sexta-feira, 26 de outubro de 2018

                                    CUIDAR DA TERRA,  NOSSA CASA COMUM




     “ … Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários  produtos que dependem do seu uso. “




                                                         ( Laudato Si, nº28 )




Requerimento ( em papel selado) dirigido
 
 a Fernanda Câncio

 

Senhora “ Inspectora do Pensamento Único”:

 

 

O signatário, cidadão que julgava viver num país  livre, Portugal, constatou, recentemente, que, afinal, neste país, há censores públicos que se arrogam, em nome da laicidade, de imporem o laicismo como religião do Estado. Querem e lutam por um Estado “ religioso”.

Senhora “ Inspectora do Pensamento Único”, neste país deve perder-se a memória colectiva. As suas raízes. O seu falar próprio e popular.

Já pensou, senhora “ Inspectora do Pensamento Único”, que também deverá propor a interdição do nosso corriqueiro “ OXALÁ”, vestígio da presença da religião muçulmana entre nós, ou , pela sua origem, não se deve mexer nesta palavra que, como sabe é derivada de “ inch Allah”, o nosso português “Deus queira” que, pela sua lógica de “ Inspectora do Pensamento Único” também deveria ser proibida?

Já está a tratar de banir do nosso calendário o nome dos dias da semana, como Segunda-feira, com origem cristã que remonta, imagine, a S. Martinho de Dume? Ou Sábado, da religião judaica? Ou Domingo do cristianismo?

Já reparou, senhora “ Inspectora do Pensamento Único” que o Parlamento português é conhecido por Palácio de S. Bento?  Ou que há, aí na capital, uma  estação do Caminho de Ferro  que se chama de “ Santa Apolónia”. Ou que o Panteão Nacional é de “ Santa Engrácia”?

Como é que a senhora “ Inspectora do Pensamento Único” vai chamar o Hospital de S. José ou ao de Guimarães “ Senhora da Oliveira”?

 As elites censoras, como Fernanda Câncio e outros e outras(!)  andam atentas e vigilantes. De lápis azul na mão ( esquerda) a riscar tudo o que a sua “ cartilha” não autoriza. E cada vez mais , o lápis azul risca a expressão do pensamento dos outros ( e outras!). E não desiste de apagar as nossas raízes… mas, como sabe, “ não há machado que corte a raiz ao pensamento”!

Sim, há uma cartilha por onde têm de ler e escrever. A Polícia dos costumes tem os seus (suas!) inspectores (inspectoras!) que anda muito atenta e a espiolhar tudo e todos ( todas!).

A senhora “ Inspectora do Pensamento Único” e  que professa publicamente a sua religião do laicismo, tem de admitir a liberdade de expressão, menos a calúnia e o insulto. E como “ Até amanhã, se Deus quiser” não é insulto nem calúnia… por que quer proibir , impedir ou riscar do nosso dia a dia esta expressão? Incomoda-a, muito? Tape os ouvidos e , já agora,não vá a nenhum Museu, onde há imensas imagens e outros objectos expostos de natureza religiosa ( cristã) roubados aos seus legítimos donos. Não vá por que são motivos cristãos e não por que foram roubados! Tape os olhos quando passar nos Jerónimos ou no Mosteiro de Alcobaça. Ou, se não quiser ver, com a sua “ autoridade” de “ Inspectora do Pensamento Único” mande derrubar esses testemunhos que ofendem a sua religião laicista. Derrube tudo. Ficará feliz num país sem memória. Asséptico. Puramente laico como gostaria.

Vá lá, derrube tudo. Derrube o país que continua a dizer: “Oxalá” e “Se Deus quiser”.

Até sempre, SE DEUS QUISER e enquanto Deus quiser!

Não espera deferimento nem apresenta “ os melhores cumprimentos” .

Carlos Aguiar Gomes

 

 

 
 
 
 







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