sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Não me posso calar – Sto Agostinho - nº2

                                              

SILERE NON POSSUM

(Não me posso calar – Sto Agostinho)

Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes. 
( Alexandre Soljenitsyne)


Carta aos meus amigos – nº 2

BRAGA – 8 de Setembro de 2022

  

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PAX

 

Caros Amigos:

O ABORTO NÃO É UM DIREITO. SUPRIME UM DIREITO: O DIREITO À VIDA!

Desde quando o desejo de uma mulher se querer libertar de um filho, matando-o, se transforma em direito? Por estar na Lei? … Mas tudo o que é legal é moralmente correcto?  Um direito não é um desejo. Muito menos quando esse desejo atinge o que de mais precioso tem cada vida humana: o DIREITO À VIDA.

Bem sei que o chamado "politicamente correcto" impõe que os desejos mais inqualificáveis e contra o direito natural  sejam transformados em "direitos" invioláveis mesmo quando, como é o caso do Aborto, viola  DIREITO À VIDA e contra a vida de um ser humano indefeso que não pediu para ser chamado à vida, não pode pedir socorro, nem fugir de um ataque violento, cobarde. Mas os desejos não são direitos nem os direitos são desejos! E muito menos desejos de grupos que manipulam e dominam a opinião pública que, hoje, anda anestesiada e intoxicada, incapaz de pensar. E muitos que ousam pensar são "cancelados", a sua voz é interdita. A sua escrita ignorada. Vítimas da perseguição "WOKE" que está a dominar o pensamento dos media, das escolas e dos parlamentos!

Bem sei que Joe Biden quer impedir uma decisão do Supremo Tribunal dos EUA. E que se diz "católico" (intencionalmente coloco as aspas já que TODA a doutrina da Igreja Católica condenou sempre e condena este crime hediondo e outros!)! Um espanto. Mas a doutrina da Igreja não mudou nem pode mudar pois seria contraditória com, por exemplo, os Mandamentos da Lei de Deus ("Não matarás…"), ainda que haja por aí, sem freio, muitos outros "bidenzinhos" a quem ninguém ousa travar e meter na ordem ou convidá-los a sair por estarem a mais pois defendem e promovem, mais ou menos veladamente, o indefensável para um católico.

Na realidade , hoje, não é nada cómodo ser-se católico… Ser-se católico e ir-se na corrente de lama que nos encharca a alma, é inconciliável.

Permitam-me que recorde que há três "PRINCÍPIOS INEGOCIÁVEIS":

  1. O DIREITO À VIDA desde a concepção até à morte natural, por isso, o Aborto, a Eutanásia ou os maus tratos a qualquer ser humana não podem ser defendidos por aqueles que se dizem católicos;
  2. A FAMÍLIA, fundada numa relação livre, responsável e homeostaticamente equilibrada, entre um Homem (varão, macho) e uma Mulher, (feminina e fêmea), aberta à transmissão e acolhimento à vida;
  3. A LIBERDADE DE EDUCAR que pertence aos pais, a todos os pais, e que devem ter o direito ( que não é um desejo ) a escolher o projecto educativo com o qual concordam sem que esta opção os penalize.

A Liberdade exige que os nascituros indefesos sejam respeitados pois têm o DIREITO À VIDA e a sua vida não é uma manifestação de um desejo mais ou menos caprichoso de alguém que tem (teria) o poder de vida e de morte sobre outro ser humano. O DIREITO AO ABORTO não existe. Ainda que a lei despenalize, promova e apoie a morte de uma criança. Mesmo que a Mãe tenha o desejo de se libertar dela!

 

SILERE NON POSSUM!

Não existe o DIREITO ao Aborto que suprime , esse sim um Direito, o DIREITO À VIDA.


Carlos Aguiar Gomes

Braga, 8 de Setembro de 2022, Festa da NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA

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