“ … Uma maior escassez de água
provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. “
( Laudato Si, nº28 )
Requerimento ( em
papel selado) dirigido
a Fernanda Câncio
Senhora “ Inspectora
do Pensamento Único”:
O signatário, cidadão
que julgava viver num país livre,
Portugal, constatou, recentemente, que, afinal, neste país, há censores
públicos que se arrogam, em nome da laicidade, de imporem o laicismo como
religião do Estado. Querem e lutam por um Estado “ religioso”.
Senhora “ Inspectora
do Pensamento Único”, neste país deve perder-se a memória colectiva. As suas
raízes. O seu falar próprio e popular.
Já pensou, senhora “
Inspectora do Pensamento Único”, que também deverá propor a interdição do nosso
corriqueiro “ OXALÁ”, vestígio da presença da religião muçulmana entre nós, ou
, pela sua origem, não se deve mexer nesta palavra que, como sabe é derivada de
“ inch Allah”, o nosso português “Deus queira” que, pela sua lógica de “
Inspectora do Pensamento Único” também deveria ser proibida?
Já está a tratar de
banir do nosso calendário o nome dos dias da semana, como Segunda-feira, com
origem cristã que remonta, imagine, a S. Martinho de Dume? Ou Sábado, da
religião judaica? Ou Domingo do cristianismo?
Já reparou, senhora “
Inspectora do Pensamento Único” que o Parlamento português é conhecido por
Palácio de S. Bento? Ou que há, aí na
capital, uma estação do Caminho de
Ferro que se chama de “ Santa Apolónia”.
Ou que o Panteão Nacional é de “ Santa Engrácia”?
Como é que a senhora
“ Inspectora do Pensamento Único” vai chamar o Hospital de S. José ou ao de
Guimarães “ Senhora da Oliveira”?
As elites censoras, como Fernanda Câncio e
outros e outras(!) andam atentas e
vigilantes. De lápis azul na mão ( esquerda) a riscar tudo o que a sua “
cartilha” não autoriza. E cada vez mais , o lápis azul risca a expressão do
pensamento dos outros ( e outras!). E não desiste de apagar as nossas raízes…
mas, como sabe, “ não há machado que corte a raiz ao pensamento”!
Sim, há uma cartilha
por onde têm de ler e escrever. A Polícia dos costumes tem os seus (suas!)
inspectores (inspectoras!) que anda muito atenta e a espiolhar tudo e todos (
todas!).
A senhora “
Inspectora do Pensamento Único” e que
professa publicamente a sua religião do laicismo, tem de admitir a liberdade de
expressão, menos a calúnia e o insulto. E como “ Até amanhã, se Deus quiser”
não é insulto nem calúnia… por que quer proibir , impedir ou riscar do nosso
dia a dia esta expressão? Incomoda-a, muito? Tape os ouvidos e , já agora,não
vá a nenhum Museu, onde há imensas imagens e outros objectos expostos de
natureza religiosa ( cristã) roubados aos seus legítimos donos. Não vá por que
são motivos cristãos e não por que foram roubados! Tape os olhos quando passar
nos Jerónimos ou no Mosteiro de Alcobaça. Ou, se não quiser ver, com a sua “
autoridade” de “ Inspectora do Pensamento Único” mande derrubar esses
testemunhos que ofendem a sua religião laicista. Derrube tudo. Ficará feliz num
país sem memória. Asséptico. Puramente laico como gostaria.
Vá lá, derrube tudo.
Derrube o país que continua a dizer: “Oxalá” e “Se Deus quiser”.
Até sempre, SE DEUS
QUISER e enquanto Deus quiser!
Não espera
deferimento nem apresenta “ os melhores cumprimentos” .
Carlos Aguiar Gomes
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