sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Rorate Caeli | Derramai, ó céus

Nossa Senhora e a arte de educar


Augusto Cury é dos autores mais lidos na atualidade, por justificadas razões. A escrita é simples, as ideias originais, o pensamento é lúcido, as páginas enriquecem o leitor, o conteúdo é atraente e edificante (mesmo em matérias religiosas), as temáticas da fé aparecem abordadas de forma realista e esclarecedora.
Um dos últimos livros foca a figura de Nossa Senhora. Intitula-se: Maria, a maior educadora da história. Em subtítulo: Dez princípios que Maria utilizou para educar o Menino Jesus.
Num dos capítulos, o quarto, aparece um dos princípios educacionais da Mãe de Jesus: “Maria educava o seu filho para servir a sociedade e não para ser servido por ela”.
Segue-se o texto explicativo:
“Muitos educadores preparam os seus filhos e alunos para a sociedade os servir. Maria tinha uma meta superior. Educava o seu filho para servir a sociedade, para irrigá-la, transformá-la.
Educadores respeitados preparam os jovens para andar na luz, Maria foi mais penetrante, sonhava que o seu filho fosse luz. A diferença é grande e as consequências dessa trajetória educacional são muitas. Quem anda na luz precisa ser conduzido, quem é luz tem um compromisso social, ajuda os outros a caminharem, areja a inteligência de terceiros”.
Ora então aí está: educar não é apontar caminhos para a melhor exploração do mundo e dos outros, para obtenção de grandes recursos em proveito próprio, para obtenção de postos onde as cobranças sejam mais elevadas ou os outros melhor possam ser escravizados. Educar não é tornar alguém socialmente poderoso ou influente, rico e egoísta.
Não, isso não traz felicidade. Está provado que as pessoas mais felizes e realizadas são as que gastam a vida em proveito do próximo.
Por isso vai insistindo Augusto Cury: “A educação mais inteligente é a que gera compromissos sociais, a mais insana é a que gera parasitas sociais”; “precisamos de uma educação que gere prazer em servir, que gere deleite na solidariedade”; “precisamos de romper a estrutura psicótica de querer que o mundo gire à nossa volta”.
Importa acabar com o individualismo. Os individualistas não são prestativos. São egocêntricos. Não respeitam os outros nem consideram a valia dos outros. Só se consideram a si. Não entendem que acabam na solidão.
Felizes os que se abrem aos outros. Sim:
“Felizes são os que procuram vidas dilaceradas, corações despedaçados, almas feridas para, de algum modo, aliviá-las. Felizes os que resolvem contendas, promovem a união, abraçam, choram com quem precisa e dão apoio quando toda a gente desapareceu”.
“O prazer de contribuir para o outro é um dos mais finos paladares da existência”.
Mãe do Céu, livra-nos dos predadores sociais. Livra-nos do egoísmo atrofiador. Livra-nos do individualismo que põe o coração raquítico. Livra-nos da usura, da avareza, da insensibilidade.
Multiplica os luzeiros, os solidários, os altruístas, os prestativos, os servidores, os que vivem deleitados na solidariedade, os que vivem felizes no caminho do amor e da dádiva.
P.S.: Com os olhos postos em Maria (a excelente educadora), em seu filho Jesus – a dádiva por excelência – e em S. José, sempre prestativo, a todos, um Santo e Feliz Natal. E um abençoado 2020.
P. Paulo Abreu

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Hoje, dia 27 - REZEMOS PELOS CRISTÃOS PERSEGUIDOS com a AIC/ Aujourd`hui, le 27, Prions pour les chrétiens persécutés en union avec AED


                MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora
                                      ( Portugal )


   O capítulo III da Regra da MSM  elenca um conjunto de itens que definem , com clareza, como deve ser todo o membro desta associação. Assim, por exemplo, lá de afirma :

« O cavaleiro defende a Santa Igreja até ao sangue»  .

