domingo, 23 de agosto de 2020

Meditando o Evangelho do 21º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Mt 16,13-20)
Jesus nos pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 

Esta pergunta talvez não requer de nós uma resposta imediata, mas talvez requer de nós um voltar a nós mesmos e procurarmos conhecer Jesus Cristo no silêncio de nosso coração humano, por sinal, além de limitado bastante tumultuado pelo grande ruído do mundo.
Antes de responder, talvez nos seja interessante em retirar-nos de cena por um período suficiente para aquietar a nossa alma e o nosso coração e, então, buscar a resposta por meio da oração filial, da diligente leitura orante das Sagradas Escrituras e do estudo consciente e humilde da Fé Católica, Mãe e Mestra da Verdade.
É muito difícil conhecer Jesus em toda a sua extensão, mas o Espírito Santo nos mostra quem Ele É, nos dá não somente a conhecê-Lo, mas de amá-Lo e admirá-Lo de forma muito verdadeira.
Jesus nos fala ao nosso coração batizado em seu amor deste a nossa infância, quando Ele nos quis para Si e desde então esteve conosco todos os dias, em todos os momentos de nossa vida, a qual às vezes julgamos ser uma vida pequena e muitas vezes a temos por uma vida infeliz, justamente por não acompanhar Aquele que caminha conosco, que nos quer, que nos deseja, que nos ama e nos faz amar a vida para além das tristezas e para além do espaço e do tempo, para além de nossas inconstâncias e para além de nossas infelizes infidelidades a Deus e ao próximo. Ele está conosco e Sua força também está conosco.
Sabendo disso, sim, Jesus está aqui e agora comigo, Dele recebi a Sua força para que eu fosse forte na fé e resistente mesmo nas adversidades. Que intuição é essa que mesmo longe do Caminho do Senhor ainda conseguimos confiar Nele e Nele esperar um novo alento, uma nova inspiração e a salvação eterna?
Pedir-Lhe perdão é uma ótima forma de sentir o Senhor sorrir para nós, de restaurar-nos como fomos por Ele sonhados, desde a criação do mundo, desde a salvação que Ele nos deu por meio de sua dolorosa Cruz e fez novas todas as coisas… ali também Ele concebia nós e nossa vida de uma forma única e verdadeira.
Abandonar-se silenciosamente no Amor de Jesus, de forma discreta, quase secreta e Nele esperar até que O sintamos, O respiramos e Nele nos inspirarmos e sentirmos tão grande e inexplicável amor.
Retirar-nos silenciosamente com o Senhor, com as orações e os afagos de Maria Santíssima, nossa Mãe comum pela graça de Deus. Estar em Deus, esperar em Deus, sentir o amor infinito do Senhor, deixar que o Espírito Santo nos ilumine, pela nossa vontade de conhecer o Cristo, esperando o tempo de Deus.
Em meios a orações e esperas, em meio ao Sumo Bem e à Divina Misericórdia, conheceremos a Sagrada Face de Nosso Senhor e então poderemos ouvir a Sua pergunta: “E você, quem dizes quem eu sou?” – e respondê-la agradecidos e cheios de um inexplicável amor: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Nosso Senhor, o Nosso Salvador, Aquele que sempre esteve conosco, o Deus que nos ama de verdade e nos deseja da mesma forma como fomos concebidos e como somos conhecidos em seu Eterno Amor!”

João Batista Passos, Cavaleiro de Nossa Senhora

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