A fé cristã abre para o universo ilimitado e incondicionado do dom, é Graça de Deus irrompendo na própria vida e nos relacionamentos humanos. Esta abertura consciente ao amor misericordioso de Deus permite que o anseio de reconciliação que habita no coração humano, que está presente na sociedade e cultura atuais, não corra o risco de permanecer utopia e desejo impossível, ou de ficar aprisionado pelo irremediável, pelo inexpiável, pelo irreparável, pelo imprescritível, imperdoável e irreconciliável.
O ministério da reconciliação, confiado à Igreja, supõe as condições psicológicas para que haja relações humanas positivas, mas tem algo de singular e que se concretiza numa relação ministerial: feita em primeira pessoa, mas em nome de um Outro (Deus) e a favor de um outro (ou outros). Este ministério exige uma tríplice fidelidade: Àquele que nos chama e envia, presente na Sua palavra e nos Seus sinais, devendo ser transparência da Sua misericórdia e do Seu perdão; ao outro a quem se deve servir e acolher incondicionalmente; a si próprio, pois o ministro está ativo e a participar com todas as suas capacidades. ( Dom NUNO ALMEIDA, Bispo Auxiliar de Braga)
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