   Este “ mandato” remete-nos imediatamente para os cristãos perseguidos em todo o mundo na defesa e profissão pública da sua Fé. Nunca , como hoje, há tantos mártires por ódio à Fé. Por isso, porque temos o mesmo Baptismo, sentimos a obrigação de estar do lado destes nossos irmãos perseguidos .
   Hoje, dia 27 de Novembro, a Fundação Pontifícia Ajuda À Igreja que Sofre, em todo o mundo, assinala a nossa comunhão com os cristãos perseguidos com várias iniciativas. Entre estas, alguns edifícios , à noite vão estar iluminados de vermelho que nos lembra o sague derramado por causa da fé em Jesus Cristo.
   A MSM associa-se a esta manifestação divulgando, por escrito, os “ slogans” que passam hoje em muitas Rádios do nosso país. São eles:
1.
Milhões de pessoas em todo o mundo não podem professar a sua fé em liberdade. São perseguidas, intimidadas, presas e, muitas vezes, mortas.
O cristianismo é a religião mais perseguida. Cerca de 300 milhões de Cristãos vivem em países onde não há liberdade religiosa.

2.

E nós, que podemos fazer? Vamos fingir que não sabemos? Vamos ignorar os pedidos de ajuda, os gritos de socorro destas comunidades?
É PRECISO COMBATER A INDIFERENÇA DA SOCIEDADE!

3.

Quarta-feira, dia 27 de Novembro, a Fundação AIS vai iluminar de vermelho, a cor do sangue dos mártires, monumentos simbólicos em todo o mundo. Em Portugal também.

4.

Lisboa, Porto, Braga, Bragança, Fátima, Almada… são já muitas as cidades que vão estar unidas à Fundação AIS nesta iniciativa.
Junte-se a nós. Colabore com a AIS iluminando também a sua igreja, a sua paróquia, dando sinal de que, de norte a sul de Portugal, os cristãos perseguidos não são esquecidos.

5.

Pedimos-lhe apenas 1 minuto da sua atenção.
Um minuto contra o silêncio!

A MSM convida todos aqueles que lerem este texto a terem presentes, sobretudo hoje, os nossos irmão perseguidos por ódio à Fé, a nossa e a deles.




sábado, 23 de novembro de 2019

EUTANÁSIA: O SILÊNCIO DE TANTOS ATEMORIZA!...

