sexta-feira, 23 de março de 2018

Jérôme Lejeune, um homem, um cientista, um cristão


UM HOMEM – UM CIENTISTA – UM CRISTÃO

O Professor Jérôme Lejeune

“O Professor Lejeune deixou o testemunho verdadeiramente brilhante da sua vida como homem e como cristão”
(S. João Paulo II)




Na manhã de Páscoa do ano de 1994, dia 3 de Abril, vítima de um cancro nos pulmões, falecia, aos 67 anos, o Professor Jérôme Lejeune, um Homem com um percurso humano e cristão que o tornou uma referência. De tal modo a sua vida de cristão foi coerente e cientista brilhante, que o Papa da Família e da Vida lhe solicita em 1993 que elabore os estatutos da Academia Pontifícia para a Vida, criada em 11 de Fevereiro de 1994 e que o mesmo Papa nomeia primeiro Presidente em 26 do mesmo mês e ano.

Porquê esta admiração de S. João Paulo II por este geneticista francês, nascido em 13 de Junho de 1926?

O Professor Lejeune, Doutor em medicina, aos 25 anos, especializa-se em Genética e, neste âmbito, centrou-se nas chamadas pessoas mongoloides. A 22 de Maio de 1958 faz a descoberta, pioneira, da relação entre erro genético e doença. Descobre que as pessoas que eram objecto do seu estudo tinham um erro no par de cromossomas autossómicos 21. Possuíam mais um cromossoma. Aqui residia a causa do Síndrome de Down, da trissomia 21, ou, como se dizia, das pessoas mongoloides. Por esta descoberta recebeu o cobiçado Prémio Kennedy, em 1963. Foi feito científico que lhe teria valido o Prémio Nobel, se em 1989, em Maryville, nos EUA, não tivesse defendido a humanidade dos embriões humanos congelados, num processo de disputa entre um casal que se tinha divorciado. Apesar das suas inúmeras condecorações e distinções académicas mais invejáveis, Lejeune, até à sua morte, sempre foi coerente entre a sua consciência e a sua altíssima formação académica. Lejeune nunca deixou de defender os mais frágeis entre os frágeis e entre estes os nascituros atingidos pela trissomia 21. Os seus projectos de investigação dirigiam-se para

O Professor Lejeune foi casado com uma jovem dinamarquesa, Birthe Bringsted, com quem teve 5 filhos. Fez da sua vida um processo de entrosamento entre a Fé vivida e a mais alta carreira de Docente universitário e investigador do mais alto gabarito.

Em 22 de Agosto de 1997, aquando das Jornadas Mundiais da Juventude, em Paris, o Papa S. João Paulo II, fora do programa previsto, foi rezar junto ao túmulo de Lejeune, em Châlon-Saint –Mars, ao seu “irmão Jérôme” como lhe chamou.

Nascido a 13 de Junho de 1926, perto de Paris (Montrouge), Lejeune tem hoje o seu processo de Beatificação em curso. A cerimónia de encerramento do processo diocesano decorreu na Catedral de Notre Dame, sob a presidência de Mons. Eric de Moulins-Beaufort, em representação do Cardeal Arcebispo de Paris, Mons. André Vingt-Trois, cerimónia que encheu completamente a Catedral. Era o dia 11 de Abril de 2012, 4 anos após a abertura do processo na Arquidiocese de Paris, em 28 de Junho de 2007.

O Professor Jérôme Lejeune é, nestes tempos bem difíceis para a Vida Humana e seus direitos da concepção à morte natural, um exemplo a seguir e a imitar. A sua vida foi toda um hino da Ciência à Vida!

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Carlos Aguiar Gomes
(O autor não acata o chamado AO)

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