sábado, 14 de outubro de 2017

… Isto é “a" fim do Mundo



Quando era criança, na minha terra, ouvia, com frequência esta expressão que escolhi para título deste artigo, quando algo fugia do normal e atropelava as regras da moral (nesse tempo ainda havia esta noção!) ou do normal funcionamento da natureza. Ouvi e retive esta frase – súmula dos simples mas não "burros". De facto, ela simboliza, em última análise, um ataque e ofensa à normalidade coerente com a moral e as regras de funcionamento da natureza.

A Biologia ensina-nos que o Homo sapiens, o ser humano, é gonocórico ou seja, nesta espécie animal, em nós, os humanos
, os gâmetas masculinos ou femininos são produzidos por indivíduos diferentes e, por isso, distinguem-se do ponto de vista morfofisiológico, hormonal, cromossómico, etc. Há um ELE e uma ELA. Desde a concepção. Formam um par binário e complementar. É da sua natureza. Complementares. E não há outra alternativa a esta dualidade. Porém, a nossa sociedade está a ser atravessada por uma corrente ideológica que ganhou foros de invasora e predadora da própria natureza humana. Persecutória de quem a não defende, apesar de as verdadeiras Ciências, como a Biologia, o confirmarem. A espécie humana não tem o neutro: nem homem nem mulher. Não há nela cinzento. Ele e Ela só.

Para destruir esta dualidade natural, introduziram a diferença entre sexo e género, como nada tendo a ver um com o outro. Assim, apresentam-nos, agora, um cardápio tão rico de géneros em que será difícil cada um de nós não se inscrever, independentemente da nossa morfologia, património genético, manifestações secundárias da nossa sexualidade, etc

Tudo se resume e é administrado, agora, pela chamada “ autodeterminação “. Se alguém decide que é homem, sendo mulher, autodeterminou-se e deixou de ser mulher para ser homem. E a lei tem de contemplar esta “ autodeterminação “ soberana. Ai de quem diga o contrário!

Mas a situação complica-se, com a catalogação do género. Já vamos em … 56 diferentes. Deixa de haver homem e mulher para haver 56 tipos diferentes! Fui procurar saber pormenores que aqui deixo e que encontrei em busca na Google, na entrada "Tipos de Género":

  1. Agénero, quem não se identifica com nenhum género;
  2. Andrógino, uma espécie de terceiro sexo. Nem só homem mas também não só mulher;
  3. Bigénero, alguém que se identifica simultaneamente como homem e mulher;
  4. Mulher cis ou Mulher cisgénero, que se apresenta como mulher que é;
  5. Homem cis ou homem cisgénero, que se apresenta como homem que é;
  6. Duplo espírito, os que apresentam características masculinas e femininas (será o caso de mulheres barbudas e de homens de face glabra?);
  7. Genderqueer, quem quer ficar fora de qualquer classificação, nem mulher nem homem;
  8. Género fluido, quem varia consoante o seu humor de um para outro e vice-versa;
  9. Homem para mulher, nasceu “ aprisionado” num corpo masculino mas vive como uma mulher;
  10. Mulher para homem, nasceu “ aprisionado” num corpo feminino mas vive como homem;
  11. Género em dúvida, quem não descortina onde se “ encaixa”;
  12. … 56.
Por isso, e por causa desta variabilidade, e por enquanto, é moda, os discursos e conversas do «politicamente correcto» massacrarem-nos com atropelos à língua portuguesa e ao bom senso deste tipo corrente de linguagem. Um exemplo: Caros (caras) amigos (amigas): Estamos aqui reunidos (reunidas) para saber qual dos eleitores, das eleitoras está disponível para ser o (a) próximo (a) presidente (presidenta) desta assembleia. Os (as) candidatos (as) que se apresentem para vermos quem é o (a) mais votado (a)

Depois vai mudar o nome de Cartão de Cidadão, por não dizer explicitamente cidadã! No Registo civil, o (a) progenitor A ou o B não pode declarar se o ser acabado de nascer é masculino ou feminino, pois, a partir dos 16 anos irá escolher onde se vai meter na lista que, como disse acima, já vai em 56 tipos diferentes (por agora!), pois, caso contrário, porá os progenitores A e B em tribunal pois forçou/ forçaram a pobre criancinha a ter um género que ele não quer, apesar de, por exemplo, de ter a sua “pilinha” bem formada, no sítio, visível, de começar a ter barba e pelos diversos e a voz a mudar de afinação! Na escola, os professores terão que ter muito cuidado com a língua! Sempre será melhor tratar os (as) alunos (alunas) pelo número despersonalizante e despersonalizador. Que problemas irão ter os Padres católicos no Baptismo, nos Seminários…

E ainda por cima, ninguém traz letreiro a dizer como deve ser tratado(a)…Como «politesse oblige», proponho que passe a ser obrigatório um letreiro na testa para não se ofender ninguém., dizendo : “SOU … Cuidado como se dirige a mim”

… E não aborreço mais os meus leitores.

… isto é a “fim” do mundo!


______

Carlos Aguiar Gomes, homem cisgénero, uma por... Homem e chega!

(O autor também não acata o chamado AO)

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