.
Portugal foi o primeiro Estado soberano da Europa a exarar na Constituição a abolição da pena de morte, embora não tivesse sido o primeiro a assumir tal princípio. Foi um passo histórico em que Portugal se tornava paladino na defesa da vida humana como um direito fundamental inviolável. A Constituição Portuguesa continua a proclamar que “a vida humana é inviolável”, que “em caso algum haverá pena de morte”, que “a integridade moral e física das pessoas é inviolável”, que “ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos” (Artigos 24º e 25º). Pelo protocolo n.º 6 à Convenção para a Proteção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, de abril de 1983, a pena de morte foi abolida e proibida em praticamente toda a Europa. Portugal, porém, se foi dos primeiros na defesa da vida como o primeiro dos direitos humanos e fundamento de todos os outros direitos, tem agora, mais uma vez, quem queira remar em sentido contrário. É um caranguejar reforçado pelo silêncio de tantos que, embora discordando, se limitam a ver passar a banda ou se calam sob as subserviências ideológicas, partidárias ou outras. Cento e quarenta anos depois daquele passo civilizacional, já Portugal, em 2007, abriu as portas ao aborto, podendo ser realizado no serviço Nacional de Saúde e em estabelecimentos de saúde privados autorizados, facilitando, assim, a destruição da vida de milhares e milhares de crianças por ano e promovendo a cultura da morte. Se antes acreditara que até o mais terrível dos criminosos poderia ser recuperado, poupando-lhe a vida, agora, abre a porta à morte dos inocentes, dos mais frágeis e indefesos da sociedade, os que nem sequer podem ser julgados!... Até o próprio “inverno demográfico” do país aconselharia a respeitar mais e melhor a primavera da vida!...
Como se isso fosse uma grande proeza civilizacional e não bastasse, há quem se esmere agora pela eutanásia e pelo suicídio assistido! Isto é, pela provocação intencional da morte de uma pessoa, a seu pedido (homicídio) ou por si própria (suicídio). Para tal, faz-se crer na opinião pública que os defensores da vida são ignorantes e retrógrados. Faz-se passar a ideia de que a defesa da vida é uma questão meramente religiosa e, por isso, sem sentido numa sociedade pluralista. Que é uma necessidade urgente e própria dos progressos culturais do tempo. Que é só para casos limite e em favor de uma morte digna. Que a dignidade da pessoa que sofre e a sua autonomia e liberdade o reclamam. Esquece-se, porém, que a autonomia pressupõe a vida como bem indisponível e como pressuposto de todos os direitos. Sabemos que só é livre quem vive e que a dignidade do ser humano não depende de qualquer circunstância, é objetiva, a doença não a diminui. Pedir que o matem ou matar-se não é um exercício da liberdade, mas a supressão da própria raiz da liberdade. São muitos os problemas éticos, jurídicos, médicos, morais e sociais que esta decisão arrasta.
Eliminar-se ou eliminar a pessoa para acabar com a dor é um absurdo, não é cuidar nem amar, pode ser consequência de quem foge às responsabilidades de cuidar e acompanhar. Além disso, como o sofrimento pode prejudicar a capacidade de tomar decisões, ninguém ficaria com a certeza de que o desejo de morrer possa expressar a vontade livre e consciente do doente em causa.
No artigo 64ª da Constituição da República Portuguesa, os cuidados da saúde a que todos têm direito, não podem estar à mercê da vontade dos governos de turno. Eles revestem a natureza de uma imposição constitucional, e devem ser realizados “através de um serviço nacional de saúde (SNS) universal, geral e (...) tendencialmente gratuito”. E mesmo que se afirme que a eutanásia será apenas para casos muito excecionais, há dados conhecidos que em alguns Estados em que se liberalizou, os critérios para a sua aplicação estão em constante alargamento, e sempre em nome da perda da dignidade da pessoa como se isso fosse assim tão linear. Nunca a pessoa perde a sua dignidade seja qual for a circunstância. O que será indigno é não lhe garantir os direitos já tantas vezes repetidos de um fim de vida digno, isto é, o direito aos cuidados paliativos que aliviem o sofrimento físico e psíquico, que lhe seja respeitada a sua liberdade de consciência, que seja devidamente informado com verdade sobre a sua situação clínica, o direito de decidir sobre as intervenções terapêuticas a que se irá sujeitar, o direito a recusar a obstinação terapêutica, os tratamentos inúteis e desproporcionados ou fúteis, o direito a estabelecer o diálogo esclarecedor e sincero com os médicos, familiares e amigos, o direito a receber a assistência espiritual e religiosa.
