sábado, 29 de fevereiro de 2020

SEMPRE INCANSÁVEIS A SONHAR E A CONSTRUIR


Há pessoas assim, com interesse e com nível, não envelhecem. Sempre humildes, sempre jovens apesar da idade, sempre sonhadoras e sempre de mangas arregaçadas a desafiar a construção dum mundo mais justo, mais humano e mais fraterno, independentemente da crença, raça ou cultura.
Ainda a contas com o Encontro “A Economia de Francisco” a acontecer no próximo mês, o Papa, num encontro com os membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, anunciou a sua intenção de fomentar, em maio próximo, um outro acontecimento mundial que terá como objetivo ajudar a “unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. E voltou a falar de tal assunto aos académicos de algumas das mais conceituadas universidades do mundo, reunidos em Roma, neste mês de fevereiro, num encontro cujo tema foi “Educação: o Pacto Global”. É necessário, diz ele, “construir uma «aldeia da educação», onde, na diversidade, se partilhe o compromisso de gerar uma rede de relações humanas e abertas”. A caminhada conjunta desta «aldeia da educação» deve ter a coragem de colocar no centro a pessoa, de investir as melhores energias com criatividade e responsabilidade, de formar pessoas disponíveis para se colocarem ao serviço da comunidade.
Mas deixemos, por ora, este novo encontro e voltemos a referir-nos àquele que foi há mais tempo anunciado. Como sabemos, o Papa Francisco, em maio do ano passado, escreveu aos jovens economistas, estudantes e académicos em Economia, estudantes de Mestrado, Doutorado, jovens pesquisadores, empresários e empresárias, empreendedores e protagonistas de mudanças, do mundo inteiro, a convidá-los para um encontro a decorrer de 26 a 28 de março próximo para tentar descobrir uma economia que faça viver e não mate, que inclua e não exclua, que humanize e não desumanize, que cuide da criação e não a devaste. Pretende estabelecer um pacto comum, “um processo de mudança global que veja em comunhão de intenções não apenas quantos têm o dom da fé, mas todos os homens de boa vontade, para além das diferenças de credo e de nacionalidade, unidos por um ideal de fraternidade atento sobretudo aos pobres e aos excluídos”. Alguém já definiu esta iniciativa como o Davos de Francisco. Os convidados não são os grandes financeiros e empresários do mundo das finanças já afirmados, mas economistas e empreendedores com menos de 35 anos. Já são mais de 3.300 os pedidos de participação, com 2.000 jovens credenciados, provenientes de 115 países, entre os quais de Portugal.
É evidente que a complexidade dos sistemas económicos não se resolve com um toque de varinha mágica. Mas tudo ajuda a pensar e a repensar que algo tem de mudar para construir “uma nova economia à medida do homem e para o homem”. Com os jovens e através deles, o Papa, apelará “a alguns dos melhores estudiosos e estudiosas da ciência da economia, assim como a empresários e empresárias que hoje já se encontram comprometidos a nível mundial, por uma economia coerente com este cenário ideal”. Mas não serão os especialistas a criar a agenda aos jovens. Será o Papa que os convoca. Francisco confia nos jovens e sabe que as suas universidades, empresas e organizações “são canteiros de esperança para construir outras modalidades de entender a economia e o progresso, para combater a cultura do descarte, para dar voz a quantos não a têm, para propor novos estilos de vida”. Ele sabe que enquanto “o nosso sistema económico-social ainda produzir uma só vítima, e enquanto houver uma só pessoa descartada, não poderá haver a festa da fraternidade universal”.
O Encontro terá lugar na inspiradora cidade de Assis, o lugar onde São Francisco se despojou “de toda a mundanidade para escolher Deus como Estrela polar da sua vida, fazendo-se pobre com os pobres, irmão universal. Da sua escolha de pobreza brotou também uma visão da economia que permanece extremamente atual. Ela pode dar esperança ao nosso amanhã, não apenas em benefício dos mais pobres, mas da humanidade inteira”. A cidade será dividia em 12 "aldeias", doze áreas da vida económica onde se refletirá sobre grandes temas e questões apresentadas pela economia de hoje e de amanhã. A iniciativa tem, pois, o nome de “Economia de Francisco”, em referência a São Francisco de Assis e ao Evangelho que “ele viveu em total coerência, inclusive nos planos económico e social”.
Na sua Carta Encíclica Laudato Si, o Papa sublinhou que “é preciso corrigir os modelos de crescimento incapazes de garantir o respeito pelo meio ambiente, o acolhimento da vida, o cuidado da família, e equidade social, a dignidade dos trabalhadores e os direitos das gerações vindouras”. Ele vê nos jovens “a profecia de uma economia atenta à pessoa e ao meio ambiente”. Eles são portadores de “uma cultura corajosa e não têm medo de arriscar, são “capazes de ouvir com o coração os brados cada vez mais angustiantes da terra e dos seus pobres em busca de ajuda e de responsabilidade, ou seja, de alguém que “responda” e não olhe para o outro lado”.
Antonino Dias
 Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 28-02-2020.

Euthanasie et suicide assisté/ Eutanásia e suicídio assistido

Sur le point d'être euthanasié, un patient psychiatrique guérit grâce à un deuxième médecin

