MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa
Senhora
Círculo Internacional Cristãos Pelo Ambiente
S. JOÃO GUALBERTO
Círculo Internacional Cristãos Pelo Ambiente
S. JOÃO GUALBERTO
MANIFESTO TERRA
NO DIA
MUNDIAL DA TERRA – 22 de Abril
A Terra não sente, não pensa, não ama, não venera e
não se preocupa, contrariamente ao que escreveu o teólogo da Teologia da
Libertação, um conhecido esquerdista e ecologista radical, Leonardo Boff. Não!
A Terra não é um ser vivo. É, simplesmente, o suporte da vida, na sua camada
mais periférica. Só.
Para um cristão,
Deus enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, para salvar o Homem, não a Terra nem
qualquer outro ser vivo que não o Homem. É bom termos sempre presente que, na
Terra, o cume da criação é precisamente o Homem.
A Terra também não é uma deusa, GAIA, como
este ( teólogo?!) pretende. Isso é paganismo. Só há um Deus, omnipotente,
senhor e criador do céu e da terra, do mundo visível e do invisível. A Terra é
uma criatura do Criador e, por isso, porque é obra do Criador, merece o nosso
cuidado e a nossa guarda respeitosa.
Toda a agressão
contra a vida (verdadeiro biocídio), que é criação de Deus, é uma agressão ao
Criador, Deus. Quando se agride a Terra e o que nela existe, praticamos um
geocídio, pecado grave contra o Criador. O Criador é que é o centro, fonte e
origem das criaturas. Nestas, o Homem tem um lugar especial, única criatura,
criada à imagem e semelhança de Deus. Será bom, até para cuidarmos bem da
Terra. Citando o mesmo Papa ( in “Evangelium vitae”,nº34): « Confirma-se assim
o primado do homem sobre as coisas: estas estão ordenadas ao homem e entregues
à sua responsabilidade, enquanto por nenhuma razão pode o homem ser subjugado
pelos seus semelhantes e como que reduzido ao estatuto de coisa».
Quando se retira
Deus, o Criador, da nossa vida de humanos, rompem-se os equilíbrios ecológicos.
E só há verdadeira Ecologia quando esta integra o Homem. Se este passa a ser
entendido como o grande inimigo do meio ambiente, a humanidade desumaniza-se. A
humanidade sofre, assim, com essas agressões. Estas são o produto do seu
egoísmo, do seu egoísmo descentrado. Quando a humanidade, como nos nossos dias,
centra o seu agir e viver só sobre si e tudo o que a envolve faz rodopiar sobre
si, para satisfazer a sua egolatria, torna-se ecocida e, consequentemente,
geocida.
A poluição atmosférica, o abuso que fazemos
da Natureza atentando contra os diferentes ecossistemas, entre outras causas,
explicam alguns desequilíbrios e males de que hoje sofremos. Só tornando a
nossa relação com o Ambiente, tendo Deus no centro das nossas vidas e das
nossas relações com a Natureza, a criação, será reequilibrada. S. João Paulo
II, Magno, deixou-nos estas palavras sábias na Exortação Apostólica Pós-Sinodal
“ ECCLESIA IN EUROPA” (nº 89), referindo-se aos maus tratos dados à Terra pela
humanidade: « … não se pode esquecer que às vezes é feito um uso indevido dos homens da terra. De facto, faltando à sua
missão de cultivar e guardar a terra com sabedoria e amor (cf.Gn2,15), o homem
tem em muitas regiões devastado bosques e planuras, poluído as águas, tornado
irrespirável o ar, alterado os sistemas hidrogeológicos e atmosféricos e
desertificando imensas extensões.
Neste caso, servir
o Evangelho da esperança significa empenhar-se de modo novo num correcto uso
dos bens da terra, estimulando uma atenção tal que, além de tutelar ao habitat
naturais, defenda a qualidade da vida das pessoas, preparando para as gerações
futuras um ambiente mais harmonioso com o projecto do Criador.»
Nós, os homens, porque sentimos, pensamos,
amamos, veneramos e preocupamos e, sobretudo, adoramos a Deus podemos e devemos
alterar o ritmo malfazejo que causa mal estar na Terra e a danifica. Assim,
usando as palavras de S. João Paulo II, Magno, serviremos o EVANGELHO DA ESPERANÇA.
Estaremos deste modo, na nossa missão de estar ao serviço da NOVA
EVANGELIZAÇÃO.
Quando
privilegiamos o lucro rápido e desmedido que podemos retirar da Terra em
detrimento de uma saudável exploração dos seus recursos e perdemos a capacidade
de nos encantarmos com o canto das aves, as cores das flores, o serpenteado de
um rio, o fragor das ondas do mar, a beleza de um cristal que brilha e refulge
à luz do Sol ou não somos capazes de nos deixarmos fascinar pela beleza
nocturna de um céu estrelado… então, a humanidade, todos nós, desumanizamo-nos
brutalmente. É então, quando perdemos esta capacidade de olhar e escutar a
criação, que nos tornamos predadores vorazes e brutais destruidores da
Natureza. A avidez do lucro egoísta torna-nos
insensíveis aos dons da criação e, consequentemente, seus delapidadores
agressivos e destruidores. A insensibilidade face à beleza da criação sejam
rochas, plantas, trovões, riachos ou animais, faz de nós “ máquinas
trituradoras” do Belo, de Deus, que afastamos e ignoramos para sermos “
livremente” ainda mais demolidores desta Terra onde nos foi dado viver, porque
Ele se torna incómodo nas Suas criaturas que nós não respeitamos mas de que nos
tornamos meros destruidores.
Quando cada um de
nós não sente a Terra como seu habitáculo transitório e de que só somos
gestores efémeros;
Quando cada um de
nós não pensa que não é o dono da criação;
Quando cada um de
nós não ama a Terra respeitando como um palco onde somos actores transitórios;
Quando cada um de
nós não se preocupa em usar com “ conta, peso e medida” dos bens da terra que
estão á nossa disposição;
Quando cada um de
nós não adora o Criador como o único autor que fez o céu e a terra e tudo o que
nela existe, passando a venerar as criaturas, invertendo a hierarquia natural e
espiritual …
… Então a humanidade
está trabalhar para o seu fim. É isto que nós todos queremos?
O Presidente do
Círculo Internacional Cristãos pelo Ambiente S. João Gualberto
Eng. Mário Silva
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