E embora as comunidades religiosas existentes no nosso país - comunidade Islâmica, Israelita, Budista, Hindu e Bahá’í, as Igrejas Adventista, Ortodoxa e Católica, a Aliança Evangélica e o Conselho Português de Igrejas Cristãs - sejam, de facto, a favor da vida, não se trata de um debate confessional ou religioso como alguns querem fazer crer. Trata-se, isso sim, é de um combate e debate cívico em prol dos direitos humanos. A nossa própria Constituição, que é laica, define a vida humana como “inviolável”. A Associação Médica Mundial reafirma o seu “firme compromisso” a favor do respeito pela vida humana, rejeitando desta forma a eutanásia e o suicídio assistido. O Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médica da Ordem dos Médicos vai no mesmo sentido. A eutanásia não é um ato médico. O doente não pode perder a confiança no médico. Os médicos podem invocar a objeção de consciência. Ouvi há dias que há países em que Instituições recusaram os acordos com o Estado porque este os obrigava a aplicar a eutanásia. Destruir os outros ou a si próprio não é um direito nem um dever, é um temível mal social do qual o Estado se pode tornar cúmplice ao insinuar às pessoas quando e como podem ou não decidir morrer. Se assim for, de facto, também se pode colocar a questão já por aí apresentada: qualquer um de nós, quando se encontrar improdutivo, doente ou dependente, mesmo que no uso das suas qualidades mentais, poderá vir a perguntar-se o que é que deve fazer da sua vida. E pode sentir a necessidade de colocar a própria eutanásia, não como um direito da sua liberdade ou autonomia, que nunca o será, mas como um dever para si, para que não seja considerado um egoísta, um inútil que só dá trabalho e despesa, um tropeço para os outros. E será que a ninguém pesará esta responsabilidade? Nem àqueles que legislaram? Nem àqueles que não garantiram os cuidados paliativos? Nem àqueles que fogem com os apoios financeiros?... Nem àqueles que prescindiram da solidariedade e do amor?
O Partido Comunista Português tem defendido o “valor intrínseco da vida”. Para ele, a legalização da eutanásia “não pode ser apresentada como matéria de opção ou reserva individual”. Inscrever na lei “o direito a matar ou a matar-se não é um sinal de progresso mas um passo no sentido do retrocesso civilizacional”. E que, para além desta discussão convocar “princípios constitucionais evidentes, como a inviolabilidade da vida humana, o direito à vida ou a responsabilidade de o Estado assegurar e respeitar a vida humana”, não temos em Portugal “uma situação do ponto de vista social, médico e clínico que coloque esta discussão como prioritária ou estas medidas como absolutamente necessárias para dar resposta a um problema social”. A solução “não é a de desresponsabilizar a sociedade promovendo a morte antecipada das pessoas nessas circunstâncias, mas sim a do progresso social no sentido de assegurar condições para uma vida digna, mobilizando todos os meios e capacidades sociais, a ciência e a tecnologia para debelar o sofrimento e a doença e assegurar a inclusão social e o apoio familiar”. Não se pode classificar a morte antecipada como um “ato de dignidade”. E embora se possam “expressar em alguns casos juízos motivados por vivência própria, conceções individuais que se devem respeitar”, não deixa de ser “para uma parte dos seus promotores, uma inscrição do tema em busca de protagonismos e de agendas políticas promocionais.”
Antonino Dias
 Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 22-11-2019.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

