A
EUTANÁSIA e a “ RAMPA DESLIZANTE”
Estamos já em plena campanha eleitoral. É um facto.
Ouvimos, vemos e lemos que os grandes temas em debate, propostas,
promessas e juramentos andam todos à volta de taxas, impostos, aumentos,
aeroporto, comboios, metro, etc e etc. Quantos destes projectos sem certezas
reais de serem concretizados?
E está bem que se vejam, oiçam e leiam propostas de futuro. Que o bem -
estar, direitos e “ regalias” nos sejam propostos com tempo. Sobretudo no
concernente às eleições legislativas, pois têm a ver com a escolha dos
deputados que vão legislar nos próximos tempos.
Mas, intencionalmente, por razões de estratégia dolosa, se não
vejam, oiçam e leiam as propostas sobre os chamados “ temas fracturantes”,
aqueles que mexem com os valores civilizacionais e que já sabemos que vão ter
prioridade absoluta na próxima legislatura.
Como não estou vinculado a nenhum Partido, e muito menos pertenço ao
PARTIDO DO PENSAMENTO ÚNICO que impera e domina, não poderei deixar de me referir pela enésima vez a temas
que destroem a nossa Cultura, a nossa civilização, caso sejam aprovados.
Sendo mais explícito. O que está em jogo e não tem merecido reflexão e
debate, pelo contrário, tem imperado a omissão e o silêncio matreiro, como quem
diz que o efeito surpresa sempre será melhor e os eleitos assumem o campo
livre…
Então, o que está em jogo de vital para a destruição da nossa Cultura?
1.A EUTANÁSIA, ou seja a morte a pedido praticada em hospitais ou,
talvez mesmo, ao domicílio, tudo em nome de «uma morte digna e assistida», como se
alguém quisesse ter uma morte indigna e solitária, sem sentir uma mão amiga e
um coração solidário e próximo. Como seria bom que se divulgasse o que se passa
nos países onde de legalizou a Eutanásia, como na Bélgica, onde se cometem
homicídios à revelia dos pacientes, crianças, deficientes, velhos ou
deprimidos. O caso recente conhecido como o «
caso Mortier» em que uma senhora,
Godelieve De Troyer, eutanasiada à revelia da família, quando o dita senhora
sofria de depressão recorrente e, portanto, não podia, em liberdade, decidir
sobre o seu futuro. O caso está agora, no Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos. O Relatório da Commission d`Evaluation de l`Euthanasie ( 2016-2017 )
informa-nos de que foram eutanasiadas : « 23 pessoas sofredoras de perturbações
de humor ( depressão, bipolares, etc ); 24 pessoas com perturbações mentais ( demência,
Alzheimer,…) … »Mas também autistas, esquizofrénicos, etc. Ou seja, a morte a
pedido , afinal será a pedido de estranhos. É a tal «RAMPA DESLIZANTE» que tudo
leva a crer vai ser legalizada sem nos ouvirem.
2. A PMA, ou traduzindo, Procriação medicamente assistida, que permite,
por exemplo negar a identidade do pai ( ou da mãe) a uma criança. Ou que se
manipule o conceito natural de maternidade e de paternidade, levando a que se
simule que um bebé possa ser filho de duas «mães». E que fazer dos embriões
congelados que deixaram de ter «projecto parental»? E dos excedentários? Afinal
de contas, tratam-se de seres humanos tratados como coisas, objectos. Não se
pode admitir a que uma criança seja sonegado o direito de saber quem é o seu
PAI e a sua MÃE.
3. BARRIGAS DE ALUGUER ou, de forma mais suave, gravidez de
substituição, privando uma criança de ser amada e sentir-se amada por aquela
que o traz no ventre, dando lugar, não logo no início da entrada em vigor da
lei a ser aprovada, ao negócio de exploração de mulheres vulneráveis/pobres. Um
filho nunca pode ser visto e desejado como um objecto que se compra numa
qualquer loja… Ninguém tem o hoje chamado “ direito a ter um filho”.
Estes sim, são os grandes problemas que se vão colocar na próxima
legislatura. Podemos ficar indiferentes e votar à toa?
Ficou muito por dizer. Não vou desistir. SE DEUS QUISER!
Carlos Aguiar Gomes
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