quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A EUTANÁSIA e a RAMPA DESLIZANTE(2)


                                      A EUTANÁSIA e a “ RAMPA DESLIZANTE”

 

 

Estamos já em plena campanha eleitoral. É um facto.

Ouvimos, vemos e lemos que os grandes temas em debate, propostas, promessas e juramentos andam todos à volta de taxas, impostos, aumentos, aeroporto, comboios, metro, etc e etc. Quantos destes projectos sem certezas reais de serem concretizados?

E está bem que se vejam, oiçam e leiam propostas de futuro. Que o bem - estar, direitos e “ regalias” nos sejam propostos com tempo. Sobretudo no concernente às eleições legislativas, pois têm a ver com a escolha dos deputados que vão legislar nos próximos tempos. 

Mas, intencionalmente, por razões de estratégia dolosa, se não vejam, oiçam e leiam as propostas sobre os chamados “ temas fracturantes”, aqueles que mexem com os valores civilizacionais e que já sabemos que vão ter prioridade absoluta na próxima legislatura.

Como não estou vinculado a nenhum Partido, e muito menos pertenço ao PARTIDO DO PENSAMENTO ÚNICO que impera e domina, não poderei  deixar de me referir pela enésima vez a temas que destroem a nossa Cultura, a nossa civilização, caso sejam aprovados.

Sendo mais explícito. O que está em jogo e não tem merecido reflexão e debate, pelo contrário, tem imperado a omissão e o silêncio matreiro, como quem diz que o efeito surpresa sempre será melhor e os eleitos assumem o campo livre…

Então, o que está em jogo de vital para a destruição da nossa Cultura?

1.A EUTANÁSIA, ou seja a morte a pedido praticada em hospitais ou, talvez mesmo, ao domicílio, tudo em nome de «uma morte digna e assistida», como se alguém quisesse ter uma morte indigna e solitária, sem sentir uma mão amiga e um coração solidário e próximo. Como seria bom que se divulgasse o que se passa nos países onde de legalizou a Eutanásia, como na Bélgica, onde se cometem homicídios à revelia dos pacientes, crianças, deficientes, velhos ou deprimidos. O caso recente conhecido como o « caso Mortier»  em que uma senhora, Godelieve De Troyer, eutanasiada à revelia da família, quando o dita senhora sofria de depressão recorrente e, portanto, não podia, em liberdade, decidir sobre o seu futuro. O caso está agora, no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O Relatório da Commission d`Evaluation de l`Euthanasie ( 2016-2017 ) informa-nos de que foram eutanasiadas : « 23 pessoas sofredoras de perturbações de humor ( depressão, bipolares, etc ); 24 pessoas  com perturbações mentais ( demência, Alzheimer,…) … »Mas também autistas, esquizofrénicos, etc. Ou seja, a morte a pedido , afinal será a pedido de estranhos. É a tal «RAMPA DESLIZANTE» que tudo leva a crer vai ser legalizada sem nos ouvirem.

2. A PMA, ou traduzindo, Procriação medicamente assistida, que permite, por exemplo negar a identidade do pai ( ou da mãe) a uma criança. Ou que se manipule o conceito natural de maternidade e de paternidade, levando a que se simule que um bebé possa ser filho de duas «mães». E que fazer dos embriões congelados que deixaram de ter «projecto parental»? E dos excedentários? Afinal de contas, tratam-se de seres humanos tratados como coisas, objectos. Não se pode admitir a que uma criança seja sonegado o direito de saber quem é o seu PAI e a sua MÃE.

3. BARRIGAS DE ALUGUER ou, de forma mais suave, gravidez de substituição, privando uma criança de ser amada e sentir-se amada por aquela que o traz no ventre, dando lugar, não logo no início da entrada em vigor da lei a ser aprovada, ao negócio de exploração de mulheres vulneráveis/pobres. Um filho nunca pode ser visto e desejado como um objecto que se compra numa qualquer loja… Ninguém tem o hoje chamado “ direito a ter um filho”.

Estes sim, são os grandes problemas que se vão colocar na próxima legislatura. Podemos ficar indiferentes e votar à toa?

Ficou muito por dizer. Não vou desistir. SE DEUS QUISER!

Carlos Aguiar Gomes

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