sexta-feira, 24 de maio de 2019

NÃO ME AMORDAÇAM

 


                                                                             Não me amordaçam!

                                                  Não quero! Não deixo!

 

 

Um dia destes, depois de ver o “maremoto” que causou uma infografia que a Federação Portuguesa pela Vida preparou e o Patriarcado de Lisboa usou, com o fim de compaginar o que pensam os Partidos políticos portugueses que concorrem às próximas eleições ,  com a Doutrina Social da Igreja, de sempre, sobre temas vitais , dei comigo, depois de saber que a dita infografia fora retirada que eu tinha uma solução drástica para não “ melindrar” os que defendem o aborto, a eutanásia e outras causas fracturantes : rasgar os grandes documentos da Igreja sobre os temas referidos. Deu-me uma vontade imensa de rasgar e queimar, para não deixar rastos do que pensa e ensinou a Igreja, por exemplo o Compêndio da Doutrina Social da Igreja; o Compêndio da Doutrina Católica; A “ Familiaris consortio” , a “ Evangelium vitae” e até a última Carta Pastoral dos Bispos sobre as próximas eleições ( 2 de Maio de 2019). Estes e outro documentos, convidam-nos a lutar, propor e defender as causas que deveriam ser objecto de grande  mobilização civilizacional!

“ Borram-se” de medo e retiraram a dita infografia para não ofender os defensores da “ Cultura da Morte”. Recuaram. E não está certo, de todo.

É um dever esclarecer claramente quais são as propostas dos partidos concorrentes que NÃO podem ter o apoio dos católicos. Para que o voto seja consonante com os valores que são estruturantes da nossa Cultura. Não o fazer é cobardia. Cobardia! Como não podemos dar  “ pureza”  a quem defende tenazmente  e conscientemente as impurezas ( crimes) que querem impingir… É evangélica esta expressão esquecida e « apagada» do nosso quotidiano: « que o teu si, seja sim e o teu não , seja não».

A Doutrina da Igreja sobre o Aborta, a Eutanásia e outros temas que giram à roda da “ Cultura da Morte” não são opcionais, “ à la carte”. Se for assim, calem-se os Bispos para sempre. Rasguem-se todos os documentos que não estão na onda de demolição do nosso património moral . Não percam tempo os nossos Prelados a escrever Cartas Pastorais  só para mostrar serviço, como esta última, onde se equacionam e ,claramente, indicam o que devem ser as escolhas dos católicos.

… Ou será que a “ CARTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA” ( 2 de Maio p.p.) também vai ser eliminada por indicar , por exemplo, citando o II Concílio do Vaticano: « A pessoa é e deve ser o princípio, o sujeito e o fim de todas as instituições sociais.»…. « Perante isto, exige-se até uma maior protecção do ser humano mais vulnerável, por si mesmo ou pela fase da existência por que passa: o embrião, o feto, o recém-nascido, o deficiente profundo, o demente, o doente em fase terminal. Podemos mesmo dizer que o grau de humanidade de uma civilização se pode aferir pelo cuidado com que esta  trata os seus elementos mais débeis». Assim, com toda a clareza, os nossos Bispos dão indicação de voto: votar em quem defende os mais débeis! Se não é isso que pretendiam … para gastaram tanto tempo dirigindo-se a « ajudar os católicos do nosso País e tantos outros portugueses a abraçar os principais desafios com que hoje se deparam no mundo em geral especialmente em Portugal e na Europa» ( idem).

E os nossos Bispos terminam a dita Carta com esta frase : « Com esta reflexão orientada pelos grandes princípios da doutrina social da Igreja, queremos contribuir para um melhor discernimento sobre as realidades do nosso País e da Europa, numa altura em que somos chamados a participar através do voto em eleições europeias e nacionais, visando a construção de uma sociedade mais justa e fraterna».

Mas, contra ventos e marés, há muito cristãos que são fiéis ao património de sempre no âmbito da Doutrina Social da Igreja.  E não são um « bando» de cobardes e « cagarolas». Não e não!

Não nos amordaçam! NÃO, NÃO ME AMORDAÇAM.E também não vou rasgar os grandes documentos do Magistério, politicamente incorrrectos, e que me moldaram tal como me esforço por ser: coerente no pensar e no agir na defesa da Vida e da Família.

Obrigado à Federação Portuguesa pela Vida pela citada infografia que tem como objectivo único ajudar a uma votação esclarecida e nunca manipular as nossas consciências. O voto é livre. … a cobardia também!  Eu sei de que lado tenho estado, estou e estarei: sempre pela VIDA!

 

Carlos Aguiar Gomes

 

 

 


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