EDUCAR OS FILHOS:
LIBERDADE DE ESCOLHA ( 2 )
Aproximam-se novas eleições: atenção
redobrada
(Este artigo é a
continuação do anterior com o mesmo título)
1.
Sabendo todos que os pais que decidem
educar os seus filhos com o apoio do
chamado “ ensino privado” pagam o dobrar: pagam o ensino que não frequentam no
uso do seu direito fundamental que lhes é roubado, e pagam o ensino onde acham
que devem colocar os filhos . Estes pais são penalizados duplamente.
2.
Se uma sociedade democrática é plural por
natureza, como se pode aceitar que haja liberdade de escolher o partido
político onde se deseja votar, se pode escolher o canal e neste o programa de
televisão que se quer ver, se compra o jornal que se quer e quando se quer, ou
se pode escolher a religião que se quer ou não ter religião nenhuma, como se
pode admitir que a LIBERDADE DE EDUCAR seja dificultada e só para os ricos. Uma
sociedade assim, é discriminatória, elitista e promove a segregação entre os
seus cidadãos em nome de querer um ESTADO EDUCADOR DO POVO!
3.
Não queremos nem podemos admitir uma sociedade
perseguidora da liberdade de pensamento e da pluralidade de modelos
pedagógicos. Nem uniformizadora do futuro ( as crianças e jovens não são
propriamente “ frangos de aviário”!).
4.
Não queremos uma sociedade tenha
escolas para ricos e pobres.
5.
Queremos, isso sim, que sejam dadas
iguais oportunidades aos pais ricos e pobres de ESCOLHA das escolas onde
desejam que seus filhos prossigam o modelo educativo da família.
6.
Queremos que o Estado gira com
competência e justiça social o nosso dinheiro que pontualmente nos saca mas que
se recusa a ouvir a nossa voz de liberdade e da igualdade.
7.
Queremos que os gestores da coisa
pública nos digam quanto custa cada aluno , de cada ciclo, com rigor e em cujo
cálculo estejam todas as variáveis , como a construção dos edifícios e a sua
manutenção, ou as despesas correntes que sabem muito bem e facilmente calcular.
8.
Queremos que o valor acima encontrado
seja entregue às escolas, de qualquer titularidade, para gerirem, tornando TODO
o ensino gratuito e aos pais não seja pedido outro valor.
9.
Queremos que o ministério da
tutela acautele o nível geral de exigência e de qualidade,
nomeadamente em áreas fundamentais como a língua materna, a história e
geografia do país e as noções essenciais e seu domínio da matemática,
nomeadamente. Princípio a ser aplicado com rigor, em todas as escolas , já que
é o dinheiro dos cidadãos que está em jogo.
10. E , vale a pena ler o que diz a nossa Constituição sobre o tema : « …
Incumbe ,designadamente, ao Estado para protecção da família: ( …) Cooperar com
os pais na educação dos filhos» ( Art. 67º, nº2, c) ) . Repare-se que não diz
que o Estado deve substituir a Família, mas COOPERAR.
11. A terminar , transcrevemos o Art. 26º.3 , da Declaração Universal dos Direitos Humanos:”Aos Pais pertence a prioridade de
escolher o género de educação a dar aos filhos “.
É o teor deste artigo da citada Declaração Universal que queremos
e exigimos seja aplicado, a bem do respeito por TODOS os pais e pela igualdade
que deve caracterizar toda a democracia. Também a nossa.
Carlos Aguiar Gomes
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