27/02/2020
 Auteur / Source : C. du Bus / nrc.nl

C'est pour la première fois en début de l'année 2019, que le psychiatre Albert Batalla se voit sollicité pour donner un second avis dans le cadre d'une demande d'euthanasie. Le dossier médical qu'il reçoit indique que le patient souffre d'hallucinations psychotiques : cela fait 8 ans qu'il entend perpétuellement des chansons de Saint-Nicolas. Les traitements mis en oeuvre jusqu'ici n'ont produit aucune amélioration, à tel point que le patient a demandé demande l'euthanasie pour s'en délivrer.
Pour cela, l'homme fait appel à la Levenseindekliniek (Clinique de fin de vie, désormais appelée "Centre d'expertise pour l'euthanasie"), qui après un an de prise en charge conclut que ses souffrances sont insupportables et sans issue. Autrement dit, il se trouve dans les conditions pour être euthanasié s'il le souhaite. Un second avis médical est toutefois nécessaire, et c'est au sein du Centre Médical Universitaire d'Utrecht, spécialisé en traitement des psychoses, que le cours de sa vie va totalement changer.
Pour comprendre au mieux ce qui se passe chez son patient, le Dr Batalla va l'observer pendant une semaine entière. Il comprend vite qu'il ne s'agit aucunement d'hallucinations, mais bien d'obsessions. Et de prescrire un nouveau traitement (Citalopram), dont les effets positifs se font déjà ressentir après deux jours. "Je veux vivre", déclare son patient, libéré d'un poids qu'il trainait depuis tant d'années.
"Pourquoi a-t-il dû attendre 8 ans pour obtenir le bon traitement?", se demande le psychiatre. La conclusion tirée par Batalla et son confrère Sisco van Veen, dans la revue américaine Psychiatric Services, est "qu'il faut toujours rester critique et prudent par rapport au diagnostique établi par les confrères, en particulier lorsqu'il s'agit d'une euthanasie pour souffrances psychiques".
A l'heure où aux Pays-Bas, comme en Belgique, les patients psychiatriques euthanasiés se font de plus en plus nombreux (En Belgique, 77 en 2016=2017 contre , cette histoire pose la question fondamentale de l'incurabilité d'une situation psychiatrique. "Vous ne pouvez pas vous baser sur une radio pour savoir où se trouve le problème. (...) Souvent, nous ne savons tout simplement pas si un patient peut aller mieux ou non", constate Van Veen. Et de soulever que la demande d'euthanasie peut aussi être symptomatique de la maladie psychiatrique, comme c'est le cas pour les dépressions. Batalla ajoute quant à lui que, même aux Pays-Bas, "les soins de santé psychologiques ne sont pas au point. Les psychiatres n'ont pas beaucoup de temps, cela peut jouer...".
"Est-ce que la psychiatrie est assez précise, mesurable, pour prendre avec assez de certitude une décision aussi radicale?" se demande Van Veen, qui doute que l'euthanasie ne soit une réponse adaptée aux patients psychiatriques. "Le noyau dur de la psychiatrie est de dire au patient : je vais t'aider, je ne te laisse pas tomber. C'est quelque chose d'inverser cela. J'ai interrogé des médecins qui émettent souvent des secondes opinions pour euthanasie. L'un d'eux m'a dit, et c'est caractéristique : c'est comme si vous faisiez partie d'un peloton d'exécution". Rappelant que l'euthanasie ne constitue pas un "droit", Van Veen précise que les médecins doivent rester totalement libres de participer ou non à un trajet d'euthanasie. "Surtout en psychiatrie, parce que vous tuez quelqu'un qui est physiquement en bonne santé. Et ça, c'est violent."
On ne peut que repenser aux remous provoqués par l'euthanasie de Tine Nys, qui a fait l'objet d'un procès historique en Belgique le mois passé : pour Tine Nys tout comme pour ce patient hollandais, s'est posée la question incontournable de la curabilité de leur maladie. Y a-t-il encore un espoir pour ces patients, contre tout espoir? Qu'est-ce que la psychiatrie, qu'est-ce que la société peut leur proposer d'autre que la mort? ( ieb-eib.org)

Maisons de repos et hôpitaux belges bientôt tous contraints de pratiquer l’euthanasie ?

Maisons de repos et hôpitaux belges bientôt tous contraints de pratiquer l’euthanasie ?


 Actualités - Belgique Belgique
 Publié le : 20/02/2020
 Auteur / Source : L. Vanbellingen

« Aucune clause écrite ou non écrite ne peut empêcher un médecin de pratiquer une euthanasie dans les conditions légales » : par cette courte disposition, la proposition de loi actuellement en discussion au Parlement fédéral pourrait bouleverser le quotidien de nombreuses institutions de soins aux quatre coins du royaume.
Pour rappel, la proposition de loi introduite en octobre dernier prévoit un élargissement des conditions d'accès à l'euthanasie. Y figurent notamment la durée de validité illimitée de la déclaration anticipée d'euthanasie (auparavant limitée à cinq ans) ainsi que le renforcement de l'obligation de renvoi du patient vers un autre médecin, pour le médecin qui refuserait de pratiquer une euthanasie sur base de sa liberté de conscience.
La troisième mesure porte donc sur l'interdiction des clauses visant à exclure l'euthanasie. Un grand flou règne sur le fait de savoir quelles personnes et institutions sont visées par une telle interdiction, la proposition ne mentionnant en effet aucun acteur explicitement. A lire l'exposé des motifs de la loi, l'on comprend toutefois que la mesure vise en pratique à interdire les maisons de repos et hôpitaux « sans euthanasie ».
Sur base de leur liberté institutionnelle, de nombreuses institutions de soins proposent en effet une prise en charge des patients qui privilégie d'autres approches que la mort par euthanasie, par exemple à travers un accompagnement continu des personnes jusqu'à leur décès, par le biais des soins palliatifs.
Une telle mesure vise donc à contraindre les institutions à accepter la pratique de l'euthanasie en leurs murs, en se fondant sur l'autonomie du patient et sur la liberté thérapeutique du médecin. En pratique, ceci signifierait que le médecin pourrait pratiquer l'euthanasie sur un patient qui le souhaite, même si un tel geste va à l'encontre de l'approche thérapeutique privilégiée par l'institution de soins et la communauté de soignants qui la compose.

La liberté des uns étouffée par l'autonomie des autres ?
Comme le Conseil d'Etat l'indique d'ailleurs dans son avis rendu la semaine dernière sur la proposition de loi (voy. bulletin précédent), une telle mesure porte potentiellement atteinte à la liberté des institutions de soins, tant du point de vue de leur liberté d'association que de la liberté de conscience des soignants, exercée ici collectivement. Même s'il considère que l'article de loi est formulé de manière « imprécise », le Conseil d'Etat conclut malgré tout au caractère proportionné d'une telle atteinte à la liberté des institutions et des soignants.
Le quasi-blanc-seing livré par le Conseil d'Etat vis-à-vis d'une telle restriction suscite de véritables interrogations. Dans sa vision individualiste de la relation patient-soignants, la proposition de loi semble en décalage avec la réalité vécue par les communautés de soignants au sein des institutions de soins. Qu'en est-il, par exemple, de la liberté conjointe de plusieurs personnes, soignants et résidents, de travailler et vivre dans une maison de repos garantissant à chacun la possibilité d'être accompagné jusqu'au terme de sa vie ?
Reste à savoir quelle marge de manoeuvre les établissements de soins conserveraient dans leur approche thérapeutique dans l'hypothèse où cette mesure est adoptée. Le Conseil d'Etat précise que l'établissement ne perdrait pas sa liberté d'établir « sa propre politique en matière d'euthanasie », ni « sa propre politique du personnel ». L'exclusion générale de toute pratique euthanasique ne serait par contre plus envisageable.