FONTE DA VIDA

A FONTE DA VIDA, em S. Bento da Porta Aberta, remete-nos para a Santíssima Trindade ( prisma triangular l - Deus , Uno e Trino) e para os sete sacramentos ( sete conchas de onde corre água viva) de uma heptágono, para outro. Neste, os peregrinos podem refrescar os seus pés. Este monumento remete-nos para a simbologia bíblica do número sete, também. De noite, do risma triangular, em ónix translúcido, brilha a luz , a LUZ que é Deus.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Não deixa de ser verdade...

" Não deixa de ser verdade que, sem respeito pela Terra, sem respeito pela Criação, não há verdadeira cultura" ( Cardeal Joseph Ratzinguer - Bento XVI, in " POR AMOR", ed. Lucerna, pág. 35)

domingo, 17 de novembro de 2019

AS NOSSAS RAÍZES....

                   


Andam afanados a destruir as nossas raízes. Se consentirmos, com a nossa indiferença , descuido, falta de atenção ... poderemos ter a certeza que vamos morrer como civilização!

sábado, 16 de novembro de 2019

A PALAVRA DE UM ARCEBISPO



El próximo sábado, 22 de noviembre, celebramos a Santa Cecilia, Patrona de los músicos. Precisamente la música será el tema que se aborde en la II Jornada Diocesana de Liturgia, por ello traemos a esta página lo que sobre este tema escribe don Celso en su carta pastoral “La fiesta de Dios” sobre la liturgia, publicada el pasado 23 de junio. Queridos fieles: La música es un elemento de suma importancia en el culto cristiano, pues la acción litúrgica reviste una forma más noble cuando los oficios divinos se celebran solemnemente con canto (SC 113); en efecto, la tradición musical de la Iglesia universal constituye un tesoro inestimable, que sobresale entre las demás expresiones artísticas, principalmente porque el canto sagrado, unido a las palabras, constituye una parte necesaria o integral de la liturgia solemne (SC 112). Aquí se dice algo muy importante: que la música sacra será tanto más santa cuanto más íntimamente esté unida a la acción litúrgica (SC 112) y, por tanto, concorde con la Palabra de Dios, que es la que marca el sentido del misterio que se celebra. Lo importante es el misterio que se celebra y no el gusto o sentimiento de los participantes. Las expresiones musicales populares y regionales son válidas sólo si son capaces de expresar el misterio salvífico que anuncian los textos sagrados. La primacía la tiene siempre la Palabra de Dios, como expresión del misterio divino que se actualiza en la celebración. Por eso, la Iglesia reconoce el canto gregoriano como el propio de la liturgia romana; en igualdad de circunstancias hay que darle, por tanto, la primacía en las acciones litúrgicas. Por ejemplo, ¿sería mucho pedir que en la celebración de las Confirmaciones se cantara el Veni Creator o el Veni, Sancte Spiritus: luz de los corazones, huésped del alma, descanso en el trabajo, consuelo en el llanto; o, en el silencio de la acción de gracias de la comunión, cantar el Adoro te devote o Iesus, dulcis memoria? Los demás géneros de música sacra, y en particular la polifonía, de ninguna manera han de excluirse, siempre y cuando se salvaguarde la finalidad de la música sacra que es la gloria de Dios y la santificación de los fieles (SC 113) y nunca el gusto o el lucimiento personal. El canto sacro es una de las formas más nobles de la participación litúrgica y el órgano de tubos el instrumento que debe tenerse en mayor estima por ser el más apto para levantar poderosamente las almas hacia Dios (SC 120); son aceptados otros instrumentos musicales siempre y cuando sean aptos o puedan adaptarse al uso sagrado, convengan a la dignidad del templo y contribuyan realmente a la edificación de los fieles (Ibíd.). La música es el arte de los sonidos y, cuando se dice arte, se dice belleza, armonía, buen gusto, educación y hasta genialidad; por eso, el Concilio ordena que se dé mucha importancia a la enseñanza y a la práctica musical en los seminarios... que se erijan institutos superiores de música sacra y que se ofrezca una genuina educación litúrgica a los compositores y cantores. Se debe evitar la improvisación; en este campo no basta la buena voluntad.
 + Celso Morga Iruzubieta Arzobispo de Mérida-Badajoz Iglesia en c amino 3 Análisis Liturgia, piedad popular y música

