NO 100º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE S.
João PAULO II, MAGNO
No 38º
aniversário da visita pastoral a Braga
“ Na família reside e da família, mais do que qualquer
outra sociedade, instituição ou ambiente, depende o futuro da humanidade.” ( Sameiro, 15V.1982)
Estas foram palavras ditas com determinação e coragem, pelo
Papa S. João Paulo II, Magno, no alto do Monte do Sameiro, em 15 de Maio de
1982. Palavras memoráveis. Palavras proféticas. Palavras que já se esqueceram?
S. João Paulo II, Magno, foi, sem dúvida, o Papa que ao longo da história da
Igreja mais falou e escreveu sobre a Família e a sua mensagem continua viva e
actual. Aliás, recordar este gigante do papado, é, de imediato focalizarmo-nos
em dois temas fortes do seu longo pontificado: Maria e a Família.
Em
1994, por decisão da Assembleia Geral da ONU, foi declarado o dia 15 de Maio de
cada ano como o DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA e aquele ano, como ANO
INTERNACIONAL DA FAMÍLIA. Coincidência curiosa, sobretudo para os portugueses:
o Papa de Maria e da VIDA HUMANA e da FAMÍLIA no dia 15 de Maio de 1982 veio a
Braga para falar da Família num santuário mariano que muito amamos: o Sameiro!
Não foi por acaso, em que não acredito. Foi um grito de alerta, uma voz
profética a clamar, perante muitos milhares de cristãos, do alto de um sacro
monte dedicado a Maria.
Como é actual relermos e reflectirmos sobre o que S. João Paulo II,
Magno, disse naquela altura, aos bracarenses, aos portugueses e ao mundo.
Que actualidade gritante têm, por exemplo, estas frases proferidas
naquele dia memorável:
1. « O futuro do homem é, antes de tudo, o
próprio homem. É o homem nascido do homem: de um pai e de uma mãe, de um homem
e de uma mulher.». Como pode um
cristão apoiar ideologias que contrariam o que S. João Paulo II, Magno, nos
quis transmitir, numa época em que ainda não estávamos intoxicados pela “
Teoria do Género”, dos “ casamentos” que vão arrepio da Lei Natural e do que é o
conteúdo da nossa Fé? Como se esqueceu esta mensagem , dita aqui, no Sameiro,
em Portugal sobre a maternidade e paternidade, pelo Papa que mais se dedicou e
se deu ao tema da Família. E que não foi apagada ou ultrapassada como “ guião”
para todos os homens!
2. «
… Por isso o futuro do homem decide-se na família». É aqui que o futuro se
constrói, mas ele se destrói, como estamos vendo à nossa volta, por modas que
impõem outras visões e vivências que se divulgam, «a tempo e a contra tempo»
nas leis que regulam a vida das sociedades que TODOS OS DIAS nos são impostas
por democracias de “ pensamento único”, quais ditaduras encarniçadamente
vocacionadas para destruir a Família em todos os campos da vida social, económica
ou cultural… Basta olhar ao nosso redor!
3. « … Esta é uma verdade evidente e, não
obstante, é também uma verdade ameaçada.». Sim, caros amigos leitores,
nunca a verdade sobre a Família foi tão ameaçada, atacada e vilipendiada. E até
nos “ arranjam” categorias de famílias, para baralhar os nossos espíritos e o
nosso entendimento. Por exemplo, quantos de nós, referindo-nos à Família, no
conceito inscrito na nossa natureza e na vontade do Criador, dizemos « Família
tradicional» em oposição a comunidades humanas em moda que , por exemplo,
prescindem do pai ( homem) ou dos laços do casamento? A Família não é
tradicional, com toda a carga pejorativa que deste modo a carregam, em oposição
a « novos modelos de família» . A Família é … a Família. E não precisa de qualquer
qualificativo.
4. « … Por isso a família, na atmosfera
actual do mundo – especialmente do mundo “rico”, do mundo da “ elevada
civilização material” – está ameaçada. Ela permanece, contudo, a fonte da
esperança do mundo. É nela que, apesar de tudo, se decide o futuro do homem; e
– seja-me permitido concretizar – do homem em Portugal, empenhado em consolidar
as bases sobre as quais assentam o progresso, a concórdia e a paz».
No ano em que se celebra o primeiro
centenário do nascimento de S. João Paulo II, Magno ( 18.V. 2020) , o 25º
aniversário da Encíclica « EVANGELIUM VITAE» ( 25 de Março) e o 38º aniversário
sua da vinda a Braga, aqui fica, em jeito de homenagem este insignificante
artigo, mas escrito com a memória e a gratidão do coração. Os extraordinários
ensinamentos que S. João Paulo II, Magno, nos legou não morrem, não deixaremos!
Não contém comigo.
Carlos Aguiar Gomes
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