LISBOA: Fundação AIS lembra que, apesar da ameaça do coronavírus, os Cristãos perseguidos continuam a precisar de ajuda
Face à dimensão global da ameaça do coronavírus, o Presidente Internacional da Fundação AIS enviou uma carta a todos os secretariados da Ajuda à Igreja que Sofre para lembrar que, neste tempo tão difícil e “desafiante”, não podemos esquecer os que mais sofrem, “os Cristãos que continuam, hoje, a ser perseguidos e discriminados”. Esses “irmãos e irmãs”, explica Thomas Heine-Geldern na mensagem, “geralmente têm preocupações muito mais graves do que este vírus” que colocou quase meio mundo em quarentena.
A situação de isolamento social, com as famílias retidas em suas casas neste tempo de Quaresma, pode ajudar a compreender melhor a realidade dos que sofrem por causa da fé, dos Cristãos perseguidos.
Diz o Presidente Internacional da AIS que “estamos a descobrir que já não podemos ter como certo o facto de podermos assistir à Santa Missa e receber a Sagrada Comunhão”. E lembra que “essa já é a situação de muitos dos nossos irmãos e irmãs em terras de missão ou dos que vivem sob ditaduras”. “Eles têm de se esforçar muito para poderem participar na Santa Missa e nos Sacramentos. E talvez agora também tenhamos uma compreensão muito mais clara do que significa viver como Igreja doméstica com os nossos filhos e rezar com eles. É isso que eles já fazem em lugares onde não há igrejas.”
Apelando à solidariedade de todos nestes tempos duros e imprevisíveis, Heine-Geldern pede ajuda para que a Fundação AIS possa continuar a desenvolver os três pilares da instituição: “oração, informação e acção, em fidelidade criativa à nossa missão, para que possamos transformar esta crise numa oportunidade de testemunhar Jesus Cristo”.
As palavras de Thomas Heine-Geldern são subscritas por Catarina Martins de Bettencout. A directora do secretariado português da Fundação AIS diz que “não é fácil esta reclusão forçada”, em que a esmagadora maioria dos portugueses se encontra. “Mas temo – diz – que nos esqueçamos de que em muitos lugares vivem pessoas numa situação muito, muito pior.”
A responsável pela AIS em Portugal lembra que, “em muitos países, há milhares de pessoas, às vezes comunidades inteiras, que vivem também em reclusão forçada”. “São pessoas que estão escondidas nas matas, nas florestas, são pessoas que fogem e se escondem para sobreviver aos ataques, à violência e ao ódio.”
Tal como o Presidente Internacional da Fundação AIS, também a directora do secretariado português sublinha que, nos dias de hoje, “há milhares de cristãos que vivem em países em guerra, que têm fome, que estão presos, que são vítimas de discriminação, perseguição e de terrorismo… Não podemos esquecê-los!”
O dever de solidariedade chama por todos. Por isso, Catarina Martins de Bettencourt lança um apelo à generosidade dos portugueses para com as comunidades cristãs muito pobres ou as que vivem sob ameaça mas que, apesar disso, ousam continuar a assumir a sua fé. “Mesmo agora, que atravessamos talvez a maior crise das nossas vidas, não podemos esquecer que há milhares de pessoas, pessoas como nós, pessoas simples como nós, que precisam do nosso auxílio”, recorda a directora do secretariado português da AIS.
PAULO AIDO - fundacao-ais.pt
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