto de ali se cruzarem muitas culturas e saberes, muitos migrantes e homens de negócios, fez desta gente um povo muito aberto e hospitaleiro. A própria variedade de igrejas cristãs que aí existe – são doze - fez de Malta um “vibrante cenário ecuménico”.
Os materiais de apoio à oração pessoal e comunitária para este oitavário mundial de Oração pela Unidade dos Cristãos, oitavário que vai do dia 18 ao dia 25 de janeiro, festa litúrgica de São Paulo, foram preparados pelas Igrejas cristãs de Malta. São inspirados no texto dos Atos dos Apóstolos que acima resumi e sob o lema: “Trataram-nos com uma amabilidade fora do comum” (At 28,2). No entanto, a providência divina continuará a servir-se de quem se sinta irmão e solidário, e ajude a destruir os muros que dividem e os preconceitos que segregam; de quem, com fé, saiba atirar com a carga ao mar, isto é, se converta e reconcilie, libertando-se da indiferença e quejandos; de quem se sinta arauto da esperança, sem medo, como Paulo, e anuncie coragem e confiança em Deus que nos ama; de quem pratique a hospitalidade como os habitantes de Malta e a todos reúna à volta da fogueira do amor; de quem promova a cultura do encontro para fazer crescer a unidade entre todas as Igrejas cristãs, sem medo nem olhar vesgo; de quem reze para que todos sejam um. É dando que se recebe.
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 17-01-2020,

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

SANTA BRÍGIDA E CELIBATO DOS PADRES/ SAINTE BRGITTE ET LE CELIBAT DES PRÊTRES


Les controverses sur le célibat des prêtres ne datent pas d'aujourd'hui. Elles avaient déjà cours au Moyen-Âge. Devant la triste réalité de la dépravation de certains clercs, concubinaires ou sodomites, certaines personnes de bonne volonté émettaient l'idée qu'il eût été préférable que les prêtres puissent être mariés. J'ai donc trouvé intéressant de vous offrir ce qu'écrit sur le sujet sainte Brigitte de Suède, co-patronne de l'Europe, dans le livre des Révélations, livre qui rapporte les extases et les locutions de cette grande mystique, livre approuvé par le concile de Bâle et par trois papes. Il s'agit du chapitre 10, du livre 7, dans la traduction de la comtesse de Flavigny :

Défense que les prêtres soient mariés.
 
Réjouissez-vous éternellement, ô précieux corps de Dieu, en un honneur perpétuel, en continuelle victoire, en éternelle puissance, avec votre Père et le Saint-Esprit, avec la Vierge Marie, votre très-digne Mère, et avec toute la cour céleste! Louange vous soit, ô Dieu éternel, et actions de grâces infinies, parce qu’il vous a plu de vous faire homme, et avez voulu que le pain fût transubstantié en votre corps, par vos saintes paroles, et l’avez donné en viande comme par un excès d’amour pour le salut de nos âmes!

Il arriva une fois à une personne qui était profondément plongée en l’oraison, qu’elle ouït une voix qui lui disait : O vous à qui sont faites les faveurs d’ouïr et de voir les choses spirituelles, écoutez maintenant ce que je vous veux manifester de cet archevêque qui a dit que, s’il était pape, il donnerait licence à tous les prêtres de se marier, croyant et pensant que cela serait plus agréable à Dieu que de voir les prêtres vivre avec tant de dissolution; il disait encore que, par ce mariage, s’éviteraient tant de péchés charnels; et bien qu’en cela il n’entendît pas la volonté de Dieu, néanmoins il était ami de Dieu. Or, maintenant, je vous déclarerai la volonté de Dieu sur cela, car j’ai engendré le Dieu même, et vous signifierez cela à cet archevêque, lui parlant en ces termes : A Abraham fut donnée la circoncision longtemps avant que la loi fût donnée à Moïse, et au temps d’Abraham, les hommes étaient gouvernés selon qu’ils entendaient et selon qu’ils voulaient, et néanmoins plusieurs étaient lors amis de Dieu.

