sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Presidente chinês questionado, por diversas ONG's, sobre a falta de liberdade religiosa no país

 
Diversas Organizações Não-Governamentais lançaram, no passado dia 9 de Outubro, uma petição em que se pede respeito e protecção para a liberdade de crença na China.

Dirigido ao Presidente Ji Jinping, o documento elenca diversas situações monitorizadas por órgãos de comunicação social internacionais em que a prática religiosa está comprometida em resultado das acções levadas a cabo pelas autoridades.

Entre as várias comunidades religiosas que têm sido alvo de perseguição na China, é referido o exemplo dos cristãos “residentes da província de Jiangxi”, que são “forçados a retirar crucifixos das suas casas”, assim como “são proibidas” as actividades de congregações protestantes e têm sido instalados sistemas de videovigilância “em templos”.

O documento, que está assinado por 10 ONG’s, nomeadamente a Federação Europeia para a Liberdade de Crença, o Observatório Internacional de Liberdade Religiosa dos Refugiados ou o Fórum Inter-religioso Europeu para a Liberdade Religiosa, faz ainda referência a novas leis “que proíbem a educação das crianças de acordo com a prática religiosa das suas famílias”.

A petição – que é endereçada também, como informação, ao Secretário-Geral da ONU, ao Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas, ao Presidente da Comissão Europeia e aos presidentes dos Estados Unidos, Rússia, Itália, França e ainda à chanceler alemã, entre outros – faz ainda referência à detenção de muçulmanos na província de Xianjiang, “para efeitos de reeducação”, assim como, em outras regiões, “da prisão de pastores protestantes e de padres católicos”.

Os devotos de “movimentos minoritários” como a Igreja de Deus todo-poderoso, ou o Falun Dafa, têm sido “injustamente levados sob custódia, deportados, torturados e encarcerados”. Segundo o documento, “dezenas estão desaparecidos” , havendo ainda casos de remoção de órgãos.

As Organizações Não-Governamentais afirmam, nesta petição, que “todos estes factos cruéis” têm vindo a ser continuamente relatados pela imprensa em todo o mundo, e pedem às autoridades chinesas que façam terminar imediatamente estas situações de “intolerância e perseguição”, que seja aplicada a Constituição do país e que a China seja um Estado de Direito e que todas as pessoas “sejam livres de praticarem a sua própria religião”, ou de não a praticar, “sem proibições ou obrigações”.
 
 
Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal
 

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