« Filtre palliatif » et euthanasie
Nombreuses sont les maisons de repos et hôpitaux qui proposent aujourd'hui un trajet de soins des personnes en fin de vie qui privilégie l'apaisement de la douleur et l'accompagnement dans la souffrance physique et/ou psychique, y compris jusqu'à la mort. Une telle approche entre souvent en contradiction de facto avec l'idée d'une mort accélérée et provoquée par euthanasie.
Pour autant, ces institutions ne s'opposent pas formellement à la pratique de l'euthanasie : c'est plutôt leur projet de prise en charge des patients qui, indirectementrend l'option de l'euthanasie superflue et hors de propos.
Si la proposition de loi ne vise pas expressément à interdire ce type d'approche, l'on a pu voir, chez certaines personnalités politiques, la volonté de mettre un terme à ce qu'ils dénoncent comme un « filtre palliatif ». Ce filtre irait selon ceux-ci à l'encontre de l'autonomie du patient, en ce qu'ils lui imposeraient le refus de l'euthanasie. Or, l'objectif poursuivi par les institutions à travers cette approche n'est pas d'exclure l'euthanasie en soi, mais bien d'accompagner de manière continue la personne en fin de vie. L'absence de recours à l'euthanasie constitue donc le résultat de cet accompagnement, et non l'objectif.

Le refus de traitement comme porte d'entrée du droit à l'euthanasie
Enfin, outre la menace qu'une telle mesure fait peser sur plusieurs libertés fondamentales, c'est la philosophie même de la loi sur l'euthanasie qui se voit ici remise en question. Dans cette nouvelle logique, l'on s'appuie sur le droit du patient à refuser un traitement pour valider le caractère inapaisable de ses souffrances. Des situations se présenteront alors où un patient qui pourrait être soulagé par un traitement verra sa demande d'euthanasie validée en raison des souffrances qu'il refuse lui-même de voir apaisées.
S'installe alors progressivement un véritable droit individuel à obtenir l'euthanasie, opposable à toute communauté de soignants, dont l'exercice de la liberté de conscience serait rendu impossible en pratique. In fine, le principe de pluralisme philosophique autour duquel est organisé le système belge des soins de santé sortirait largement affaibli par une telle mesure. ( ieb-eib.org)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

IGREJA DA LAPA na QUARESMA ( BRAGA)


                                       
                                                         NOTA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL


   Iniciou-se hoje, primeira Sexta-feira da Quaresma, na igreja da Lapa ( Braga ), a celebração da VIA SACRA e do Coroa de Nossa Senhora das Dores. Esta celebração manter-se-á todas as 6ª  feira da Quaresme excepto na 6ª feira Santa.
   Nesta celebração serão lembrados os cristãos perseguidos , rezar-se-á pela unidade da Igreja e pela santificação do Clero.
   Convidam-se os cristãos a associarem-se a esta celebração que nos ajuda a preparar para a Páscoa da Ressurreição.

CUIDAR E PROTEGER A CRIAÇÃO

            

       CÍRCULO INTERNACIONAL CRISTÃOS PELO                               AMBIENTE SÃO JOÃO GUALBERTO       

                Proteger a criação é respeitar o Criador!
      Exemplar milenar de uma Oliveira - Ilhas Canárias

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

SITUAÇÃO DOS CRISTÃOS NO LÍBANO É CATASTRÓFICA



ACN_Libano_26.02.2020.jpgLÍBANO:

É um retrato muito duro da vida quotidiana no Líbano, mergulhado numa das mais profundas crises dos últimos anos. Numa mensagem áudio enviada para a Fundação AIS em Lisboa, a Irmã Maria Lúcia Ferreira, uma religiosa portuguesa que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara, na Síria, perto da fronteira com o Líbano, diz que a situação neste país está a agravar-se e isso está a afectar profundamente a comunidade cristã.

“A situação na Síria não é boa mas no Líbano, neste momento, parece bastante, bastante mais catastrófica”, afirma esta religiosa conhecida no mosteiro como Irmã Myri. “Os bancos estão a limitar os levantamentos de dinheiro e as pessoas fazem filas mas o que se passa é que desde há 1 ou 2 semanas deixaram de permitir qualquer levantamento”, diz a irmã, acrescentando: “isto quer dizer que as pessoas que tinham todas as suas economias nos bancos acabaram sem nada”.

Na mensagem áudio, a Irmã Myri diz mesmo que “o país está na bancarrota total” e que a sua madre superiora, a Madre Agnès-Mariam de la Croix, terá pedido as orações de todos pois, “se as coisas continuam assim, [cerca de] 40 mil famílias cristãs vão emigrar para fora do país para poderem ter que comer”.

A própria madre superiora da Congregação das Monjas de Unidade de Antioquia está a lançar projectos de apoio às famílias cristãs libanesas, nomeadamente na área da agricultura, para não deixarem o país. Se isso acontecer, explica a Irmã Myri, “se cristãos saírem do Líbano, já ninguém pode levantar a cabeça no Médio Oriente, os cristãos já não terão voz no Médio Oriente”…

A crise económica a que a irmã portuguesa se refere está, de facto, a deixar o Líbano numa situação extremamente delicada, com o empobrecimento acentuado das famílias e a revolta da população.

A depreciação da moeda libanesa chegou a um ponto insustentável e os bancos estão a limitar fortemente as transações, o que está a condicionar ainda mais a própria economia com empresas na falência, o comércio a fechar portas e o desemprego a subir de forma imparável.

A revolta das populações levou mesmo à queda do governo de Saad Hariri, acusado de incompetência e corrupção. O presidente libanês, Michel Aoun, indigitou um novo responsável governamental em 21 de Janeiro, depois de semanas de impasse. O executivo de Hassan Diab, o actual primeiro-ministro, tem procurado debelar a crise reduzindo taxas de juro, procurando recapitalizar o sistema bancário e reestruturando o sector público.

