“Há um tempo
para falar e outro para calar.”
VI
«Dizer a verdade tornou-se suspeito, querer
viver na verdade parece antiquado e promovê-la parece um esforço vão. Sem
dúvida, o futuro da humanidade também depende da relação das crianças e dos
jovens com a verdade: a verdade sobre o homem, a verdade sobre a criação, a
verdade sobre as instituições» (Bento XVI, ao Corpo Diplomático junto da Santa
Sé, 2012).
Face
à dominância em todos os domínios da ideologia do Cancelamento, também conhecida por cancel culture, torna-se cada vez mais difícil falar verdade com
medo de represálias doa novos ditadores que dominam a nossa cultura do politicamente correcto. Mesmo quando
impunemente se agride a Ciência como é o caso da chamada linguagem inclusiva ou
da ideologia woke que nos “proibem”
ou perseguem quando, por exemplo afirmamos que a espécie humana – Homo sapiens – só tem dois géneros :
masculino e feminino (podem manipular o fenótipo mas não conseguem, porque não
é possível, alterar o genótipo!).
Na
realidade cada vez mais estamos a viver em clima de ditadura. Basta estar
minimamente atento ao que se passa no endoutrinamento das crianças nos Jardins
de Infância e em todos os níveis de ensino sem reacção firme e assertiva dos
pais e encarregados de educação. Estes, se dão conta, quando dão, receiam ser
chamados publicamente de “ sexistas”,”homofóbicos”, da “ extrema-direita” e
outros mimos verbais insultuosos e que só têm um objectivo: assustar os pais e
deixar o campo livre para dar livre curso a estas ideias que estão a destruir a
nossa cultura!
Vivemos já em plena época de terrorismo verbal levado a cabo por “
intelectuais” ou candidatos a sê-lo que se julgam donos do pensamento dos
outros e podemos ter a certeza de que têm espiões ao serviço e prontos a “
cancelar” quem não vai com eles. Infelizmente um largo sector dos nossos
concidadãos acata sem “ estrebuchar” esta “ interrupção voluntária da nossa e
sua liberdade!Sim, a nossa liberdade está francamente ameaçada e a democracia
já apresenta severos sintomas de degenerescência. O pluralismo de pensar
livremente e de livremente exprimir esse pensamento correm gravíssimos riscos
já visíveis entre nós (quantos cidadãos já foram cancelados e, como medo, não
clamam contra essa tirania?).
Gabriele Palasciano coordenou um livro em que
vários autores ( oito no total) reflectem sobre esta gravíssima guerra que se
está a viver e que me permito sugerir como leitura de férias – “ Christianisme, cancel culture et wokisme” ,
com um nota introdutória de Noam Chomsky
( Ed. L`Harmattan, Paris 2024) para que os meus leitores possam aprofundar e
compreender o que se passa nesta Cultura atacada e destroçada face à nossa
cobardia e ignorância dominante e indolente. Todos os colaboradores desta obra
são grandes especialistas e conhecedores do tema e fazem análises bem documentadas
e actuais deste desaforo terrorista que nos está a atacar aproveitando o estado
alienado da grande maioria dos nossos concidadãos. É altura de acordarmos e
fazermos frente a estes ataques de que a nossa cultura é vítima e de que já não
nos apercebemos tal o estado comatoso em que vivemos.
Quanto
mais permanecermos calados mais contribuiremos para a destruição da nossa
Civilização!
Se, de
facto, há momentos e fases das nossas vidas que o melhor é calar, outras há,
como esta que estamos a viver, que calar é colaborar com a desconstrução
civilizacional que já vai muito avançada.
«
Le wokisme , la cancel culture et la manipulation des médias sont des
manifestations modernes de la pathologie totalitaire. » - o
wokismo, a ideologia do cancelamento e a manipulação dos media são
manifestações modernas da patologia totalitária
( o.c. pág.73).
Carlos Aguiar Gomes
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