EUTANÁSIA: a luta continua!
Não baixarei os
braços na luta pelo DIREITO À VIDA, pois a vida humana é INVIOLÁVEL. E é
INVIOLÁVEL per se e não por que a nossa Constituição diz ( Artº 24º) que – “ A vida humana é inviolável”. Atentar contra
este direito humano onde todos os outros radicam, é violar grosseiramente esse
mesmo direito. Por isso estou, por exemplo, visceralmente contra a pena de
morte.
Assusta-me qualquer deriva ideológica que advogue, como
direito humano, a Eutanásia. A morte provocada a alguém que a pede ou a ela é
compelido, pressionado. É este o panorama político da actualidade em muitos
países como Portugal, que foi pioneiro na abolição da pena de morte e que hoje,
pela voz de alguns com grande auditório, nos querem impingir.
Como em qualquer
país onde a Eutanásia já foi legalisada, como a Bélgica, as primeiras proposta
de lei para o conseguir, são iguais. Basta compaginar os projectos que foram
aprovados pelo Parlamento português com, por exemplo, o que sucedeu na Bélgica
ou na Holanda. Sabemos, também, que, depois de aberta uma pequena frincha da porta
da legalisação, aquela vai-se abrindo cada vez mais e a situação torna-se em
verdadeira catástrofe humana e social que não cessará de se alastrar. Peço aos
meus leitores a paciência de observarem o gráfico ( de 3 .3.20) que publico
neste artigo e cuja fonte é absolutamente credível: o Instituto Europeu de
Bioética ( ieb-eib.org).
Como se pode constatar, “ a bondade” da lei belga, inicial, tal como as propostas apresentadas no nosso Parlamento, são iguais. Agora, veja-se o resultado constatado na Bélgica e como a frincha aberta em 2002 permitiu escancarar a porta a prática da Eutanásia. Mas, neste país, já se irá legislar contra a objecção de consciência para médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde, tornando, na prática, matar alguém a seu pedido ( ou a pedido de outros) como um direito humano a que todos são obrigados a dar o seu consentimento e agir de acordo contra a sua própria consciência que , assim, é violada. No Parlamento belga já lá está aa proposta tirânica de abolir a « objecção de consciência».
O gráfico que reproduzo, não analisa qualitativamente o tipo de pessoas eutanasiadas: idade, sexo, estado físico ou psíquico. Esta infografia mostra-nos a subida constante e acelerada da prática da Eutannásia que, na Bélgica ( o mesmo se passa na Holanda) já se tornaram práticas correntes. Naquele país, todos sabem que se praticam eutanásias a pedido por motivos que nada têm a ver com “ dor insuportável” ou “ sofrimento psíquico intolerável”. São eutanasiados menores, pessoas com demências e outras a quem é sugerida, mais ou menos claramente, que se deixem matar. Também são conhecidos casos de eutanásias a pedido de familiares ( recomendo, mais uma vez, a leitura do excelente livro: “ EUTHANASUE, l`envers du décor”, obra de especialistas belgas que trabalham com situações terminais/ difíceis). E de muitas pessoas que foram abandonadas afectivamente pelos seus próximos…
E entre nós, agora? Agora, a luta pelo direito à vida não acabou nem vai acabar com o resultado da votação no Parlamento, aprovando na generalidade os 5 projectos para a legalização da Eutanásia. Como direito fundamental, não nos podem impor uma rolha e sufocar o nosso pensamento e censurar a nossa escrita. Não o toleraremos. Eu, pelo menos, tudo farei para sempre denunciar todos os atentados contra a VIDA HUMANA, sejam eles legais ( que não significa morais!), com o Aborto ou a Eutanásia.
Carlos Aguiar Gomes
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