Mais après que la loi fut donnée à Moïse, lors il plut plus à Dieu que les hommes vécussent selon la loi que selon leur volonté. Il en fut de même du précieux corps de mon Fils, car quand il eut institué le saint Sacrement de l’autel, qu’il fut monté au ciel, lors cette loi ancienne était encore gardée, savoir, les prêtres de Jésus-Christ vivaient en un mariage charnel, et néanmoins plusieurs d’iceux étaient amis de Dieu, d'autant qu’ils croyaient en simplicité que cela était agréable à Dieu, comme il lui fut agréable au temps des Juifs, et cela fut observé plusieurs années par les apôtres chrétiens. Mais cette coutume et observance était abominable et odieuse à toute la cour céleste, et à moi, qui ai engendré le corps de mon Fils, de voir que des mariés touchassent de leurs mains le corps précieux de mon Fils au saint Sacrement, car les Juifs, en leur ancienne loi, n’avaient que l’ombre et la figure de ce sacrement; mais les chrétiens ont maintenant la vérité même, savoir, Jésus-Christ, vrai Dieu et vrai homme en ce sacrement sacro-saint.

Mais après quelque temps que les prêtres anciens observaient cela, Dieu, par l’infusion de son Esprit, le versa au cœur du pape, pour qu’il ordonnât que désormais les prêtres qui consacreraient le corps précieux de Jésus-Christ ne seraient point mariés ni ne jouiraient des délices infâmes de la chair. Et partant, par l’ordonnance divine et par son juste jugement, il a été justement ordonné que les prêtres vivraient en la chasteté et continence de la chair, autrement qu’ils seraient maudits et excommuniés devant Dieu, et dignes d’être privés de l’office de prêtres, néanmoins que ceux qui s’amenderaient véritablement avec résolution de ne plus pécher, obtiendraient miséricorde de Dieu.
Sachez aussi que si quelque pape donne aux prêtres licence de se marier charnellement, lui-même sera damné de Dieu par la même sentence, comme celui qui aurait grandement péché, à qui on devrait, selon le droit, arracher les yeux couper les lèvres, le nez et les oreilles, les pieds et les mains, et le corps duquel devrait être tout ensanglanté et congelé de froid; et d’ailleurs qu’on devrait donner ce corps mort aux oiseaux et aux bêtes sauvages : il en arriverait de même à ce pape qui voudrait donner licence aux prêtres de se marier, contre la susdite ordonnance divine, car ce pape serait soudain privé de la vue et ouïe spirituelle, de la parole, des œuvres spirituelles, et toute sa sapience spirituelle défaudrait spirituellement; et d’ailleurs, son âme descendrait en enfer pour y être éternellement tourmentée et être la proie des démons. Voire si saint Grégoire le pape eût établi cette loi, il n’eût jamais obtenu miséricorde de Dieu, s’il n’eût révoqué une telle sentence.

Les papes ont toujours défendu le célibat sacerdotal. Le pape François a lui aussi récemment manifesté sa haute estime pour ce trésor de l’Église latine, en citant Paul VI : « Je voudrais donner ma vie pour le célibat des prêtres ! ». S'il y a des exceptions, il s'agit toujours d'hommes déjà mariés au moment de leur ordination, comme les prêtres catholiques-orientaux ou les prêtres anglicans devenus catholiques. Tout au plus, le pape envisagerait d'autres exceptions de ce type pour des régions manquant cruellement de prêtres, par exemple en appelant au sacerdoce des diacres mariés. Mais rien n'est encore décidé. Prions pour le Saint-Père afin que Dieu l'éclaire et qu'il discerne ce que Dieu veut, dans la ligne de la Tradition multiséculaire de l’Église romaine. Gageons cependant que l’Église, si elle adopte ces exceptions, prendra aussi toutes les mesures pour que le niveau spirituel du clergé ne soit pas menacé. Enfin, j'aimerais citer le cas d'un grand saint russe orthodoxe, Jean de Kronstadt, un prêtre marié, qui dans son évolution spirituelle vers la sainteté, en vint à la fois à célébrer quotidiennement la divine liturgie et à choisir une stricte continence dans sa vie conjugale. Cet exemple est à méditer dans le contexte actuel. SIMON NOEL OSB

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O programa do pontificado de João Paulo I


Veneráveis Irmãos!
Dilectos Filhos e Filhas de todo o Orbe Católico!

