quarta-feira, 2 de setembro de 2020

HINO do Ofíciio de Leituras - 31 de Agosto

 HINO

Que salmos ou que versos cantaremos 
Em teu louvor, ó Luz imensa e pura, 
Luz de quem o Sol claro e quanto vemos 
Recebe luz e graça e formosura? 
Que louvores tão novos Te daremos, 
Ó Criador de toda a criatura, 
Que nunca ouvidos fossem, nunca ditos 
Em palavras, em cantos, em escritos?

Falta o sentido, fica a língua muda, 
Se tratar teus louvores imagina; 
Então diz menos quanto mais estuda, 
E quanto mais se alteia mais declina. 
A ciência humana mais aguda 
É ignorância cega ante a divina; 
Só o amor Te louva, só Te obriga, 
Ó beleza tão nova e tão antiga.

Beleza donde nasce e se deriva 
Quanta beleza têm as coisas belas: 
Ó beleza incriada, eterna, altiva, 
Invisível em Ti, visível nelas, 
A Ti só louve toda a coisa viva, 
A Terra, o Céu, o Sol, Lua, e estrelas: 
E quem Te quiser dar maior louvor, 
Maior parte Te dê do seu amor.

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