80 ANOS DE ESQUECIMENTO IMPOSTO
A Guerra Civil de Espanha terminou há 80
anos, 1 de Abril.
A intoxicação e a mentira , sobretudo nos últimos anos, tem invadido os
espaços informativos ,culturais, políticos e outros de impacto
(des)informativo.
De 1936 a 1939, a Espanha viveu o terror. A morte, a tortura. De um
lado e de outro. Não só vítimas filo-comunistas. Há, e muitas, outras da
oposição.
A grande fúria dos “ vermelhos” e afins era dedicada , de modo muito
especial contra a Igreja Católica.
“ A Espanha deixou de ser católica”, foi um grito do presidente da
república espanhola, Manuel Azaña, em que incitava , pelo ódio, a feroz
perseguição anti-católica. Efeitos imediatos: de fevereiro a Junho de 1936,
foram assassinados , por serem católicos, 269 cidadãos, 1287 foram feridos e
251 igrejas foram incendiadas e profanadas e destas 160 destruídas. Ninguém
escapava: Cardeais, Bispos, Padres, Religiosas e Religiosos e muitos leigos.
Ficou célebre a frase , no Parlamento, de Dolores Ibarrure, comunista, quando
afirmou que “ A Espanha será feliz quando o último Padre foram enforcado nas
tripas da última freira”.
Milhares e milhares de alfaias
litúrgicas, imagens, igrejas e mosteiros foram pilhados, incendiados. Milhares
e milhares de religiosos e leigos foram fuzilados sem julgamento isento e
democrático. Qual era o seu “ crime”? … Ser católico.
Nas casas particulares era interdito possuir qualquer símbolo
religioso, a não ser clandestinamente e em segredo. Todas as igrejas foram
fechadas ao culto.
Obviamente que houve respostas também violentas e pouco cristãs. Mas
por que razão só se fala destas? Porque se enfatizam estes crimes como só
fossem os únicos? Por que se diz, a torto e a eito, que só o lado
anti-comunista é que perpetrou crimes?
As vítimas teriam sido esquecidas se não fosse a vontade e decisão de
S. João Paulo II, também ele vítima dos vermelhos da sua Polónia natal, que
aprovou a beatificação por razões de “ odium Christi” de que foram vítimas
tantos inocentes e de que os seus sucessores, Bento XVI e Francisco,
continuaram a reconhecer como mártires da Fé.
S. João Paulo II, beatificou e canonizou em 2001, 233 vítimas do ódio à
Fé, em 2007, foram 498 e em 2013 522. Daí para cá, as beatificações destes
mártires não têm cessado. Graças a Deus!
O Papa Francisco já beatificou centenas destes mártires. Aqui fica um,
enre muitos exemplos:
«Ontem ( dia 11 de Novembro de 2017) em
Madrid, foram proclamados ( pelo Cardeal Angelo Amato) beatos Vicente Queralt
Lloret e 20 companheiros mártires, e José Maria Fernández Sánchez e 38
companheiros mártires. Alguns novos beatos eram membros da Congregação da
Missão: sacerdotes, irmãos coadjutores, noviços; outros eram leigos
pertencentes à Associação da Medalha Milagrosa», referiu-se, então, o Santo
Padre e continuou: «todos foram assassinados por ódio à fé durante a
perseguição religiosa que ocorreu durante a Guerra Civil Espanhola».
Foram anos sombrios e negros que a Fé de
muitos ainda reluz hoje como que a mostrar-nos o Caminho, a Verdade e a Vida. É
esta a luz que nos impedem de conhecer. Temos a obrigação moral de não
esquecermos que durante aquele período negro de Espanha foram muitos milhares
os mortos por ódio à Fé.
… E quando nos vierem com “ tretas” dos
crimes cometidos pelos não comunistas, tenhamos a coragem de dizer que estes
também foram vítimas e foram imensas que não podemos deixar esquecer, a bem da
justiça e da verdade.
Infelizmente uma guerra é sempre um mal
e arrasta um cortejo de horrores. Mas temos a obrigação de ser verdadeiros e
contar a história toda.
Carlos Aguiar Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.