“ Laetare felix Cistercium! “ - Alegra-te oh feliz Cister!
Alegrem-se os filhos de Cister em 26 de Janeiro!
Sim, é de grande alegria cantar o nascimento da Ordem de
Cister, filha de S. Bento, onde brilhou, como sol, o nosso Pai S. Bernardo,
comemorando os seus três santos fundadores: Albérico, Roberto e Estevão. São
estes santos que celebramos a 26 deste mês de Janeiro. Com eles, a Regra de S.
Bento passa a ser vivida de uma forma mais fielmente austera.
Stos Albérico, Roberto e Estevão deram início a uma das mais
célebres e decisivas reformas do modo beneditino de viver a Regra do Santo Pai
e Padroeiro da Europa. Deixando Molesmes, em 1098, procuraram, na austeridade, aprofundar o
carisma de S. Bento num lugar inóspito chamado cistercium, Cister. Assim, pela pobreza e simplicidade de vida, que
era e é visível na brancura original da lã, na ausência da cor negra por se
recusarem a tingir o tecido dos hábitos, ou na pureza dos Ofícios litúrgicos,
nasceu Cister. Esta reforma beneditina cedo se implantou em toda a Europa. De
Norte a Sul e de Nascente a Poente, todo o território ficou marcado pela
presença dos monges brancos, os cistercienses, mais tarde, graças à influência
decisiva e notável de um jovem, Bernardo, S. Bernardo de Claraval, passaram,
também a ser conhecidos por “ monges bernardos”.
Portugal nasce com os “ bernardos” cuja presença mais
marcante foi o mosteiro de Alcobaça, alfobre de sábios, artistas ou
historiadores. Só o crime de 1834,28 de Maio, com a chamada lei do “
Mata-frades”, os cistercienses foram apagados da nossa paisagem espiritual. Na
actualidade somente uma pequena comunidade de monjas de Cister estão entre nós,
junto a S. Bento da Porta Aberta ( Rio Caldo- Terras de Bouro ) .
Inseridos nesta espiritualidade
cisterciense, desde 1975, estão em Portugal os freires da Militia Sanctae
Mariae- cavaleiros de Nossa Senhora, leigos que seguem uma espiritualidade
vincadamente mariana e beneditino-bernardiana.
“ Laetare felix
Cistercium! “ - Alegra-te oh feliz Cister! Assim, em 26 de Janeiro, podem e devem cantar
os filhos dos Santos Albérico, Roberto e Estevão, herdeiros e co-continuadores
do legado de S. Bento de Núrsia com outros carismas fundados na Regra do Santo
Patriarca, Pai do monaquismo do Ocidente.
Carlos Aguiar Gomes
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