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Há poucas horas atrás, os “representantes do povo???” no Parlamento Português aprovaram na especialidade, o diploma que legaliza a prática da eutanásia, que contou com os votos favoráveis do PS, BE e PAN, o voto contra do CDS-PP e PCP e abstenção do PSD.
Não está aqui em causa a aprovação do diploma em questão (eu digo sim à VIDA), pois os deputados podem aprovar o que muito bem entenderem e fazem-no, muitas vezes, contra aquilo que prometem em campanhas eleitorais. O que está em causa é o momento escolhido para a aprovação de uma lei que vai permitir a legalização da morte a pedido…
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© iStock
Numa altura em que a Humanidade sofre os efeitos de uma grave pandemia, que atinge a todos sem excepção, sobretudo os mais idosos, numa altura em que a grande maioria dos hospitais está a atingir os limites da sua capacidade e com os profissionais de saúde completamente exaustos. Num dia em que Portugal regista 13544 novos casos, o segundo registo mais alto de sempre, e conta com 5630 pessoas internadas, mais 137 do que no dia de ontem e 221 mortes, atingindo assim um novo máximo diário.
Numa altura em que Portugal é o país (até ao dia de ontem) com mais novos casos de Covid no mundo e é o segundo nas mortes (por milhão de habitantes).
Numa altura em que a Agência europeia alerta para risco “muito elevado” de contágio das novas variantes do SARS-CoV-2, susceptíveis de levar a taxas mais elevadas de hospitalização e morte em todos os grupos etários, mas sobretudo para os grupos etários mais velhos ou com comorbidades
Numa altura em que as mortes por covid-19 atingem novos máximos, e em que os internamentos hospitalares aumentaram 84% desde o início do ano.
A votação deste diploma podia e devia ter sido adiada, pois perante uma pandemia, a resposta nunca é a morte, mas sim a VIDA.
Não contentes com a falta de sensibilidade demonstrada pelo momento que atravessamos, os senhores deputados preparam-se para no próximo dia 29 de Janeiro procederem à votação final global deste diploma.
Que pena não se aplicar aos deputados o dever de confinamento que se exige que os cidaãos cumpram!
Numa altura em que as famílias portuguesas estão em sofrimento e alheias ao que se passa extra pandemia, designadamente ao que é aprovado na AR, eis que é aprovado este diploma.
“O povo é quem mais ordena” não tem qualquer valor para aqueles que se dizem seus representantes, pois em Outubro passado, rejeitaram uma iniciativa popular de referendo sobre a eutanásia.
Tenham vergonha senhores deputados, pois prestaram um mau serviço ao país!
José Aníbal Marinho
Cavaleiro da Milícia de Santa Maria - Portugal
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