Sexo: nasço com ele
ou constroem-mo?
“ On ne naît pas femme, on
le devient” ( Simone de Beauvoir)
Confesso publicamente, o que nunca pus em
dúvida, que nasci sexuado, como toda a gente : na morfologia, na herança
cromossómica, na bioquímica … Nasci assim, porque pertenço a uma espécie, Homo sapiens, que é gonocórica ( tem o sexo em indivíduos
distintos contrariamente aos hermafroditas) quer se queira quer não. Assim, na
nossa espécie, é-se por nascimento, macho ou fêmea. E não há machos que são
fêmeas ou fêmeas que são machos Além disso, e para sublinhar esta
característica , a nossa espécie apresenta um dimorfismo sexual nítido. A
Natureza tem destas coisas. E são factos científicos que só obscurantismo
ideológico quer dizer e impor o contrário.
Na
espécie humana ou se nasce homem ou mulher, que é assim que chamamos ao macho e
à fêmea desta espécie. E não são os olhares dos outros ou as diferentes
culturas que nos tornam machos e fêmeas.
“ Não se nasce mulher, tornamo-nos mulher”,
segundo a bem conhecida frase da existencialista francesa, companheira de outro
existencialista francês, Jean Paul Sartre. A mesma autora que assinou um
manifesto, “ A Idade da Razão”, em que se defendia que não deveria haver idade
mínima para se consentirem relações sexuais, uma verdadeira apologia da agora
tão falada pedofilia que em Simone de Beauvoir e comparsas não
merecem reprovação ( se fossem padres ou freiras, outro galo cantaria!).
Nasce-se mulher.
Nasce-se homem.
Ser homem ou ser mulher não é um sentimento
flexível e optativo. É uma condição biológica e antropológica.
Só o desprezo pela Ciência, ignorância e
ideologia podem afirmar o contrário. Malabarismos ideológicos em moda querem
impor-nos antropologias diferentes. A guerra está declarada contra a Ciência
pela chamada “ Ideologia do Género” de que Simone de Beauvoir foi pioneira na
sua promoção.
E a moda está a impor uma cultura de “
pernas para o ar”, perante o silêncio e a aquiescência de quem nunca deveria
calar-se em denunciar este atropelo severo e subversivo da humanidade. Está já em marcha uma profunda e radical
revolução, a revolução do “ género”. Uma revolução fundada numa verdadeira
falsidade. E podemos clar e ficar indiferentes?
Não é mulher quem quer mas quem assim
nasce. Pode imitar, simular …
Não é homem quem quer mas quem assim nasce.
Pode imitar, simular …
Pode haver, e há, mulheres e homens que não
querem aceitar a sua identidade biológica e as suas consequências. Tal não
modifica a sua identidade biológica ( já
alguém viu uma mulher com cancro na próstata ou homem com cancro no
útero?), as suas hormonas, a distribuição dos pelos… Bem sei que as
preferências pelo exercício e prática sexuais podem ser diferentes dos que lhe
são inerentes, mas isso são práticas que contrariam a natureza e as trocam por
prazeres e ilusão do que fingem ser: o homem e a mulher, e só eles, são
complementares do ponto de vista sexual. Basta olhar para a anatomia de cada um
como é mais do que evidente essa complementaridade. Há uma dualidade
complementar: homem e mulher. Esta dualidade é fundamento da espécie e é-lhe
inerente. Pode haver simulações, e há, mas não passam disso. A Ciência moderna
e as tecnologias médicas podem fazer muitas modificações na natureza e “
construir” outra anatomia, mas não conseguem modificar, por exemplo, a
arquitectura cromossómica e forçam artificialmente a alteração da bioquímica da
espécie. Distorcem os fundamentos da Biologia. Dizer o contrário é
obscurantismo que só a ideologia não quer ver.
Já se viu, por exemplo, o que se passa com
outros animais como o peru ou o pavão, como a diferença na dualidade tão
distinta é para a complementaridade!
Concluindo, abreviadamente: nasci homem e
não foi nem a cultura nem a educação que me fizeram homem, ajudaram-me a sê-lo
e a sentir- me bem com a minha identidade. Nem foi a sociedade e a cultura “
retrógrada” que me fizeram homem. Nasci homem. Não me tornei homem!
Carlos Aguiar Gomes
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