Ouvimos esta manhã, na Epístola da Missa, esta interpelação de S. Paulo:
«Se Deus está por nós, quem estará contra nós? Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas? Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica? E quem os condenará, se Cristo morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?» (Rom 8, 31b-3)
No terceiro acto da sua obra maior, a oratória "O Messias", Händel coloca este mesmo texto em música:
Como as muitas óperas ao estilo italiano que Händel compôs em Londres, "O Messias" divide-se em três actos:
- A profecia e consumação do plano de Deus para redimir a humanidade pela sua Encarnação.
- O cumprimento dessa redenção pelo Sacrifício de Cristo na Cruz, rejeitado pelos homens, e o derradeiro triunfo de Cristo sobre o mundo.
- Uma acção de graças pela aniquilação definitiva da morte.
Neste terceiro acto, nós encontramos uma predominância de textos paulinos, com o texto quase integral do capítulo 15 da Primeira Carta aos Coríntios e, finalmente, a garantia da Salvação no texto de hoje. Imediatamente depois, a oratória conclui com o Hino dos Redimidos em honra de Cristo-Rei.
«Sois digno, Senhor nosso Deus,
de receber a honra, a glória e o poder,
porque fizestes todas as coisas,
e pela vossa vontade existiram e foram criadas.Sois digno de receber o livro e abrir suas páginas seladas,
porque fostes imolado e resgatastes para Deus, com o vosso Sangue,
homens de toda a tribo, língua, povo e nação,
e fizestes de nós, para Deus, um reino de sacerdotes,que reinarão sobre a terra.É digno o Cordeiro que foi imolado
de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor.
Amen! Amen! Amen!»
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