domingo, 10 de novembro de 2019

JOVEM, EU TE ORDENO, LEVANTA-TE!..


O morto sentou-se e começou a falar!... Não foi na web summit, não. Foi em Naim, há mais de dois mil anos e garantiu um futuro cada vez melhor, com valores e sentido! Sim, sim, o morto sentou-se, esfregou os olhos e começou a falar, só isso! Bué da fixe, diria a garotada extasiada e de olhos fixos em Jesus sorridente!... Ao ver o susto, e pelas notícias que nos chegaram, de facto, a ninguém deu o treco nem espinoteou a dar à perna! Se tal tivesse acontecido, com certeza que a cmtv lá do tempo teria feito eco, e mais eco, e mais eco, e muito mais eco ainda, sim, muito eco pelo dia fora e noite adentro. Admirados, boquiabertos e com medo, sim, lá isso parece que todos ficaram e não era para menos!... Com grande pena nossa, porém, não sabemos o que é que o morto-vivo teria dito. Supomos que teria ficado muito feliz e a proclamar a boa nova. O que sabemos é que a pobre mãe, viúva, a comunidade que se associara com ares de vencida e triste, explodiu de alegria. Em todos aflorou um sentimento de admiração e de gratidão que logo os fez correr por toda a parte a levar a notícia do que tinha acontecido de tão belo e extraordinário. O Deus da vida veio ao encontro dos homens, manifestou-Se através de Jesus, da Sua palavra, dos seus gestos e sinais, revelando o verdadeiro sentido da vida e oferecendo a todos o triunfo da vida sobre a morte, como um dom que Ele nos deu e nos encarregou de anunciar por toda a parte, sem choro nem lamentações, mas com alegria e esperança, confiando n’Ele (cf. Lc 7,11-19).
A diminuição de vocações ao Ministério Ordenado e à Vida Consagrada não pode fazer das nossas comunidades cristãs uma espécie de viúvas tristes e lacrimosas a caminho do “cemitério”, do fim, chorando sem esperança, pessimistas, derrotadas, sem confiança n’Aquele que se fez encontrado, as amou até ao fim e as enviou em Seu nome... Jesus veio e continua a vir ao nosso encontro, a cruzar-se connosco nos caminhos da vida, a caminhar no meio de nós, a olhar-nos olhos nos olhos, com serenidade, sem pressa nem enfado e a fazer com que ponhamos fim a tais pessimismos e tristeza e a que nos deixemos contagiar pelos que acreditam no Deus da Vida e na vida com sentido. Nenhuma comunidade cristã que se preze pode deixar de obedecer ao Senhor que continua a vir ao seu encontro e a pedir-lhe que se faça ao largo e lance as redes, com confiança (cf. Lc 5,4-5). Ninguém deve pensar que conhece bem o terreno e que já fez muito sem qualquer resultado. Ninguém pode cruzar os braços e deixar de propor, com alegria e esperança, o ministério ordenado ou a vida consagrada, autoconvencido de que os jovens não correspondem e as famílias não ajudam. Pedir, individual e comunitariamente, ao Senhor da messe que envie operários para a Sua messe, contactar, propor, provocar, acompanhar, partilhar e ajudar no discernimento com total respeito pela liberdade de cada um é missão da comunidade, através do pároco, das famílias, dos agentes da pastoral, de todos, sem proselitismos, respeitando a gradualidade própria de todo esse processo...
Com alegria e confiança, os jovens sonham, olham para as suas capacidades e interrogam-se sobre o seu futuro: Que é que eu hei de fazer para melhor servir e ser feliz? E Jesus continua a tocar no ombro de todos, mas de cada jovem em particular: Jovem, se queres ser feliz, “Eu te ordeno, levanta-te!” A comunidade precisa de ti, anda daí, sê jovem. Há “em ti muitas qualidades, inclinações, dons e carismas que não são para ti, mas para os outros” (CV286). Na resposta a dar, seja ela qual for, há um dado a garantir a seriedade da mesma: é o diálogo sincero entre o amor de Deus que chama e a liberdade de quem responde a Deus também com amor. Sim, são dois aspetos indissociáveis: o dom gratuito de Deus que chama e a liberdade responsável de quem é chamado (cf. Pdv36).
Na Semana dos Seminários que tem como lema “Cristo não pensa apenas naquilo que tu és mas naquilo que poderás chegar a ser”, não te esqueças, caro jovem, ser padre ou abraçar a vida consagrada pode ser o teu caminho. Se no silêncio interior perceberes o olhar de Jesus e escutares o Seu chamamento, não faças como o jovem do Evangelho que aprisionado pelas ilusões da sua vida voltou as costas, triste (Mt 19, 16-22). Agradece e arrisca, sente a alegria do chamamento para, assim, servires a Igreja e o mundo.
Sem papas na língua e com um certo humor, mas seriamente, o Papa Francisco não desiste de apelar: “Jovens, não renuncieis ao melhor da vossa juventude, não observeis a vida de uma varanda. Não confundais a felicidade com um sofá nem passeis toda a vossa vida diante de um ecrã. Tampouco vos deveis converter no triste espetáculo de um veículo abandonado. Não sejais automóveis estacionados, pelo contrário, deixai brotar os sonhos e tomai decisões. Arriscai, mesmo que vos equivoqueis. Não sobrevivais com a alma anestesiada nem olheis o mundo como se fosseis turistas. Fazei barulho! Deitai fora os medos que vos paralisam, para que não vos convertais em jovens mumificados. Vivei! Entregai-vos ao melhor da vida! Abri a porta da gaiola e saí a voar! Por favor, não vos aposenteis antes de tempo” (CV143).
Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 08-11-2019.

sábado, 9 de novembro de 2019

ACN_Coreia_08.11.2019b.jpgCOREIA DO SUL:

Do primeiro dia de Dezembro de 2019 até 28 de Novembro do próximo ano será celebrada uma missa, sempre às nove horas da manhã, pela paz na península coreana. A iniciativa foi tomada na semana passada pelos bispos da Coreia do Sul reunidos em sessão plenária da Conferência Episcopal.

Os prelados pretendem que este gesto venha a mobilizar todas as paróquias do país, para uma forte mobilização de toda a comunidade católica.

A situação na península coreana continua muito tensa, com os dois países, a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, tecnicamente em guerra e a ameaça constante por parte do regime de Pyongyang de desenvolver novas armas de destruição maciça.

A oração diária pela paz é também uma forma de lembrar que em Junho do próximo ano passarão sete décadas desde que teve início a guerra entre os dois países que causou cerca de 3 milhões de mortos, com o regime de Pyongyang a ser apoiado principalmente pela China e o de Seul pelos Estados Unidos.

Os combates foram suspensos em 1953, com um armistício, mas na verdade e tecnicamente os dois países continuam em guerra.

Além da questão da ameaça do conflito militar na península coreana, está sempre presente quando se fala nesta região do globo a questão da liberdade religiosa na Coreia do Norte. O mais recente relatório da Fundação AIS sobre a perseguição aos Cristãos, lançado em Lisboa no passado mês de Outubro, sublinha-se que “a Coreia do Norte é amplamente considerada como o lugar mais perigoso do mundo para se ser cristão”, referindo-se que a prática religiosa é “gravemente punida” neste país.

