Em jeito de homenagem
a homenagem a S. João Paulo II, Magno
Raramente um Papa
deixou em herança um património imaterial tão vasto, precioso e que nunca
perderá actualidade como S. João Paulo II ,Magno. Contudo, neste tempo, que ele
identificou, caracterizou e para o qual apresentou soluções ( cf, por exemplo a
“ Ecclesia in Europa” onde se dirige de forma límpida e sem ambiguidades, aos
gravíssimos problemas que este velho e decrépito continente, berço de
civilizações, apresenta há já várias décadas), corremos o rico de DELAPIDAR
esse fabuloso património. Perde a humanidade toda. Perde, e muito, a Igreja que
cada vez mais se apresenta amnésica e delapidadora do seu património, da sua
herança. Em muitos sectores da moda, crê - se e impõe- se que se acredite, que
a Igreja começou … há poucos anos, tal é a dimensão da derrocada a que estamos
a assistir.
… E quando se fala
ou ouve falar de Solidariedade, como novidade entre as novidades, para quem
deseja ardentemente esquecer a Carta Encíclica “ Sollicitudo Rei Socialis” de
1987…
… E fala-se, há muito ( e bem) do papel dos leigos na Igreja,
como se só agora se descobriu que estes são tão membros da Igreja como o Papa
ou um Sacerdote, mas que se continuam a “ clericalizar”, não se remetendo para
a fabulosa Exortação Apostólica “ Christifideles laici”, de 1988…
Adiante, que o
espaço é curto…
No dizer de Rémi
Brague, ilustre filósofo francês, Professor de Antropologia Cristã, Professor
emérito de Filosofia Medieval e Árabe na Sorbonne e galardoado com inúmeros
prémios, nomeadamente o prestigiadíssimo “ PRÉMIO RATZINGER” ( 2012), o mérito
maior de S. João Paulo II, Magno, “ é o de ter posto o acento na luta entre
duas culturas. É curioso que das expressões que mais usou, a primeira, “
cultura da vida”, seja uma tautologia e e segundo , “ cultura da morte” , um
oxímoro. Cada cultura protege a vida e ajuda a que floresça.” … Por isso, “cultura
da morte” “, a que vivemos é auto- destrutiva. Assim, não foi por acaso que S.
João Paulo II, Magno, deu tanto ênfase à defesa da vida humana (da concepção
até à morte natural), à memória cristã, aos valores do cristianismo, entre
outros pilares que definem e constroem a “ cultura da vida” tão ameaçada nos
nossos dias.
Em 4 de Maio pp, o
Papa Emérito Bento XVI, escreveu uma carta notável ao Arcebispo de Cracóvia, a
propósito do 1º centenário do nascimento de S. João Paulo II . De forma lapidar
e sintética analisa a vida deste grande Papa de sempre. No artigo anterior já
abordei e citei um dos aspectos da referida carta.
Quem tem a pachorra de ler e ouvia na Rádio
Sim, sabe que usei e uso, referindo-me a S. João Paulo II, o epíteto de Magno.
E como primeiro servidor da Militia Sanctae Mariae, cavaleiros de Nossa
Senhora, em 15 de Abril pp determinei que se passasse o apelidar S. João Paulo
II como Magno. Logicamente que fiquei felicíssimo ao ler este extracto da carta
de Bento XVI, depois de se referir ao porquê de haver dois Papas chamados de
Magno ( S. Leão Magno e S. Gregório Magno) diz: « É
indiscutível que a fé do Papa foi um elemento essencial no desmoronamento do
poder comunista. A grandeza evidente em Leão I e Gregório I, portanto, é
certamente visível também em João Paulo II.
Deixamos em aberto se o epíteto “magno” prevalecerá ou
não. O certo é que o poder e a bondade de Deus se fizeram visíveis para todos
nós em João Paulo II. Num momento em que a Igreja sofre mais uma vez a aflição
do mal, este é um sinal, para nós, de esperança e confiança.».
Está
lançado o desafio. Para mim S. João Paulo II terá de ser apelidado de Magno e
tudo farei para que assim seja!
Carlos Aguiar Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.