ASSOCIAÇÃO FAMÍLIAS
MANIFESTO POR UMA CULTURA DA VIDA
1.
Sobre os portugueses está-se
exercendo uma pressão tremenda, nos meios políticos e em quase todos os média
para uma aceitação , como sinal de modernidade , da compaixão e da autonomia
pessoal ,da eutanásia e do chamado “ suicídio assistido “, tudo em nome do que
os “ lobbies” chamam , usando um eufemismo ,de “ morrer com dignidade”.
2.
É um direito de toda a pessoa humana
viver e morrer com dignidade, no respeito pelo carácter inviolável da vida
humana, direito que nada nem ninguém pode conferir, pois é-lhe inerente.
3.
O direito à vida, da concepção à
morte natural, é, igualmente , um direito irrenunciável de todos e não compete
ao legislador determinar quem tem direito a viver ou como deve morrer.
4.
A História ensina-nos , e não temos
de recuar muito , que sempre que o
Estado legisla sobre a vida e o destino de cada pessoa, tudo acaba em mal.
Estão ainda presentes nas nossas memórias os genocídios cometidos do século
XX em nome da dita “pureza da raça “ ou
das tendências políticas ou sexuais de tantos milhões de seres humanos que
foram assassinados legalmente. Assistimos, também, hoje, em países que
legalizaram a eutanásia, a uma deriva perigosa e gravemente ameaçadora.
5.
Não podemos aceitar que o Estado se
torne nosso tutor , sobretudo nos momentos de maior fragilidade. Àquele
compete, somente , criar condições a
protecção e cuidados que os mais frágeis e vulneráveis carecem.
6.
Por que razão tardam tanto, por
exemplo, entre nós, a criação , em número satisfatório e acessíveis a todos,
dos chamados “ cuidados paliativos” , mas
há pressa em facilitar e promover a morte de quem,
quase sempre só quer aliviar o seu sofrimento psico-físico e , não raras vezes,
de solidão?
7.
Como seria louvável ver o mesmo
empenho em criar unidades de “ cuidados paliativos” tal como o encarniçamento da promoção de
unidades de morte !
8.
Por que razão não se diz claramente que a suspensão da chamada
“ obstinação terapêutica “ é um imperativo ser usada mas que isso não é
eutanásia ?
9.
A legalização da eutanásia é mais um
sintoma de uma sociedade que cada vez mais mergulha numa cultura da morte.
10.
Assim, com este manifesto, queremos
alertar todos os cidadãos para o perigo de os nossos legisladores assumirem-se
como donos e promotores de uma “cultura da morte”, abrindo portas que não
sabemos para que saídas vão dar. Gostaríamos de os ver mais empenhados em serem
verdadeiros promotores e facilitadores de uma “ cultura da vida “.
11.
A todos os defensores da vida humana,
do seu direito fundamental que é o direito à vida e não à morte, apelamos para
que se manifestem junto dos deputados do partido em que votaram, no sentido de
fazerem valer o seu ponto de vista de respeito incondicional à vida e
exigirem-lhes que se ocupem mais e mais decididamente em criar unidades de
defesa da vida humana quer sejam os “ Centros de Apoio à Vida” quer os “
Centros de Cuidados Paliativos “.
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