Chorus novæ Jerusalem
Novam meli dulcedinem
Promat colens cum sobriis
Paschale festum gaudiis.
Quo Christus invictus leo,
Dracone surgens obruto,
Dum voce viva personat,
A morte functos excitat.
Quam devorarat, improbus,
Prædam refundit tartarus,
Captivitate libera
Iesum sequntur agmina.
Triumphat ille splendide
Et dignus amplitudine,
Soli polique patriam
Unam facit rempublicam.
Ipsum canendo supplices
Regem precemur milites,
Ut in suo clarissimo
Nos ordindet palatio.
Per sæcla metæ nescia
Patri supremo gloria
Honorque sit cum filio
Et spiritu paraclito.
Este hino foi composto por um dos mais célebres bispos de Chartres: Fulbert. Segundo a tradição, nasceu no terceiro quartel do séc. X, numa família pobre, e foi aluno de Gerbert d'Aurillac (futuro papa Silvestre II) tendo-se excedido nas sete artes liberais. Conselheiro de nobres e reis e promotor da paz, ainda jovem foi eleito Bispo de Chartres em 1006, sendo cónego e lente da mesma catedral havia pelo menos dois anos. Assistiu ao incêndio da quarta catedral e iniciou a construção da catedral românica, cuja Cripta subsiste até aos nossos dias.
Morreu em 1028 com fama de santidade mas nunca foi oficialmente beatificado. Isso não impediu a devoção popular de o invocar em oração durante quase um milénio. Finalmente, em 1864, foi consagrado um altar em sua honra na cripta por ele mesmo construída e, em 2004, o Cardeal Saraiva Martins inscreveu-o no Martirológio da Igreja universal.
Trata-se provavelmente do mais belo hino para o Tempo Pascal. Apesar de nunca ter sido incluído no Breviário Romano, foi amplamente utilizado por quase todas as dioceses de França. O Antifonário Cistercience indica-o como Hino para as vigílias no Tempo Pascal. De Fulbert de Chartres só nos chegou o texto escrito. A melodia, também da sua autoria, foi alterada pela transmissão oral até se cristalizar na seguinte forma:
Este texto rapidamente se difundiu por toda a comunhão anglicana até ser incluído no Book of Common Prayer. Foi aplicado a várias melodias corais até que, em 1910, o grande compositor inglês Sir Charles Villiers Stanford compôs uma partitura à altura do texto:Ye choirs of new Jerusalem,
Your sweetest notes employ,
The Paschal victory to hymn
In strains of holy joy.
For Judah's Lion bursts His chains,
Crushing the serpent's head;
And cries aloud through death’s domains
To wake th'imprison'd dead.
Devouring depths of hell
Their prey at His command restore;
His ransom'd hosts pursue their way
Where Jesus goes before.
Triumphant in His glory now
To Him all power is given;
To Him in one communion bow
All saints in earth and heaven.
While we, His soldiers, praise our King,
His mercy we implore,
Within His palace bright to bring
And keep us evermore.
All glory to the Father be,
All glory to the Son,
All glory, Holy Ghost, to Thee,
While endless ages run.
Alleluia! Amen.
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