Chamado pela misteriosa e paterna bondade de Deus à gravíssima responsabilidade do Supremo Pontificado, enviamos a Nossa saudação a todos os que, segundo os ensinamentos do Evangelho, gostamos de ver unicamente amigos e irmãos. Para vós todos, saúde, paz, misericórdia e amor: A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunicação do Espírito Santo estejam com todos vós.

O Nosso programa será o de continuar o do nunca suficientemente chorado Paulo VI, no sulco já traçado, com tão universal consenso, pelo grande coração de João XXIII:

— queremos prosseguir, sem paragens, a herança do Concílio Vaticano II, cujas normas sábias devem continuar a cumprir-se, velando para que um ímpeto, generoso talvez mas incauto, lhes não deforme o conteúdo e o significado, e também para que forças exageradamente moderadoras e tímidas não atrasem o seu magnífico impulso de renovação e de vida;

— queremos conservar intacta a grande disciplina da Igreja, na vida dos sacerdotes e dos fiéis, tal como a celebrada riqueza da sua história a assegurou através dos séculos, com exemplos de santidade e de heroísmo, quer no exercício das virtudes evangélicas, quer no serviço dos pobres, dos humildes e dos indefesos. A este propósito, promoveremos a revisão dos dois Códigos de Direito Canónico, de tradição oriental e latina, para assegurar, à linfa interior da santa liberdade dos filhos de Deus, a solidez e a estabilidade das estruturas jurídicas;

— queremos recordar a toda a Igreja que o seu primeiro dever continua sendo o da evangelização, cujas linhas mestras o nosso Predecessor Paulo VI sintetizou num memorável documento: animada pela fé, alimentada pela Palavra de Deus e nutrida pelo alimento celeste da Eucaristia, ela deve procurar todos os caminhos e descobrir todos os meios, a Tempo e a Contratempo, para semear o Verbo, proclamar a mensagem, anunciar a salvação, que introduz nas almas a inquietação da procura da verdade e as mantém nesta inquietação com o auxílio do alto. Se todos os filhos da Igreja souberem ser incansáveis missionários do Evangelho, novo florescimento de santidade e de renovação surgirá no mundo, sequioso de amor e de verdade;

— queremos continuar o esforço ecuménico, que vemos como a última indicação dos nossos imediatos Predecessores, velando com fé intacta, com esperança invencível e com amor indeclinável pela realização do grande mandamento de Cristo: Que todos sejam um, em que vibra a ansiedade do seu coração na vigília da imolação do Calvário. As mútuas relações entre as Igrejas de diversas denominações realizaram progressos constantes e notáveis, que estão à vista de todos. Mas a divisão não deixou, por outro lado, de ser ocasião de perplexidade, de contradição e de escândalo para os não-cristãos e os não-crentes. Por isso, tencionamos dedicar a nossa acurada atenção a tudo o que possa favorecer a unidade, sem cedências doutrinais e também sem hesitações;

— queremos prosseguir com paciência e firmeza naquele diálogo sereno e construtivo, que o nunca suficientemente chorado Paulo VI pôs como fundamento e programa da sua acção pastoral, expondo as linhas mestras na sua excelente Encíclica Ecclesiam Suam: que os homens se reconheçam mutuamente enquanto homens; e quando se trate daqueles que não partilham a nossa fé, que estejamos sempre dispostos a dar-lhes o testemunho da fé que está em nós e da missão que nos confiou Cristo, a fim de que o mundo creia;

— queremos, enfim, favorecer todas as iniciativas louváveis e valiosas, que possam defender e incrementar a paz no mundo conturbado: chamaremos à colaboração todos os homens bons, justos, honestos e rectos de coração, para que estabeleçam um dique, no interior das nações, contra a violência cega que só destrói e semeia ruínas e luto, e para que, na vida internacional, conduzam à mútua compreensão, à conjugação dos esforços, e favoreçam o progresso social, debelem a fome do corpo e a ignorância do espírito, promovam a elevação dos povos menos dotados de bens da fortuna, embora ricos de energias e de vontade.

