sábado, 25 de maio de 2024

Há um tempo para falar e outro para calar.” IV

 

“Há um tempo para falar e outro para calar.”  

                                                     IV

 

   … Pois é! Esta democracia portuguesa e europeia está profundamente doente. Foi atacada violentamente e de forma epidémica por um vírus chamado “Cancelamento” que usa um estilo de comunicsção intempestiva e agressiva que amedronta os mais corajosos dos humanos: Discurso de ódio! Discurso de ódio é um verdadeiro anátema lançado contra quem não pensa do mesmo modo do politicamente na moda.

 DISCURSO DE ÓDIO é tudo o que nos dizem quando ousamos expressar-nos oral ou verbalmente em desacordo com o “ politicamente correcto”. Assim, se eu disser, por exemplo, que os sportinguistas são verdes como os lagartos, um sportinguista contaminado por aqule vírus que se alastrou em toda a sociedade, dirá, ameaçador:” Discurso de ódio! ”. E toda a gente treme de medo. Os sportinguistas não são lagartos (discurso de ódio) e os lagartos, não serão verdes porque EU quero, dirá o meu interlocutor (cancelamento), por exemplo! Quem ousar contrariar este absurdo, faz um “ discurso de ódio”. Se o António, um miúdo de 6 (seis anos), por exemplo, disser que é Eufémia e que todos assim o devem tratar,que remédio satisfazermos essa opção de “ género”, como se diz. Caso contário, é DISCURSO DE ÓDIO. Assim estamos. Regressou a censura política, cultural e outras formas de censura! Como nunca houve, registemos esta afirmação.

   Acompanhei alguns dos “ debates” entre candidatos às eleições para o Parlamento Europeu e que medonho espectáculo eu vi e a que raramente cheguei ao fim! De facto, o que vi e ouvi, decepcionou-me imenso e deu-me vontade de não ir votar. Fiquei com a ideia de que não se pode discordar do que pensa certo sector da nossa sociedade política e que faz tudo para impor um pensamento único. Irei votar, contudo!

   Para mim os lagartos são verdes e não são azuis ou amarelos. Nunca serão da cor que o “ politicamente correcto” me quer impor. O António é um rapaz mesmo que corte todos os seus “ apetrechos” masculinos (a culpa é do cromossoma Y presente em todas as suas células somáticas, queira ou não, capado ou não!).

   E o que acho penoso, altamente penoso, é ouvir chamar de “ extrema-direita” um partido que não lê pela cartilha corrente (tem esse direito, é isso a Democracia) e não ser herdeiro dos milhões de mortos que os “ camaradas” (palavra que está a cair em desuso) são herdeiros directos e dilectos a quem nunca ouvi chamar de extrema- esquerda. Vivemos, assim, por imposição numa democracia “ manca” e falsa. Doente. Doente e “ aleijada”. Nem com muletas já se endireita!

  Onde está a liberdade de expressar o seu pensamento, mesmo discordante de uma quase maioria, de alguns cidadãos? Cercear, seja como seja, a liberdade de cada um exprimir o seu pensamento é uma forma dominante de totalitarismo hoje vivida pela “ Cancelamento “ e wokismo cada vez, mais influente, prepotente e arrogante.

    Se alguns discordam das ideias de um grupo, só tem um remédio: expor as suas ideias de forma coerente, educada e convincente e que ganhe o melhor. O insulto é o argumento dos fracos, não duvidemos.

  Não é a democracia um sistema político que privilegia a liberdade de pensamento e de o expressar respeitando sempre os outros na sua diferença?

  Uma democracia que vive de insultos, ameaças ou de mentiras ou meias verdades, não é democracia. É um arremedo. Assim vivemos nós.

   Bem sei que já vivemos períodos democráticos (?) mais turbulentos e violentos: a 1ª república comandada por Afonso Costa: insultos, assassínios, pancadariagreves  e bombas diárias. Por isso acabou e desembocou num largo período autocrático. Será que nos estão a empurrar para qualquer coisa do género?

   Lamentáveis estes tempos de vivências de um projecto tirânico em curso, apesar de nem sempre estar bem camuflado.

   Caro leitor, veja e oiça com atenção o que se passa nas “ discussões” parlamentares… e para lamentar!

    A liberdade é a possibilidade de eu expressar, como entender, o meu pensamento e de saber ouvir os que não “ afinam pelo meu diapasão”.

  Não vivemos tempos de ficar calados! … é que se eu me calar, outros falarão e não haverá contraditório e ficaremos mais pobres e escravos.

 

Carlos Aguiar Gomes

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