É por causa desta crise económica e política que está a afectar a comunidade cristã que a Irmã Myri enviou a sua crónica para Lisboa. Crónica que é, simultaneamente, um apelo. Diz a religiosa portuguesa que a presença cristã é essencial no Líbano. No entanto, “os cristãos não têm ajuda de ninguém”, diz a Irmã Myri, explicando que “os xiitas têm a ajuda do Irão, os sunitas têm a ajuda da Arábia Saudita, mas os cristãos, hoje, já não têm a ajuda de ninguém…”

Por isso, por que a situação no país está muito grave, a Irmã Myri pede as orações dos cristãos em todo o mundo, mas deixa um apelo especial aos portugueses e aos peregrinos de Fátima. “O presidente [libanês] consagrou o país ao Imaculado Coração de Maria. Ela não nos vai deixar. Faço um apelo aos que vão ao Santuário de Fátima que peçam pelo Líbano. Este país é um garante da presença dos cristãos no Médio Oriente.” ( AIS)

EUTANÁSIA – o reverso da medalha ( 2)




   

   Os deputados votaram maioritariamente pela legalização da Eutanásia no passado dia 20. A Democracia foi derrotada. Um regime democrático, perante um tema tão importante como a legalização de dar a morte a uma Pessoa, é demasiado sério para ser tomado de ânimo leve, como foi, por ideólogos que não aceitam a dignidade da Pessoa Humana em qualquer circunstância e se recusam a ouvir o povo ( o tal que, dizem, é quem mais ordena!). Têm um medo terrível do referendo, que é um mecanismo perfeito de escuta democrática. Veja-se o que se faz na democrática Suiça!.... Uma Democracia que se esgota nos Partidos políticos ( corruptos, ainda por cima), é uma Democracia doente e com tiques, camuflados, de autoritarismo.  E a nossa Democracia está muito doente. Mesmo muito.
    Os caros leitores viram que os grandes Partidos, nos seus programas eleitorais com que se apresentaram nas últimas eleições, não se referiam á legalização da Eutanásia? E, a primeira medida legislativa foi precisamente a legalização do homicídio promovido nos hospitais? Chamo a esta atitude de “ fraude eleitoral”.
    Depois, como mostra a experiência de países onde se legalizou a Eutanásia, como a Bélgica e a Holanda, o texto proposto era extremamente semelhante aos que foram levados a votação no dia 20 em Portugal. Sabemos todos que, hoje, as leis daqueles países foram - se alterando progressivamente e agora tudo é permitido e até a coacção psicológica é banal.
   Em artigo anterior fiz referência a um livro extraordinário, uma colectânea de artigos de agentes de saúde belgas que trabalham com pessoas em limite de vida. O sub-título daquela obra é : “ Reflexões e experiências de cuidadores”. Aqui está uma obra, infelizmente ainda não traduzida para português, e seria fundamental a sua edição entre nós com difusão máxima. Volto a recordar o seu nome: “ EUTHANASIE, l`envers du décor”, das èditions MOLS , colecção AUTRES REGARDS, com Prefácios de JACQUES RICOT e de HERMAN DE DIJN, ambos filósofos , com a coordenação de um hematólogo  - TIMOTHY DEVOS. Nesta obra, de cuidadores de saúde altamente qualificados e com experiência, com múltiplos exemplos vividos por estes, são feitas reflexões, que nos levam ( a mim levaram-me) a temer com o que vem aí, em Portugal, pois o começo é igual e temos , já, a experiência do Aborto.
  Deixem-me que  volte a referir que esta obra é feita por especialistas como  oncologistas, psiquiatras, enfermeiros especializados em cuidados paliativos, filósofos especializados em Ética, paliativistas, entre outros e todos eles, não são ideólogos anti-humanistas como os votantes no nosso Parlamento, nem cretinos sem qualquer tipo de compaixão pelos sofredores. Não, todos são homens e mulheres, que sabem que “ QUEM SOFRE DESEJA SER ACOMPANHADO;, MESMO SE DESEJA MORRER…”. Todos tudo têm feito para que os grandes sofredores, físicos ou psíquicos, tenham uma morte dignamente assistida e acompanhada.
   Não seria , agora, o KAIROS, para a edição em português, disponível a preço acessível desta obra?
   Não seria , agora, o tempo oportuno, para não se fazerem tantas obras, cuja necessidade é questionável, e investir seriamente na formação dos cidadãos e no seu esclarecimento sério e com seriedade? Mando este “ recado” à Igreja Católica, a minha.
   Não seria, agora, o tempo oportuno, para que a formação dos jovens fosse menos “ guitarrada” e tantas vezes cheia de nada, e levada a sério com temas relacionados com a VIDA HUMANA? Com assertividade, clareza e sem meias verdades.  De insistir que a VIDA HUMANA É INVIOLÁVEL e que ninguém tem o direito a morrer, mas o direito a viver com dignidade, desde a concepção à morte natural . Não será o tempo de acabarmos com a indiferença face ao eugenismo legal e apoiado com os nossos impostos e de se denunciar a política nazi da raça pura que perante a nossa indiferença se pratica quando, por exemplo, são eliminados os bebés com algumas diferenças?
   E termino com um repto veemente aos nossos decisores políticos: investam mais e mais seriamente nos CUIDADOS PALIATIVOS. Ocupem-se destes pois estes , é bom que saibam, “ NÃO SÃO UM MODO DE FAZER MORRER AS PESSOAS, MAS UM MODO DE AS AJUDAR A VIVER ATÉ AO FIM….” Com dignidade. Assim, e só assim, poderemos falar, com verdade, de morte dignamente assistida.
Carlos Aguiar Gomes

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

PATER NOSTER - PAI NOSSO - NOTRE PÈRE

                                 

INÍCIO DA QUARESMA

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Começa hoje, dia 26 .II.2020, o período de                     preparação para a Páscoa

Aujoud`hui , le 26 février 2020, commence la préparation pour Pâques!

SEIGNEUR, APPRENDS- NOUS À PRIER!

"Seigneur, apprends-nous à prier!"

