quinta-feira, 4 de abril de 2019

80 ANOS DE ESQUECIMENTO IMPOSTO


                                                      80 ANOS DE ESQUECIMENTO IMPOSTO

 

A Guerra Civil de Espanha terminou há 80 anos, 1 de Abril.

A intoxicação e a mentira , sobretudo nos últimos anos, tem invadido os espaços informativos ,culturais, políticos e outros de impacto (des)informativo.

De 1936 a 1939, a Espanha viveu o terror. A morte, a tortura. De um lado e de outro. Não só vítimas filo-comunistas. Há, e muitas, outras da oposição.

A grande fúria dos “ vermelhos” e afins era dedicada , de modo muito especial contra a Igreja Católica.

“ A Espanha deixou de ser católica”, foi um grito do presidente da república espanhola, Manuel Azaña, em que incitava , pelo ódio, a feroz perseguição anti-católica. Efeitos imediatos: de fevereiro a Junho de 1936, foram assassinados , por serem católicos, 269 cidadãos, 1287 foram feridos e 251 igrejas foram incendiadas e profanadas e destas 160 destruídas. Ninguém escapava: Cardeais, Bispos, Padres, Religiosas e Religiosos e muitos leigos. Ficou célebre a frase , no Parlamento, de Dolores Ibarrure, comunista, quando afirmou que “ A Espanha será feliz quando o último Padre foram enforcado nas tripas da última freira”.

 Milhares e milhares de alfaias litúrgicas, imagens, igrejas e mosteiros foram pilhados, incendiados. Milhares e milhares de religiosos e leigos foram fuzilados sem julgamento isento e democrático. Qual era o seu “ crime”? … Ser católico.

Nas casas particulares era interdito possuir qualquer símbolo religioso, a não ser clandestinamente e em segredo. Todas as igrejas foram fechadas ao culto.

Obviamente que houve respostas também violentas e pouco cristãs. Mas por que razão só se fala destas? Porque se enfatizam estes crimes como só fossem os únicos? Por que se diz, a torto e a eito, que só o lado anti-comunista é que perpetrou crimes?

As vítimas teriam sido esquecidas se não fosse a vontade e decisão de S. João Paulo II, também ele vítima dos vermelhos da sua Polónia natal, que aprovou a beatificação por razões de “ odium Christi” de que foram vítimas tantos inocentes e de que os seus sucessores, Bento XVI e Francisco, continuaram a reconhecer como mártires da Fé.

S. João Paulo II, beatificou e canonizou em 2001, 233 vítimas do ódio à Fé, em 2007, foram 498 e em 2013 522. Daí para cá, as beatificações destes mártires não têm cessado. Graças a Deus!

O Papa Francisco já beatificou centenas destes mártires. Aqui fica um, enre muitos exemplos:

«Ontem ( dia 11 de Novembro de 2017) em Madrid, foram proclamados ( pelo Cardeal Angelo Amato) beatos Vicente Queralt Lloret e 20 companheiros mártires, e José Maria Fernández Sánchez e 38 companheiros mártires. Alguns novos beatos eram membros da Congregação da Missão: sacerdotes, irmãos coadjutores, noviços; outros eram leigos pertencentes à Associação da Medalha Milagrosa», referiu-se, então, o Santo Padre e continuou: «todos foram assassinados por ódio à fé durante a perseguição religiosa que ocorreu durante a Guerra Civil Espanhola».

Foram anos sombrios e negros que a Fé de muitos ainda reluz hoje como que a mostrar-nos o Caminho, a Verdade e a Vida. É esta a luz que nos impedem de conhecer. Temos a obrigação moral de não esquecermos que durante aquele período negro de Espanha foram muitos milhares os mortos por ódio à Fé.

… E quando nos vierem com “ tretas” dos crimes cometidos pelos não comunistas, tenhamos a coragem de dizer que estes também foram vítimas e foram imensas que não podemos deixar esquecer, a bem da justiça e da verdade.

Infelizmente uma guerra é sempre um mal e arrasta um cortejo de horrores. Mas temos a obrigação de ser verdadeiros e contar a história toda.

 

Carlos Aguiar Gomes

 

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