A Igreja, desde sempre, usa plantas (oliveira, incenso, etc…) como "instrumentos" de muitos sacramentais.
Em S. Bento da Porta Aberta (Rio Caldo - Terras de Bouro), por exemplo, havia, ainda em 1947, a tradição de os peregrinos levarem um pequeno ramo de Medronheiro – Arbutus unedo – no final da grande romaria de Agosto, como sinal da sua participação nas festividades (cf. Doutor Molho de Faria in "S. Bento da Porta Aberta", pág. 188, edição da Irmandade, 1947).
Esta espécie é das raras plantas em que floração e maturação dos frutos é simultânea, podendo ser considerada um símbolo do compromisso dos freires da MSM em abrir-se ao futuro (simbolizado pelas flores) no presente (os frutos que abrem para o futuro contido nas sementes). Além disso, a flor aparece, qual anúncio de Primavera, quando o Outono entra em declínio anunciando Inverno, podendo ser interpretado como um sinal da Esperança em dias cinzentos e frios em que a Evangelização se torna difícil.
Aquele arbusto é uma espécie autóctone, outrora abundante na região e que importa preservar e dar a conhecer pelas suas diversas utilizações.
Considerando a importância da Militia Sanctæ Mariæ – cavaleiros de Santa Maria tem vindo a dar à preservação e valorização da biodiversidade.
A MSM compromete-se a colaborar numa replantação desta espécie da flora.
Além disso, nas cerimónias da MSM irá usar como hissope (com origem na utilização de uma planta e de onde retira o nome) um pequeno ramo de Medronheiro nas aspersões de água benta.
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