Recorrendo ao testemunho de pessoas que fugiram da Coreia do Norte, a Fundação AIS refere que os cristãos que são descobertos pelo regime “enfrentam a tortura” e que muitos “são enviados para campos” de trabalho forçado destinados essencialmente para os presos políticos.

Diz o Relatório da AIS que “nesses campos poderão existir entre 50 mil a 70 mil Cristãos”, ou seja, cerca de metade de toda a população prisional. “Mortes extrajudiciais, trabalhos forçados, tortura, perseguição, fome, violações, aborto forçado e violência sexual” são algumas das situações a que os Cristãos estão sujeitos quando são apanhados na apertada malha de vigilância do regime norte-coreano.

Rezar pela paz, como agora propõe a Igreja sul-coreana e acabar com toda esta violência e perseguição contra a comunidade cristã foi um dos propósitos de uma oração especial que ocorreu em 2017 e protagonizada por D. Sebastian Shaw, Arcebispo de Lahore. O prelado esteve no edifício na fronteira, onde se encontram as delegações da Coreia do Norte e do Sul sempre que há reuniões entre os dois países.

Liderando uma delegação da Fundação AIS de que fez parte, entre outros, o secretário-geral internacional, Philippe Ozores, o Arcebispo de Lahore rezou pela reconciliação entre as Coreias e para que os dirigentes de ambos os países criem as condições para que “as pessoas possam viver em paz e harmonia e para que as pessoas possam sair do medo” da ameaça nuclear.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019


  CONSELHOS DE UMA ÁRVORE

  

            CRESÇA EM DIRECÇÃO À LUZ,
    MANTENHA-SE FIRME E EM PÉ,
          LEMBRE-SE DAS SUAS RAÍZES,
OFEREÇA A SUA SOMBRA ÀS VISITAS,
            AGUENTE FIRME AS ESTAÇÕES DESFAVORÁVEIS,
FLORESÇA E FRUTIFIQUE,
        APRECIE A VISTA!



quinta-feira, 7 de novembro de 2019

S. NUNO - 6.Nov.2019




   S. Nuno de Santa Maria, Padroeiro do Preceptorado da MSM que junta Portugal, Brasil e Espanha, foi celebrado ontem em Barcelos , na igreja Colegiada de Santa Maria Maior, com Missa solene ( uma b
ela homilia do P. Eduardo), veneração das suas relíquias e deposição de duas coroas de flores junto à estátua. Estiveram presentes muitos cristãos, o Presidente da Junta de Freguesia, a Santa Casa da Misericórdia e os Bombeiros Voluntários. A MSM esteve presente com o seu Mestre.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

ORAÇÃO A S. CARLOS BORROMEU


                                  
Ontem, da 4 de Novembro, na igreja da Lapa ( Braga) , na Missa , rezou-se esta oração a S. Carlos Borromeu:






                                              ORAÇÃO A S. CARLOS BORROMEU


   Concedei, ó Deus, ao vosso povo, particularmente a todos os Carlos e Carlas, o espírito que animava São Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja, continuamente renovada e sempre fiel ao Evangelho, possa mostrar ao mundo a face de Cristo.

   Assim como fizestes dele um grande bispo, pela vigilância pastoral e esplêndidas virtudes, concedei-nos frutificar sempre em boas obras.

  Concedei-nos que, por intercessão de S. Carlos Borromeu, sejamos constantemente fiéis no vosso serviço e fervorosos na caridade. Amém!

                                                          P.N. + A.M. + Glória …
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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Os Grés de Silves - as alterações climáticas e ecoterrorismo

Grés de Silves ( Muralha da castelo de Silves)

Esta rocha, o Arenito dito de Silves, formou-se na Era Mesozóica, no Triássico ( Liásico - a base do Triássico), num clima quente, seco e desértico. Não havia homens, portanto ... não havia acção antrópica a criar este clima. Teria sido à cerca de 220 milhões de anos.
Então, no que é hoje parte do território do Algarve ... já foi deserto.
Atenção aos alarmistas da alteração do clima!
 Tratar e cuidar bem da Terra é um dever nosso face ao Criador.


PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...