"Seigneur, apprends-nous à prier!"
Cette demande des disciples à Jésus, c'est au début du chapitre 11 de l'évangile de Luc que nous l'entendons. Ils nous sont bien proches, ces braves disciples : voilà déjà quelques temps qu'ils suivent Jésus de près, qu'ils l'écoutent attentivement, qu'ils tentent de mettre leurs pas dans les siens. Oui mais voilà, ils sont confrontés à leurs limites, et ils se rendent compte qu'ils n'arrivent pas à avoir la même proximité que Jésus avec le Père. Et c'est pourquoi ils lui demandent de leur apprendre à prier. Dans sa réponse, Jésus leur enseigne le Notre Père, qui a été transmis de génération en génération, jusqu'à retentir à nos oreilles et pénétrer notre cœur.
Munis du Notre Père, nous pourrions penser que notre souhait d'apprendre à prier est déjà exaucé. Le Seigneur nous a appris à prier, il nous a donné les mots de la prière, que nous aimons réciter plusieurs fois par jour. Mais l'interrogation des disciples est-elle vraiment comblée ?
Quand nous continuons de lire le chapitre 11 de l'évangile de Luc, nous lisons l'histoire de celui qui vient déranger son ami la nuit pour obtenir de lui du pain (Lc 11, 5-8), que Jésus prend ensuite soin d'expliquer (Lc 11, 9-13). C'est dire qu'après le contenu de la prière, il leur en fournit la méthode. Vous pouvez acquérir quelque chose de magnifique que vous avez désiré de tout votre cœur, elle vous sera de faible utilité si vous ne vous asseyez pas d'abord pour prendre connaissance du mode d'emploi.
Voici donc ce que nous vous proposons tout au long de ce carême : asseyez-vous, et lisez le mode d'emploi. Pour vous, nous ne l'éditerons pas en caractères minuscules, mais nous vous le livrerons à l'état pur. Ainsi, votre prière sera débordante à Pâques, et au cours des cinquante jours qui prolongeront l'allégresse de la sainte nuit de la Résurrection.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Quaresma, campanha de oração pelos mártires do cristianismo


ACN_Quaresma_23.02.2020.jpgFundação AIS lança, nesta Quaresma, campanha de oração pelos mártires do cristianismo


São homens e mulheres que deram a vida por Deus e pela comunidade. São histórias de sacerdotes, irmãs e leigos que foram assassinados, raptados, presos ou desapareceram por seguirem Jesus nos últimos anos neste século. Para os lembrar, a Fundação AIS vai lançar nesta Quaresma uma campanha de oração intitulada precisamente “Mártires e Heróis por Amor”.

O objectivo é honrar a memória de todos divulgando as histórias de alguns. Ao todo, são 44 histórias que representam a multidão de cristãos perseguidos em países tão diversos como, por exemplo, o Iraque, Síria, Iémen, Nigéria ou Somália. “Em cada dia, ao longo da Quaresma, é divulgada a figura de um cristão, contada a sua história e proposta uma oração”, explica a directora da Fundação AIS em Portugal.

Além dos mártires, homens e mulheres que deram a vida por serem cristãos, há ainda histórias de sacerdotes, religiosas e leigos que foram raptados e que estão desaparecidos. Todos são sinal da violência brutal que afecta cada vez com mais intensidade as comunidades cristãs em certas regiões do planeta.

“Com esta iniciativa”, diz ainda Catarina Martins de Bettencourt, a Fundação AIS procura “sensibilizar os portugueses para a realidade dramática dos cristãos perseguidos no mundo”, e, simultaneamente, reforçar “os diversos projectos de ajuda à Igreja” nesses países onde a liberdade religiosa não é de todo respeitada.

Neste “calendário” para a Quaresma, a par da história dos mártires e heróis da fé e das propostas de oração diárias, a Fundação AIS vai também divulgar, “país a país, o que tem sido a nossa ajuda”, acrescenta a responsável. Esses projectos de apoio à igreja local nos países e regiões onde a violência contra os cristãos é mais acentuada, ajudam a compreender a importância desta cadeia de solidariedade que une os benfeitores à Igreja que sofre.

Desde a formação – de seminaristas, padres, religiosas e leigos –, passando pela ajuda à própria sobrevivência do clero, à construção ou reconstrução de seminários, paróquias, capelas e igrejas, até à ajuda na distribuição de literatura religiosa, há todo um conjunto de iniciativas que são alimentas pela generosidade dos benfeitores da Fundação AIS em Portugal e em todo o mundo.

Em muitos casos, o auxílio prestado pela AIS tem-se revelado mesmo essencial. É o caso da ajuda aos refugiados, o apoio às comunidades cristãs vítimas de tragédias naturais ou de ataques terroristas.

Durante a Quaresma, a Fundação AIS vai convidar os portugueses a rezarem pelos mais de 300 milhões de cristãos perseguidos no mundo. Esta Campanha da Fundação AIS tem o apoio, em Portugal, da Rede Mundial de Oração do Papa

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

L'acta d'amour incessant



Il y a quelques temps, j'ai publié un ensemble de réflexions sur la prière du cœur ou prière de Jésus, dans la tradition orientale. Je voudrais vous parler maintenant d'une variante occidentale de cette prière: l'acte d'amour incessant, que l'on trouve dans la vie mystique de sœur Consolata Betrone, une religieuse capucine italienne de la première moitié du siècle dernier.

Voici en français une très belle étude sur cette sainte religieuse: Jésus parle au monde. Message du cœur de Jésus à Sœur Consolata Betrone, par le P. Lorenzo Sales, aux éditions du parvis, Hauteville (Suisse), 1994.

Consolata a été particulièrement marquée par le message spirituel de sainte Thérèse de Lisieux, en particulier par la petite voie de l'enfance spirituelle. Et formée et guidée par Jésus, elle a cherché à rendre cette voie accessible à tousen lui conférant ainsi une forme populaire. Cette voie s'adresse à tous, mais selon Consolata, d'une manière spéciale aux pécheurs, en particulier aux âmes sacerdotales ou religieuses, qui dans leur passé ont failli gravement, en leur donnant ainsi la possibilité de rattraper le temps perdu en réparant dans l'amour et la prière leurs fautes passées. Car le message du Sacré-Cœur à Consolata est lui aussi un message de miséricorde, donnant l'assurance du salut éternel aux âmes qui se confieront à lui et persévéreront dans la petite voie de l'amour confiant.

La formule de prière enseignée par Jésus à cette religieuse capucine est la suivante: Jésus, Marie, je vous aime. Sauvez les âmes. Il s'agit donc d'une brève formule à répéter dans sa prière personnelle ou même à dire mentalement dans le courant de nos journées. Regardons-la de plus près.

Il s'agit d'abord d'un simple acte d'amour pour Dieu et pour le prochain. Jésus nous demande de ne pas trop nous morfondre à cause de notre misère, mais de le regarder, de contempler son cœur, plein de bonté, et de lui redire sans cesse notre amour. On y joint la Sainte Vierge, que nous devons aimer après Jésus par-dessus tout, elle qui est notre mère du ciel et qui ne cesse d'intercéder pour nous. Enfin nous portons dans notre prière toutes les âmes, des vivants et des défunts, spécialement des pécheurs en danger de se perdre, et nous prions pour le salut de tous, afin que la divine miséricorde se répande sur la terre entière.

