terça-feira, 15 de janeiro de 2019

SANTO AMARO

 
Fresco, em SUBIACO ,representando S. Bento com os meninos AMARO e PLÁCIDO
                                                                               SANTO AMARO
                                                                                 15 de Janeiro
 
A Igreja celebra a 15 de Janeiro a memória de dois meninos, primeiros discípulos do nosso Santo Patriarca, S. Bento. Estes meninos foram entregues pelos seus pais, tal como nos refere S. Gregório Magno, primeiro biógrafo de S. Bento, e era costume na época, para serem por ele educados. Sabemos que seguiram a Regra como monges, daí serem sempre representados, quando adultos, como tal.
Sabemos muito pouco sobre estes santos, um dos quais, Santo Amaro (também conhecido por S. Mauro), é muito querido e venerado pelos portugueses, festejado, tal como S. Plácido, a 15 de Janeiro.
Focar-me-ei, neste curto apontamento, em Sto Amaro. A sua vida escrita cerca do ano 860 com o título original de VITA MAURI ( A Vida de Amaro ), por ordem de outro  monge beneditino, Odão de Glanfeuil e atribuída a outro beneditino, Fausto, companheiro de Sto Amaro. Esta obra merece algumas críticas, mas é a mais próxima , no tempo, de Sto Amaro.
Acredita-se que seu pai o teria entregue aos doze anos, com já disse acima, Equizio, um importante romano que desempenhava as funções de senador, para ser educado por S. Bento.
Sto Amaro teria sido Diácono e nomeado Prior de Montecassino por S. Bento, o que mostra o apreço em que era tido pelo Santo Patriarca. Sabemos que era muito piedoso e dedicado a jejuar mais do que impõe a Regra.
Mais tarde, não se sabe ao certo, foi enviado para França como Abade de um mosteiro, levando, como era costume quando algum monge ia fundar um novo mosteiro, com seus companheiros, levou consigo algumas relíquias e a Regra. Simplício, Constantino, António e Fausto, entre outros foram os seus companheiros nesta viagem sem regresso. Ter-se-iam fixado em Saint-Maurice d`Aguano, onde fez inúmeros milagres. Depois deslocou-se para Sant Germain. Depois, graças ao apoio de um grande senhor de nome Floro, amigo do Rei Teodoberto, foi-lhe oferecido um terreno onde foi construída a ainda hoje célebre Abadia de Saint- Maur ( Santo Amaro).
Morreu de idade muito avançada, talvez em 584. Foi sepultado com uma relíquia de Sto Estevão e um pergaminho que atestava ser aquele o corpo de Amaro, do nosso Santo Amaro.
O monge companheiro de Sto Amaro, Fausto, morreu na Abadia italiana de S. João de Latrão, onde escreveu a vida de Sto Amaro.
 
Carlos Aguiar Gomes
 
 
 
 

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