quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

SILERE nº 18

 «  O direito a procurar a verdade implica também um dever: nada esconder do que reconhecemos como verdadeiro» ( pensamento de Albert  Einstein inscrito numa lápida da Academia  Nacional de Washington )

                                

 

 

 

                                           SILERE NON POSSUM

            (Não me posso calar – Sto Agostinho)

   “Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

                 

                          Carta aos meus amigos – nº 18

                            BRAGA – 29 de DEZEMBRO de 2022

 

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PAX                                                                                     

 

 

Meus caros Amigos:

 

   «Quando virdes que alguma coisa não está bem, não é justa, não é honesta, tendes a obrigação moral de dizer algo, de fazer alguma coisa» ( John Lewis, membro do Congresso Americano)

 

    Celebrou-se ontem, dia 28, a festa dos Santos Inocentes, aquelas crianças que o ódio e a inveja de Herodes mandou massacrar para, pensava ele, assim, eliminar Jesus Menino que lhe poderia vir a fazer concorrência!

  Creio não dizer nenhum disparate que estas crianças foram as primeiras vítimas, os primeiros mártires, massacrados por causa de Jesus.

  Nesta civilização decadente em que nos é dado viver, assistimos, tantas e tantas vezes, em silêncio complacente e com o nosso voto inconsequente face ao massacre dos bebés por nascer. É um verdadeiro massacre dos inocentes que ouso comparar aos inocentes massacrados por Herodes. Como posso calar e deixar passar em silêncio o Aborto promovido a um direito e que se quer  instituir como direito humano universal! Até já há fortes pressões para inscrever nas Constituições de vários países ( p.ex. Espanha e França) o Aborto como um direito que não pode ser contestado!

  Já o tenho dito e escrito inúmeras vezes, que há o DIREITO À VIDA mas não o DIREITO A MORRER, como não tenho o direito a ter um Jaguar ou joias de elevado preço ou um castelo no vale do Loire, apesar de todos, um dia, morrermos, não por direito mas pela própria natureza de sermos seres vivos. Um direito não é um desejo!

   Com razão, o Bispo de Portland ( EUA), em 26.VII.22,num vídeo, defendeu que se reconheça que “ o aborto é uma crueldade humana comparável inumana  aos assassinos massivos cometidos por nazis e comunistas no século XX”. O mesmo Bispo disse, nessa comunicação:” Condenados com razão os nazis pelos cerca de 6 milhões de judeus que mataram. Denunciamos os milhões de assassínios ocorridos nos regimes comunistas. Não creio que muitas pessoas saibam que (…) 63 milhões de bebés por nascer nos EUA perderam a vida por causa do aborto”.

   Entre nós, que valor tem a matança dos inocentes? Entretanto, os políticos que têm passado pelo Governo, bloquearam a criação dos “ CENTROS DE APOIO À VIDA”, cuja lei e decreto regulamentar já existem há muitos anos. Estes equipamentos sociais foram pensados para apoiar grávidas com dificuldades e que poderiam ser tentadas/aconselhadas a abortar. Como os DENTROS DE APOIO À VIDA poderiam e deveriam ser “ tendas de campanha” para tantas e tantas mulheres feridas por egoísmos! E como estamos de centros de “ CUIDADOS PALIATIVOS”? Quantas pessoas em fim de vida são abandonadas à sua sorte ou estão mal acompanhadas? Há sobre estes centros de apoio à via por nascer ou em fim de vida um desprezo total por parte dos nossos governantes. Espantoso, não é?

   Legisla-se, alarga-se e promove-se o aborto gratuito …Legisla-se, para já de forma “ soft”, a eutanásia e as campanhas para a sua aplicação é uma constante nos media… Como seria útil conhecer a triste realidade do que ocorre diariamente na Bélgica, na Holanda ou no Canadá países que qualquer razão como depressão ou crise económica dá acesso directo a ser-se eutanasiado. Nestes países o número de crianças, jovens e adultos eutanasiados não pára de aumentar ( o meu amigo-leitor pode consultar o sítio ieb-eib.org onde encontra muita informação actual e fidedigna).

  A defesa e promoção do DIREITO À VIDA desde a concepção, pois é aí que começa cada um dos seres humanos, cada um de nós ou no final de vida quando estamos mais desprotegidos e vulneráveis, é um falhanço total! E, em nome dos Direitos Humanos, cujo centralidade é precisamente, o DIREITO À VIDA. Depois, lamentamo-nos da quebra da natalidade ! Hipócritas.

  Este é um verdadeiro” KAIROS”  para a defesa da VIDA HUMANA. Podemos calar e ficar indiferentes face ao ataque constante e bem dirigido contra a VIDA HUMANA?

                   «SE NOS CALARMOS, AS PEDRAS GRITARÃO» (cf. Lc 19, 40).

 

                                               SILERE NON POSSUM!

 

Carlos Aguiar Gomes, 29 de Dezembro de 2022 




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