sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Nossa Senhora e a arte de educar


Augusto Cury é dos autores mais lidos na atualidade, por justificadas razões. A escrita é simples, as ideias originais, o pensamento é lúcido, as páginas enriquecem o leitor, o conteúdo é atraente e edificante (mesmo em matérias religiosas), as temáticas da fé aparecem abordadas de forma realista e esclarecedora.
Um dos últimos livros foca a figura de Nossa Senhora. Intitula-se: Maria, a maior educadora da história. Em subtítulo: Dez princípios que Maria utilizou para educar o Menino Jesus.
Num dos capítulos, o quarto, aparece um dos princípios educacionais da Mãe de Jesus: “Maria educava o seu filho para servir a sociedade e não para ser servido por ela”.
Segue-se o texto explicativo:
“Muitos educadores preparam os seus filhos e alunos para a sociedade os servir. Maria tinha uma meta superior. Educava o seu filho para servir a sociedade, para irrigá-la, transformá-la.
Educadores respeitados preparam os jovens para andar na luz, Maria foi mais penetrante, sonhava que o seu filho fosse luz. A diferença é grande e as consequências dessa trajetória educacional são muitas. Quem anda na luz precisa ser conduzido, quem é luz tem um compromisso social, ajuda os outros a caminharem, areja a inteligência de terceiros”.
Ora então aí está: educar não é apontar caminhos para a melhor exploração do mundo e dos outros, para obtenção de grandes recursos em proveito próprio, para obtenção de postos onde as cobranças sejam mais elevadas ou os outros melhor possam ser escravizados. Educar não é tornar alguém socialmente poderoso ou influente, rico e egoísta.
Não, isso não traz felicidade. Está provado que as pessoas mais felizes e realizadas são as que gastam a vida em proveito do próximo.
Por isso vai insistindo Augusto Cury: “A educação mais inteligente é a que gera compromissos sociais, a mais insana é a que gera parasitas sociais”; “precisamos de uma educação que gere prazer em servir, que gere deleite na solidariedade”; “precisamos de romper a estrutura psicótica de querer que o mundo gire à nossa volta”.
Importa acabar com o individualismo. Os individualistas não são prestativos. São egocêntricos. Não respeitam os outros nem consideram a valia dos outros. Só se consideram a si. Não entendem que acabam na solidão.
Felizes os que se abrem aos outros. Sim:
“Felizes são os que procuram vidas dilaceradas, corações despedaçados, almas feridas para, de algum modo, aliviá-las. Felizes os que resolvem contendas, promovem a união, abraçam, choram com quem precisa e dão apoio quando toda a gente desapareceu”.
“O prazer de contribuir para o outro é um dos mais finos paladares da existência”.
Mãe do Céu, livra-nos dos predadores sociais. Livra-nos do egoísmo atrofiador. Livra-nos do individualismo que põe o coração raquítico. Livra-nos da usura, da avareza, da insensibilidade.
Multiplica os luzeiros, os solidários, os altruístas, os prestativos, os servidores, os que vivem deleitados na solidariedade, os que vivem felizes no caminho do amor e da dádiva.
P.S.: Com os olhos postos em Maria (a excelente educadora), em seu filho Jesus – a dádiva por excelência – e em S. José, sempre prestativo, a todos, um Santo e Feliz Natal. E um abençoado 2020.
P. Paulo Abreu

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