quinta-feira, 13 de agosto de 2020

« … Os filhos não podem ter educação sexual…»

 

                                          « … Os filhos não podem ter educação sexual…»

 

   Maria João Rodrigues, Economista  escreve às 4.ªas feiras no Público. Assim fez a 29 de Julho p.p. , na página 8. Esquerda. O título do seu artigo, completo, era : « As mortes não são racistas, os filhos não podem ter educação sexual e o país do bafio».  Um título comprido. Vou contraditar a dita senhora pois nestas semanas tem havido esforços para manter um país amordaçado e de pensamento único. Não pelo racismo que existe e sempre considerei perverso e um sinal de ignorância e de malvadez. Também acho, como a dita articulista, que o país, o dela e o meu, cheira  cada vez mais a falta de arejamento mental, pois cada vez mais querem enclausurarem-nos muna jaula de aparente liberdade de pensamento mas de pensamento único, tipo fascizante ou estalinista. E esta senhora, qual polícia do pensamento, contrariando a nossa Constituição ( art. 43, nº2, que diz, com total clareza:

    “O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”  , ou seja, o Estado não é o educador das crianças e jovens, como acontece em regimes totalitários que a articulista defende .

  Maria João Rodrigues deve saber  que “ NÃO HÁ EDUCAÇÃO NEUTRA” ( Paulo Freire). Não há nem pode haver. A neutralidade educativa pode aplicar-se, somente, a áreas técnicas, onde se instrui (não é o mesmo que educa!). E sabe que a educação sexual não é dizer às crianças e jovens como se coloca o preservativo, se aborta, se têm relações sexuais e com quem…

  Conheço Artur Mesquita Guimarães e sua Mulher. Sei, tenho a certeza, porque os conheço e aos filhos, há muitos anos, que na sua família se fala de tudo e a tempo. Que não há temas tabus. Sei, porque conheço esta família e quais os valores que têm O DIREITO de transmitir aos seus filhos e sei que não admitem, e muito bem, que o Estado não é o educador dos seus filhos.

   Sei que nesta família, como, felizmente, em muitas outras, se dialoga com calma e serenidade sobre tudo e todos os assuntos. E sei que estes pais, e muitos mais, sentem que é seu DEVER e DIREITO esclarecer a sua prole sempre que são solicitados ou quando acham que já chegou o momento de falar com os filhos sobre TODOS os assuntos, tarefa que a articulista remete para os professores, em nome do Estado educador!

  Como se pode dar aulas sobre os temas ligados à sexualidade ou à Teoria do Género (uma Teoria!) sem veicular valores?

   A articulista, que escreveu na página da esquerda, tem o seu ponto de vista que respeito mas NÃO ACOLHO porque sou um democrata e defendo, no uso da liberdade com que vivo e quero continuar a viver, que o Estado não pode nem deve ser o Educador do Povo. Está contra a nossa Constituição e contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esta, nomeadamente diz:

« Artigo XXVI  3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do género de instrução que será ministrada  a seus filhos.»

   Sabe deste Artigo da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS a articulista Maria João Rodrigues, que escreveu na página da esquerda? Sabe, sabe! Mas prefere ignorar por razões que só ela sabe. E como vivemos num país democrático, que subscreveu a atrás citada Declaração Universal, e dentro do pluralismo que nos assiste, estes pais, que ridicularizou no citado artigo do Público, na página da esquerda, têm todo o direito de pensar de modo diferente. Terá de admitir, a bem da democracia e dos direitos humanos, que há cidadãos que não leem  pela sua cartilha, nem querem e têm  esse  direito que não lhe foi outorgado pela articulista escreveu no Público, na página da esquerda.

  Como cidadão, dou todo o meu apoio a esta família perseguida por um Estado arrogante, totalitário e que não admite que é aos pais que compete educar os filhos. A liberdade está ameaçada pelo “ pensamento único”. Não podemos admitir que os burocratas do Ministério da Educação se armem em tutores doas crianças e jovens, sobretudo quanto têm pais esclarecidos e sabem muito bem quais são os seus direitos.

Não podemos deixar que este país, Portugal, se transforme num ” país de bafio” com todos os países de regimes totalitários.

Carlos Aguiar Gomes

 

 

 

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