." Queridos profissionais da saúde, qualquer intervenção
diagnóstica, preventiva, terapêutica, de pesquisa, tratamento e reabilitação há-
de ter por objectivo a pessoa doente, onde o substantivo «pessoa» venha sempre
antes do adjectivo «doente». Por isso, a vossa ação tenha em vista
constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a actos de
natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem mesmo se
for irreversível o estado da doença.
Quando vos defrontais com os limites e possível fracasso da
própria ciência médica perante casos clínicos cada vez mais problemáticos e
diagnósticos funestos, sois chamados a abrir-vos à dimensão transcendente, que
vos pode oferecer o sentido pleno da vossa profissão. Lembremo-nos de que a
vida é sagrada e pertence a Deus, sendo por conseguinte inviolável e
indisponível (cf. Instr. Donum vitae, 5; Enc. Evangelium vitae, 29-53). A vida há- de ser
acolhida, tutelada, respeitada e servida desde o seu início até à morte:
exigem-no simultaneamente tanto a razão como a fé em Deus, autor da vida. Em
certos casos, a objecção de consciência deverá tornar-se a vossa opção
necessária, para permanecerdes coerentes com este «sim» à vida e à pessoa. Em
todo o caso, o vosso profissionalismo, animado pela caridade cristã, será o
melhor serviço ao verdadeiro direito humano: o direito à vida. Quando não
puderdes curar, podereis sempre cuidar com gestos e procedimentos que
proporcionem amparo e alívio ao doente." ( Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial do Doente , 11.II.2020)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.