Jésus a promis que chacune de ces invocations peut sauver une âme. Donc plus nous disons la prière, plus nous contribuons au salut du monde. Cette prière tient lieu à toute autre prière que nous pourrions faire. Si nous disons cet acte d'amour incessant, Jésus se charge de toutes nos intentions, pour nous, pour ceux que nous aimons, pour l'Eglise toute entière et pour le monde entier.

Par exemple, Jésus a accordé à Consolata la conversion de certaines personnes, non pas à cause des pénitences qu'elle faisait pour elles, mais en réponse à l'acte d'amour incessant, qu'elle ne cessait de faire dans sa prière contemplative. Durant la guerre civile espagnole, Jésus a accordé la victoire sur le communisme, en réponse à la supplication de Consolata, qui n'a jamais cessé de redire l'acte d'amour incessant. Nous voyons donc que les plus grandes causes suscitant notre intercession sont gagnées par cette simple voie d'amour qu'est l'acte incessant d'amour: Jésus, Marie, je vous aime. Sauvez les âmes.

Cette prière a aussi une grande valeur propitiatoire. Elle répare nos fautes et celles du monde entier. Une seule invocation peut réparer mille blasphèmes, selon les dires de Jésus. Et dire l'acte d'amour incessant nous obtient le pardon de toutes les fautes de notre vie.

Comment faire? Je dirais comme pour la prière de Jésus: on peut prendre un temps de prière devant le tabernacle ou une statue de Notre-Dame à l'enfant et redire calmement et lentement la prière proposée à sœur Consolata. On peut la dire chaque fois qu'on y pense, par exemple lorsqu'on passe devant une image sainte. On peut la redire dans l'action de grâce silencieuse après la communion. Venons-nous de commettre quelque faute? Restons calme et redisons simplement la petite invocation pendant quelques instants. Demandons au Seigneur de nous guider.

Cette prière ne nous empêche pas de rester fidèle à nos autres prières habituelles, comme le chapelet. Faisons du reste de toutes nos prières des actes d'amour envers Dieu. Cette prière se combine avec toutes les formes de vie spirituelle et avec tous les états de vie. Elle peut nous mener insensiblement à une vie contemplative où tout est unifié par la seule pratique de l'amour.

 Simon Noel, OSB


sábado, 22 de fevereiro de 2020

EUTANÁSIA: E AGORA?

...Agora, depois do período de luto, que será curto - tem de ser muito curto - continuaremos a luta pela VIDA Humana. Nada nem ninguém nos vai calar. Continuaremos a afirmar que:

1.  O DIREITO À VIDA É INQUESTIONÁVEL.

2. A CHANTAGEM não nos vergará.

3. A MENTIRA será sempre denunciada.

4. PELA ORAÇÃO E PELA ACÇÃO estaremos sempre pelo DIREITO À VIDA.

5. E, porque a VIDA HUMANA É INVIOLÁVEL, VALOR SUPREMO, alertaremos os nossos concidadãos para as implicações das más escolhas eleitorais.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

HOJE, O DIREITO À VIDA , NO PARLAMENTO; é DISCUTIDO. Estamos atentos?

Hoje, no Parlamento português, está a ser dado um sinal alarmante contra o DIREITO À VIDA. Discute-se a EUTANÁSIA. Legalizá - la é legalizar o direito de o Estado , pelos médicos/ enfermeiros, se tornar um carrasco. Este é um sinal de retrocesso civilizacional. Se se " abrir" esta porta, em nome de uma falsa compaixão e  modernidade, nunca mais, ou muito dificilmente, a poderemos fechar. Pelo contrário, como mostram as experiências da Bélgica e da Holanda, essa porta vai-se escancarando sempre e cada vez mais.   

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

As histórias de três padres raptados na Síria, Iraque e Iémen Dias de cativeiro


Ser raptado e sobreviver aos algozes. Lembrar o tempo de cativeiro e compreender
que foi a fé que sustentou os dias, sossegou o medo, fez lembrar o essencial. Jacques
Mourad, Douglas Bazi e Tom Uzhunnalil têm em comum essa experiência limite às
mãos de jihadistas. E aceitaram partilhar essa memória que é, também, um enorme
testemunho de fé.
Iraque, 2006. “Depois da Missa, ia visitar uns amigos, e, no caminho, de repente, dois
automóveis bloquearam a estrada à minha frente e fizeram-me parar. Saltaram muitos
homens, de rosto tapado e armados. Rapidamente abriram a porta do meu carro, puxaram-me
e meteram-me no porta-bagagens.”. O Padre Douglas Bazi estava a começar a viver uma das
experiências mais assustadoras da sua vida. Os raptores queriam um milhão de dólares por
ele, mas acabou por ser libertado sem que houvesse o pagamento de qualquer resgate. No
entanto, as marcas desses dias terríveis ficaram para sempre. Até hoje. Síria, 2015. “Naquele
dia, um grupo de jihadistas entrou no mosteiro de Mar Elian, onde eu vivia há 15 anos…”
Começa assim o desfolhar da memória de cativeiro do Padre Jacques Mourad. Esteve preso
durante cinco meses. Fugiu numa aventura que daria um filme de Hollywood. Mas isso é-lhe
irrelevante quando recorda as longas semanas em que foi prisioneiro de um dos grupos
jihadistas que puseram a Síria a ferro e fogo. Iémen, 2016. “Saí de casa das Irmãs [a caminho
do] lar de idosos, mas a meio ouvi dois tiros. Vi as outras duas [irmãs] serem alvejadas na
cabeça, por trás.” O Padre salesiano Tom Uzhunnalil nunca mais vai conseguir esquecer aquele
trágico dia 4 de Março. Raptado por terroristas, esteve 18 meses sem saber sequer onde se
encontrava…. Todos os dias era ameaçado. Todos os dias podiam ser o fim… Todos os dias
rezava.
Oração do Terço
Quando recordam os dias de cativeiro, estes três sacerdotes falam dos momentos íntimos de
oração como, talvez, os mais intensos que já experimentaram em toda a vida. Deixaram o
Padre Douglas nove dias sem comer nem beber. Esteve sempre algemado. É uma memória que
não o larga. “As algemas tinham exactamente dez argolas.” Os dedos do Padre Douglas iam
acariciando as argolas das algemas numa oração ininterrupta de “ave-marias”. Batiam-lhe,
massacravam-lhe o corpo, mas ele era livre. Não podiam prender a sua alma. Jacques Mourad
esteve preso cinco meses em 2015. Hoje, este monge de aspecto frágil e voz doce vive no
Curdistão iraquiano. Quando regressa a esses dias, a memória de Mourad detém-se sempre
nas Missas que celebrou no silêncio do seu coração. “Tinha sede de me unir a Jesus. Por isso,
celebrei sempre a Missa no meu coração e dei-lhe um nome: ‘A Missa da nostalgia’.
Simplesmente…” Também o Padre Tom não deixou de celebrar a Eucaristia apesar de estar
preso, apesar de estar só. Apesar até do medo. Também no seu caso os algozes nunca
descobriram o que aquele homem de olhar sereno estaria a fazer. Rezava. Rezava e continuava
livre. Não havia arma nem terrorista nem ameaça maior do que a força da sua fé. “Não tinha o
pão, nem o vinho, nem os livros… Então dizia as orações da Missa e pedia ao Senhor que
provesse espiritualmente o pão e o vinho.” Jacques Mourad, Douglas Bazi e Tom Uzhunnalil
estiveram presos às mãos de terroristas. Estiveram presos por serem padres, por serem
cristãos. São exemplo para todos nós. Exemplo de que a oração é sempre mais poderosa do
que o medo.
Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

