D de Domingo
Como chegar Domingo à noite
com a satisfação de verdadeiramente ter feito frutificar o Dia do Senhor?
Vivendo o Domingo como:
1. Uma
novo início: No mosteiro tudo começa com efeito nesse dia: a recitação do
Saltério, o qual se vai desenrolar ao longo da semana; a distribuição das
funções litúrgicas e, mais prosaicamente, a entrada em funções para os diversos
hebdomadários ( leitura no refeitório, serviço da mesa, cozinha…, ideia
facilmente transportável para uma vida de família!). O Domingo é para S. Bento
o pórtico de entrada de uma nova semana que ele nos convida a viver para Deus
como algo de novo.
2. Um
dia de regressar às fontes: Tal implica um certo repouso para o corpo e
espírito mas sem cair na ociosidade “ mãe de todos os vícios”. Para tal, S.
Bento pede aos seus monges de “ falhar à leitura” ( cap. 48). Magnífica
expressão, rica de sentido. Estas “ férias” significam que o espírito está
livre de preocupações do trabalho, das ocupações, das conversas. Trata-se de
estar livre para Deus, de orientar o seu
coração para Ele. Neste estado de espírito, quem de entre vós, não poderá
consagrar alguns minutos para uma leitura capaz de cultivar a sua união a Deus?
3. O dia
de Cristo Ressuscitado: sobre isto a escolha de S. Bento de certos Salmos (
20, 62, 117,etc ) especialmente para o
Ofício do Domingo é muito significativa: trata-se de colocar o monge face a
Cristo ressuscitado. Com efeito, dia memorial da vitória de Cristo sobre a
morte, o Domingo deve ser vivido a esta luz. Para vós, onde encontrar este
Cristo ressuscitado senão quando a vossa Missa dominical é vivida com fervor, como o culminar da
semana acabada e a preparação da que vem?
Compreenderam que um Domingo é frutuoso na
medida em que ele nos permite viver a semana seguinte com e para Deus.
Dom Ambroise OSB
( Monastère Sainte-Marie de la Garde)
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