quarta-feira, 6 de maio de 2020

MÁRTIR POR AMOR - A Igreja perseguida

Uma equipa da Fundação AIS visitouno início do anoalguns dos locais para onde fugiram estaspopulações e o cenário é realmente muito preocupante.Na província de Dori,mais de umacentena de aldeias foramabandonadas.A ameaça dos jihadistas está presente em todo olado. E é visível até nos lugares abandonados. As populações estão em fuga. Cristãos emuçulmanosmoderados não têm lugar neste novo ‘califado’ que está a ser construído nestaregião de África.Ninguém sabe exactamente como os terroristas são financiados. Ninguémsabe como compram as armas mas também ninguém duvida que são cadavezmais fortes,mais numerosos. Não é incomumhaver relatos de que as forças de segurança se têmmostrado incapazes de enfrentar os terroristas por terem pior armamento do que eles.E omedo vai fazendo o seu caminho...As aldeias esvaziam-se, as escolas ficam de portas fechadas.O deserto instala-se na região. As autoridades parecem incapazes de lidar com esta realidade.Grupos criminososOs países estão fechados nos seus próprios problemas, nas suas necessidades, mas estesgrupos armadosnão olham a fronteiras. Chegam do Mali, do Níger, do Burkina Faso, da granderegião do Sahel e erguem à sua passagem as ameaçadoras bandeiras negras do EstadoIslâmico. São grupos fundamentalistas que se financiam com o tráfico de armas, de droga, depessoas. São criminosos e não olham a meios para atingirem os seus fins.Têm sido inúmerosos incidentes contra os cristãos no Burkina Faso. Alguns são demasiadoreveladores.Porexemplo, nodia 27 de Junho do ano passado, na aldeia de Bani,homens armados fizerambuscas casa a casa à procura de cristãos. Foram identificadosapenasquatro, dois deles irmãos.Todos usavam crucifixo ao pescoço. Foram assassinados. Antes, a 15 de Fevereiro, o padresalesiano espanhol César Fernández foi morto a tiro na fronteira com o Togo.Um mês depois,foi raptado outro sacerdote junto àfronteira com o Mali. Desde então, desconhece-se o queaconteceu aoPadreJoel Yougbare.Testemunhos da barbárieJoelYougbareeramuito amigo do padre Roger Kogolo.O padre Roger pertence à diocese deDori,situadano norte do país.É uma das regiões maisatingidas pela violência das milíciasjihadistas.No início do ano, em Itália, num encontro promovido pela Fundação AIS,testemunhou o drama que se vive no seu país.“Desde o início do ano, dezenas de cristãosforam mortos porcausa dasua fé.Muitos abandonaramassuas cidades e comunidades.Hojeem dia, hámuitas pessoas deslocadas no interior do país.” Perante a crescente ameaça e osinal cada vez mais claro de que os cristãos são um dos principais alvos dos jihadistas, ossacerdotes viram-se forçados atomar medidas de protecção. O padre Roger Kogolo falamesmoemrigorosas medidas de segurança. “Nós, padres, não temos liberdade demovimento. Não podemos deixar a paróquia, não podemos viajar para determinadas regiões etemos que seguir rigorosas medidasde segurança para proteger as nossas vidas.”O BurkinaFaso está em convulsão. Ninguém sabe como esta história vai acabar, mas sabe-se que oscristãos estão na mira das armas dos terroristas. Há um ano, o padreSimeónfoi executado atiro na sua Igreja noBurkina Faso. Foi morto sem piedade. Este ano, na Quaresma, foiescolhido comoum dos heróis e mártires por amor da campanha da Fundação AIS.Paulo Aido|www.fundacao-ais.pt


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