CRISTÃO PELO AMBIENTE


                           MILITIA SANCTAE MARIAE
                                   Cavaleiros de Nossa Senhora
                  CÍRCULO INTERNACIONAL CRISTÃOS PELO AMBIENTE
                                               S.JOÃO GUALBERTO
FICHA Nº 1


      A Criação está ameaçada pelo mau uso/ abuso das criaturas. O Homem, que deveria ser o guardião da Criação, tornou-se um predador desmedido e um péssimo administrador dos bens que lhe foram dados como herança para os transmitir, igualmente, à sua descendência. Sobretudo nas últimas décadas tem-se acentuado esta predação e o mau uso dos bens da Natureza. Urge tomar consciência do muito e mal que se tem provocado na criação ( fauna, flora, ambiente, água, etc).
    Neste alerta que o nosso Círculo Internacional Cristãos pelo Ambiente está a divulgar, tomou como exemplo, o gravíssimo atentado que o Homem tem provocado sobre os insectos: destruindo sistematicamente uns ( directa ou indirectamente) ou introduzindo espécies estranhas aos nossos ecossistemas.  Em recente estudo apresentado na revista científica BIOLOGICAL CONSERVATION pode ler-se : « Com a extinção dos insectos, perdemos muito mais do que espécies. Muitos insectos são provedores de  vitais de serviços insubstituíveis.»
   A nossa querida e tão cantada pelas crianças,  JOANINHA ( Coccinella septempuctata) quase não se vê nos nossos campos e jardins, quando ainda há poucos anos era tão abundante. O seu papel de controladora dos pulgões, por exemplo, que sugam a seiva de tantas plantas ornamentais ou frutíferas , traz prejuízos graves e tudo pelo uso abusivo e descontrolado de insecticidas agressivos .
  Outro exemplo, diferente do anterior, mas igualmente gravoso para a vida dos nossos insectos, foi a invasão da chamada Vespa asiática ( Vespa velutina nigrithorax) que devora frutas e as nossas abelhas ( Apis melífera), além de ser perigosa para o ser humano, espécie exótica trazida do oriente asiático.
  A diversidade biológica tão ameaçada pela voracidade consumista do Homem, pode e deve ser protegida e quando for necessário controlar algumas espécies, teremos de saber como fazê-lo sem agredir as outras espécies nem destruir totalmente aquelas. Para tal temos todos de tomar consciência de que a criação não existe somente para a nossa fruição egoísta. Convém , igualmente, não esquecer que cada ser vivo tem um papel insubstituível no equilíbrio da criação. E que a sua destruição rompe o equilíbrio dos ecossistemas.
   A agressão à criação é uma agressão ao Criador que no- la deixou para bem de toda a humanidade de todos os tempos. Também para os vindouros.

E. mai: cristaosambiente@gmail.com

domingo, 16 de fevereiro de 2020

VENEZUELA: Crise afecta milhões e “muitas pessoas não conseguem comprar leite nem pão”, denuncia religiosa


VENEZUELA: Crise afecta milhões e “muitas pessoas não conseguem comprar leite nem pão”, denuncia religiosa


A crise na Venezuela não parece ter um fim à vista. A crise económica afecta milhões de pessoas e o próprio Banco Central da Venezuela considera que a inflação atingiu quase 10 mil por cento em 2019, número mesmo assim muito abaixo dos valores previstos pelo FMI. Inflação brutal significa aumento brutal dos preços e uma situação cada vez mais insustentável para a maior parte das famílias.

Perante esta situação dramática, a Igreja Católica tem procurado dar uma resposta às situações mais graves, nomeadamente ao nível da alimentação. A Irmã Maria Chiquinquira, da Congregação das Missionárias Eucarísticas de Nazaré, é exemplo deste trabalho solidário junto dos mais necessitados.

A crise na Venezuela atinge já todas as pessoas em todos os lugares. A Irmã Maria, que conhece bem a realidade da pobreza no rosto concreto de tantos homens, mulheres e crianças, descreve esta realidade sem adocicar as palavras. “Às vezes não temos electricidade nem água corrente. Os alimentos são tão caros que muitas pessoas não conseguem comprar leite nem pão.”

As Missionárias Eucarísticas de Nazaré são uma das muitas congregações religiosas apoiadas directamente pela Fundação AIS nesta missão urgente de alimentar o povo venezuelano. Estas irmãs estão até bem longe dos grandes centros urbanos. “Vivemos numa aldeia muito simples nas montanhas da Venezuela”, diz-nos a irmã Chiquinquira, explicando como funciona “a cantina”, onde se concentra a maior parte da ajuda às famílias mais pobres da região.

“Umas das formas de ajudar é a cantina que temos, para que as crianças e as pessoas carenciadas possam comer pelo menos uma vez por dia. No nosso centro de formação – diz ainda esta irmã –, damos cursos de cabeleireiro e costura às mulheres, para que possam aprender um ofício e ter um rendimento.”

O apoio que a Fundação AIS dá às Missionárias Eucarísticas de Nazaré é essencial para que elas possam continuar de portas abertas a acolher os que já não têm dinheiro sequer para comprar leite nem pão. Esta é uma missão urgente e insubstituível. Como nos diz a Irmã Maria Chiquinquira, “Deus chamou-nos para estarmos aqui com o nosso povo”. “Por isso, aqui estamos, servindo-o e apoiando-o, estando presentes nas suas vidas.”

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt  

sábado, 15 de fevereiro de 2020

J.S. Bach/M.Dupré Sinfonia Cantata 29 - Olivier Penin, Orgue Ste Clotil...

