quinta-feira, 14 de março de 2019

EUTANÁSIA ou ESCUTAR - CUIDAR – ALIVIAR – ACOMPANHAR


                                                                    SÓ HÁ DUAS OPÇÕES:

                               EUTANÁSIA ou ESCUTAR - CUIDAR – ALIVIAR – ACOMPANHAR

 

Temos que ser claros e coerentes nas nossas opções eleitorais. Não podemos votar “ porque sim!”. De que lado queremos e temos de estar, de acordo com as nossas convicções. Queremos ser intelectualmente honestos ? Ou isso é-nos indiferente?

Concretizo: as próximas eleições, para o Parlamento Europeu (Maio) e para o nosso Parlamento ( Outubro ) vão merecer de cada eleitor uma escolha séria e atenta ao que nos é proposto pelos diferentes Partidos quanto aos grandes e estruturantes valores humanos , como a DEFESA DA VIDA HUMANA ( da concepção até à morte natural); a defesa da FAMÍLIA tal como ela é naturalmente e não de acordo com as ideologias que já nos colonizaram o pensamento; a liberdade de os PAIS ESCOLHEREM O GÉNERO DE EDUCAÇÃO a dar aos seus filhos sem constrangimentos, sobretudo económicos, liberdade sonegada e que é sistematicamente negada aos Pais; o respeito pela dignidade integral da PESSOA HUMANA, HOMEM e MULHER, e não na ditadura da chamada Teoria do Género que já invadiu tudo na nossa sociedade inclusive o modo de nos exprimirmos ( os/as )…

Um das escolhas graves que vamos ter, já fomos avisados de que seria um dos primeiros debates a fazer no Parlamento de tomar vai ser entre escolher a legalização da EUTANÁSIA ou o respeito por cada Homem.

 Todos gostaríamos de ter um fim de vida com dignidade e assistidos por aqueles que nos amam e respeitam, que é o oposto da eutanásia. Esta é uma decisão IRREVERSÍVEL, a morte provocada, é bom não o esquecer nem nos deixarmos ludribiar, sem que se diga que há alternativas. Há alternativa á morte provocada e  que passa,  por ESCUTAR, CUIDAR, ALIVIAR e ACOMPANHAR os grandes sofredores que merecem uma morte digna num momento difícil e de que não podemos acelerar a irreversibilidade que é sempre a morte.

Assim, não podemos tolerar que nos enganem com sofismas de compaixão. A EUTANÁSIA é a morte provocada. Legal ou não, não podemos aceitar que não se façam TODOS os esforços para:

- ESCUTAR, que é muito mais profundo do que um simples, e tantas vezes, distraído ouvir;

- CUIDAR, que é tratar com desvelo, e não ministrar medicamentos como quem dá milho a galinhas;

- ALIVIAR, que é minorar ao máximo o sofrimento, sem encarniçamento desmesurado;

- ACOMPANHAR, que é estar com, com atenção, com amor, com palavras, com olhares cúmplices e gestos plenos de ternura que façam sentir que estamos com o sofredor como aquele momento, aquele segundo, fosse o último antes da despedida da viagem sem regresso.

Por isso, nas próximas eleições vamos ver quem se compromete a alargar as poucas unidades de cuidados continuados/paliativos, mais humanizados, onde cada pessoa seja cuidada como se ela fosse a única a merecer a nossa atenção.

Queremos mesmo cuidados e cuidadores humanos, responsáveis, dedicados e atentos?

Será essa a nossa exigência face aos candidatos a deputados?

Vamos fazer-lhes sentir que, uma vez eleitos, terão de ter consciência que nos representam e não que se representam a eles próprios e aos ideólogos que os manobram como quem manobra marionetas!

Votar, parece um acto simples: descarregar um quadrado de papel impresso com nomes. Mas não! Votar é um acto muito sério, talvez o mais sério de qualquer verdadeira DEMOCRACIA. Só votando seriamente e com seriedade não deixaremos decair um bem precioso que é a nossa liberdade de decisão.

Afinal, qual será a minha opção, a opção de cada um de nós: a VIDA ou a MORTE?

 

Carlos Aguiar Gomes

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