quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

S. José – modelo para os homens crentes de hoje

 

S. José – modelo para os homens crentes de hoje

                 NO ANO LEPANTO

 

 No dia 8 de Dezembro passado, o Papa Francisco publicou uma oportuna e notável (corajosa, também) Carta Apostólica – PATRIS CORDE – retomando a quase perdida devoção, tão antiga, a S. José .

  Deixo ao Papa a explicação do porquê desta Carta Apostólica. São suas estas palavras:

« O objectivo desta carta apostólica é aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo.».

   São três , pois, as razões invocadas pelo Papa:

1.      AUMENTAR O AMOR por este grande santo;

2.       sentirmo-nos IMPELIDOS

3.       a IMITAR as suas virtudes e desvelo.

Ou seja, o Papa quis aconselhar a aumentar o amor para com S. José para nos sentirmos impelidos a imitar as suas virtudes e o seu desvelo para com Maria Santíssima, Jesus e, assim, pelo próximo. E porquê?

«Com efeito, a missão específica dos Santos não é apenas a de conceder milagres e graças, mas de interceder por nós diante de Deus, como fizeram Abraão[26] e Moisés,[27] como faz Jesus, «único mediador» (1 Tm 2, 5), que junto de Deus Pai é o nosso «advogado» (1 Jo 2, 1), «vivo para sempre, a fim de interceder por [nós]» (Heb 7, 25; cf. Rm 8, 34).»

  Uma Carta Apostólica é um documento pontifício, escrito, sem ser de modo solene, enviado à Igreja, Povo de Deus, no exercício do Magistério ordinário de um Papa. É o caso deste recente documento pontifício que o Papa, enquanto tal, envia ao mundo católico um ensinamento recordando o que a Tradição , fiel às Escrituras, nos transmitiu e chegou até nós, neste caso, por abastardamento do ensino catequético geral foi perdendo vigor e entusiasmo.

  Em PATRIS CORDE, as duas primeiras palavras latinas, a língua oficial da Igreja, e que significam “ Com coração de Pai”, o Papa releva , de uma forma muito explícita o papel de S. José como Pai de Jesus, mas , também, como Esposo de Maria Santíssima e de S. José como modelo para os pais de hoje.

 Como podemos apoiar-nos em S. José, nós cristãos deste século pós-cristão, ele que é uma espécie de dobradiça ( palavras do Papa) entre o Velho Testamento e o Novo Testamento?

Talvez ouse indicar pistas que me podem servir de “ bengala” para chegar a imitar, com humildade, S. José e que partilho com os têm a paciência de me ler:

1.      Estou  atento ao sopro do Espírito Santo, como sempre esteve S. José, que não se cansa nem perde a paciência face à minha surdez espiritual. Que me diz? Como me fala? Que me sugere?

2.      Serve-me de exemplo, que sou Pai, na minha relação com a minha Esposa e filhos? A solicitude pronta e sem discutir com que sempre, e como narram os Evangelhos, S. José serviu, com humildade o Jesus que lhe foi confiado à maneira de Pai e Sua Mãe, a Virgem Puríssima, tomo-o como modelo?

3.      Como sirvo, « a humilde Serva do Senhor», a Virgem Santíssima, pela oração, imitação e caminho para o Redentor, Ela que foi o “ primeiro sacrário da Terra”? Imito S. José, seu Esposo, sempre atento e servidor, mesmo nas situações difíceis da vida. Serve-me o seu exemplo, que sou Pai, para com a minha Esposa e filhos?

4.      Como aceito o trabalho que me sustenta, sustenta a minha família e me realiza como Pessoa Humana? Consigo e esforço-me por fazer do meu trabalho uma forma de oração, viva, eficaz e contagiante junto dos meus companheiros?

 

Esta Carta Apostólica merece uma leitura séria divulgação, sobretudo nas datas em que, tradicionalmente, festejamos S. José (o Dia do Pai – 19 de Março – o Dia de S. José Operário – 1 de Maio ou, por exemplo, na preparação para a casamento ou em reuniões de pais de preparação para recepção da Confirmação).

 

Carlos Aguiar Gomes

 

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