A EUTANÁSIA no IIFC


FLASH + VITA – Maio 2018


No nosso nº21, de Fevereiro de 2017, escrevemos:
« A EUTANÁSIA é a resposta no fim da vida de uma sociedade que deixou de amar.
A EUTANÁSIA é o meio para pôr fim , SEM DIGNIDADE, a uma vida que merecia  só ser amada.
A EUTANÁSIA é a mais um sinal de uma Cultura da morte dominante e do colapso da Civilização do Amor.
A EUTANÁSIA é, também, um sintoma da Civilização do descartável que nos está a dominar!»
Neste nº do FLASH + VITA, de Maio de 2018, reafirmamos, agora com maior ênfase, o que então se escreveu.
A luta pelo direito à vida sobreleva todos os direitos humanos  pois que matando estes , os seres humanos, em qualquer fase do seu desenvolvimento, de nada servem os outros direitos!
Por isso, a defesa do DIREITO À VIDA, da concepção à morte natural, impõe-se como uma prioridade na defesa dos DIREITOS HUMANOS.
Somos todos convidados e convocados para não ficarmos indiferentes face aos ataques contra este direito fundamental. A EUTANÁSIA é uma das ameaças mais radicais contra a Vida Humana. Temos o direito e a OBRIGAÇÃO de nos manifestarmos por todos os meios legais contra a ditadura relativista em voga e de que a legalização da EUTANÁSIA é um aspecto, e dos mais relevantes.
Cumpre-nos AGIR.
Cumpre-nos REZAR.
Cumpre-nos  NÃO NOS CALARMOS.
Cumpre-nos lutar contra os novos ditadores do pensamento único.
Caro leitor, se vive em Braga ou perto, participe na oração pelas pessoas em fim de vida, sobretudo pelas mais abandonadas e tentadas a pedir a eutanásia, na última 6ª feira de cada mês, às 15 h 30 m , na Basílica dos Congregados ( Braga ). O Instituto Internacional Familiaris Consortio conta com a sua presença!
… E divulgue eta carta junto dos seus amigos. Obrigado.


AO CASO BELGA DA EUTANÁSIA


El informe sobre la eutanasia en Bélgica de 2018, publicado el 28 de febrero, indica que en 2018 hubo 2,357 muertes asistidas, frente a 2,309 del año anterior. El informe sugiere que el número de muertes es estable, pero si se compara con el 2010, con 954 fallecidos, el aumento es del 247% .
(InfoCatólica) De las muertes por eutanasia en Bélgica, 57 (2,4%) fueron muertes por afecciones psicológicas o de comportamiento, 83 (3,5%) por razones psiquiátricas y el 1% de las muertes fueron de personas incapacitadas mentalmente que habían realizado una solicitud previa.
Otro 1,7% de las muertes fueron a petición de familiares sin que los enfermos hubieran solicitado previsamente que se les matara de esa manera.
Estudios previos han revelado que solo se informa a las autoridades de la mitad de las muertes por eutanasia, lo cual implicaría que alrededor del 7% de las muertes acaecidas en Bélgica durante el año pasado habrían sido provocadas por la legalización de esa práctica


MANIFESTO POR UMA CULTURA DA VIDA


                     
                                                     ASSOCIAÇÃO FAMÍLIAS



                               MANIFESTO  POR UMA CULTURA DA VIDA


1.     Sobre os portugueses está-se exercendo uma pressão tremenda, nos meios políticos e em quase todos os média para uma aceitação , como sinal de modernidade , da compaixão e da autonomia pessoal ,da eutanásia e do chamado “ suicídio assistido “, tudo em nome do que os “ lobbies” chamam , usando um eufemismo ,de “ morrer com dignidade”.
2.     É um direito de toda a pessoa humana viver e morrer com dignidade, no respeito pelo carácter inviolável da vida humana, direito que nada nem ninguém pode conferir, pois é-lhe inerente.
3.     O direito à vida, da concepção à morte natural, é, igualmente , um direito irrenunciável de todos e não compete ao legislador determinar quem tem direito a viver ou como deve morrer.
4.     A História ensina-nos , e não temos de recuar muito ,  que sempre que o Estado legisla sobre a vida e o destino de cada pessoa, tudo acaba em mal. Estão ainda presentes nas nossas memórias os genocídios cometidos do século XX  em nome da dita “pureza da raça “ ou das tendências políticas ou sexuais de tantos milhões de seres humanos que foram assassinados legalmente. Assistimos, também, hoje, em países que legalizaram a eutanásia, a uma deriva perigosa e gravemente ameaçadora.
5.     Não podemos aceitar que o Estado se torne nosso tutor , sobretudo nos momentos de maior fragilidade. Àquele compete, somente , criar condições  a protecção e cuidados que os mais frágeis e vulneráveis carecem.
6.     Por que razão tardam tanto, por exemplo, entre nós, a criação , em número satisfatório e acessíveis a todos, dos chamados “ cuidados paliativos” , mas    pressa  em facilitar e promover a morte de quem, quase sempre só quer aliviar o seu sofrimento psico-físico e , não raras vezes, de solidão?
7.     Como seria louvável ver o mesmo empenho em criar unidades de “ cuidados paliativos”  tal como o encarniçamento da promoção de unidades de morte !
8.     Por que razão não  se diz claramente que a suspensão da chamada “ obstinação terapêutica “ é um imperativo ser usada mas que isso não é eutanásia ?
9.     A legalização da eutanásia é mais um sintoma de uma sociedade que cada vez mais mergulha numa cultura da morte.
10.                       Assim, com este manifesto, queremos alertar todos os cidadãos para o perigo de os nossos legisladores assumirem-se como donos e promotores de uma “cultura da morte”, abrindo portas que não sabemos para que saídas vão dar. Gostaríamos de os ver mais empenhados em serem verdadeiros promotores e facilitadores de uma “ cultura da vida “.
11.                       A todos os defensores da vida humana, do seu direito fundamental que é o direito à vida e não à morte, apelamos para que se manifestem junto dos deputados do partido em que votaram, no sentido de fazerem valer o seu ponto de vista de respeito incondicional à vida e exigirem-lhes que se ocupem mais e mais decididamente em criar unidades de defesa da vida humana quer sejam os “ Centros de Apoio à Vida” quer os “ Centros de Cuidados Paliativos “.

PEQUENOS LUZEIROS!

                                                                                                                   NÃO DUVIDES! PEQUENOS LUZ...