quarta-feira, 22 de abril de 2020


MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora 
Círculo Internacional Cristãos Pelo Ambiente
 S. JOÃO GUALBERTO
                                            
                                
    
                                                         MANIFESTO TERRA
                                         NO DIA MUNDIAL DA TERRA – 22 de Abril

    A Terra  não sente, não pensa, não ama, não venera e não se preocupa, contrariamente ao que escreveu o teólogo da Teologia da Libertação, um conhecido esquerdista e ecologista radical, Leonardo Boff. Não! A Terra não é um ser vivo. É, simplesmente, o suporte da vida, na sua camada mais periférica. Só.
     Para um cristão, Deus enviou o Seu Filho, Jesus Cristo, para salvar o Homem, não a Terra nem qualquer outro ser vivo que não o Homem. É bom termos sempre presente que, na Terra, o cume da criação é precisamente o Homem.
     A Terra também não é uma deusa, GAIA, como este ( teólogo?!) pretende. Isso é paganismo. Só há um Deus, omnipotente, senhor e criador do céu e da terra, do mundo visível e do invisível. A Terra é uma criatura do Criador e, por isso, porque é obra do Criador, merece o nosso cuidado e a nossa guarda respeitosa.
    Toda a agressão contra a vida (verdadeiro biocídio), que é criação de Deus, é uma agressão ao Criador, Deus. Quando se agride a Terra e o que nela existe, praticamos um geocídio, pecado grave contra o Criador. O Criador é que é o centro, fonte e origem das criaturas. Nestas, o Homem tem um lugar especial, única criatura, criada à imagem e semelhança de Deus. Será bom, até para cuidarmos bem da Terra. Citando o mesmo Papa ( in “Evangelium vitae”,nº34): « Confirma-se assim o primado do homem sobre as coisas: estas estão ordenadas ao homem e entregues à sua responsabilidade, enquanto por nenhuma razão pode o homem ser subjugado pelos seus semelhantes e como que reduzido ao estatuto de coisa».
    Quando se retira Deus, o Criador, da nossa vida de humanos, rompem-se os equilíbrios ecológicos. E só há verdadeira Ecologia quando esta integra o Homem. Se este passa a ser entendido como o grande inimigo do meio ambiente, a humanidade desumaniza-se. A humanidade sofre, assim, com essas agressões. Estas são o produto do seu egoísmo, do seu egoísmo descentrado. Quando a humanidade, como nos nossos dias, centra o seu agir e viver só sobre si e tudo o que a envolve faz rodopiar sobre si, para satisfazer a sua egolatria, torna-se ecocida e, consequentemente, geocida.
       A poluição atmosférica, o abuso que fazemos da Natureza atentando contra os diferentes ecossistemas, entre outras causas, explicam alguns desequilíbrios e males de que hoje sofremos. Só tornando a nossa relação com o Ambiente, tendo Deus no centro das nossas vidas e das nossas relações com a Natureza, a criação, será reequilibrada. S. João Paulo II, Magno, deixou-nos estas palavras sábias na Exortação Apostólica Pós-Sinodal “ ECCLESIA IN EUROPA” (nº 89), referindo-se aos maus tratos dados à Terra pela humanidade: « … não se pode esquecer que às vezes é feito um uso indevido dos homens da terra. De facto, faltando à sua missão de cultivar e guardar a terra com sabedoria e amor (cf.Gn2,15), o homem tem em muitas regiões devastado bosques e planuras, poluído as águas, tornado irrespirável o ar, alterado os sistemas hidrogeológicos e atmosféricos e desertificando imensas extensões.
    Neste caso, servir o Evangelho da esperança significa empenhar-se de modo novo num correcto uso dos bens da terra, estimulando uma atenção tal que, além de tutelar ao habitat naturais, defenda a qualidade da vida das pessoas, preparando para as gerações futuras um ambiente mais harmonioso com o projecto do Criador.»
      Nós, os homens, porque sentimos, pensamos, amamos, veneramos e preocupamos e, sobretudo, adoramos a Deus podemos e devemos alterar o ritmo malfazejo que causa mal estar na Terra e a danifica. Assim, usando as palavras de S. João Paulo II, Magno, serviremos o EVANGELHO DA ESPERANÇA. Estaremos deste modo, na nossa missão de estar ao serviço da NOVA EVANGELIZAÇÃO.
     Quando privilegiamos o lucro rápido e desmedido que podemos retirar da Terra em detrimento de uma saudável exploração dos seus recursos e perdemos a capacidade de nos encantarmos com o canto das aves, as cores das flores, o serpenteado de um rio, o fragor das ondas do mar, a beleza de um cristal que brilha e refulge à luz do Sol ou não somos capazes de nos deixarmos fascinar pela beleza nocturna de um céu estrelado… então, a humanidade, todos nós, desumanizamo-nos brutalmente. É então, quando perdemos esta capacidade de olhar e escutar a criação, que nos tornamos predadores vorazes e brutais destruidores da Natureza. A avidez do lucro egoísta torna-nos  insensíveis aos dons da criação e, consequentemente, seus delapidadores agressivos e destruidores. A insensibilidade face à beleza da criação sejam rochas, plantas, trovões, riachos ou animais, faz de nós “ máquinas trituradoras” do Belo, de Deus, que afastamos e ignoramos para sermos “ livremente” ainda mais demolidores desta Terra onde nos foi dado viver, porque Ele se torna incómodo nas Suas criaturas que nós não respeitamos mas de que nos tornamos meros destruidores.
   Quando cada um de nós não sente a Terra como seu habitáculo transitório e de que só somos gestores efémeros;  
   Quando cada um de nós não pensa que não é o dono da criação;
   Quando cada um de nós não ama a Terra respeitando como um palco onde somos actores transitórios;
   Quando cada um de nós não se preocupa em usar com “ conta, peso e medida” dos bens da terra que estão á nossa disposição;
   Quando cada um de nós não adora o Criador como o único autor que fez o céu e a terra e tudo o que nela existe, passando a venerar as criaturas, invertendo a hierarquia natural e espiritual …
   … Então a humanidade está trabalhar para o seu fim. É isto que nós todos queremos?

O  Presidente do Círculo Internacional Cristãos pelo Ambiente S. João Gualberto

Eng. Mário Silva


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