A vivência pascal da Arquidiocese de Braga vai muito além de cerimónias próprias na Semana Santa. Uma das suas particularidades é a celebração de Maria no mistério da Ressurreição em duas Memórias simétricas:
- Nove dias antes da Páscoa: as Sete Dores de Nossa Senhora (Sexta-feira da 5ª semana da Quaresma);
- Nove dias após a Páscoa: as Sete Alegrias de Nossa Senhora (Segunda-feira da 2ª semana da Páscoa);
Esta particularidade não é exclusivamente bracarense, pois encontramo-la no calendário de várias dioceses por todo o mundo. A Igreja universal inclui-a nas comemorações feriais (antigamente chamadas festas votivas) da Quaresma.
Nesta Sexta-feira, preparemo-nos para o Domingo de Ramos que se aproxima, contemplando a Mãe de Deus junto à cruz.
Escutemos as primeiras estrofes do hino Stabat Mater, na versão de Antonio Vivaldi:
Agora, na versão de Pergolesi, escutemos uma estrofe central:
Rezemos, numa tradução livre para português:
Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.
Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão
A Cristo de quem sois Mãe.
Do vosso olhar vem a luz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.
Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem minha alma confia.
Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.
E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.
Virgem das virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha:
Chorar convosco é rezar.
Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.
No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.
Sobre o ódio que O matava,
Fostes o Amor que adorava
O Filho três vezes santo.
A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,
A minha alma contrita.
E quando a morte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.