Dado em Roma, no Domingo 27 de Agosto de 1978
João Paulo, Servo dos Servos de Deus, pai e mediador da Igreja Universal

Relatório da Human Rights Watch fala em "atrocidades" cometidas contra comunidades cristãs no Burkina Faso

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Fundação AIS - Departamento de Informação

Anexos10:49 (há 29 minutos)
para Fundação

ACN_BurkinaFaso_14.01.2020a.jpgBURKINA FASO:

Relatório da Human Rights Watch fala em “atrocidades” cometidas contra comunidades cristãs


Os cristãos são um dos alvos principais dos grupos jihadistas que têm vindo a espalhar o terror no Burkina Faso e nos países da região. Segundo um relatório publicado na semana passada pela Human Rights Watch [HRA], só desde Abril do ano passado “grupos islâmicos armados” foram responsáveis por “ataques direccionados e execuções sumárias” de mais de 250 pessoas.

Segundo esta organização de defesa dos direitos humanos, há um padrão comum nos ataques: as vítimas pertencem à comunidade cristã, são funcionários do governo ou, de alguma forma, podem ser associadas ao Ocidente.

Corinne Dufka, directora da Human Rights Association para a região de África Ocidental, afirma que os grupos armados responsáveis por esta onda de terror no Burkina Faso têm agido com “crueldade” e manifestando “total desrespeito pela vida humana”.

Além dos cristãos, os jihadistas têm procurado, acrescenta ainda esta responsável, “alvejar deliberadamente” comerciantes, mineiros, agricultores e pessoas que estão de passagem pelas regiões onde ocorrem os ataques que classificou como “crimes de guerra”.

A Human Rights Watch documentou 256 assassinatos em 20 ataques cometidos desde Abril do ano passado por grupos jihadistas identificados como aliados da Al Qaeda. Entre esses grupos está um movimento local, o Ansaroul Islam, e o Estado Islâmico do Grande Saara.

Segundo testemunhos recolhidos pela HRA, houve casos em que “as vítimas foram mortas a tiros em mercados e aldeias, enquanto rezavam em igrejas e mesquitas”, ou se encaminhavam para campos de deslocados. De facto, têm sido vários os ataques nos últimos meses a Igrejas ou a manifestações religiosas, como procissões, com diversos padres a serem vítimas directas dos jihadistas. Em Dezembro, D. Justin Kietega denunciava uma perseguição implacável contra os cristãos e lamentava o silêncio por parte dos países ocidentais.

“Nós, cristãos, somos perseguidos, enquanto o Ocidente permanece indiferente vendendo armas para os terroristas em vez de os dete.”, disse o Bispo de Ouahigouya, após o terrível massacre de 14 fiéis no primeiro dia de Dezembro numa igreja protestante na província de Fada N’Gourma, no leste do Burkina Faso, perto da fronteira com o Níger.

Em declarações à Fundação AIS, o prelado assumiu que os Cristãos enfrentam uma “perseguição contínua”, recordou que, durante meses, a Igreja tem denunciado o que está a acontecer não só neste país mas em todo o continente africano, e lamentou a ausência de medidas e de solidariedade da comunidade internacional. “Ninguém nos escuta”, disse D. Justin Kientega, acrescentando que “eles”, o Ocidente, “estão mais preocupados em proteger os seus próprios interesses”.

Para D. Justin Kientega vive-se um “nível sem precedentes de insegurança”, que está já a limitar a própria actuação dos membros da Igreja no seu trabalho apostólico comum.

Perante esta situação, que classifica de crítica, D. Kientega apela de novo à comunidade internacional através da Fundação AIS: “O mundo deve olhar e ver o que está a acontecer no Burkina Faso. As potências ocidentais devem parar aqueles que estão a cometer esses crimes, não vendendo mais as armas que eles estão a usar para matar os cristãos. Nós estamos a ser perseguidos; mas mantemos a nossa confiança no Senhor e esperamos que tudo isto chegue ao fim em breve. Obrigado a todos pelas vossas orações.”

http://bit.ly/14120_BurkinaFaso

Os GENDER-WOKISTAS

 « des idéologues fascistes, nationaux-socialistes, communistes,  gender-wokistes  (c’est-à-dire hostiles au mariage et à la famille) et inf...