domingo, 22 de dezembro de 2019

DECÁLOGO CONTRA O ALARMISMO VERDE


                                                       
                                            MILITIA SANCTAE MARIAE
             CÍRCULO INTERNACIONAL CRISTÃOS PELO AMBIENTE S. JOÃO GUALBERTO

                                  DECÁLOGO CONTRA O ALARMISMO VERDE

                                  Como deverá agir um cristão?
1.      Em primeiro lugar deve ter respeito pelo tema. Não há acordo entre os cientistas sobre as causas antropogénicas do aquecimento global.E não há acordo, portanto, sobre a oportunidade ou necessidade de provocar  mudanças custosas no comportamento humano, dado que estes não são a causa das mudanças climáticas. Uma pequena variação do aquecimento no Oceano Pacífico tem um impacto  no clima  do planeta infinitamente mais elevado   o que todas as intervenções humanas.A fé leva  o católico a usar a razão , portanto, a não passar por cima da ciência e não fazer que diga o que não disse.

2.       Segundo, o católico deve ser realista e não esconder o facto de que as supostas intervenções humanas para reduzir o aquecimento global teriam um preço muito alto. É razoável  pensar  que, portanto, há consideráveis interesses por detrás  do ênfase que existe para que se decidam estas intervenções. Se  se condena a especulação eonómica das empresas num sector, o mesmo deve fazer-se para os de outro sector. A green economy não é celestial no fundo


3.     Em terceiro lugar, o católico não deveria abandonar-se a  alarmes terroristas: recentemente o jornal “ Avvenire” ( N.T. – jornal italiano) titulou “ Última chamada para o mundo”. O milenarismo dos ecologistas conhece-se desde há muito tempo e são inumeráveis as predições  que fizeram no passado sobre o suposto colapso  do nosso planeta, sobretudo devido à sobrepopulação . Predições que não se tornaram realidade. O católico não deveria deixar-se levar por estas predições catastróficas, especialmente se não têm base científica.

4.     Em quarto lugar, a posião católica, especialmente expressa pela Santa Sé ou pelas Conferências Episcvopais, nunca devem moldar-se a decisões políticas. Deveríamos abster-nos ,por exemplo, de apressar-nos a tomar como próprias as decisões da Cimeira de Paris ou da de Katovice do ano passado ( 2018). São decisões políticas, referem-se a escolhas contingentes e complexas, corre-se o risco de se ser considerado parte. A Igreja deveria propor os grandes princípios, não aderir a soluções políticas que dividem os “ bons” dos “ maus”. Já não  o faz noutras áreas por que deveria fazê-la nesta?


5.     Quinto lugar, o católico não deveria usar a expressão “ Mãe Terra,” especialmente com maiúsculas e não dar a sua adesão aos documentos que usam esta expressão gnóstica, esotérica e idólatra. Tão pouco  deve recorrer a S. Francisco e ao seu Cântico das criaturas para este uso, que não teria nada a ver com o esoterismo. Infelizmente, sem dúvida, muitos documentos eclesiais agora usam a expressão , até ao ponto de não falar de Cristo mas da Mãe Terra.

6.     Em sexto lugar, o católico nunca deveria equiparar de imediato a                          ONU com o Bem, e qualquer conclusão  de uma cimeira da ONU a um dever absoluto para as pessoas responsáveis. Sabemos com grande certeza que as agências da ONU frequentemente levam caminhos ideológicos contrários ao verdadeiro bem do homem.A Igreja, em particular, não não amoldar-se às Nações Unidas e compartilhar a sua linguagem. Por exemplo, não  ser acrítica perante o programa de desenvolvimento da ONU até 2030. Nas cimeiras do Cairo ou de Pequim da década de 90 do século passado , a Igreja era crítica face a estas posições. E que deveria continuar a sê-lo.


7.     Sétimo, os governos nunca deveriam aceitar ordens imperativas de entidades supra-estatais sobre estes temas, porque por trás das “ directivas” dos corpos políticos supra-estatais, como por exemplo a União Europeia, há perspectivas ocultas da reação entre o homem e a natureza que podem estar equivocadas.

8.     Oitavo lugar, os católicos e muito menos a Igreja, não devem deslumbrar-se com as manifestações de rua que frequentemente são promovidas e financiadas de modo culto, incluindo quando se trata de eventos juvenis. Com as ordens guiadas e com os estudantes obrigados a sair para a rua, pode-se ser famoso, mas não correcto.



9.     Nono,quando falamos de ecologia ambiental, a Igreja e sempre os católicos devem exigir que também falemos de ecologia humana. Não só devem separar-se ambas,mas que a  ecologia humana sempre se deve antepor  ao meio ambiente.Se nem sequer falamos da luta contra o aborto, não só se torna redutor, mas também enganoso falar de uma luta pela diversidade.
10.                        Em décimo lugar, os católicos nunca deveriam falar da Natureza sem a chamar de “ criação” e nunca deveriam falar da criação sem falar do Criador. Falta a perspectiva decisiva e seria como dizer que as coisas podem estar bem sem a referência a Deus. Este contraste com o que se diz hoje na Igreja, a saber,que existe o pecado do “ecocídio”. Fala-se, mas nunca se refere o Salvador quando se trata de problemas ambientais.

Stefano Fontana ( Osservatorio Cardinal van Thuân, 12.Dez.2019)   


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